Com o apoio da Secretaria de Agricultura, o Banco do Nordeste do Brasil reuniu hoje (21/10), no auditório do Complexo Educacional, centenas de pequenos e médios produtores rurais em situação de inadimplência. De acordo com os representantes da instituição financeira o encontro não se resume somente a renegociação de dívidas de anos anteriores, mas também para oferecer a nova e vantajosa linha de crédito do Pronaf.
A cerimônia de abertura reuniu autoridades municipais, funcionários e executivos do BNB que se surpreenderam com a presença maciça dos produtores advindos até dos povoados mais distantes do município. A superintendente Ana Zélia Queiroz, numa fala rápida, disse que no momento há uma preocupação do governo com a Agricultura Familiar em razão da estiagem. Representando o prefeito, o chefe de Gabinete, Alan Noleto, justificou a sua ausência dizendo que ele se encontrava em São Luís numa reunião do Programa Mias Médicos. Noleto afirmou que o prefeito apoia a iniciativa da Secretaria de Agricultura em mediar a causa entre os produtores e o banco. 
O secretário de Assuntos Políticos e Governo, Josinaldo Bílio, destacou a importância do Banco do Nordeste para o fortalecimento da agricultura e os projetos do homem do campo. Bílio citou como exemplo o povoado Belém que tem recebido bons investimentos. O secretario de Agricultura, Antonio Durval Lopes, o Dora, agradeceu aos produtores por terem atendido ao chamado. Dora no final de seu pronunciamento foi enfático ao enaltecer o BNB." Nós só temos a agradecer a existência do Banco do Nordeste e por ele promover a agricultura familiar", disse.
A intenção do banco é de esclarecer algumas regras de renegociação e colher assinaturas de intenção dos produtores que com brevidade irão discutir as formas de pagamento da dívida com previsão do término até dezembro de 2014. Entre os endividados cada um tem uma história distinta de como ficou inadimplente.
O pequeno produtor Iraidi Gomes de Melo, residente no povoado São Lourenço, disse que contraiu um empréstimo de R$ 20.000,00 do Pronaf em 2006 pra aplicar parte do recurso em um campo de arroz, mas na época veio a estiagem e tudo foi perdido. Com o restante do dinheiro comprou oito cabeças de gado, dessas restam somente três. "Perdi quase tudo no campo de arroz, depois comprei o gado e agora só tenho três cabeças, o restante vendi para pagar conta", afirmou o produtor. O agricultor diz que não sabe quanto deve, mas que vai renegociar. A' agência itinerante' do banco estará a disposição dos produtores durante todo o dia.
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