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O número de
igrejas evangélicas que apoia o casamento gay aumentou consideravelmente na
última década. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa realizada pelo Instituto
de Pesquisa de Religião Pública, nos Estados Unidos.
Segundo a pesquisa, nos últimos anos os
evangélicos têm mudado de opinião sobre o assunto, e muitos não se posicionam
mais com completa oposição ao casamento gay, como é defendido por muitos
religiosos cristãos que veem o homossexualismo como um grave pecado.
A pesquisa mostra que a mudança de opinião
mais considerável em torno do polêmico assunto se encontrada entre os jovens
evangélicos, já que seu apoio saltou de 20% em 2003, para 42% em 2014.
Inclusive, a prática já é aceita em várias denominações nos Estados Unidos, e
também no Brasil. Um dos exemplos dessa mudança de visão é o pastor Ryan Meeks,
de 36 anos, da mega igreja EastLake, em Seattle, EUA.
– Eu me recuso a ir em uma igreja onde meus
amigos que são gays sejam excluídos da comunhão, da aliança do casamento ou da
beleza da comunidade cristã. Para mim, a mensagem de Jesus eram mensagens de
grande inclusão – afirma Meeks, que afirma que a igreja está atrasada, e que
encara a mudança como heresia – colocando o que a própria Bíblia diz em jogo.
– Cada movimento de reforma na história da
igreja é rotulado como primeira heresia. O pentecostalismo está atrasado nisso.
Temos uma dívida para pagar – completou o pastor, segundo a revista Time,
defendendo uma nova forma de encarar a mensagem cristã.
Porém, o casamento gay ainda tem fortes
opositores nas fileiras cristãs, como o pastor Russell Moore, que faz parte da
Comissão de Ética da Convenção Batista do Sul, e acredita que os que defendem o
casamento gay não são evangélicos, mas revisionistas que não apoiam a
autoridade bíblica tradicional.
Ao criticar o que é defendido por muitos como
uma “nova forma” de interpretar a Bíblia pela ótica das mudanças na sociedade,
Moore diz que os pontos de vista cristãos sempre estarão totalmente fora da
lógica da sociedade.
O pastor Rick Warren, da Igreja Saddleback,
na Califórnia, também defende que a igreja cristã deve permanecer firme em sua
oposição ao casamento gay, e não deve ceder aos apelos populares ou às
imposições geradas por mudanças sociais ou culturais.
– A Igreja nunca deve ser cativada pela
cultura, manipulada pelos críticos, motivada por aplausos, frustrada por
problemas, debilitada por distrações ou intimidada pelo mal. Temos que manter a
corrida com o nosso olhar sobre a meta, e não sobre os gritos do lado da linha.
Devemos ser guiados pelo Espírito Santo, com propósito e, por isso, que não
podemos ser comprados, não vamos parar até que termine a corrida focada em
missões – afirma o pastor.
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