Marcial Lima
Curumim da tribo mais ameaçada do planeta |
A organização não governamental britânica Survival International, dedicada aos direitos indígenas em várias partes do planeta, está fazendo uma campanha internacional em defesa dos índios Awá-Guajá, ainda isolados, que habitam território demarcado no Noroeste do Maranhão, entre os municípios de Governador Newton Belo, São João do Caru, Zé Doca e Centro Novo do Maranhão (fronteira com o Pará). A estimativa oficial é que existam cerca de 350 índios Awá-Guajá.
Localização da reserva indígena |
Ator que estrelou a campanha |
No Brasil, o Conselho Indigenista Missionário
(Cimi) apoia a campanha e afirma que “os territórios habitados pelos Awá-Guajá
são os mais desmatados na Amazônia Legal”, por causa da exploração ilegal de
madeira e da pressão dos projetos siderúrgicos da região.
Segundo o Cimi, essas atividades econômicas
diminuem a área ocupada por índios que são caçadores e precisam de território
vasto para sobreviver, sob risco de mal se alimentarem e ficarem vulneráveis a
doenças. “Vários idosos já morreram e muitos estão debilitados por doenças
causadas por subnutrição, como a tuberculose. Mais de seis pessoas, em sua
maioria jovens, são acometidos por uma doença que se assemelha à epilepsia”,
divulgou o conselho ligado à Igreja Católica.
A campanha chamou atenção da opinião pública
internacional. De acordo com Sarah Shenker, da Survival, cerca de 13 mil e-mails
já foram enviados a José Eduardo Cardozo. “É um recorde para as campanhas
internacionais. Vamos continuar pressionando e chamando atenção da mídia e das
pessoas em todo o mundo”. O Ministério da Justiça não confirma o recebimento das
mensagens.
Os problemas que atingem os Awá-Guajá são
conhecidos pelo Estado brasileiro há alguns anos. A área sob risco, no entanto,
é monitorada pela Polícia Federal, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Fundação Nacional do Índio
(Funai). Segundo o Ibama, há cerca de 180 serrarias ilegais no entorno da terra
indígena.
Em outubro do ano passado, a Funai, juntamente
com a Polícia Federal, apurou denúncia do suposto assassinato de uma criança do
grupo Awá-Guajá. Segundo nota divulgada pela instituição, “não foi encontrado
nenhum indício que pudesse indicar um assassinato de índios
isolados”.
A fundação admite, no entanto, que durante a
missão “verificou-se o constante processo de fuga” do grupo Awá-Guajá, “que, na
medida em que os madeireiros avançam, com abertura de estradas de retirada de
madeira, é forçado a se deslocar em espaços de floresta cada vez menores”.
Sem estabelecer uma data, a Funai informa que
serão instaladas “novas bases de proteção etnoambiental” para controlar o acesso
aos territórios dos índios isolados.
Veja o vídeo institucional feito pela Survival International, com imagens da aldeia indígena do Maranhão, feito em língua inglesa:
As informações são da Agência Brasil.
Existe algum projeto referente à saúde? Eu participo de um, envolvendo os tenetehera, mas como mudei de curso, quero fazer algo em prol dos awá, eu já tinha ouvido falar do problema das doenças enquanto estive na aldeia. Mas queria saber de forma mais aprofundada, qualquer coisa, entre em contato comigo por favor, janainaalmeidadeaquino@gmail.com e o WhatsApp: 099 9112-5955
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