Ocupantes e representantes da extinta fábrica de álcool OLS são ouvidos pela justiça

A justiça ouviu hoje (11) os ocupantes e os representantes dos proprietários da extinta fábrica de álcool OLS, localizada as margens da BR 226, município de Tuntum. Na audiência, segundo o representante dos ocupantes, José Ribamar Elias, o Riba Soró, ficou decidido que a justiça irá pedir uma vistoria ao Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no prazo de 30 dias, sobre a atual situação de toda área ocupada, cerca de 11.800 hetares.

 

José Ribamar Elias, o Riba Soró

Riba Soró disse que os advogados dos supostos donos alegaram que o local foi abandonado por causa de ameaças. "Eles disseram que a fazenda tinha sido arrendada e que saíram sobre ameaças de roubo e sucateamento", afirmou. Ainda segundo o depoimento de Soró, o advogado dos ocupantes teria defendido a legalidade da situação por a terra ser improdutiva há vários anos.

A ocupação que se deu no dia 8 de dezembro de 2013, era formada por uma pequena quantidade de trabalhadores, hoje com a adesão da maioria dos pequenos produtores das localidades mais próximas, o grupo já soma mais de 600 pessoas, distribuídos em três associações, que inclusive já deram entrada junto ao Incra com um pedido de desapropriação, ainda não sinalizado pelo órgão. Dentro da mesma área compreendida a União já deu parecer favorável da desapropriação das localidades Paca, Fortaleza de Cima, Fortaleza de Baixo e Baixão do Gato.

As duas partes litigantes daqui para frente terão a missão de reunir provas suficientes para convencer a justiça de suas razões. Mas tudo leva a crer que o relatório de vistoria pedido pela justiça ao Incra será a peça principal para qualquer decisão a ser tomada.   Os agricultores demonstrando força e união compareceram em massa a Casa da Justiça.