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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tuntum em Retalho

4ª Parte

José Remy Alves e Silva



O primeiro médico a erradicar-se em Tuntum foi o Dr. José Ribamar de Medeiros, (Dr. Medeiros) que  em 1970 fixou  residência e implantou a medicina acadêmica e mais tarde contraiu casamento com Braunyene, filha de Gerardo Uruçu e Inocência Uruçu. Antes a população recebia assistência médica, do prático e autodidata Zequinha Enfermeiro e esporadicamente do Dr. Armando que era pecuarista em Tuntum, mais residia na cidade de Dom Pedro, e, também o Dr. Adrian Berrospi, médico de Presidente Dutra, que vinha aos finais de semana e atendia a população na farmácia Santa Fé, de dona Inocência Uruçu. Dr. Medeiros  nasceu na cidade de Patos no estado da Paraíba.
Tuntum, no passado, foi voltado eminentemente para a pecuária e agricultura, os jovens não tinham alternativas no que tange a profissionalização, por que o município  era carente de ensino coletivo e não tinham como adquirir essa concepção técnica pela falta de colégios e professores. A única alternativa era buscar outras profissões, portanto os jovens enveredam-se atrás de outras carreiras com isso nasce o ciclo das profissões consideradas de elite nas décadas de 50, 60 e 70, a saber: Alfaiate, motorista e sapateiro. O sapateiro que se destacou em Tuntum foi Júlio do Nascimento Dantas oriundo da localidade Jacus no município de Oeiras, Piauí, mestre Júlio era aficionado pelo Direito, não freqüentou os bancos das universidades, mas em 1972 ganhou o cargo de advogado provisionado, antes com a criação da cadeia pública Fausto Pai d’Égua, meu tio avó, foi nomeado delegado (foram Delegados em Tuntum: Raimundo Nonato Gonçalves (Seu Nona),Otílio, Francisco Lima, Marinho Gonçalves de Moares , João Borba, Erimilton e João Antero)  e ele escrivão de policia. Júlio Dantas foi vereador em Tuntum de 1963 a 1977, e em 1994 recebe o título de cidadão tuntuense. Esse ilustre cidadão prestou relevantes serviços a este município. Em 1964, conforme dispositivo da Lei 4.125 de abril de 1963, Eurico Ribeiro, Deputado Federal consegue as nomeações  de Paulo Andrade, Juiz, Odilo Cruz ,( seu Dodô) Promotor e Alfileno Léda Oficial de Justiça.
  
Quanto a origem do nome do município, sabe-se de três  versões:

  1. O som tun.... tun.... tun.... conforme  IBGE, registro feito pelos seus empregados em meados do século XIX ao subirem o rio Mearim e entrando no riacho de Tuntum que ainda não tinha nome e sim um código de referência, acamparam exatamente onde hoje está instalado o Banco do Brasil (rua do Zé Preto), o riacho neste ponto tinha árvores altas (palmeiras, atracas, sapucaias, pau-d’arco, angicos,gameleiras, imbaúba,  ingás etc.) que cobriam todo trajeto do riacho como uma cúpula de uma catedral, as gotas d’água que descia pelas raízes  emergentes dos paredões  areníticos que formavam o riacho  caia nas cacimbas     compassadamente, uma após outra numa acústica de fazer inveja, determinada pela natureza como som  da cadência de um bumbo, tun...tun...tun...tun.... Obs: Essa dádiva, que a natureza nos legou (as pedras retiradas desses paredões servem hoje  de alicerces para as residências, outras edificações e pavimentação das ruas. A precursora dessa destruição -“pasmem” - foi a Igreja católica  de Tuntum, o nosso templo foi construída toda em pedras retiradas dos paredões e do leito do riacho,  essas destruições  foram capitaneada pelos Padres capuchinhos – Debita-se também, como vilão dessa destruição o Velho Julião e sua família, que se intitulava dono das pedreiras do riacho), foi destruída e mais tarde contaminado pelo poder público  haja vista, a falta de saneamento básico, “fossas assépticas”,  aterro sanitário, pelos moradores que residem as margens do riacho  e pelos empresários donos de cerealistas (usinas de arroz) e  de serrarias, os vilões da Historia são: Luiz Gonzaga, Manoel Valente, Alípio Coelho, Abelardo, Gerardo Urucu, Antônio Joaquim, João Ferreira, Carlito Cunha, Franckalino, Cornélio Noleto,  Clinica São José , hospital Hermes Cunha, etc., que despejavam direto no leito do riacho, palha de arroz, pó de serra e outros excessos oriundos das usinas de arroz, serrarias e o pior,  lixo hospitalar, contaminando uma água de mesa, transparente, límpida, inodora, cristalina, própria para o consumo, e com certeza sem a necessidade de exame bacteriológico. Na época, não havia uma política AMBIENTAL, por parte do executivo municipal,  nem sequer,  SE FALAVA EM PRESERVACÃO DE MEIO AMBIENTE, portanto, conscientizar esses empresários, quanto ao futuro desse manancial, que hoje lamentavelmente agoniza ferido de morte, com certeza, isso nunca foi ventilado, eles nunca atentaram  para esse desfecho e nenhum tipo de alerta  foi dado a esses cidadãos.  (só nos restam lamentos).
  2. Nas proximidades do riacho de Tuntum habitavam muitos animais silvestres e essa fartura atraia muitos caçadores das cercanias que, já com bastante conhecimento da abundância da fauna na época principalmente dos animais quadrúpedes desenvolveram uma técnica  que embora rudimentar atraia suas presas,  consistia em bater repetidas vezes no solo fofo ritmadas pancadas cujo o som dava a conotação auditiva de algo similar a: tun.... tun.... tun.... tun...  O trajeto entre suas residências e o local da caça  era de difícil acesso sendo que o filho de um dos caçadores que tinha participado de uma caçada ao local sugeriu ao pai dizendo-lhe: Pai, por que não vamos morar logo naquele seu “tun.... tun....tun.... tun.... lá tem caça, tem fruto, tem tudo! ”. A expressão agreste e forte em pouco tempo se converteria em substantivo próprio, e o desígnio do bom destino, breve e magistralmente  o transforma na magnífica TUNTUM, terra das mais belas mulheres do Maranhão, das sertanejas morenas trigueiras e das louras rosa  dos lábios carnudos, dos  olhos da cor de jabuticaba, de mel e azul da cor do céu . Seria também por isso que a até hoje o substantivo próprio “Tuntum” congregaria (e de fato congrega) tanta admiração  e curiosidade ao Maranhão e ao Brasil. Seria por isso ainda que toda família Tuntuense, lhe, seria, eterna e orgulhosamente grata, se de fato, assim tiver ou tivesse sido. Ou, seja, sairia do abstrato fator, lenda, e entraria definitivamente para o campo: fator... história!   
  3.  O som, tun.... tun.... tun.... tun... era produzido pelo  coco babaçu   que caiam        sobre as     pedras   da beira do riacho.                             
  4. FONTE: IBGE, ICA, IGHMA, ODILO CRUZ (SEU DODÔ), JOSÉ COSTA CARVALHO (DECO), PAULO ANDRADE, DIONISIO  BENVINDA, SR PEDROCA. PROF. JEAN

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Ex-secretário de Saúde de Tuntum perde reeleição


A prepotência, ostentação, arrogância e falta de consideração com os que favoreceram seu sucesso na vida fez com que o prefeito de Poção de Pedras, Gildásio Silva (PSDB), fosse derrotado nas eleições pelo empresário Augusto Inácio Filho, o “Júnior Cascarias” (PRB), com uma diferença esmagadora de 1518 votos.

O prefeito e candidato derrotado à reeleição, já foi alvo de graves denúncias, a exemplo, que prefeitos maranhenses estavam chegando aos municípios a bordo de helicópteros, e Gildásio Silva, de Poção de Pedras, teria gostado tanto do novo meio de transporte que teria adquirido uma aeronave deste tipo por cerca de R$ 1,5 milhão.

A ostentação foi confirmada pelo blog “Poção de Pedras Quem Ama Curte”, denunciando que logo nos primeiros três meses de mandato, Gildásio visitava o município a bordo de um helicóptero e desfilava em carrões importados, quadriciclo e teria comprado a casa mais cara avaliada pelo mercado imobiliário da cidade.
Blog Poção de Pedras Quem Ama Curte



domingo, 21 de outubro de 2012

Tuntum em Retalho

3ª Parte
José Remy Alves e Silva


Em 1959, são  eleitos em Tuntum pelo sufrágio os seguintes Vereadores: Jose Costa Carvalho (Deco), Antonio Fernandes de Souza, Marinho Goncalves de Moraes, Edésio Gomes Fialho, Belchor Carvalho Costa, Adão Gomes da Costa, Joao Patrício Gomes, Jose Pereira da Silva e Astolfo Seabra de Carvalho que foi o primeiro presidente da Câmara e Prefeito em exercício, dirigiu o Município  por aproximadamente um ano até que se resolvesse a querela eleitoral entre Manoel Valente  candidato da UDN apoiado por Manoel Gomes “Deputado Estadual”  e Pedro Braga “Deputado Federal”  e Ariston Léda  candidato do PSB apoiado pelo Deputado Ariston Costa “Deputado Estadual” e Eurico Ribeiro “Deputados Federal”. Seabra, instala em Tuntum duas unidades geradora de energia elétrica “dois grupos geradores MWM-KD-12 com a capacidade de 50 kVA cada” e os munícipes passam a dispor de energia elétrica  das 18:00 as 22:00h, dando descanso aos velhos candeeiros, lamparinas, lampiões  e os jantares românticos a luz de vela. Operavam essas Unidades Termoelétricas os mecânicos: Elias Matos “o mestre Elias” (chefe do parque energético),  Raimundo Dó e Tonheira.
Em 1973, Tuntum e o Maranhão  passa a ter uma geração de energia elétrica de qualidade com a inauguração da usina hidrelétrica de Boa Esperança, com isso apagam-se de vez as lamparinas, candeeiros e  alguns colégios passam a funcionar no período noturno, que foi o caso, do Colégio Comercial e Ginásio Bandeirante.
Em 1974, Tuntum ganha duas salas de cinema a sétima arte chega através do: Coletor Estadual Yoná Pacheco – Canecão, e do grande empreendedor Frei Dionísio Guerra com o Canequinho.
Em 1963, é a vez da família Teixeira instala-se em Tuntum, capitaneada pelo patriarca José Teixeira,  oriundos da cidade  de Água Branca, no estado do Piauí, grandes empreendedores no ramo do agronegócio e do transporte de superfície. Seu filho, Bento Teixeira, implanta a primeira empresa de ônibus (ônibus modernos com bancos revestidos em veludo e reclináveis) local, ligando Tuntum a Teresina  capital do Estado do Piauí. Mais tarde, Bento se envereda pela política partidária elege-se Prefeito, foi  durante sua gestão frente ao executivo municipal que o Governo Federal pois em prática o projeto hidroagrícola da construção de uma barragem na confluência dos rios Mearim e Flores, com isso Tuntum perde uma quantidade significativa de seu território e Bento Teixeira perdeu uma oportunidade de OURO, de barganhar “exigir” da SPEVEA, SUDENE, SUDAM e DNOS em troca desse território que ficou submerso a construção  as suas expensas de uma cidade hortifrutigranjeiro, uma estação de tratamento de água com adutoras e bombeamento de água para sede do município por um período de 50 anos.  Tuntum sempre foi marcada pelo bipartidarismo, a cidade não é regida por partidos políticos tradicionais, os partidos são COBRAS e LABIGOS, essa denominação aconteceu na decada de 70.  Bento Teixeira e Hélio Araújo, eram correligionários politicos e com o raxa entre os dois  e por ser Helio Araújo um cidadão pacato de fala mansa,  tranquilo, o seu opositor Bento Teixeira,  passa a alertar  seus eleitores e correligionários  quanto a postura do oponente “cuidado com o HÉLIO, aquele jeito pacato é só a casca! Aquilo, é uma cobra mansa”, depois desse episodio os opositores passaram a chamá-lo de COBRA. Quanto aos Labigós, a denominacão também aconteceu na decada de 70, José Uruçu, era prefeito e Luiz Gonzaga da Cunha seu antecessor, em pleno período de excessão, “ditadura militar”, invade a prefeitura, apodera-se do paço municipal e bani na marra seu sucessor José Uruçu, repetindo tudo que o Deputado Ariston Costa havia lhe feito antes que era ter na marra o controle do municipio.
Solidários a Zé Uruçu, José Justino e Silva “Zé da Mata” José Corelo, Osvaldo Correa Lima, Inocência Uruçu, Maroca, Júlio do Nascimento Dantas, Raimundo Lourenco  e outros vereadores  buscam apoio em São Luis, junto ao Governador Pedro Neiva de Santana, onde o mesmo ciente dos fatos, pede o apoio ao Presidente da assembléia legislativa do estado o deputado  estadual Manoel Gomes e ao deputado federal Eurico Ribeiro para que eles entervenham e convença Luiz Gonzaga a abondanar as instalações do executivo e reempossar  Zé Uruçu ao cargo de Prefeito, (a praça São Francisco virou um front, desfilavas pelas calçadas homens das duas alas armados e temidos pela população a saber: Os Arapuás, Bandeiras, Paraibanos, Juas, Carvalhos, Torres, Alagoanos, Bastos  etc. E o cangaço foi armado e se aglomeravam em todo quadrilatero próximo a Prefeitura , Chico Uruçu vai a Sao Luis e traz a  policia militar  comandada pelo então Sargento Macedo, com a presença desses militares fortemente armados os animos foram acalmados. O clima tenso era quebrado pelas inconfundiveis gargalhadas de Fernando Caroço, que se assemelha hoje as risadas do Bira baixista  do talk show Jó Soares da Globo), cumprido a determinação do governador, “a reunião para tratar desse evento deu-se em Presidente Dutra, no cartório do Olavo Sampaio, onde foi lavrado pelo Advogado James Calado representando a OAB/TRE o termo de reintegraçao e esse feito teve o apoio  do rábula Joaquin Elias.” Zé Uruçu, investi-se novamente de prefeito e começa o foguetório na calçada do João Pinheiro com o Coletor estudual José COSTA filho, casado com a neta do prefeito (Edivanda)   que ovacionava “morreu labigó” e ao ser indagado porque labigó, Costa foi enfático e respondeu na bucha, ora se Uruçu é uma abelha o único animal que quer exterminar abelha é labigó, daí então os opositores dos cobras passaram a ser chamados de Labigó. Vale salientar, que Bento Teixeira e Manoel Valente (sogro de Hélio), receberam  das mãos do Presidente da República General João Batista de Oliveira Figueiredo o título de maiores produtores de arroz do Maranhão.
Na década de 80, Tuntum, entra na era das comunicações, com o prefeito Luiz Coelho Batista “Luisão” , que implanta uma repetidora de televisão e um posto telefônico da Telma – Telecomunicações do Maranhão, seguidamente as residências passam a receber telefones convencionais e com este feito Tuntum sai do isolamento e integra-se aos meios de comunicação através das ondas eletromagnéticas. Luisão pavimentou a cidade  toda com pedras e foi o prefeito que mais investiu em saneamento básico, a Caema – companhia de água e esgoto do maranhão  foi instalada em Tuntum durante o seu governo...
 
FONTE: IBGE, ICA, IGHMA, ODILO CRUZ (SEU DODÔ), JOSÉ COSTA CARVALHO (DECO), PAULO ANDRADE, DIONISIO  BENVINDA, SR PEDROCA. PROF. JEAN

sábado, 20 de outubro de 2012

Povoado Creolí do Bina comemora a vitória de Dr. Tema e Zé do Feliciano.








                Os eleitores do prefeito eleito Dr. Tema e do vereador Zé do Feliciano ainda comemoram, hoje parte da população do povoado, liderado por Zé de Ourinho, se reuniram harmoniosamente para festejarem a vitória com muita cerveja e churrasco. Confira as imagens...