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José Remy Alves e Silva |
O primeiro médico a erradicar-se em Tuntum
foi o Dr. José Ribamar de Medeiros, (Dr. Medeiros) que em 1970 fixou residência e implantou a medicina acadêmica e
mais tarde contraiu casamento com Braunyene, filha de Gerardo Uruçu e Inocência
Uruçu. Antes a população recebia assistência médica, do prático e autodidata
Zequinha Enfermeiro e esporadicamente do Dr. Armando que era pecuarista em
Tuntum, mais residia na cidade de Dom Pedro, e, também o Dr. Adrian Berrospi,
médico de Presidente Dutra, que vinha aos finais de semana e atendia a
população na farmácia Santa Fé, de dona Inocência Uruçu. Dr. Medeiros nasceu na cidade de Patos no estado da Paraíba.
Tuntum, no passado, foi voltado eminentemente para a
pecuária e agricultura, os jovens não tinham alternativas no que tange a
profissionalização, por que o município
era carente de ensino coletivo e não tinham como adquirir essa concepção
técnica pela falta de colégios e professores. A única alternativa era buscar
outras profissões, portanto os jovens enveredam-se atrás de outras carreiras
com isso nasce o ciclo das profissões consideradas de elite nas décadas de 50,
60 e 70, a
saber: Alfaiate, motorista e sapateiro. O sapateiro que se destacou em Tuntum
foi Júlio do Nascimento Dantas oriundo da localidade Jacus no município de
Oeiras, Piauí, mestre Júlio era aficionado pelo Direito, não freqüentou os
bancos das universidades, mas em 1972 ganhou o cargo de advogado provisionado,
antes com a criação da cadeia pública Fausto Pai d’Égua, meu tio avó, foi nomeado
delegado (foram Delegados em Tuntum: Raimundo Nonato Gonçalves (Seu
Nona),Otílio, Francisco Lima, Marinho Gonçalves de Moares , João Borba,
Erimilton e João Antero) e ele escrivão
de policia. Júlio Dantas foi vereador em Tuntum de 1963 a 1977, e em 1994
recebe o título de cidadão tuntuense. Esse ilustre cidadão prestou relevantes
serviços a este município. Em 1964, conforme dispositivo da Lei 4.125 de abril
de 1963, Eurico Ribeiro, Deputado Federal consegue as nomeações de Paulo Andrade, Juiz, Odilo Cruz ,( seu
Dodô) Promotor e Alfileno Léda Oficial de Justiça.
Quanto a origem do nome do município, sabe-se
de três versões:
- O som tun.... tun.... tun.... conforme IBGE, registro feito pelos seus empregados em meados do século XIX ao subirem o rio Mearim e entrando no riacho de Tuntum que ainda não tinha nome e sim um código de referência, acamparam exatamente onde hoje está instalado o Banco do Brasil (rua do Zé Preto), o riacho neste ponto tinha árvores altas (palmeiras, atracas, sapucaias, pau-d’arco, angicos,gameleiras, imbaúba, ingás etc.) que cobriam todo trajeto do riacho como uma cúpula de uma catedral, as gotas d’água que descia pelas raízes emergentes dos paredões areníticos que formavam o riacho caia nas cacimbas compassadamente, uma após outra numa acústica de fazer inveja, determinada pela natureza como som da cadência de um bumbo, tun...tun...tun...tun.... Obs: Essa dádiva, que a natureza nos legou (as pedras retiradas desses paredões servem hoje de alicerces para as residências, outras edificações e pavimentação das ruas. A precursora dessa destruição -“pasmem” - foi a Igreja católica de Tuntum, o nosso templo foi construída toda em pedras retiradas dos paredões e do leito do riacho, essas destruições foram capitaneada pelos Padres capuchinhos – Debita-se também, como vilão dessa destruição o Velho Julião e sua família, que se intitulava dono das pedreiras do riacho), foi destruída e mais tarde contaminado pelo poder público haja vista, a falta de saneamento básico, “fossas assépticas”, aterro sanitário, pelos moradores que residem as margens do riacho e pelos empresários donos de cerealistas (usinas de arroz) e de serrarias, os vilões da Historia são: Luiz Gonzaga, Manoel Valente, Alípio Coelho, Abelardo, Gerardo Urucu, Antônio Joaquim, João Ferreira, Carlito Cunha, Franckalino, Cornélio Noleto, Clinica São José , hospital Hermes Cunha, etc., que despejavam direto no leito do riacho, palha de arroz, pó de serra e outros excessos oriundos das usinas de arroz, serrarias e o pior, lixo hospitalar, contaminando uma água de mesa, transparente, límpida, inodora, cristalina, própria para o consumo, e com certeza sem a necessidade de exame bacteriológico. Na época, não havia uma política AMBIENTAL, por parte do executivo municipal, nem sequer, SE FALAVA EM PRESERVACÃO DE MEIO AMBIENTE, portanto, conscientizar esses empresários, quanto ao futuro desse manancial, que hoje lamentavelmente agoniza ferido de morte, com certeza, isso nunca foi ventilado, eles nunca atentaram para esse desfecho e nenhum tipo de alerta foi dado a esses cidadãos. (só nos restam lamentos).
- Nas proximidades do riacho de Tuntum habitavam muitos animais silvestres e essa fartura atraia muitos caçadores das cercanias que, já com bastante conhecimento da abundância da fauna na época principalmente dos animais quadrúpedes desenvolveram uma técnica que embora rudimentar atraia suas presas, consistia em bater repetidas vezes no solo fofo ritmadas pancadas cujo o som dava a conotação auditiva de algo similar a: tun.... tun.... tun.... tun... O trajeto entre suas residências e o local da caça era de difícil acesso sendo que o filho de um dos caçadores que tinha participado de uma caçada ao local sugeriu ao pai dizendo-lhe: Pai, por que não vamos morar logo naquele seu “tun.... tun....tun.... tun.... lá tem caça, tem fruto, tem tudo! ”. A expressão agreste e forte em pouco tempo se converteria em substantivo próprio, e o desígnio do bom destino, breve e magistralmente o transforma na magnífica TUNTUM, terra das mais belas mulheres do Maranhão, das sertanejas morenas trigueiras e das louras rosa dos lábios carnudos, dos olhos da cor de jabuticaba, de mel e azul da cor do céu . Seria também por isso que a até hoje o substantivo próprio “Tuntum” congregaria (e de fato congrega) tanta admiração e curiosidade ao Maranhão e ao Brasil. Seria por isso ainda que toda família Tuntuense, lhe, seria, eterna e orgulhosamente grata, se de fato, assim tiver ou tivesse sido. Ou, seja, sairia do abstrato fator, lenda, e entraria definitivamente para o campo: fator... história!
- O som, tun.... tun.... tun.... tun... era produzido pelo coco babaçu que caiam sobre as pedras da beira do riacho.
- FONTE: IBGE, ICA, IGHMA, ODILO CRUZ (SEU DODÔ), JOSÉ COSTA CARVALHO (DECO), PAULO ANDRADE, DIONISIO BENVINDA, SR PEDROCA. PROF. JEAN
Perfeito, você é um gênio Remy!
ResponderExcluirMuito bom poder acompanhar esse quadro. O Remy está de parabéns pela iniciativa. Aproveito para parabenizar, também, o Lobão pelo espaço. Só um detalhe que fiquei na dúvida. Não sei se estou enganado com relação ao período, mas o Luís Torres também foi delegado.
ResponderExcluirMuito bem redigido o texto parabéns Remy, pessoas como você devem retornar a nossa cidade..fiz algu,as referencias qto a origem de Tuntum em uma monografia no trabelho de conclusão do Curso de Agronomia e outros questionamentos sobre alguns problemas existentes em Tuntum.
ResponderExcluirGenilson Pereira