terça-feira, 30 de abril de 2024

Garçom que matou vereador não tinha desavença com ele

 

O garçom Antônio Charlan Rocha Souza (foto acima), suspeito de matar o vereador César Araújo Veras e esfaquear outras duas pessoas no município de Camocim, durante o horário de almoço em restaurante, na tarde do  último  domingo (28), teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, durante audiência de custódia realizada pelo 5º Núcleo Regional de Custódia e de Inquérito com sede em Sobral, nesta segunda-feira (29).

Segundo o auto de prisão em flagrante, o homem, que trabalha há 13 anos no estabelecimento, é suspeito de cometer o crime utilizando uma faca que encontrou na cozinha do restaurante. Ele conhecia as três vítimas, porém não tinha desavenças com nenhuma delas.

Em depoimento, o suspeito declarou que viu a arma do crime enquanto estava bebendo água. Após isso, se dirigiu até as vítimas e iniciou os esfaqueamentos. Ele informou que só lembrou do que havia feito quando foi parado pelos policiais.

O vereador César Araújo Veras (foto acima) tinha 47 anos.

O Ministério Público do Estado (MPCE) requereu a conversão da prisão em flagrante para preventiva. Já a defesa do garçom, pediu a instauração de um incidente de insanidade mental para o suspeito.

Na fundamentação da decisão, o juiz Victor Nogueira Pinho, que presidiu a audiência de custódia, destacou que “a manutenção do flagrante em liberdade traz sérios riscos à ordem pública, ante a ameaça concreta de reiteração delitiva, revelada a partir do modo em que se desenvolveu o fato criminoso”.

O magistrado também ressaltou que, embora o autuado seja primário e portador de bons antecedentes, “não verifico que tal condição seja suficiente para afastar a medida cautelar da prisão preventiva”.

 

(Do Camocim Online)

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