Pela terceira vez panificadora Pão Nosso é assaltada e polícia deixa de fazer perseguição por falta de combustível

Na manhã de hoje (30/10) a panificadora Pão Nosso, localizada na avenida Seabra de Carvalho, Vila Luisão, foi assaltada pela terceira vez para o desespero de seus proprietários, que também já viram o estabelecimento ser arrombado por duas vezes na calada da noite.

Só que desta fez a estratégia foi outra, em vez da noite eles praticaram o crime às claras, faltava pouco menos de dez minutos para as 6:00h quando três homens encapuzados, fortemente armados portando pistolas e escopetas adentraram o estabelecimento pelos fundos e renderam os funcionários. "Eles chegaram perguntando pelo cofre e ameaçando os funcionários que foram obrigados a os levarem até o quarto", disse abalada a proprietária Jesuslene Mateus.

A panificadora é monitorada por câmeras de segurança 24 horas, mas no seu interior há uma área que não é utilizado esse serviço e exatamente esse foi o local utilizado por eles, parecendo que sabiam do não monitoramento daquele local. "Quando eles perguntaram pelo o cofre o funcionário tentou levá-los pelo local onde estava uma câmera, mas um deles disse que não era por ali, deixando suspeitas que sabia de tudo", falou a proprietária.

Depois de arrebentarem a porta do quarto do casal, já que a residência da família fica nos fundos da panificadora, com a ajuda de um funcionário, o cofre de mais de 100 quilos foi retirado e colocado dentro de um carro modelo Gol, cor prata, que já aguardava com outro integrante no volante, para em seguida saírem 'cantando' pneus em alta velocidade em direção a BR 226, sentido entroncamento.

Os proprietários que se encontravam na frente do estabelecimento fazendo o atendimento não perceberam nada do que acontecia. "Nós estávamos aqui na frente, quando o funcionário me informou do ocorrido eu mandei ele imediatamente procurar a polícia, mas ele disse que o policial falou que não tinha como fazer a perseguição porque a viatura não tinha combustível. Se eles tivessem feito a perseguição teriam alcançado eles", contou indignada Jesuslene. Sobre os valores roubados ela não quis revelar temendo nova investida, mas presume-se que os valores foram elevados.

Em razão dos sucessivos assaltos e arrombamentos os proprietários foram obrigados investirem em um sistema de monitoramento de segurança e reforçarem todas as fechaduras das portas, mas parece que tudo está sendo em vão, eles estão mudando as estratégias, segundo a proprietária. "Antes eles assaltavam e arrombavam a noite, hoje como tem vigia noturno, eles mudaram de estratégia". Jesuslene desconfia que o grupo teve acesso a informações privilegiadas, pois sabiam da existência de um local não monitorado pelas câmeras e do cofre. Agora pouco, ela e o esposo Gaston Félix foram a delegacia registrar a ocorrência.