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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Cem anos de vida de Joãozinho Cearense


Pela fisionomia e pela lucidez, João Vieira Fortaleza aparenta ter não mais que 80 anos, contudo se engana quem pensa assim, seu Joãozinho, como é chamado desde quando chegou em Tuntum no ano de 1932, completou hoje (21) 100 anos de vida, bem vivido, segundo ele próprio. 
O filho de Raimundo Vieira Fortaleza e Raimunda Lorinda Fortaleza chegou a Tuntum vindo de Pastos Bons, Maranhão, mas é natural de Pio IX, estado do Piauí, veio a procura de melhores dias desenvolvendo a atividade de pequeno criador de gado e trabalhando simultaneamente na lavoura. No município ele casou-se com Raimunda Macedo Fortaleza, a dona Zizi, já falecida. Para ele a sua longevidade não tem mistérios, é uma permissão de Deus: "Foi Deus que me ajudou e protegeu pra eu viver 100 anos". O pai morreu ainda jovem aos 52 anos. Seu Joazinho talvez tenha herdado a genética da mãe que morreu aos 92 anos.
Não fosse a debilidade do Mal Parkinson e uma queda que terminou comprometendo a sua coluna, obrigando-o a andar com o auxílio de um andajá, ele poderia ser apelidado de super homem dos tempos atuais em virtude do bom estado de saúde que ainda goza. Um exemplo é o seu prato predileto que poucas pessoas acima dos 60 anos come habitualmente, linguiça assada acompanhada de um prato de fava ou feijão aparto. Ele confidenciou que a memória ainda funciona quase que cem por cento, só  há atrapalhos algumas vezes com os dias da semana. "Só me atrapalho algumas vezes com os dias da semana, mas dinheiro conheço todas as notas, desde dois reais até cem reais", afirmou
O pai de 12 filhos, oito mulheres e quatro homens, já tem 62 netos, 102 bisnetos e dois tataraneto, quantidade que ele não sabia, tinha conhecimento que eram muitos. Joãozinho Cearense se orgulha em falar que nunca bebeu, mas hoje mesmo irá provar o sabor que tem uma cerveja, mesmo duvidoso se vai gostar ou não. "Alguns amigos meus já me disseram que a cerveja é amarga. Não sei, hoje eu vou provar", disse.
O homem de poucos sorrisos e olhar cisudo, acha que não vai mais viver por muito tempo, acredita que a morte já se aproxima da sua estrada e que nunca pensou que viveria cem anos. Na sua residência, a rua 12 de Setembro, onde mora com a filha Raimunda Vieira, a dona Raimundinha do Aquiles, seu Joãozinho reservou o dia de hoje pra receber os filhos, netos e os demais familiares. No próximo sábado (26), num clube da cidade, a família e convidados se reunirão para oficialmente comemorar a longa história de vida de seu Joãozinho Cearense.     
   

3 comentários:

  1. Cemar indenizará em R$ 320 mil família de trabalhador vítima de descarga elétrica
    Maranhão 22-07-2014 às 06:00

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    O desembargador Lourival Serejo não acolheu os argumentos da Cemar

    O desembargador Lourival Serejo não acolheu os argumentos da Cemar

    A Companhia Energética do Maranhão (Cemar) foi condenada a indenizar em R$ 320 mil, por danos morais, a esposa e três filhos de um trabalhador, que morreu em decorrência de descarga elétrica em rede de alta tensão instalada abaixo da altura tecnicamente permitida.

    A decisão é da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), que reformou sentença de 1º Grau, determinando ainda o pagamento, por danos materiais, de pensão equivalente a 1/3 do salário mínimo para a viúva e cada um dos três filhos do trabalhador.

    A vítima recebeu o choque elétrico no momento em que trabalhava para garantir o sustento da família em um terreno de sua propriedade, quando o arame da cerca se soltou indo de encontro à linha de alta tensão que, por estar instalada em altura inadequada, liberou forte descarga elétrica, causando a morte instantânea do trabalhador.

    Em recurso interposto junto ao TJMA, a Cemar questionou a culpa atribuída àquela empresa e apresentou laudo pericial afirmando que a altura da linha da rede elétrica correspondia a aproximadamente quatro metros, não se sustentando no caso a afirmativa de que oferecia riscos às pessoas.

    A concessionária argumentou também que o acidente ocorreu em propriedade particular, cujas instalações elétricas são de responsabilidade do proprietário do imóvel, tendo a vítima culpa exclusiva por levantar demasiadamente o arame, expondo-se ao risco de receber a descarga fatal.

    O relator do recurso, desembargador Lourival Serejo, afirmou que as provas anexadas ao processo demonstram com extrema precisão a conexão de causalidade que atribui responsabilidade à companhia de energia elétrica.

    Em seu voto, o magistrado citou depoimento de testemunhas onde estas afirmam categoricamente que somente após o acidente a concessionária teria colocado um poste para aumentar a altura dos fios de alta tensão instalados no local do acidente que resultou na morte do trabalhador. (TJMA)

    DA CEMAR:

    A Companhia Energética do Maranhão informou que ainda não foi formalmente notificada para tomar ciência do inteiro teor da decisão, não podendo avaliar, nesse momento, sobre a interposição de eventual recurso.

    A Cemar informa ainda que o recurso à justiça é direito constitucionalmente assegurado para todo e qualquer cidadão, órgão público ou privado. A Companhia respeita e cumpre as decisões judiciais, resguardando sempre o seu legítimo direito de defesa.

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    Tags: Companhia Energética do Maranhão (Cemar) Descarga elétrica tribunal de justiça

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