domingo, 4 de janeiro de 2015

Com muitas críticas, Gastão joga a toalha e sinaliza fim do grupo Sarney


 
Candidato a senador derrotado pelo PMDB na eleição de outubro, o sarneisista de nascença Gastão Vieira (parece não mais assumir tal condição, já que está abandonando o barco) declarou, em entrevista publicada no jornal O Imparcial deste domingo, que o grupo Sarney está esfacelado sem condições, na sua visão de membro partícipe, de se levantar.
“Nesse momento não tem mais grupo. Podemos avaliar somente o passado, sem condições de pensar no futuro. Não existe nenhuma liderança com perfil de aglutinar as tendências diversas que ficaram com essa derrota. A vitória de Flávio Dino é inquestionável, pelo número de votos, pela maneira como empolgou a população e também nesse momento o Maranhão quer se conciliar com a sua autoestima. Eu duvido muito que vamos ter condições de fazer um enfrentamento na Assembleia. Em nome de quem e por quem? Cada um de nós vai buscar o seu caminho, se vamos nos juntar mais na frente é uma outra questão”, afirmou Gastão Vieira, ao acrescentar:
“há um imenso vazio e não vejo nenhuma perspectiva desse grupo de se erguer”.
Ainda na entrevista em tom de desabafo, Gastão Vieira, que até insinuou ser candidato a governador da oligarquia, ironiza a votação de Edinho Lobão. “Tive quase 1 milhão e 300 mil votos [para senador], quase 400 mil votos a mais que o candidato a governador da minha chapa”.
Ministro do Turismo da presidenta Dilma Rousseff por indicação do senador José Sarney – até o momento não foi convidado para participar do segundo mandato da presidenta – Gastão afirma que Roseana Sarney deixou muito a desejar neste último mandato.
“Eu fui secretario de Educação do primeiro mandato de Roseana, do governo que ela fez com um conjunto de técnicos que ajudaram ela a se eleger. O seu primeiro governo foi muito bom. O segundo governo, por discordar da criação de gerências regionais eu me afastei, tive uma rápida participação no governo que ela completou com a saída de Jackson e nesta gestão que terminou eu não tive nenhuma participação. Acho que o último governo dela foi muito diferente, ficou muita coisa a desejar”, disparou.
Por fim, Gastão sinaliza que deixará o PMDB e deixa um recado aos dirigentes da sigla no estado. De acordo com o candidato a senador derrotado do grupo Sarney, não há comando no partido no Maranhão.
“Eu, uma vez brincando, disse ao CQC que o PMDB era um partido que todo mundo mandava, ninguém obedecia e cada um fazia o que queria. O PMDB no Maranhão, por ter tanto cacique, se inviabiliza em construir um caminho para o futuro. Penso em sair do partido e buscar outro partido, onde a gente saiba exatamente quem manda e quem obedece”, concluiu Gastão.

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