Com
o risco de ter o pedido de prisão expedido pela Justiça Federal, a
governadora do Maranhão reavalia possibilidade de renúncia.
Roseana Sarney deverá desistir de
renunciar antes do final do mandato. Acusada de receber malas pretas
cheias de propina do doleiro Alberto Yousseff para antecipar o pagamento
de R$ 120 milhões em precatórios da Constran/UTC, a filha do senador
José Sarney aparece entre os investigados pela Operação Lava Jato da
Polícia Federal.
Era certo que a governadora renunciaria
ao cargo no início de dezembro, para favorecer o presidente da
Assembleia Legislativa do Maranhão, Arnaldo Melo, que ascenderia
imediatamente ao comando do Palácio dos Leões. A manobra forçaria uma
nova eleição para a presidência do legislativo estadual e poderia
influenciar na formação da próxima mesa diretora.
Por ter foro privilegiado, as denúncias
contra Roseana foram remetidas pelo juiz Sérgio Moro ao Superior
Tribunal de Justiça (STJ). O magistrado, no entanto, já decretou a
prisão de outras 27 pessoas e o bloqueio de R$ 720 milhões dos suspeitos
de integrar o esquema de pagamentos de propina e desvio de recursos
públicos da Petrobras.
Uma possível renúncia poderia precipitar
a prisão preventiva de Roseana. Yousseff, o empresário Ricardo Pessoa e
os demais envolvidos no caso dos precatórios da Constran já estão atrás
das grades.
No olho do furacão, ela estaria sujeita
às decisões de Moro e teria que dar explicações sobre sua participação
no esquema do doleiro Yousseff, podendo ter a prisão decretada a
qualquer momento, com base nos fortes indícios da Polícia Federal e nos
depoimentos de Youssef, da contadora Meire Poza e do ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
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