A Polícia Civil segue as investigações para esclarecer a morte do ex-prefeito de Barra do Corda, Mariano de Sousa, o Nenzim. De acordo com informações do delegado Renilton Ferreira, o principal suspeito do crime, Júnior do Nenzim, filho da vítima, possuía dividas com agiotas, esse seria um dos motivos para explicar o desvio da venda de gados da fazenda da família.
“Até o presente momento, todas as linhas de investigação são no sentido de apontar Mariano Júnior como principal mentor e até o próprio executor desse crime. A motivação é decorrente de desvios consideráveis de gado na fazenda do pai do Júnior, no caso a vítima ‘Nenzim’. Nós levantamos em torno de, aproximadamente, o desvio de prováveis 60 a 80 cabeças nos últimos tempos. Então é um valor muito considerável hoje no mercado. Além disso, segundo informações que estão sendo apuradas no inquérito, o Júnior apresenta nesse momento grandes débitos, inclusive junto a agiotas aqui da região. Cerca de 800 mil reais é o que se falam de dívida ainda decorrente do período eleitoral da qual ele estaria sofrendo grandes pressões para quitar essas obrigações junto a esses possíveis agiotas”, declarou o delegado.
O crime aconteceu no último dia 6, ainda não foi possível descobrir o responsável pelo tiro fatal em Nenzim. Em depoimento, Júnior disse que foi ao condomínio da família se encontrar com um advogado e que não percebeu quando o pai foi atingido. Ele segue preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
O deputado estadual Rigo Telles, filho da vítima e irmão do suspeito, declarou que a família aguarda a conclusão do caso.
“Até o momento o que estou sabendo é que há indícios que o meu irmão está envolvido . Mas até onde eu tomei conhecimento, e ontem conversando com o próprio Secretário, ele me falou que não há conclusões. Há indícios. Indícios não quer dizer que está concluído . Nós esperamos que as investigações continuem e que concluam o mais rápido possível porque se você errou tem que pagar pelo erro. Mas às vezes também não se pode ser sacrificado se não errou. Então eu, no momento, estou aguardando. A família está aguardando. É mais um episodio dramático porque até agora as investigações ainda não foram concluídas”.
Por Leandro Miranda