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sábado, 7 de dezembro de 2019

Comerciante é executado a tiros em Senador Alexandre Costa

Ademar Filho

Ademar Pessoa de Carvalho Filho, de cerca de 35 anos, foi executado com vários disparos de arma de fogo por volta da meia noite dessa sexta-feira (06), na cidade de Senador Alexandre Costa. De acordo com informações repassadas ao blog do Lobão, Ademarzinho ou Índio, como era conhecido pela população, conduzindo um veículo, havia deixado sua lanchonete, localizada no centro da cidade, e teria se dirigido à sua residencia, na rua do Hospital, juntamente com sua esposa e uma criança, momento em que foi abordado pelos criminosos.

Ainda conforme as informações, os suspeito, que estavam conduzindo um veículo Corolla, esperaram sua esposa e a criança saírem do carro, para em seguida efetuarem os disparos. A vítima não teve tempo se quer de esboçar qualquer reação, recebendo simultaneamente diversos disparos. Após o ato, os criminosos saíram do local em alta velocidade sem deixar nenhuma pista.
As suspeitas é que Ademarzinho tenha sido morto em um possível acerto de contas ou por vingança, já que no passado ele teria se envolvido com coisas ilícitas, inclusive o mesmo já tinha passagem pela polícia.    

Indígena é morto e outro é baleando entre Barra do Corda e Grajaú; BR 226 é interditada


Dois indígenas, ainda não identificados, foram alvejados a tiros no início da tarde de hoje, na BR 226, próximo a aldeia El Bete, localizada entre as cidades de Barra do Corda e Grajaú. Em razão da gravidade dos ferimentos uma das vítimas foi a óbito ainda no local.

Conforme relato do índio sobrevivente, eles estavam em uma motocicleta, modelo Pop, quando foram surpreendidos por disparos de arma de fogo que vinham da direção de um carro de passeio de cor branca.

Após o incidente, muito revoltados, os indígenas da aldeia interditaram a BR 226 ateando fogo em troncos de madeira. A polícia foi acionada para tentar localizar e prender os suspeitos do atentado. Até o presente momento não se sabe quem teria cometido o ato criminoso.   

Assaltantes explodem banco, fuzilam viatura e roubam dinheiro em Turiaçu


Um grupo de criminosos atacou a agência bancária do Bradesco em Turiaçu, a 252 km de São Luís, na madrugada deste sábado (7). A quadrilha destruiu o banco e também atacou um posto da Polícia Militar, além de uma viatura, que ficou com várias perfurações de balas.

Segundo moradores, vários tiros de fuzil foram ouvidos e ao menos duas pessoas chegaram a ficar reféns, mas foram depois foram liberadas após a ação criminosa.

Não houve reação da polícia durante o assalto porque os criminosos chegaram de surpresa e em grande número, além de portar armas de grosso calibre. Os criminosos fugiram e ninguém foi preso.

Ainda não há informações sobre a quantidade de dinheiro roubada pela quadrilha. Esse tipo de assalto, com invasão de cidades por grande número de bandidos, é conhecido como “novo cangaço”. Essas quadrilhas contam com a participação de assaltantes de outros estados, mas com apoio e suporte de pessoas do Maranhão.

Segundo o comando da Polícia Militar, foi realizado um cerco na região na tentativa de prender a quadrilha.
Gilbertolima

Com milhares de pessoas, governador inaugura novo Calçadão de Imperatriz


Foram décadas de espera, mas no final da tarde desta sexta-feira (6), o governador Flávio Dino entregou a obra de reforma completa do Calçadão de Imperatriz, um dos maiores e mais tradicionais centros de comércio popular da Região Tocantina, beneficiando lojistas e consumidores de Imperatriz e cidades circunvizinhas. A cerimônia de entrega atraiu milhares de pessoas para o local.
Construído em 1979, essa é a primeira vez que o espaço recebe uma grande obra de revitalização. Orçada em R$ 3,4 milhões, a obra incluiu a construção da cobertura e de quiosques, serviços de urbanização e paisagismo, recuperação de iluminação, implementação do sistema de combate a incêndio e adequações necessárias para receber pessoas com deficiência físicas.
Além dessas melhorias, o espaço agora conta com sistema de drenagem e parte do piso central em concreto armado. Nas laterais, foi aplicado o piso intertravado, formado por blocos de concreto que facilitam a manutenção.
O escoamento da água da chuva também foi pensado para a nova cobertura, que dispõe de conexão das calhas com a drenagem. A cobertura é revestida com telhas termoacústicas, que reduzem o consumo de energia e os ruídos externos. Com a obra, o Calçadão de Imperatriz passa a ser a primeira rua  comercial coberta do Maranhão.
O governador Flávio Dino foi recepcionado com muito carinho pelos imperatrizenses, incluindo um grupo de mototaxistas, que aproveitou a oportunidade para agradecer pela recente medida do governador que isentou esses profissionais do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) a partir de 2020.
Para o governador Flávio Dino, a obra se insere na estratégia do Governo do Maranhão de valorização do espaço público, dinamismo econômico e geração de oportunidades de emprego e renda. O governador lembrou que o Calçadão entra no rol de conquistas que a gestão estadual vem garantindo à população de Imperatriz e região.
“Demos um passo muito importante hoje, porque, junto com a Beira-Rio, com a climatização do Centro de Convenções, o Calçadão faz parte da identidade da cidade de Imperatriz, e agora valorizado, qualificado e pronto para atrair novos consumidores”, frisou o governador.
Flávio Dino ressaltou, ainda, outros investimentos que serão entregues nos próximos meses na cidade, como a Casa do Idoso e a Casa da Mulher de Imperatriz.
“É uma forma de estimular o empreendedorismo e a geração de oportunidades de investimentos, empregos aqui na região, além de ter ficado um espaço muito bonito, que mostra o respeito que eu sempre reitero e sublinho, que eu tenho com a cidade de Imperatriz e com a região Tocantina”, afirmou.
Como parte da programação de inauguração do novo Calçadão de Imperatriz, a Associação Comercial de Imperatriz realizou o sorteio de diversos brindes, e o cantor Erasmo Dibell fez um pocket show no encerramento da festa.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

CONTRAPONTO: Eterno João, o poeta do povo



Boa noite, caros leitores!

A Coluna Contraponto dessa quinzena será uma edição especial. Diferente das outras análises, onde abordo um tema atual, neste texto, irei falar do “Maranhense do século XX”, que hoje (06/12/2019), faz 23 (vinte e três) anos de sua morte. Vamos lá...



Eterno João, o poeta do povo

João Batista do Vale, esse é o nome do cantor e compositor, mais conhecido por João do Vale, eleito o “Maranhense do século XX”. Apesar da sua carreira brilhante, do reconhecimento nacional e das inúmeras músicas de sucesso, muitas vezes é esquecido pela maioria de seu próprio povo.

Nasceu em 11 de outubro de 1934, na cidade de Pedreiras, interior do Maranhão, filho de lavradores humildes. Aos 13 (treze) anos, mudou-se para São Luís, onde integrou o “Linda Noite”, grupo de bumba-meu-boi, para o qual compôs versos.

Passados 02 (dois) anos, partiu em jornada para o Rio de Janeiro, lugar que sempre desejou morar. No longo trajeto, pedindo carona nas boleias de caminhões, passou por diversas cidades (Teresina/PI, Fortaleza/CE, Teófilo Otoni/MG), desempenhando as mais variadas tarefas, como pedreiro, ajudante de caminhão, artista de circo e garimpeiro.

Chegando ao Rio de Janeiro, começa a trabalhar numa obra em Copacabana, como pedreiro, além de frequentar as rádios da cidade, em busca de divulgar suas músicas aos artistas da época. Por ser analfabeto, era frequentemente desprezado. Compensava a falta de leitura com um dom natural: decorava as canções e letras na cabeça.

A situação começou a mudar, quando o sanfoneiro Zé Gonzaga, irmão de Luiz Gonzaga, gravou uma música de sua autoria, “Madalena”, que deslanchou no Nordeste. Nesse período, foi apresentado à cantora Marlene, uma das rainhas do rádio, que interpretou o baião “Estrela Miúda”, fazendo sucesso instantâneo na capital fluminense.

Certa vez, após ouvir sua canção num programa de rádio, João comentou com seus colegas da obra, que aquela música era de sua autoria. Eles duvidaram e lhe disseram que o sol quente estava prejudicando seu juízo.


Pouco tempo depois, começou a se apresentar no restaurante “Zicartola”, onde veio a grande oportunidade de sua carreira: o show “Opinião” (1964), dirigido por Oduvaldo Viana Filho, Paulo Pontes e Armando Costa. Com sua canção “Carcará”, magistralmente interpretada por Maria Betânia, obteve grande fama.

Daí pra frente, João deslanchou, apresentou-se em programas de rádio, televisão, fez trilha sonora de filmes (“Meu nome é Lampião”) e de telenovelas, como “Cordel Encantado”, da Rede Globo.

Faleceu em 06 de dezembro de 1996, há 23 (vinte e três) anos, em São Luís, vítima de um derrame cerebral. Deixou uma obra admirável, ganhou o título de “Maranhense do século XX”, mas não o reconhecimento da sua gente, sendo muitas vezes esquecido. Seu maior trunfo foi sempre cantar as dificuldades da vida de sertanejo pobre. Jamais esqueceu as origens humildes do interior do Maranhão, com sua simplicidade e talento, conquistou o país.

João, ainda em vida, teve o orgulho de ser admirado por colegas de infância, além de vários expoentes da música popular brasileira, como Alceu Valença, Chico Buarque, Edu Lobo, Fagner, Maria Bethânia, Nara Leão, Zé Ramalho, entre outros. Até hoje, grandes nomes da MPB continuam a cantar seus sucessos, músicas imortais como “Carcará”, “Pisa na Fulô”, “De Teresina a São Luís”, “Peba na Pimenta”, “Canto da Ema”, “A Voz do Povo”, “Estrela Miúda”, etc.

Simples nas palavras e grandioso no talento, João do Vale foi eternizado pelo seu dom, reconhecido em todo Brasil e respeitado por grandes artistas. Nós, maranhenses, não podemos esquecer desse importante personagem da nossa cultura, que nos representa tanto, cantando nossas dificuldades e exaltando as origens interioranas.

É, querido João, como bem cantou em sua música “A Voz do Povo”, você foi uma “flor que o vento jogou no chão”, mas deixou “galhos”, para futuras “flores brotarem”, a morte pode até te levar, mas o teu legado “ficará boiando no ar”, como um farol cultural, como uma inspiração!



– Franklin Torres é advogado, natural de Presidente Dutra/MA.


“Eu sou a flor que o vento jogou no chão/
Mas ficou um galho/
Pra outra flor brotar/
A minha flor, o vento pode levar/
Mas o meu perfume fica boiando no ar.”

JOÃO DO VALE – A VOZ DO POVO

VILA REAL: Prefeito Dr. Tema inaugura neste sábado (7) mais um sistema de abastecimento de água

Inauguração do sistema de distribuição da Vila Bento

O prefeito de Tuntum, Dr. Tema, entrega amanhã (07) mais um sistema de distribuição de água potável dos seis poços que perfurou recentemente para otimizar o abastecimento nos bairros e povoados.
A terceira comunidade contemplada com o projeto de melhoramento de abastecimento será a Vila Real, bairro próximo a Vila Luisão, que antes não tinha um poço exclusivo, o que vinha tornando o abastecimento irregular, inviabilizando até o banho de chuveiro. Com a perfuração do poço, o bairro ganha independência e autonomia na distribuição, satisfazendo todos os moradores com a qualidade da água.
Inauguração no residencial Floriano, povoado Arroz
A inauguração está prevista para as 16 horas. A expectativa é que parte dos moradores compareçam ao ato que irá solucionar definitivamente o abastecimento, hoje já comemorado de forma antecipada pela população.

Lula perde para Bolsonaro e Moro, revela pesquisa


Jair Bolsonaro seria reeleito caso as próximas eleições presidenciais fossem hoje. Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (6) pelo Instituto FSB e pela Veja. De acordo com o estudo, que avaliou os diversos cenários eleitorais possíveis para 2022, Bolsonaro ganharia de Lula no segundo turno com uma diferença de cinco pontos percentuais. Mas passaria com facilidade por Haddad, Ciro, Huck e Doria. O presidente só teria a reeleição ameaçada caso o ministro da Justiça, Sergio Moro, resolvesse entrar no páreo.
De acordo com a pesquisa FSB/Veja, em um cenário em que Bolsonaro (s/partido) e Lula (PT) se enfrentam na disputa presidencial, o atual presidente receberia 32% dos votos e Lula, 29%. Ainda haveria 9% de votos para Ciro Gomes (PDT), 9% para Luciano Huck (s/partido), 5% para João Amôedo (Novo) e 4% para João Doria (PSDB). No segundo turno, Bolsonaro também sairia na frente com 45% dos votos válidos, contra 40% de Lula. Nesse caso, 10% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos candidatos, 4% anulariam o voto, 1% votaria branco e 1% não respondeu.
Já se o ex-presidente Lula continuasse inelegível e apontasse Fernando Haddad como o nome do PT para 2022, Bolsonaro receberia 33% dos votos; Haddad, 15%; Luciano Huck, 12%; Ciro Gomes, 11%; Amôedo, 5%; e Doria, 3%. No segundo turno, porém, o atual presidente ampliaria a distância do PT: Bolsonaro teria 47% dos votos e Haddad 32%.
Caso Bolsonaro não concorra e Lula enfrente Moro nas eleições de 2022, o atual ministro da Justiça também ficaria à frente do ex-presidente. Moro teria 32% dos votos e Lula 29% no primeiro turno. E essa distância se ampliaria no segundo turno: 48% x 39%. Se a disputa fosse entre Moro e Haddad, o ex-juiz também ganharia. Em um possível segundo turno, ele teria 52% dos votos e Haddad, 29%.
Já se Moro concorre com Bolsonaro e Haddad, Bolsonaro teria 28% dos votos; Haddad, 16%; Moro, 15%; e Huck, 13% no primeiro turno. Caso acontecesse um segundo turno entre Bolsonaro e Moro, contudo, haveria um empate técnico. É que, hoje, a pesquisa aponta 36% de votos para Bolsonaro e outros 36% para Moro, além de 2% de votos brancos e 7% de nulos. Nesse cenário, 18% dos entrevistados não votaria nem em Bolsonaro nem em Moro e 1% não respondeu.
A força eleitoral de Sergio Moro fica ainda mais clara quando os entrevistados foram questionados sobre quem poderia receber o seu voto em 2022. Neste caso, 56% disseram que poderiam votar em Moro, 49% em Bolsonaro, 47% em Luciano Huck, 43% em Lula e 36% em Ciro Gomes. Quando a pergunta é invertida para “em quem você não votaria de jeito nenhum”, Moro também registra a posição mais confortável, com 35% dos votos. Já a maior rejeição é de Haddad. O petista tem 60% dos votos. Depois vêm Lula com 56%, Ciro com 54%, Doria com 52% e Bolsonaro com 48%.
A pesquisa do Instituto FSB e da Veja ouviu dois mil eleitores, dos 27 estados brasileiros, entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro de 2019, por telefone. A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%

IMAGENS DA TARDE: Ju Cabeleireiro, antigo aliado da oposição, diz que agora é Dr. Tema


Ju Cabeleireiro, conceituado mestre da beleza de Tuntum e região, confirmou que irá apoiar o prefeito Dr. Tema no próximo embate eleitoral. Para o ex-opositor de décadas, a decisão foi tomada com base no trabalho do prefeito ao longo dos anos, em que sempre desenvolveu também uma política de acolhimento aos mais humildes e sem discriminação, principalmente na área de saúde. A família de Ju, toda radicada em Tuntum, sempre seguiu sua orientação política.  

Carro cai de ponte dentro de rio e mata duas pessoas o interior do Maranhão


A Polícia Miitar (PM) informou que após cair da ponte dentro do rio Una, um veículo ocupado por três passageiros foi encontrado na manhã de quinta-feira submerso nas águas, próximo a região de Santana, na cidade de Morros, distante cerca de 98 km de São Luís.
Duas pessoas morreram, as vítimas foram identificadas como Josimar Nonato da Silva, de 70 anos, e José da Conceição, de 39 anos, eles ainda tentaram sair do carro, mas não foi possível. Segundo a Polícia Militar, a terceira pessoa seria uma idosa com idade aproximada de 80 anos que conseguiu sair antes da queda.
Os corpos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de São Luís. A idosa recebeu atendimento médico ainda em Morros, mas segundo o 27° BPM, ela já teria recebido alta médica.
Da Sueldasantos

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Ciganos são presos por assassinatos e tráfico de drogas


Os ciganos Danilo Pereira Costa, Arlan Pereira Costa e Antônio Pereira foram presos acusados de assassinatos e tráfico de drogas em Miranda do Norte. As prisões ocorreram nesta quinta-feira (5).
Segundo informações policiais, Danilo e Arlan respondem por 5 homicídios e venda de drogas.
No momento da prisão, a polícia encontrou uma grande quantidade de cocaína e pedras de crack embalada.
O trio foi encaminhado para a delegacia de Itapecuru-Mirim, onde foram tomados os procedimentos cabíveis.
Netoferreira

Sandes Fontes Decorações, um talento a serviço de Tuntum


A decoração de uma festa de casamento ou aniversário é o ponto alto da celebração. É a parte que chama a atenção dos convidados e torna o ambiente surreal. Em Tuntum, o decorador Sandes Fontes há anos vêm mostrando seu talento e satisfazendo toda clientela com um trabalho de excelência, o que lhe é peculiar na arte de decorar.

Com uma nova estrutura de apoio, o artista tuntunense vem sendo a diferença quando o tema é decoração. Sua sutileza profissional nos mínimos detalhes, têm mostrado o seu diferencial diante da concorrência. Procure satisfação, talento e qualidade para fazer de sua festa um grande momento em sua vida. Veja alguns detalhes produzidos por Sandes Fontes... 
 







Três suplentes de deputados federais do MA devem assumir nos próximos meses


Três suplentes de deputados federais devem assumir nos próximos meses
Elizabeth no lugar de Cleber; Júnior na vaga de Fufuquinha e Wolmer na cadeira de Edilázio.
Das 18 cadeiras pertencentes ao Maranhão na Câmara Federal pelo menos três delas serão alteradas nos próximos meses. Um trio de primeiros suplentes deve assumir o mandato.
O primeiro será o ex-prefeito de Pastos Bons, Dr. Antônio Elizabeth Gonçalo. O irmão do prefeito de Santa Rita assume o posto esta semana no lugar do deputado federal Cleber Verde (PRB), que pediu licença por motivo de saúde.
Lá por janeiro ou no início de fevereiro, o vice-prefeito do município de Caxias, Paulo Marinho Junior, irá ocupar o lugar do deputado federal André Fufuca (PP), que se afastará para cuidar de assuntos de interesses pessoais.
Mais adiante, será a vez do também primeiro suplente Wolmer Araújo, o advogado “pesqueiro” – filho do deputado estadual Edson Araújo – ficará no lugar do deputado federal Edilázio Júnior. Aliás, esta semana Wolmer assinou a ficha de filiação partidária do PSD, presidido no Maranhão exatamente por Edilázio. A dupla firmou uma série de acordos em diversos municípios maranhenses.
Domingos Costa

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Daniella Tema recebe alunas do projeto Escola de Lideranças para Meninas


A deputada estadual Daniella Tema (DEM) recebeu nesta quarta-feira (04), alunas do Projeto Escolas de Lideranças da ONG PLAN INTERNACIONAL do município de Buriticupu. Acompanhada das professoras do IFMA Danielly Pessoa, Maristhela Rodrigues e Karen Bertoldo, as meninas conheceram as dependências da Assembleia Legislativa, assistiram a sessão plenária do dia e em seguida participaram de um bate papo com a parlamentar no plenarinho.

“É uma honra poder receber essas meninas empoderadas que vieram de tão longe para conhecer como funciona a Casa do Povo. Tivemos uma experiência de receber a menina Júlia, que esteve conosco ocupando o nosso gabinete como parlamentar por um dia, um momento especial para todos nós. Parabenizo a ONG Plan, pela iniciativa, as professoras e agradeço as meninas pela visita. Contem com o nosso apoio no que for necessário para que possamos construir uma sociedade mais justa e de igualdade entre os gêneros”, afirmou a deputada Daniella Tema.

O objetivo central do Projeto Escola de lideranças pra meninas, é apoiar o empoderamento feminino para a prevenção das violências baseadas em gênero, desenvolvendo suas habilidades para a vida, seus conhecimentos sobre seus direitos e incentivando sua participação cidadã. A Escola tem duração de quase 80 horas, com encontros semanais facilitados por educadoras, e promove visitas a espaços como a Assembleia Legislativa, Ministério Público e prefeituras. A Escola de Liderança Para Meninas acontece atualmente no Maranhão, no Piauí e em São Paulo.

Joice Hasselmann acusa Eduardo e Carlos Bolsonaro de coordenar milícias virtuais e usar dinheiro público. Veja o Power Point


O site do Senado Federal disponibilizou a íntegra da apresentação feita pela deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) à CPMI das Fake News nesta quarta-feira 4.
Em sua exposição, a deputada acusou Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos de Jair Bolsonaro, de mandarem as milícias digitais e usado quase meio milhão de reais em dinheiro público.
A parlamentar fez uma apresentação em PowerPoint para mostrar a investigação sobre a chamada “milícia virtual” e afirmou que há um grupo organizado e financiado “com milhões” que ataca de maneira orquestrada alvos definidos por integrantes do que chama de “gabinete do ódio”, que seria formado por pessoas do clã Bolsonaro e tentou minimizar o papel de Bolsonaro no esquema.
Entre os diversos dados, em uma tela na CPI, a deputada exibiu reproduções de um grupo em uma rede social chamado “SECRETO2 G.O”, no qual, segundo ela, os integrantes coordenam os ataques nas redes, incluindo um dos assessores de Eduardo na Câmara. O levantamento apresentado pela deputada aponta que, somadas, as redes de Eduardo e Jair são seguidas por mais de 1,8 milhão de robôs, que seriam usados para impulsionar as informações falsas e difamatórias.
“Quero crer que o presidente [Bolsonaro] não sabe [dos ataques orquestrados], mas pelo que vocês vão ver nas mensagens do gabinete do ódio, o deputado Eduardo Bolsonaro está envolvido e é uma das lideranças”, disse.
Ela também acusou o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) de coordenar essa milícia. “As instruções são passadas por um grupo. São vários deles, mas um vou abrir para vocês. É um grupo do gabinete do ódio que tantos dizem que não existe. Vocês vão ver prints das conversas desses grupos. As instruções são passadas, principalmente pelo Eduardo e assessores ligados a ele. O Carlos [Bolsonaro] também teve muita atividade, mas agora ele está mais com o freio de mão puxado”, garante.
A ex-líder do governo no Congresso, que rompeu com o clã após não apoiar Eduardo Bolsonaro para a liderança da bancada,apresentou prints de conversas do grupo do Gabinete do Ódio no Instagram.
Segundo ela, o “gabinete do ódio” é formado por Filipe Martins, Tercio Arnaud, José Matheus e Mateus Diniz, que recebem cerca de R$ 491 mil para produzir fake news e memes contra ex-aliados e adversários políticos.
Joice disse ainda que sites laranjas são usados para divulgar as fake News e citou dois deputados do PSL que ele defende que deveriam ser investigados pela polícia. “Participação do Douglas Garcia e do Gil Diniz, isso merece uma boa operação da Polícia”, afirmou.

Zé de Lessa, bandido que comandou o maior assalto a banco do Maranhão, é morto pela polícia


Apontado pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) como o bandido mais procurado do estado, o baiano José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, foi morto na manhã desta quarta-feira (4) pela polícia no estado do Mato Grosso do Sul. A informação foi confirmada ao CORREIO pela SSP-BA - a pasta foi comunicada pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais da PM do MS que Zé de Lessa havia sido morto em confronto. 
Fundador e líder da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), de maior atuação na Bahia, ele era o ás de ouros do Baralho do Crime da SSP, um arquivo que reúne os principais criminosos do estado. A SSP-BA destacou que Zé de Lessa tinha envolvimento com ataques a bancos, assaltos a carros-forte, sequestro e tráfico de drogas. Ele estava escondido no Paraguai. Em 2018, ele quase foi preso, segundo a SSP-BA, mas fugiu.

"Estávamos há alguns anos trocando informações com a Polícia Federal e inclusive com a Polícia do Paraguai. Sabíamos que ele estava lá, trazendo droga para abastecer o BDM  [Bonde do Maluco] aqui no nosso estado e que, por algumas oportunidades nós tivemos quase próximos de pegá-lo, mas graças a Deus a polícia do Mato Grosso do Sul nessa ação conseguiu tirar ele de circulação. Para nós é um alívio e agora é trabalhar em cima das informações que eles detém lá. Já pedimos para a inteligência [da SSP-BA] averiguar o que tinha com ele, quem estava andando com ele para ver se tem a informação de prática de outros crimes aqui no estado", afirmou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, via WhatsAp para o CORREIO. O secretário está na Aústria, onde participa de viagem institucional para compra de novos armamentos. 
Além de Zé de Lessa outros três homens foram mortos e um foi preso na operação da polícia sulmatogrossense, que aconteceu em uma chácara localizada entre as cidades de Aral Moreira e Coronel Sapucaia. 
Segundo a polícia do MS, todos são suspeitos de integrar a quadrilha que atacou um carro-forte da empresa Brink’s na fronteira com o Paraguai na segunda-feira (2).
Zé de Lessa começou na vida do crime fazendo assalto a instituições financeiras. Foi preso algumas vezes e a última vez que saiu da prisão foi para terminar de cumprir a pena no regime domiciliar. Desde então, foi morar na cidade de Coronel Sapucaia, no Mato Grosso do Sul, divisa com o Paraguai, de onde começou a enviar carregamentos de drogas para abastecer sua quadrilha na Bahia.
Ele criou o BDM dentro da cadeia e logo sua facção passou a ganhar destaque. Tornou-se o principal rival da facção Katiara, comandada por Roceirinho, e passou a disputar pontos de droga com o rival. Ele tem entre seus principias comparsas alguns parentes.
Como surgiu Zé de Lessa
Na caatinga sem palmeiras de Cafarnaum, no Centro-Norte do estado, nascem juremas, mandacarus, aroeiras e caroás. Foi em meio a essa paisagem do sertão – mais especificamente, entre os pouco mais de 2 mil habitantes do povoado de Recife, quase na fronteira do município – que despontou o homem tido como um dos maiores criminosos do estado. Nesse cenário improvável de tranquilidade, nasceu José Francisco Lumes, o Zé de Lessa. 

Se nem o nome, nem a alcunha pela qual ficou famoso, trazem nada à mente, talvez o “currículo” o faça: Zé de Lessa é o Ás de Ouro do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), que indica os foragidos mais perigosos do estado. Segundo a polícia, ele liderava o Bonde do Maluco (BDM), considerada hoje a facção mais truculenta do estado.
Em novembro do ano passado, uma quadrilha roubou R$ 100 milhões em um banco em Bacabal, no Maranhão. Quem teria comandado o assalto foi o próprio Zé de Lessa, segundo a Secretaria da Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA). No entanto, ele estaria bem longe do Nordeste: os indícios são de que ele tenha ordenado o crime do Paraguai. Mas o irmão dele, Edielson Francisco Lumes, estava e foi morto pela polícia maranhense, após um confronto na mesma noite. No Maranhão, era Edielson, o Dó, o responsável por repassar as ordens de Zé de Lessa, direto de outro país, aos cerca de 30 homens da quadrilha. 
Saída da prisão
Ninguém sabe, ao certo, quando José Francisco Lumes virou Zé de Lessa. A alcunha, para o delegado Fábio Marques, da Polícia Federal, em entrevista ao CORREIO em dezembro do ano passado, pode estar ligada a um possível apelido do pai de Zé de Lessa - Idalécio, o genitor, seria o Lessa. "Geralmente, o apelido é relacionado ao pai, principalmente com o pessoal do interior", explica o delegado, que investiga o BDM. Um exemplo desse tipo de apelido, segundo ele, é o de Paulo de Magnólia, alcunha de Paulo Pereira Amorim, preso em 2015 e acusado de assalto a banco em quatro estados. 

Se, um dia, Zé de Lessa teve algum ofício legal ou estudou formalmente, é uma incógnita. Seu início no crime é atribuído a roubos a instituições financeiras. Em 2015, o delegado Jorge Figueiredo chegou a dizer que ele era o maior assaltante de bancos e carros-fortes da Bahia. Seus cinco processos encontrados pelo CORREIO, em 2018, na busca do TJ-BA, todavia, são relacionados a drogas. Nos processos, a quadrilha comandada por ele é descrita como de "extrema periculosidade". 
Um dos processos em que José Francisco Lumes é citado, de 2015, descreve a quadrilha dele como de "extrema periculosidade" (Foto: Reprodução)
Por tráfico, Zé de Lessa foi preso provisoriamente em 28 de março de 2001, na Penitenciária Lemos de Brito (PLB). Em janeiro de 2002, foi condenado a cinco anos de prisão pela 1ª Vara de Tóxicos. Em 2005, teve progressão de pena para o regime semiaberto, mas já em fevereiro daquele ano, fugiu da prisão. Meses depois, em outubro, foi preso em flagrante. Passou pela Unidade Especial Disciplinar (UED) e, mais tarde, pela mesma PLB. Em novembro de 2006, recebeu outra condenação – dessa vez, por porte de arma. 
Um dos processos afirma que Zé de Lessa atuava de dentro do presídio (Foto: Reprodução)
Passou por Lauro de Freitas, voltou a Salvador. Foram anos de idas e vindas entre as unidades prisionais da Região Metropolitana (RMS), com notícia de faltas disciplinares enquanto estava na UED. Em 2013 e em 2014, de acordo com o Ministério Público do Estado (MP-BA), foram encontrados, no presídio, materiais ilícitos atribuídos a ele: eram dispositivos de comunicação, como chips e telefones celulares. 
Naquele mesmo ano de 2014, Zé de Lessa sofreu uma tentativa de homicídio na prisão. “Ele sofreu várias pauladas. Vários presos tentaram matá-lo lá dentro, exatamente porque tinha essa questão de liderança dele, pela representatividade”, lembrou ao CORREIO, em 2018, o promotor Pedro Araújo Castro, titular da 2ª Vara de Execuções Penais desde 2013. 
É justamente em 2014 que ocorre o episódio mais controverso da trajetória de Zé de Lessa com a Justiça: em 15 de julho daquele ano, o desembargador Aliomar Silva Britto autorizou que ele tivesse prisão convertida em prisão domiciliar.
Na decisão, o desembargador cita que a defesa do então detento explica que Zé de Lessa estava com “uma doença degenerativa, necessitando urgentemente de realizar uma cirurgia, sob pena do seu membro superior esquerdo, o qual se encontra atrofiado, ficar com degradação irreversível”. Pelo estado de saúde dele, o advogado Paulo César Pires alegou que havia necessidade de tratamento urgente para solução da enfermidade. 
Com base em princípios como da dignidade humana, o desembargador afirma que o requerimento para realizar uma cirurgia vem sido feito “há muito tempo” e não havia nenhuma solução até o momento. 
A decisão do desembargador Aliomar Britto concedeu prisão domiciliar a Zé de Lessa (Foto: Reprodução)
Ele conclui que o presídio não tinha as condições necessárias para prestar assistência ao estado de Zé de Lessa e que não seria “de bom alvitre” que um paciente com quadro de saúde grave ficasse a mercê da própria sorte. Mesmo tendo decidido em favor da defesa, o desembargador avisa que não se deve “descuidar do alto grau de periculosidade” do preso. 
Mão atrofiada
O advogado que defendia Zé de Lessa na ocasião, Paulo César Pires, confirmou que ele não fez a cirurgia, nem obedeceu ao acompanhamento instituído pela 2ª Vara de Execuções Penais. Após ter sido solto, nunca mais voltou. Pires também explicou ao CORREIO em 2018 que, desde então, não tem notícias do ex-cliente. Só fora seu advogado nesse período e, logo após a decisão do TJ-BA, nunca mais foi procurado. 

Segundo ele, só sabe de Zé de Lessa através das notícias que saem nos jornais. Mesmo assim, garante que o antigo cliente precisava da cirurgia. O problema, na verdade, não seria causado por uma doença degenerativa, mas por um erro médico. O advogado explicou que, quando Lessa fora preso pela última vez, sofreu um acidente de carro. O veículo virou e caiu por cima da mão esquerda dele. 
“Tratando-se de assaltante, os médicos não fizeram um trabalho bom na mão dele. Ficou com a mão defeituosa e aquilo impossibilitava de fazer algumas coisas básicas da vida. Com o passar do tempo, aquilo atrofia pela falta de uso”, disse. 
Ao processo, anexou fotos e laudos médicos que atestavam a gravidade do problema. Nas palavras de Pires, o problema era visível, principalmente porque um osso ficara proeminente. A cirurgia corretiva envolveria a colocação de pinos que sequer existiam na Bahia; tinham que ser trazidos de São Paulo. Após o procedimento, deveria fazer fisioterapia diária por um mês. 
Durante mais de 12 anos, até receber a conversão da prisão, Zé de Lessa usou uma tipoia. Vivia com a mão torta, retorcida. Se a família tinha condições de bancar o cirurgião ortopédico, argumenta o advogado, ele deveria poder fazer a cirurgia. 
“Tinha que cortar o osso, colocar o punho no ângulo correto e, depois, ser submetido à fisioterapia para melhorar a condição de vida dele. O preso está preso, mas existe o princípio da dignidade humana e o sistema não dava esse tratamento”, afirmou, citando a fila na regulação da rede estadual de saúde. 
Foram quase oito meses para conseguir tirar Zé de Lessa da prisão. “Um trabalho danado” para soltar um dos chamados ‘cabeças caras’ do crime baiano, completou Pires. E, em todo esse tempo, diz nunca ter visto o ex-cliente levantar a voz. Sempre falando baixo. Tido como uma pessoa extremamente educada e calma. 
“Ele é de uma família grande por ali de Irecê. São meio alourados. Todos eles são calmos, inclusive, Dó (Edielson) era”. Antes de virar advogado de Zé de Lessa, Pires tirou Edielson do presídio em duas ocasiões. 
Sem tornozeleira
De acordo com o promotor Pedro Castro, a situação de saúde de Lessa demandava assistência do sistema e estava sendo acompanhada. No entanto, segundo o promotor, tinha sido compreendido na época – inclusive, pela juíza que era titular da 2ª Vara de Execuções Penais na ocasião, Andremara dos Santos – que, ainda que existisse a necessidade de intervenção médica, a saída da prisão não era justificada. 

“Inclusive, ele denotava interesse e aptidão para o trabalho (que desenvolvia na prisão)”, disse o promotor, que não soube especificar qual era a função cumprida por Zé de Lessa no cárcere. Por isso, a 2ª Vara indeferiu o pedido de prisão domiciliar em 13 de maio de 2014. 
No dia 10 de julho, Zé de Lessa prestou depoimento sobre a denúncia dos celulares e chips encontrados ilicitamente com ele. Nesse dia, ele declarou estar “bem de saúde”.
Cinco dias depois, porém, veio a decisão do desembargador. Diante disso, o MP encaminhou ao relator uma cópia do termo da audiência do dia 10 de julho, em que Lessa dizia estar bem de saúde. Além disso, o promotor advertiu que a Bahia não tinha tornozeleiras eletrônicas para monitoramento de presos. Os primeiros 50 equipamentos – de um lote de 300 adquirido através de licitação – só ficaram disponíveis para o estado em 2017. 
Mesmo ciente da falta de tornozeleira, o promotor Pedro Castro solicitou que, quando houvesse o equipamento, Zé de Lessa tivesse prioridade para receber. “Foi ouvida uma pessoa que se apresentou como companheira dele, que indicou o endereço onde ia fixar residência, mas, como prevíamos, ele jamais compareceu – seja no serviço médico da vara, onde deveria apresentar relatórios médicos, seja na central médica”. Na época, a esposa de Lessa morava em Itapuã.
Depois de Zé de Lessa ter sido procurado por um oficial de justiça em dias distintos e não ter sido encontrado, a prisão domiciliar foi revogada. Desde outubro de 2014, Lessa tem mandado de prisão em aberto. 
“Tudo que podia ser feito pelo MP foi feito. Nós sabíamos da periculosidade dele, por isso, agreguei pedidos de condições para que (a prisão domiciliar) fosse acompanhada da forma mais criteriosa possível, embora nós discordássemos da decisão”. 
Nem o promotor, nem o advogado souberam dizer quem era o médico que emitiu o laudo sobre a necessidade de cirurgia. O advogado Paulo César Pires, porém, informou que o profissional fora contratado pela família de Lessa. 
O CORREIO procurou também a juíza Andremara dos Santos, que em 2018 era juíza auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF), para falar sobre Zé de Lessa. Ela explicou que não dá entrevistas sobre processos julgados. 
Sequestradores
O delegado Cleandro Pimenta, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), prendeu Zé de Lessa em uma dessas vezes, entre 2004 e 2005. Na ocasião, o delegado estava à frente do Centro de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, e o encontrou na BR-324, nas proximidades de Candeias. Zé de Lessa estava acompanhado do irmão, Edielson, e de outra pessoa. 

“A gente conseguiu pegar ele, com uma certa quantidade de cocaína. Ele estava com uma casa alugada em Stella Maris”, lembrou, em 2018, ao CORREIO. Lumes não era tão grande quanto é hoje. Mas, diz o delegado, sempre foi traficante e assaltante. Depois, se ligou ao Primeiro Comando da Capital (PCC), facção de São Paulo, e virou o líder do BDM. 
Na família, não são apenas os irmãos, primos e sobrinhos que ganharam sua confiança. O principal sequestrador da Bahia hoje, segundo Pimenta, é justamente o cunhado de Zé de Lessa. Franklin Costa Araújo, preso em setembro de 2016, no município de América Dourada (também na região de Irecê), é casado com a irmã dele. 
No passado, Franklin trabalhou como segurança no Banco do Brasil. Como funcionário, passou a acompanhar a rotina da instituição financeira e começou a assaltar bancos. Do Correio24horas
“Todo mundo vive do crime. O poder dele (Zé de Lessa) vem do tráfico. É muito dinheiro. Sempre movimentou ali a região de Irecê, Mulungu do Morro, com muito assalto a banco, sequestro. Eles ganharam muito dinheiro com sequestro”, diz Pimenta.