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terça-feira, 20 de março de 2018

Suspenso processo que investiga suposta quadrilha de contrabandistas no Maranhão




Do G1 MA – Justiça Federal decidiu suspender a tramitação do processo que investiga uma suposta quadrilha de contrabandistas que tinha como integrantes policiais do Maranhão. Na decisão, o juiz Luiz Régis Bomfim Filho não realizou juízo sobre as medidas cautelares, determinou a suspensão da tramitação processual e solicitou esclarecimentos à Justiça Estadual.

A decisão também esclarece que o juízo sobre as medidas cautelares realizadas anteriormente não foram alteradas, portanto, a situação sobre os atuais presos durante a investigação continua a mesma.
Determinações da Justiça Federal sobre o suposto caso de contrabando por policiais no Maranhãooi (Foto: Justiça Federal)


No processo há 20 investigados e também dá mais informações sobre o teor das investigações. De acordo com a decisão, a investigação “reside em organização supostamente criminosa cujos eventuais integrantes foram flagranteados em posse de mercadoria, em tese, ilegal (cigarros, bebidas alcoólicas, explosivos e armas). Além disso, é dito que, no dia 15 de março, chegou ao juízo parte dos materiais apreendidos, no quais também se incluíam: duas granadas e cinco bananas de material semelhante a dinamite.

Caso na Justiça Federal
Ronaldo Maciel, juiz da 1ª Vara Criminal de São Luís (Foto: Foto: Divulgação/ AMMA)



No dia 13 de março o juiz Ronaldo Maciel remeteu à Justiça Federal o caso investigado pela Secretaria de Segurança Pública do Maranhão sobre contrabando por declarar a incompetência da Justiça Estadual para processar e julgar o caso.

O magistrado disse também que só remeteu o caso à Justiça Federal por conta do laudo Instituto de Criminalística da Polícia Federal que confirmou a origem internacional das mercadorias contrabandeadas. Antes, o juiz havia solicitado a mesma perícia ao Instituto de Criminalística do Maranhão, mas os resultados, segundo Ronaldo Maciel, não foram esclarescedores quanto a origem do contrabando.
O laudo da Polícia Federal que chegou ao juiz Ronaldo Maciel confirmou que não há indícios de falsificação e que a mercadoria chegou ao Brasil de forma clandestina.

Entenda o caso

No dia 22 de fevereiro o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, afirmou que policiais militares encontraram durante uma operação um porto privado localizado no Arraial, no Quebra Pote, em São Luís. Depois de abordagens, três pessoas foram identificadas como militares. Armas, bebidas alcoólicas e cigarros também foram apreendidos.

No sítio, descobriu-se um esquema criminoso formado pelo policiais para cobertura armada através de milícia para organização criminosa, segundo informado pela SSP. Na mesma noite da operação, o então superintendente de investigações criminais, Tiago Bardal, foi abordado por policiais nos arredores do sítio. Segundo o secretário Jefferson Portela, ao ser questionado o superintendente afirmou que estava vindo de uma festa, mas depois mudou a versão falando que procurava um sítio para compra.

Na tarde do dia 22 de fevereiro Tiago Bardal foi exonerado do cargo e depois a SSP pediu a prisão preventiva dele, que foi acatada pela justiça e cumprida no dia 2 de março. No dia 23 de fevereiro, a delegada Nilmar da Gama assumiu o cargo de superintendente da Superintendência de Investigações Criminais (SEIC).

Dois galpões com as mercadorias já foram encontrados pela políciaaté o momento e, posteriormente, outros policiais acabaram presos por suposta participação na quadrilha. Dentre eles está o coronel Reinaldo Elias Francalanci.

No início do mês, o advogado do delegado Tiago Bardal informou que o cliente dele está sofrendo perseguição política e o coronel Elias Francalanci disse, antes de ser preso, que não sabia do que estava sendo acusado.

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