domingo, 18 de março de 2018

VIVER COMO GRÃOS QUE SE DOAM

Você já pensou em como é verdade que as coisas mais importantes requerem grande gasto de tempo e energia?
Considere, por exemplo, a vida de um bebê, que demora nove meses para nascer e a quem a mãe nutre e carrega desde os primeiros momentos, cada vez mais pesado, até que, após o nascimento, venham a amamentação, os cuidados constantes, as noites mal dormidas...
Ou então a formação educacional, com seus muitos anos de estudos, lições de casa, trabalhos e provas, a qual compromete um período enorme da existência de cada pessoa.
Imagine agora se as mulheres resolvessem não ter filhos, pelo trabalho que eles dão; se os estudos fossem abolidos, por serem algo que exige muito esforço e tempo: simplesmente, em um futuro não muito distante, já não haveria gente no mundo e a humanidade perderia todo o conhecimento acumulado ao longo dos séculos. Isso não seria nada bom, não é?
Esses exemplos querem apontar para que Jesus hoje nos ensina: se o grão que cai na terra "não morre" (não se doa), perde o sentido de existir, se, ao contrário, "morre" (se doa), cumpre sua missão, e o ciclo da vida tem continuidade.
Jesus foi um grão que se doou perfeitamente. Seu fruto, portanto, também foi perfeito: a vida eterna. Ele nos mostra que todos nós - cada um no caminho que lhe é próprio - somos chamados a não nos apegarmos, de forma egoísta, à própria vida, e sim "perdê-la", doando-a ao próximo. Assim como fazem os pais e mães, os professores, os estudantes que se dedicam para que o futuro possam usar seus conhecimentos em favor do bem comum...
Sejamos, pois, grãos que não têm medo nem preguiça de se pôr a serviço da Vida, sabendo que, em cada fruto gerado no mundo por meio de nosso esforço e cansaço, o nome do Pai é glorificado e o amor doado por Jesus continua a agir entre nós.
A. Soares

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