A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Maranhão (SSP) informou nesta quarta-feira (30/4) que o ovo de Páscoa ingerido por uma mãe e seus dois filhos no município de Imperatriz continha chumbinho – um pesticida usado de forma clandestina no Brasil para matar ratos.
Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7 anos, morreram com cinco dias de diferença após consumirem o doce. A mãe, Mirian Lira, chegou a ser internada.
Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, é a principal suspeita de ter envenenado a família. Ela está presa desde o dia 17 de abril. Informações preliminares indicam que ela é ex-namorada do atual companheiro de Mirian.
Relembre o caso
- O ovo de Páscoa envenenado foi entregue na casa de Mirian Lira, de 32 anos, mãe de Luís Fernando Rocha Silva, de 7 anos, e de Evelyn Fernanda Rocha Silva, de 13, por um motoboy na noite de quarta-feira (16/4). Junto do doce estava um bilhete que dizia: “Com amor, para Mirian Lira. Feliz Páscoa”.
- Os três comeram o chocolate, passaram mal e foram internados em estado grave.
- Luís Fernando, de 7 anos, não resistiu e morreu logo depois de chegar ao hospital. Cinco dias após a morte do irmão, Evelyn Fernanda, 13 de anos, também faleceu.
- No dia 17 de abril Jordélia Matos Araújo, de 36 anos, foi presa. A suspeita é ex-namorada do atual companheiro de Mirian Lira.
- As investigações apontam que Jordélia chegou a entrar disfarçada, com peruca e óculos escuros, em uma loja para comprar o chocolate antes da entrega.
“A SSP comunica, ainda, que o inquérito instaurado pela Delegacia de Homicídios de Imperatriz para investigação do caso foi concluído e remetido à Justiça no prazo de 10 dias, como previsto em lei. Diante das robustas provas, ela foi indiciada pelos homicídios qualificados de Evillyn Fernanda, de 13 anos, e de Luís Fernando, de 7 anos”, informaram em nota.
Com base no laudo pericial, o veneno estava no ovo, nos corpos das vítimas e no material recolhido com Jordélia quando ela foi presa. Com a conclusão do inquérito, a suspeita deve ser indiciada por duplo homicídio e tentativa de homicídio por envenenamento.
A suspeita foi transferida para o presídio feminino em São Luís, onde vai aguardar julgamento, segundo a secretaria.
“Só Deus mesmo. Daqui para frente não tenho nem um pouco de noção como que vai ser. Só quero que seja feita justiça porque foram meus dois filhos que eu não vou ter mais de volta. Então é só o que eu peço: justiça”, disse Mirian em entrevista TV Mirante, afiliada da Rede Globo em Imperatriz. DoMetropolés