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quarta-feira, 25 de março de 2020

Clima esquentou: Reunião de Bolsonaro com governadores do Sudeste tem bate-boca

O clima azedou entre João Doria Jr. e Jair Bolsonaro na teleconferência entre o presidente e os governadores do Sudeste, nesta manhã.
Doria começou sua fala “lamentando” os termos do pronunciamento de Bolsonaro na véspera em rede nacional de rádio e TV. Disse que “o senhor, como presidente da República, tem de dar o exemplo, e tem de ser o mandatário para comandar, para dirigir, para liderar o País, e não para dividir”.
“Presidente Bolsonaro, na condição e cidadão, de brasileiro e também de governador de São Paulo lamentamos o seu pronunciamento ontem à noite à Nação. Nós estamos aqui, os quatro governadores do Sudeste, em respeito ao Brasil e aos brasileiros, e em respeito ao diálogo e entendimento. O senhor, como presidente da República, tem de dar o exemplo, tem que ser o mandatário para comandar, dirigir, liderar o país, não para dividir. Todos aqui republicanos, presidente. Temos quatro governadores de quatro partidos distintos, não comungamos das mesmas opiniões e dos mesmos pensamentos ideológicos necessariamente, mas nós trabalhamos conjuntamente”, disse Doria.
“Somos todos aqui republicanos, presidente. Somos quatro governadores de quatro partidos distintos. Não temos as mesmas opiniões e os mesmos pensamentos ideológicos. Mas nós trabalhamos simultaneamente. Aliás, os 27 governadores do País fazem isso para defender os brasileiros”, complementou o governador de São Paulo.
João Doria afirmou que a prioridade é “salvar vidas, presidente, nós estamos preocupados com as vidas, salvar vidas de brasileiros”. Disse que os Estados estão conscientes de manter a economia funcionando naquilo que é essencial, de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde. Ele ainda se dirigiu diretamente ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para mandar um alerta para que o governo não confisque equipamentos e insumos de São Paulo, epicentro da crise. Doria disse que recorreria à Justiça se o governo Bolsonaro insistisse na medida.
O governador de São Paulo, João Doria e o presidente Jair Bolsonaro
O governador de São Paulo, João Doria e o presidente Jair Bolsonaro Foto: Nelson Almeida/AFP
Bolsonaro respondeu com o pé no peito. Disse que Doria “aproveitou-se do meu nome para se eleger governador”. Afirmou que, assim que ganhou as eleições, fez como já havia feito com “outro no passado”, numa alusão a Geraldo Alckmin, “vira as costas e começa a atacar covardemente aquele que emprestou o seu nome, não voluntariamente”. “Guarde essas suas observações para as eleições de 2022, onde Vossa Excelência poderá destilar todo o seu ódio e demagogia”, disse.
“Desde o final das eleições de 2018 Vossa Excelência assumiu uma posição completamente diferente da que teve comigo”, afirmou. “Subiu à sua cabeça a possibilidade de ser presidente da República. Não tem responsabilidade. Não tem altura para criticar”, criticou.
Elevando o tom de voz, Bolsonaro disse que não aceita “de forma nenhuma” essas palavras “levianas” de Doria, de ser responsabilizado por tudo que acontece no Brasil. “Queremos sim preservar os idosos, mas não aceitamos demagogia barata”, vociferou o presidente.
Afirmou que não aceita o tucano como “porta-voz dos outros governadores”. “Governador João Doria, faça sua parte, o governo federal está pronto para comandar como sempre fez. Vossa Excelência foi quem fechou a porta para nós”, afirmou.
Na segunda vez em que teve a palavra, Doria elogiou a serenidade de Luiz Henrique Mandetta e pediu “calma, serenidade e equilíbrio” a Bolsonaro.
Medidas
Em sua fala inicia, o governador de São Paulo afirmou que as decisões de São Paulo são tomadas num comitê e orientadas por médicos, que não são precipitadas nem impensadas. Propôs o adiamento do pagamento da dívida dos Estados não por seis meses, mas por doze meses. “Temos de recuperar a economia depois dessa crise”, afirmou. Pediu que o governo antecipe o pagamento da Lei Kandir e que o governo federal trabalhe junto ao Banco Mundial e ao Banco Interamericano para que as dívidas sejam adiadas por um ano.
A pauta apresentada por São Paulo inclui também a liberação pela Receita de insumos essenciais para a crise e o não-confisco de respiradores e outros insumos. Disse que irá à Justiça caso haja decisões de confisco.


Bolsonaro não respondeu a nenhuma das reivindicações depois que respondeu às críticas de Doria e atacou o tucano, e passou a palavra ao ministro Luiz Henrique Mandetta. BR Político

Padre com coronavírus morre após doar respirador para jovem com Covid-19


homem em motoTwitter/Reprodução
Padre ganhou respirador de párocos
Um padre italiano infectado pelo novo coronavírus morreu nesta terça-feira, 24, após doar o respirador que usava na UTI para um paciente mais jovem que também lutava contra a Covid-19. Frei Don Giuseppe Berardelli, de 72 anos, era padre na igreja de Casnigo, uma pequena vila que fica a 64km de Milão. Conforme o canal italiano "Sky News", ele estava internado no Hospital Lovere, em Bergamo, uma das áreas mais atingidas na Itália.
De acordo com informações do hospital, ele se recusou a usar o respirador que seus paroquianos haviam comprado. Ao invés disso, o padre decidiu doar para um jovem que ele não conhecia. Um obituário escrito no site "Araberara" descreveu o padre como uma pessoa que "ouvia a todos, que sabia como ouvir. Qualquer um que aparecia diante dele sabia que podia contar com sua ajuda".
O frei era apaixonado por motos e sempre era visto pelas ruas da cidade em cima do veículo. De acordo com a prefeita de Fiorano, Clara Poli, Don Giuseppe Berardelli era "uma grande pessoa".
DoUltimosegundo

terça-feira, 24 de março de 2020

Aneel proíbe corte de energia por 90 dias


A Agência Nacional de Energia Elétrica suspendeu por 90 dias (com possibilidade de prorrogação) os cortes no fornecimento de energia por falta de pagamento das contas de luz.
A medida vale para consumidores residenciais e também para os serviços essenciais e foi definida pela Aneel em resposta à pandemia do coronavírus, que pode dificultar a realização do pagamento por parte dos clientes e o trabalho das equipes de manutenção de redes.
Apesar de o corte de luz ficar suspenso as dívidas não serão perdoadas: passados os três meses da medida as cobranças serão feitas com juros e multa

Governo do MA começa a distribuir 200 mil cestas básicas; Caema aplica tarifa zero a 850 mil maranhenses

Como uma das medidas para reduzir o impacto econômico do coronavírus na vida das pessoas, o Governo do Maranhão começou, nesta terça-feira (24), a distribuir 200 mil cestas básicas à população que mais precisa. A ação é uma parceria com a Assembleia Legislativa.
A ideia é ajudar pessoas como ambulantes, que têm a venda reduzida por causa da menor circulação de pessoas nas ruas. A recomendação das autoridades sanitárias é que a população fique em casa para não ajudar na disseminação do vírus.
A entrega das cestas começou por ambulantes da Rua Grande, na capital. A distribuição foi feita na Casa do Maranhão, no Centro Histórico. “A ação vai se expandir progressivamente e chegará a todo o Estado, com o apoio dos deputados estaduais”, disse o governador Flávio Dino.
“É uma ação muito boa, maravilhosa para as pessoas que precisam desta ajuda neste momento de preocupação e insegurança. Veio em boa hora para que as pessoas fiquem em casa e mais tranquilas”, disse o artista César Peixinho, um dos beneficiados.
Secretário Anderson Lindoso (Foto: Handson Chagas)
“Estamos passando por  este período em que o distanciamento social está sendo fundamental para manter a curva baixa da propagação do coronavírus”, afirmou o secretário de Cultura, Anderson Lindoso, que participou da distribuição.
“Muitas pessoas estão sem trabalhar, as lojas estão fechadas, o comércio tá fechado. Então o governador Flávio Dino resolveu adquirir 200 mil cestas básicas para a gente doar a essas pessoas”, acrescentou.
Bairros e interior
Serão 200 mil cestas básicas (Foto: Handson Chagas)
Inicialmente, estão sendo atendidos grupos cadastrados em órgão oficiais, como é o caso dos ambulantes da Rua Grande. Eles estão cadastrados na Blitz Urbana. Em seguida, será a vez dos beneficiários do Mais Renda.
Também haverá sorteios em bairros de São Luís. Para não haver aglomeração, as cestas serão distribuídas gradualmente na Casa do Maranhão
O interior também está sendo contemplado. “É um trabalho que vai atingir todos os municípios. Durante a semana, começaremos em Imperatriz e, a partir daí, vamos distribuindo para mais cidades. Pedreiras e Trizidela do Vale também foram contempladas: as pessoas desabrigadas receberam da Defesa Civil parte das cestas básicas”, disse Lindoso.
Coronavírus: Caema aplica tarifa zero a 850 mil maranhenses
Cerca de 850 mil clientes da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) terão tarifa zero para água nos próximos dois meses. A medida faz parte do plano de combate ao coronavírus (Covid-19) e foi editada no decreto nº 35.679, assinado pelo governador Flávio Dino.
O decreto dispõe que, até 23 de maio, ficam isentas de fatura clientes pessoa física cujo consumo é de até 10 m³ (dez metros cúbicos) por mês de água e esgoto, pessoas que integram o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e são residentes em município do Programa Mais IDH e pessoa jurídica em regime de condomínio inserido na Faixa I do Programa Minha Casa Minha Vida.
“A isenção atinge os que mais precisam. São 850 mil pessoas que serão beneficiadas em todos os municípios em que a Caema atua. Essa medida e mais as 200 mil pessoas já beneficiadas pela gratuidade do Programa ‘Viva Água’, somam mais de 1 milhão de maranhenses assistidos pelo Governo do Maranhão”, garantiu André dos Santos Paula, diretor-presidente da Companhia.

Ministro do STF suspende cortes no Bolsa Família durante estado de calamidade pública por coronavírus


O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta segunda-feira os cortes determinados pelo governo federal nos novos benefícios do Bolsa Família enquanto perdurar o estado de calamidade pública causado pelo coronavírus. Ele também determinou que a União disponibilize dados para justificar a concentração de cortes na Região Nordeste. A decisão estipula que “a liberação de recursos para novas inscrições seja uniforme considerados os estados da federação”.
O ministro lembrou que o programa de transferência direta de renda é voltado a famílias de todo o país “de modo a fazer frente a situação de pobreza e vulnerabilidade”. Ainda segundo Marco Aurélio, a lei não faz qualquer restrição de Região ou estado. “Não se valora a extrema pobreza conforme a unidade da Federação, devendo haver isonomia no tratamento, tendo em conta o objetivo constitucional de erradicação da pobreza e redução das desigualdades sociais”, escreveu.
Para o ministro, a medida do governo demonstra “comportamento discriminatório da União” e “descalabro”. Segundo Marco Aurélio, “a postura de discriminação, ante enfoque adotado por dirigente, de retaliação a alcançar cidadãos – e logo os mais necessitados –, revela o ponto a que se chegou, revela descalabro, revela tempos estranhos”.
Marco Aurélio ainda escreveu que os dirigentes devem agir de forma equânime, sem paixões. “A coisa pública é inconfundível com a privada, a particular. A coisa pública é de interesse geral. Deve merecer tratamento uniforme, sem preferências individuais. É o que se impõe aos dirigentes. A forma de proceder há de ser única, isenta de paixões, especialmente de natureza político-governamental”, anotou.
A decisão foi tomada em uma ação conjunta proposta pelos governos da Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. Segundo os estados, a não concessão do benefício às famílias implica aumento da demanda social sem justificativa plausível. Ainda de acordo com o processo, dados oficiais mostram que foram destinados à Região Nordeste 3% dos novos benefícios e 75% às Regiões Sul e Sudeste.


















segunda-feira, 23 de março de 2020

Maranhão já tem oito casos confirmados do novo Coronavírus; Tuntum continua com um caso suspeito, Eugênio Barros tem dois


A Secretaria de Estado da Saúde (SES) comunica que registrou mais seis casos confirmados de infecção por COVID-19, totalizando oito casos no estado conforme atualização divulgada nesta segunda-feira (23). Desde o início do monitoramento, 170 casos foram descartados. Oito casos confirmados por laboratório. Até o momento, o Maranhão registrou 480 casos de possível infecção por COVID-19. Dos seis novos casos, quatro tiveram contato com o primeiro caso confirmado no Maranhão.


Monitorados, os contactantes, todos idosos, estão cumprindo o isolamento domiciliar conforme protocolo do Plano Estadual de Contingência do Novo Coronavírus (COVID-19). De acordo com o monitoramento diário do Centro de Informações Estratégicas e Vigilância em Saúde (CIEVS), os idosos apresentam sintomas leves. Os outros dois novos casos positivos: um homem de 43 anos, contato com caso suspeito; e, um homem de 57 anos, com histórico de viagem para São Paulo e Salvador, estão monitorados e em isolamento domiciliar. Quando analisados os casos notificados de COVID-19, a razão de sexos aponta 284 (59,2%) casos em mulheres e 196 (40,8%) casos em homens. Atualmente, o Maranhão possui dois Centro de Testagem do Maranhão, localizados na Policlínica Diamante e Viva Beira-Mar. Estes serviços da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES) estão recebendo casos suspeitos de COVID-19 para a coleta de material para a realização dos exames laboratoriais e orientações sobre as medidas que devem ser tomadas até o resultado do exame. Os Centros de Testagem funcionam de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 18h.

Bolsonaro anuncia R$ 8 bi para o Nordeste e suspensão da dívida dos estados


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou hoje, durante reunião via teleconferência com os nove governadores do Nordeste, que o governo federal montou um plano no valor total R$ 85,8 bilhões para fortalecer estados e municípios da região diante da pandemia de coronavírus. Entre as principais medidas está a suspensão da dívida pública dos estados com a União.
Bolsonaro afirmou que vai transferir somente para a saúde R$ 8 bilhões em um período de quatro meses. Segundo o presidente, o valor é o dobro do que foi pedido por governadores, que queriam R$ 4 bilhões para ações emergenciais na área.
Também será garantido um orçamento assistencial social de R$ 2 bilhões, além da suspensão das dívidas dos estados com a União, num valor total de R$ 12,6 bilhões. O pacote do governo ainda prevê a renegociação com bancos no valor de R$ 9,6 bilhões —que é o valor de dívidas de estados e municípios com bancos.
Além disso, o presidente garantiu a recomposição dos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM) num valor de R$ 16 bilhões, por meio de seguro para queda de arrecadação.
O presidente também falou sobre soluções temporárias para situação de emergência. Ele afirmou que assinará duas medidas provisórias para transferir recursos para fundos de saúde estaduais e municipais.
Sobre operações de créditos, ele anunciou o aporte de R$ 40 bilhões aos nove estados.
Veja como ficam distribuídos os R$ 85 bilhões:
transferência para a Saúde: R$ 8 bilhões
recomposição FPE e FPM: R$ 16 bilhões
orçamento assistencial social: R$ 2 bilhões.
suspensão das dívidas dos estados com a União: R$ 12,6 bilhões.
renegociação de estados e municípios com bancos: R$ 9,6 bilhões
operações com facilitação de créditos: R$ 40 bilhões
O presidente ainda se reúne hoje com os sete governadores do Norte para anunciar medidas emergenciais similares.

COVID 19: Comércio de Tuntum começa a limitar número de atendimentos; Vigilância Sanitária e polícia fiscalizam


Depois do decreto emitido pelo Governo do Estado restringindo o atendimento comercial em estabelecimentos que não são considerados como essenciais, além da fiscalização da Vigilância Sanitária e da Polícia Militar, que inclusive fechou alguns locais hoje (23) pela manhã, comércios da cidade de Tuntum e até casas de créditos, estão limitando o número de clientes para não formar aglomeração no seu interior.

Hoje cedo, a agência do Banco do Brasil emitiu uma nota, afixada na entrada, falando em contingenciamento de atendimento, clara medida para evitar a propagação do novo coronavírus. Em uma frutaria da cidade, a mais frequentada, somente três clientes poderiam adentrar para serem atendidos, o restante ficava fora na fila.

As medidas parecem ser mais do que querentes, mas um outro problema está  sendo gerando ao mesmo tempo, uma quantidade bem maior de pessoas, com contato direto, estão se formando na parte externa, o que, talvez, pode ser mais danoso a facilitação de contágio pelo Covid-19, podendo tornar mais vulnerável a saúde pública nesse momento em que se tenta conter os avanços do vírus. Cabe, agora, cada estabelecimento procurar uma estratégia de atendimento mais eficaz.

MP de Bolsonaro permite suspensão de contrato de trabalho por 4 meses


O texto permite que as empresas suspendam por quatro meses os contratos de trabalho por até quatro meses. Isso significa que o funcionário não trabalha e o empregador não paga o salário neste período. A medida pode ser acordada entre patrão e empregado, não precisa passar por acordo com sindicatos.
A empresa deve manter benefícios, como plano de saúde , e oferecer curso de capacitação on-line ao funcionário. 
A medida provisória tem validade de lei por 60 dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período, até ser avaliada pelo Congresso Nacional. Caso não seja votada, perde a validade.

Outras medidas

A MP também facilita o uso do regime de home office nas empresas, permite a antecipação de férias e flexibiliza as regras para decretação de férias coletivas.
As medidas já haviam sido anunciadas pelo Ministério da Economia na última quarta-feira, no terceiro pacote de ações divulgadas pela pasta para enfrentar a pandemia. O objetivo, segundo a pasta, é evitar o desemprego.
Na semana passada, o governo também informou que permitiria que empresas reduzissem a carga horária de funcionários, com corte proporcional de salários. Este ponto do anúncio, no entanto, não está contemplado pela MP publicada neste domingo.
Além da flexibilização das regras trabalhistas, o texto também formaliza uma promessa anunciada na última segunda-feira, que permite que empresas atrasem o pagamento do FGTS por três meses.
Também está no texto a previsão de antecipação do abono salarial, já anunciada como medida anticrise pelo ministro Paulo Guedes. O benefício, pago a trabalhadores formais que receberam até dois salários mínimos no ano passado, será depositado de forma parcelada, entre abril e maio.
As ações para flexibilizar a relação entre patrão e empregado valem enquanto durar até 31 de dezembro deste ano, prazo em que o país está em estado de calamidade pública, como reconhecido pelo Congresso na última sexta-feira. A MP entra em vigor imediatamente.
A nova legislação dá validade às ações já tomadas por empresas nos últimos 30 dias. Ou seja, empresas que já tomaram medidas previstas na MP nesse período não serão alvo de contestação na Justiça.

Home office sem mudança no contrato

No caso do home office, empregadores poderão determinar que funcionários trabalhem de casa sem que seja necessário firmar um aditivo de contrato , como prevê a legislação trabalhista. A empresa precisará notificar o empregado sobre a mudança no prazo de 48 horas.
Em outra frente, a MP altera regras relacionadas às férias. A empresa poderá conceder férias a empregados que não tenham ainda trabalhado tempo suficiente para adquirir o direito ao descanso anual.
A prioridade será de pessoas no grupo de risco da Covid-19, como idosos. Também será permitido decretar férias coletivas sem informar órgãos do Ministério da Economia ou o sindicato da categoria.

Antecipação de feriados

O texto permite ainda a antecipação de feriados não religiosos, medida para auxiliar a dar folgas para empregados no período de crise.
Também será possível usar o sistema de banco de horas para ampliar o número de dias de descanso e compensar a jornada depois da crise, permitindo que empregados trabalhem duas horas a mais, até dez horas por dia.
A MP traz ainda pontos que não haviam sido destacadas pelo governo na divulgação das medidas, como uma flexibilização da fiscalização do trabalho. Segundo o texto, no período de calamidade, os auditores terão uma ação "orientadora" junto às empresas.
As exceções, que continuam passíveis de penalidades, são as seguintes: trabalho sem registro, situação de grave e iminente risco, acidente de trabalho fatal e trabalho análogo à escravidão.
O texto possibilita ainda que estabelecimentos de saúde estabeleçam jornada de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso, mesmo para atividades insalubres. Na legislação normal, esse tipo de regime precisa ser firmado por meio de acordo com a categoria.

Veja a seguir as medidas que o governo tirou do papel:

  • Suspensão do contrato de trabalho por até 4 meses
  • Possibilidade de empresas atrasarem recolhimento do FGTS
  • Flexibilização do regime de office
  • Antecipação de férias individuais
  • Flexibilização de férias coletivas
  • Flexibilização do banco de horas
  • Antecipação de feriados não religiosos
  • Do Ig

domingo, 22 de março de 2020

COVID-19: 40 municípios do Maranhão apresentam casos suspeitos; Tuntum e Presidente Dutra tem dois suspeitos


A Secretaria de Estado da Saúde (SES) comunica que, desde o início do monitoramento, notificou 418 casos de possível infecção por COVID-19. Destes, 136 foram descartados, 280 casos suspeitos são acompanhados por equipes do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS). 

Até o momento, 2 (dois) casos confirmados por diagnóstico laboratorial. Quando analisados os casos notificados de COVID-19, a razão de sexos aponta 250 (59,8%) casos em mulheres e 168 (40,2%), casos em homens. O Centro de Testagem do Maranhão, localizado na Policlínica Diamante, está recebendo casos suspeitos de Covid-19 para a coleta de material para a realização dos exames laboratoriais e orientações sobre as medidas que devem ser tomadas até o resultado do exame. O Centro de Testagem funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 18h. A partir desta segunda (23), o Viva Beira-Mar ganhará um Centro de Testagem para ampliar a capacidade de atendimentos aos possíveis casos suspeitos, seguindo critérios do Ministério da Saúde. Sobre os casos O primeiro caso confirmado do Maranhão apresentou sintomas após retorno de viagem à São Paulo e o segundo teve alteração de quadro após contato com pessoa que esteve na Europa. Tanto o viajante do voo doméstico quanto o internacional entraram, em São Luís, por meio do aeroporto Hugo da Cunha Machado, cuja administração é do Governo Federal. Os dois casos confirmados de infecção por Covid-19 seguem em isolamento domiciliar e apresentam bom quadro de saúde. Estas pessoas estão sendo monitoradas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). Os contactastes próximos também já foram identificados e contatados pelo CIEVS. Todos relatam bom quadro de saúde, sem sintomas gripais. O CIEVS continuará com o monitoramento destas pessoas, que foram orientadas a manter o isolamento domiciliar e relatar imediatamente caso haja mudança de quadro clínico. Àqueles que tiveram contato direto por horas ou dias com os casos confirmados, já iniciaram o protocolo de coleta de exames no Centro de Testagem. 

Morre o tuntunense e empresário Aderson Sousa Neto

Aderson e sua esposa Sandra

Faleceu na madrugada de hoje (22) o empresário Aderson Sousa Neto, 55 anos. O tuntunense havia passado mal quando estava em casa, na última quarta-feira (18), sendo transferido ás pressas para o hospital de Urgência e Emergência de Presidente Dutra, Socorrão, sob suspeita de princípio  de infarto.
Seu quandro clínico, durante esses dias em que este internado, não evoluiu, e na madrugada de hoje foi a óbito quando estava sendo transferido para São Luís, capital. A notícia de sua morte tomou a cidade de surpresa, que está consternada com sua precoce partida.
Aderson era muito conhecido na cidade e trabalhava na área de materiais de construção. Seu corpo está sendo velado na residência de seus irmãos, á rua Frederico Coêlho. Seu sepultamento está previsto para hoje á tarde no cemitério da Aroeira.

Escassez de respiradores desafia atendimento aos casos graves da pandemia; no MA são 1.064


A rapidez com que o novo coronavírus se multiplica no país acende o alerta para a incapacidade do sistema de saúde brasileiro atender, no curto prazo, a todos os casos graves decorrentes da epidemia.
A corrida dos governos estaduais e do Ministério da Saúde para aumentar a disponibilidade de leitos de UTIs tem obstáculos adicionais, já enfrentados por países com aumento exponencial de infecções: conseguir, em tempo recorde, os insumos e equipamentos necessários para o atendimento, principalmente ventiladores mecânicos.
O temor é faltar velocidade na aquisição de novos respiradores — considerados essenciais no tratamento de uma doença que ataca os pulmões e provoca insuficiência respiratória — e na compra de equipamentos de proteção individual, como máscaras.
No país, há 65 mil ventiladores, segundo dados do Ministério da Saúde, o que equivale a três equipamentos para cada dez mil habitantes. Desse total, 46,6 mil estão no SUS.
A distribuição não é homogênea: o Distrito Federal e estados das regiões Sudeste e Sul — que concentram o maior número de casos — contam com uma proporção de respiradores acima da média nacional.
Além disso, parte deles já é usada para atender a outros casos. Segundo dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, a taxa de ocupação dos ventiladores disponíveis nos hospitais particulares é de 20%. No SUS, é de 50% a 60%.
Tempo em ventilação
Sem os ventiladores, e a considerar a evolução de infecções no Brasil similar à de países como Itália e Espanha, equipes de emergência poderão se ver obrigadas a escolher, em um futuro não tão distante, quais pacientes ocuparão os leitos disponíveis com ventilador mecânico — enquanto outros acabarão deixados com cuidados paliativos ou à própria sorte.
— É a maior preocupação. O mundo inteiro está comprando respirador neste momento — diz o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência de Coronavírus em São Paulo.
Da primeira leva de 1.400 novos leitos de emergência que o governo de São Paulo estimou como necessários para receber casos graves, o estado conseguiu verba para pouco mais de mil. A lei brasileira diz que, para entrar em funcionamento, cada leito de UTI deve ter ao menos um ventilador mecânico.
— Desses novos leitos, 500 já estão prontos para, havendo necessidade, serem abertos em uma semana — diz o secretário de estado da Saúde, José Henrique Germann.
O estado de São Paulo concentra a maior parte dos casos de coronavírus. O prefeito da capital, Bruno Covas, anunciou que a prefeitura vai criar mais duas mil vagas de UTI. Será necessário correr para providenciar leitos, ventiladores e pessoal para operá-los no prazo anunciado por ele, de duas semanas.
— O problema é que esses pacientes permanecem longo tempo em ventilação. Um paciente fica em média seis dias na UTI; o com Covid-19 fica duas semanas, chegando a até 20 dias em alguns casos. Vai chegar uma hora em que esse recurso pode se exaurir — explica Suzana Lobo, presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib).
Apenas quatro empresas fabricam esses equipamentos no Brasil: Vyaire, Takaoka, Leistung e Magnamed. Além delas, multinacionais como GE, Philips e Medtronic distribuem aparelhos importados — pouco acessíveis por causa da demanda global.
— Os ventiladores são, sem dúvida, o maior gargalo — diz Fernando Silveira Filho, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed).
Antes da crise, a demanda brasileira por ventiladores era de duas mil unidades por ano, número irrisório frente à explosão na demanda por causa do coronavírus.
Nesta semana, autoridades médicas da Itália pediram quatro mil unidades a fabricantes internacionais, mas só conseguiram 400. Cada aparelho custava antes da crise entre R$ 40 mil e R$ 200 mil, nas contas do consultor em gestão da saúde Carlos Suslik, que tem experiência na administração de unidades importantes, como o Hospital das Clínicas, em São Paulo.
— Esses aparelhos não tinham uso tão intenso numa UTI como têm, por exemplo, os aparelhos de reanimação cardíaca. Por isso, o comércio tinha pouca escala antes da epidemia — diz Suslik.
Na última sexta, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reconheceu o problema e afirmou que o governo estava em contato “com três iniciativas privadas associadas para aumentar a linha de produção, porque ele (o respirador) tem que ser um equipamento preciso”. O Globo

sábado, 21 de março de 2020

Brasil tem 1.128 casos confirmados do coronavírus e 18 mortes, diz ministério

Mulher limpando o nariz com lenço
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Transmissão comunitária do coronavírus está no País todo
O Ministério da Saúde confirmou neste sábado (21) que o Brasil soma 1.128 casos confirmados do novo coronavírus e 18 mortes pela Covid-19 . As secretarias da Saúde estaduais divulgaram durante a tarde que o número era de 1.028 pessoas contaminadas. 
O último balanço da governo federal mostra que a maioria dos casos confirmados se concentra nos estados de São Paulo (459) e Rio de Janeiro (119). Dos 26 estados e do Distrito Federal, somente Roraima não tem casos confirmados.
Confira mais detalhes abaixo:
Tabela com casos de coronavírus em 21/03
Reprodução
Tabela de casos do coronavírus em 21/03
Em entrevista coletiva, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou que o governo federal não está mais divulgando o número de casos suspeitos porque a transmissão do vírus já é comunitária ou sustentada.
Isso ocorre quando não é mais possível identificar qual a origem de novas infecções e o vírus já circula livremente sem pessoas terem viajado para fora do Brasil. Essa condição, segundo a pasta, atinge todos os estados.
"Com transmissão comunitária, qualquer um pode ser um caso suspeito. Qualquer brasileiro que apresente síndrome gripal. Não tem mais nehum sentido mostrar os casos suspeitos", afirmou Gabbardo.

O secretário-executivo também reforçou as recomendações de isolamento, citando que elas valem para eventos religiosos e esportivos, e que aglomerações sejam evitadas. "As medidas de distanciamento social não são restritivas. Obviamente, temos que muitas vezes descer com animal. O que estamos pedindo é que, no momento em que forem feitas essas saídas, tomar o máximo de cuidado para evitar agloramentos de colegas na rua", disse.
Segundo Wanderson Kleber de Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde, há 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados no Estado de São Paulo, mas ainda não há dados sobre o território nacional.

Realização de testes

Até agora, os testes para o coronavírus eram feitos somente em pessoas com sintomas graves, mas está a prevista a compra de um volume de 5 milhões de testes rápidos para serem distribuídos em todo o Brasil. Essa quantidade, de acordo com Oliveira, deve estar disponível para uso em oito dias. Nas semanas seguintes, esse número deve subir para 10 milhões.

Por enquanto, somente 27 mil testes foram distribuídos para todo o Brasil, mas não há informação sobre o número de testes realizados. "Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil", afirmou Oliveira.

Tratamento experimental

O secretário-executivo João Gabbardo afirma que a produção dos remédios hidroxicloroquina e azitromicina pelas Forças Armadas, como anunciou mais cedo o presidente Jair Bolsonaro, já é feita no Brasil, tanto no laboratório das Forças Armadas como em instituições como a Fiocruz.
Conforme explica Gabbardo, o uso das drogas para o tratamento dos infectados pelo novo coronavírus está em fase experimental, embora estudos publicados em revistas científicas nos Estados Unidos, França e China apontem que eles podem ser eficazes no tratamento.

Não será permitida, no entanto, a retirada dos medicamentos na farmácia para tratamento do coronavírus sem receita médica, dada a gravidade dos seus efeitos colaterais. "É muito importante que as pessoas não pratiquem o automedicamento e que ele não seja utilizado para o que está descrito em sua bula", disse Wanderson Kleber de Oliveira.
Nos últimos dias, esses dois remédios sumiram de prateleiras em várias regiões do País, levando a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) a restringir a venda das drogas para pacientes com receitas pelos próximos 30 dias. A exportação também foi proibida.
Do ÚltimoSegundo-Ig