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quinta-feira, 13 de março de 2025

Bala na cara': ação contra deputados do PL cita ameaça em venda de emendas

 

A ação aberta anteontem pelo STF contra três deputados do PL, por suspeita de venda de emendas parlamentares, aponta que o grupo tentou intimidar um prefeito e um lobista ligados ao caso.

Três deputados federais do PL se réus no Supremo por acusação de corrupção. Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) foram acusados pela Procuradoria-geral da República, em agosto do ano passado, de cobrar R$ 1,67 milhão em propinas do prefeito de São José de Ribamar (MA) em troca da liberação de emendas ao município.

PGR cita tentativas de intimidação. O prefeito José Eudes Sampaio Nunes (Avante) foi abordado, segundo a investigação, pelo menos três vezes por um agiota ligado ao deputado Maranhãozinho, de janeiro a agosto de 2020. O agiota, que foi assassinado em junho do ano passado, chegou a ir à casa do prefeito acompanhado de dois comparsas que já foram presos por tortura e homicídio, segundo a denúncia.

Deputados liberaram R$ 6,67 milhões em emendas a São José de Ribamar. O dinheiro foi repassado de dezembro de 2019 a abril de 2020 para despesas de saúde do município. A denúncia aponta que os deputados cobraram um "retorno" de 25% pelas emendas (R$ 1,67 milhão), mas o prefeito teria se recusado a pagar. Em novembro de 2020, após quase um ano de pressão, ele denunciou o caso à Polícia Federal, que abriu a investigação

Maior parte das emendas foi de deputado de fora do Maranhão. Dos R$ 6,67 milhões enviados a São José de Ribamar, R$ 4,12 milhões (mais de 60%) foram de Bosco Costa, que é do Sergipe. O restante partiu de Maranhãozinho (R$ 1,50 milhão) e Pastor Gil (R$ 1,04 milhão).

Agiota era o empresário Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como "Pacovan". A denúncia aponta que ele falava com frequência com os deputados e dava sugestões sobre quais municípios deveriam receber mais emendas. Quando passou a abordar o prefeito, atualizava Maranhãozinho e Pastor Gil sobre as cobranças.

As defesas dos acusados negam a cobrança de propina. DoMeioNorte

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