Freira leva criança para estudar, abandona, e 50 anos depois ela tenta reencontrar os familiares em Tuntum.

Iraci  da Silva Uchoa

A vida passa, mas as raízes familiares ficam gravadas na mente e no coração, provocando um contínua saudade que parece ser eterna. Talvez essa situação esteja vivendo a senhora Iraci da Silva Uchoa, que quando tinha 9 anos de idade, em Tuntum, foi tirada de seus pais por uma freira chamada de Irmã Glória e levada para Fortaleza, capital do Ceará.

Por meios de diálogos no Facebook, através de sua filha Ângela Uchoa, Iraci relata que sua família veio da cidade de Santa Luzia para residir em Tuntum, próximo dos parentes da mãe, por volta de 1960. Seu pai Antonio Mundico Melo Uchoa, era carpinteiro e também tinha uma pequena plantação de fumo, sua mãe era chamada de Adelina. Ela afirma que a família era composta por 10 irmãos: Joana, Maria, Luzia ( está morava em Santa Luzia), Raimunda ( morava no estado do Goiás), Lucas (o mais velho), Evangelho, Osiano, Raimundo e Joaquim (estes os mais novos) e Lídia que na época já era falecida. 

Ao chegarem em Tuntum, a família Melo Uchoa foi amparada pelos irmãos de sua mãe conhecidos por Bruno, que tinha um engenho de cana de açúcar, e Zezinho, que trabalhava à época numa casa de farinha. Dona Iraci diz que vivia muito bem com seus familiares até o aparecimento de Irmã Glória, freira da ordem dos Capuchinhos, que primeiramente convenceu sua mãe e levou uma de suas irmãs para um colégio de freiras na cidade de Imperatriz-Ma. A mesma freira teria voltado depois e desta vez teria convencido a mãe novamente, levando Iraci para Fortaleza, onde lhe daria estudos. Segundo Dona Iraci, tudo não passou de uma enganação, ela foi deixada na casa de uma família. Daí em diante passou a viver como escrava doméstica até aos 22 anos de idade quando casou. Inexperiente e analfabeta, ela no decorrer desses anos teria sofrido humilhações e maus tratos nas diversas casas onde morou como empregada.

Hoje com aproximadamente 65 anos (idade presumida) e doente, seu maior desejo é reencontrar alguém de sua família e matar a enorme dor da saudade e tentar recuperar parte do tempo perdido sem os seus familiares. A sua filha disse que já fez diversos apelos a canais e redes de televisão para tentar localizar os familiares de sua mãe, mas nunca foi atendida, por isso hoje recorre a este blog como sua grande esperança. Aqueles que se interessarem pela causa de dona Iraci e conseguirem localizar, pelo menos, alguma pista do paradeiro de seus familiares, favor entrar em contato pelo telefone (85) 989580362 ou pelo e-mail uchoapereira@hotmail.com. O blog também se disponibiliza em receber informação por meio de comentários ou pelo whatsapp (99) 991623787.