1ª Parte
Tuntum começou sua povoação por volta de
1889, quando José Naziozeno e sua família vindos do lugar Repartição,
pertencente à Barra do Corda, passou a morar próximo a um olho d’água situado à
margem esquerda do Riacho Tuntum, cujo local é conhecido pelo nome de Brejo do
Caboclo Naziozeno.
Em 1903, chegava a Tuntum o casal Manoel José
e Alexandrina (meus tataravós maternos), em companhia dos filhos e passaram a
morar à margem esquerda do riacho, próximo ao olho d’água da Mucuíba, que com o
passar do tempo recebeu o nome de “Paca”. Esse local mais tarde foi habitado
também por seus genros, Alípio Benvinda (meu bisavô materno), Manoel Benvinda e
Anunciato Borges, sendo as terras desse lugarejo muito férteis para o plantio
de arroz e outras culturas brancas. Esse
foi o principal atrativo para o assentamento de várias famílias oriundas de
diversas partes do Maranhão e outros estados do nordeste.
Por volta de 1906, chegava a Tuntum a família
dos Carneiros, vindos de Passagem Franca, capitaneada por Francisco Santos,
indo morar à margem direita do mesmo riacho. O local passou a ser chamado de
Sítio dos Carneiros.
Assim, a povoação continuou. Em 1920, também
houve a chegada de Francisco Andrade, vindo de Bacuri das Laranjeiras atual
Buriti Bravo, em seguida as famílias:
Sertão, Correia Lima, Pessoa,
Santos, Borges (Manoel Borges - em Tuntum existia os Borges rico e os Borges
pobre). Surgiu nessa década a 1ª escola no povoado, um estabelecimento de
ensino privado de propriedade do professor Moura Moreira, oriundo de São João
dos Patos que passa a ministrar um ensino coletivo. Teresinha Almeida Pereira
(Teresinha do Nona) foi a primeira professora nomeada em Tuntum a través de
portaria.
Em 1932, chega em Tuntum o Sr. José Ricardo
de Araújo procedente de Campo Maior,
Piauí, com uma bola de futebol confeccionada em couro de bode e
costurado com cadarço. O povoado parou
para assistir a primeira partida de futebol, que foi realizada no campo
construído para esse evento, que ficava situado entre a travessa dos Borges e o
hospital Seabra de Carvalho.
José
Uruçu o patriarca da família, na mesma década, fixa residência como hoteleiro e em 1969, se
elege Prefeito de Tuntum “Zé Urucu construiu
a praça são Francisco de Assis e
a primeira caixa d’água em concreto”. Seu filho, Gerardo Uruçu era um
visionário, um grande empreendedor e passa a trilhar pelo lado da pecuária com
o melhoramento da raça bovina local e
para esse feito passou a trazer
de outros estados rebanhos de gado PO (puro de origem) do tipo: Zebu, gi
leiteiro, zeburino, holandês entre outros animais, Gerardo Uruçu não tinha
conhecimento cientifico na área de engenharia, mas arquitetou seus prédios e
foi um grande construtor, suas obras hoje, são atuais, e abrigam órgãos
públicos, comércios varejistas, lojas de departamentos, miudezas, secos e
molhado, varejo etc. Vale ressaltar que não houve a necessidade de readaptar
seus lay-outs para abrigar seus
arrendatários. Empresário ousado desfilava pelas ruas da cidade nas décadas de
60/70 com Rural Willys, Cinca Chambord e Jeep Willys Station 4 portas, era um bom vivant, um
gentleman. O maior acontecimento festivo que houve em Tuntum foi promovido por
Gerardo Uruçu em 1966 quando ele festejou os 15 anos
de sua filha Braunyene, o evento durou 5 dias, com toda produção importada, do
cabeleireiro aos confeiteiros de bolo. Abrilhantaram esse evento diversas
autoridades do legislativo estadual e federal, prefeitos da região, empresários
de Presidente Dutra, Dom Pedro, Barra do Corda, São João dos Patos, codoenses e
grande parte da sociedade tuntuense. Os
bailes foram animados pelos Sanfoneiros
Zé Severo, Waldir Boré, João sanfoneiro
da vila Cearense e a furiosa de Barra do Corda “banda de sopro”, o mestre de
cerimônia Anfiloquio Uruçu era quem ditava o ritmo. A grande novidade
dessa festividade era, a eletrola Telefunken Dominante VII a válvula
“alta fidelidade” adquirida por Gerardo Uruçu em Recife para esse evento, a
mesma possuía radiofonia Mono, Am, Oc e
toca disco estéreo com suporte semi-automático para 20 discos de vinil, o
antigo bolachão, o móvel era impecável e
a coqueluche da cidade!! E as festividades
foram interrompidas por determinação de seu pai Zé Uruçu que já
chegou bradando - isso aqui já virou furdunço já faz cinco dias de folia,
chega!!. Só que, 15 dias depois chega à Tuntum o rei do brega Waldick Soriano, e
sempre que vinha à cidade se hospedava na casa de seu amigo Anfiloquio
Uruçu, com isso a garagem do Gerardo Uruçu, volta a transforma-se novamente em
palco de festa...
FONTE: IBGE,
ICA, IGHMA, ODILO CRUZ (SEU DODÔ), JOSÉ COSTA CARVALHO (DECO), PAULO ANDRADE,
DIONISIO BENVINDA, SR PEDROCA. PROF.
JEAN
OBS: Caso você tenha algo de histórico e concreto a acrescentar entre em contato com José Remy
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