segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Polícia para em Tuntum por falta de combustível e criminalidade avança.




Viatura recolhida a garagem por falta de combustível

Curioso e querendo dar explicações a população o Blog procurou (em 31/10) a Companhia de Polícia, lá se encontravam três policiais vendo televisão sem muita preocupação, indagados sobre o problema, um deles disse que quer trabalhar, porém não há como atender as ocorrências, pois a viatura continua sem combustível. Fatos como esses estão ficando rotineiros e a resposta é sempre a mesma, a viatura não tem combustível.



O artigo 144 da Constituição Federal atribui todo o dever ao Estado, dando-lhe toda a responsabilidade de zelar pela segurança dos cidadãos, fato que irresponsavelmente não vem sendo cumprindo nem a distância pelo atual governo que peca por irreparável omissão provocando consequências desastrosas com inúmeros incidentes criminais que ocorrem diariamente.


Major Arlan, sec. de Seg. Aloisio Mendes e o Cel. Franklin



Tuntum, assim como outros 
municípios é exemplo do descaso empreendido por quem não tem compromisso de assegurar, pelo menos, as garantias primárias de seus cidadãos. Investigando o caso com maior profundidade, mediante informações privilegiadas de dentro da corporação, obtive uma planilha que identifica o repasse de recursos aos Batalhões e as Companhias de Policias para suprirem suas necessidades diárias de trabalho, principalmente de locomoção.



 De acordo com as informações o 5º Batalhão de Polícia de Barra do Corda, a quem a Companhia de Polícia de Tuntum é subordinada tem um orçamento anual superior a R$ 200,000,00 para arcar com combustíveis, peças de reposição para os veículos, prestação de serviço, etc, a oito municípios: Fernando Falcão, Jenipapo dos Vieiras, Itaipava do Grajaú, Arame, Barra do Corda, Formosa da Serra Negra, Tuntum e Grajaú. Com os recursos são adquiridos para o consumo anual 32 mil litros de óleo diesel,  22 mil litros de gasolina, 250 litros de óleo lubrificante, 58 filtros de óleo, R$ 5.000,00 para prestação de serviço e R$ 39.000,00 para peças de reposição.

Ocasião da passagem de comando em P. Dutra

Entre todos os municípios citados só Barra do Corda, Grajaú e Tuntum tem um contingente populacional superior a 40 mil habitantes,  os demais estão na média de  15 mil, reduzindo bruscamente o consumo e os gastos com combustível em comparação com os três primeiros que exigem uma vigilância mais ostensiva. De toda frota, praticamente todos os veículos são a diesel o que pode haver uma sobra substancial dos 22 mil litros destinados as viaturas a gasolina, podendo, com certeza, ser convertida nos postos conveniados pelo próprio óleo diesel.

Um dos exemplos de independência financeira e organização é a companhia de Polícia de Presidente Dutra que mesmo com os parcos recursos que recebe anualmente gerencia de forma econômica o seu orçamento redistribuindo-os de forma ordenada entre os 13 municípios subordinados. Anualmente são 21.500 litros de gasolina e 16 mil litros de óleo, números que estão bem abaixo do Batalhão de Barra do Corda.

O que é inconcebível é a única viatura de Tuntum ficar parada por falta de combustível deixando a sociedade a mercê da criminalidade. Boa parte da população, de forma desconhecida, entende que a manutenção da viatura policial é de responsabilidade da prefeitura e que existe uma parceria entre estado e município nesse sentido, contudo, não é verdade, pois não existe nenhuma parceria formal ou informal que garanta ao município bancar as responsabilidades do Estado com a segurança pública.

 A explicação foi dada ontem pelo prefeito Dr. Tema que disse que a prefeitura faz além do que pode. “Nós não temos parceria nenhuma, segurança pública é um dever do Estado, nós já fazemos além do que podemos, por exemplo, toda despesa com alimentação com os policiais é nossa, pagamos mensalmente R$ 3.000,00, ou seja, já estamos fazendo aquilo que não é de nossa responsabilidade só para ajudar”, disse. Ainda fora de sua obrigação a prefeitura mantém a Companhia de Polícia de Tuntum de funcionários, material de limpeza e expediente.

Enquanto o Estado cruza os braços a população paga o preço por sua ineficácia, todos os dias temos informações de assaltos a mão armada à luz do dia, crimes e mais crimes, uma verdadeira desordem promovida pela falta da força pública nas ruas, que sem condições fica de mãos atadas e aquartelada obrigatoriamente, enquanto criminosos deitam e rolam. Mas o caos não está instalado só na Polícia Militar, a Polícia Civil vive o mesmo dilema sem delegado e sem investigadores. Com a palavra o “melhor governo da minha vida”...          







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