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terça-feira, 14 de abril de 2015

Acusado de matar jogador de futebol é julgado em Tuntum



O Tribunal do Júri de Tuntum está reunido desde o início da manhã de hoje (19) para julgar  Regivan Campelo da Silva, acusado de ter assassinado o jogador de futebol Thiago Oliveira de Sousa, o Thiaguinho, crime ocorrido em janeiro de 2014, no balneário da Tiúba, o Piscinão.

Neste momento está sendo exibido um vídeo do depoimento das testemunhas de acusação. O acusado da autoria do crime, que é foragido da justiça pela prática de um outro delito, está sendo julgado a revelia (ausente). O juri está sendo presidido pelo juiz Edmílson da Costa Lima. A previsão é que até o final da tarde o corpo de jurados já tenha se manifestado e o juiz proferido a sentença.   
Thiago Oliveira

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Secretário de Saúde Rawlley Tavares mostra a que veio

Rawlley Tavares, secretário de Saúde de Tuntum


Potencializar resultados ante a escassez de recursos, esse tem sido o lema da atual gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Tuntum. Há menos de noventa dias à frente da SEMUS, o novo secretário já mostrou a que veio e resultados positivos significativos já foram sentidos, tanto na organização estrutural e material como na estrutura administrativa e operacional. Focando nas problemáticas de abrangência nacional, como acesso ao serviço público e dificuldade de relacionamento entre profissionais e sociedade, o novo secretário vem conseguindo introduzir em sua gestão, uma nova visão por parte dos profissionais da saúde e sociedade usuária do serviço. Muito cedo pra afirmar sucesso, porém é boa a expectativa diante do que foi apresentado até o presente momento. 
Entre algumas iniciativas do atual secretário, uma das que provam sua disponibilidade e busca ao acesso da população, é sua presença diária na Secretaria de Saúde, atendendo as demandas da comunidade que o procura. Diante do cargo, realizou visitas em todas as unidades de saúde da sede e da zona rural, detectando as necessidades de cada serviço e disponibilizando através de prioridades e de acordo com o recurso disponível, os reparos necessários. Formalizou a supervisão itinerante e a supervisão administrativa do hospital com a competência de estimular e avaliar as atividades administrativas e dos profissionais, tanto das unidades de saúde quanto do Hospital das Clínicas de Tuntum visando com isso um melhor nível de assistência a nossa população. Além disso, tem estimulado os profissionais a desenvolverem atividades com a participação da comunidade de sua competência e área.

Afirmou o Secretário de Saúde Rawlley Tavares, que não é de hoje que bons resultados são apresentados, por pessoas investidas em cargo, onde em tese deveriam ser ocupados por técnicos. Citou o exemplo do sucesso, do economista como Ministro da Saúde e de médicos em cargos executivos nas várias esferas da administração pública. O secretário falou ainda que assume as responsabilidades da pasta, mas não recebe sozinho os créditos, dividindo-os com sua equipe, a exemplo da experiente Dra. Kellma Vale (Coordenadora das Ações em Serviços de Saúde). Por sua vez, o prefeito Dr. Tema, como bom técnico, parece ter mexido muito bem em seu time, demonstrando assim, que conhece bem o material humano que tem a sua disposição.
Da assessoria

Números desmentem jornal da família Sarney sobre gastos em segurança


flaviosegurança

Mais uma vez o jornal O Estado do Maranhão é desmascarado em números sobre o governo do estado. Na ânsia de atingir o governo Flávio Dino, o matutino desinforma a população. O governo investiu R$ 103,8 milhões em segurança pública nos meses de janeiro e fevereiro de 2015 e não os R$ 848 mil apontado pelo diário da família Sarney na edição deste domingo (12).
No Carnaval, Roseana Sarney gastou quase o dobro do investimento feito pelo atual governo. Foram R$ 20,2 milhões em 2014, dos quais uma parte significativa foi para patrocinar a Beija-flor do Rio de Janeiro em mídia na TV Mirante de propriedade do Clã, deixando a míngua a produção cultural do Maranhão.
O governo Flávio investiu R$13,6 milhões em carnaval. Investiu até mais do que divulgou O Estado Maranhão, mas porém, quase R$ 7 milhões a menos do que o governo Roseana e teve um gasto com segurança de R$ 90.202.036,46 a mais do que mentirosamente foi divulgado pelo EMA.
O interesse do grupo Sarney é tentar desestabilizar a segurança pública do Maranhão e assim se livrar da responsabilidade do passado, quando o setor foi entregue às moscas, com decapitações, assaltos e assassinatos como nunca se viu no Maranhão.
Por Raimundo Garrone e Clodoaldo Corrêa

Ex-pároco de Tuntum é novamente secretário-adjunto de Justiça.


Frei Ribamar Cardoso
Frei Ribamar Cardoso
Por mais uma vez, segundo o blog do jornalista Luis Pablo, o ex-pároco da paróquia de São Raimundo Nonato (Tuntum), Frei José Ribamar Cardoso é nomeado secretario-adjunto de Justiça (SEJAP). Frei Ribamar já havia ocupado por duas vezes a pasta nas gestões de Sérgio Tamer e Sebastião Uchoa. Nas duas ocasiões pediu sua exoneração por discordar da política de ressocialização implantada.
Acredita-se que a volta de frei Ribamar seja por competência e também por conhecer de perto os problemas ali existentes nesse momento de reorganização da pasta. 

63% dos eleitores apoiam abertura de impeachment contra Dilma



Datafolha aponta que 63% dos entrevistados apoiariam o impeachment de Dilma Roussef – André Coelho/07-04-2015 / Agência O Globo
O Globo - Pesquisa do Datafolha divulgada na tarde deste sábado mostra que 63% dos entrevistados apoiariam a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), a partir do que foi revelado até o momento na Operação Lava-Jato, que investiga um esquema de corrupção que envolve partidos políticos, empreiteiras e diretores da Petrobras. Outros 33% afirmaram que são contra o impeachment e 4% disseram não saber. Entretanto, o Datafolha demonstra também que a maior parte das pessoas não sabe o que poderia acontecer após uma possível destituição da presidente ao cargo. Dilma, que participou hoje da Cúpula das Américas, na Cidade do Panamá, não quis comentar a pesquisa.
Os resultados da pesquisa foram publicados no site do jornal “Folha de S.Paulo” nesta tarde. Os pesquisadores perguntaram àqueles que defendem a saída da presidente quem assumiria no seu lugar, caso Dilma fosse mesmo afastada do cargo. Deste grupo, 27% responderam que seria o vice-presidente (sem citar seu nome), 10% citaram Michel Temer (PMDB) nominalmente, 15% disseram que o substituto seria o candidato derrotado na última eleição, o senador Aécio Neves (PSDB), 8% deram outras respostas e 40% admitiram que não sabiam o que aconteceria.
Entre aqueles que rechaçam o impeachment, 33% disseram que o cargo de presidente é assumido por seu vice, 19% citaram Michel Temer, 5% falaram em Aécio Neves, 9% deram outros nomes e 33% disseram não saber responder à questão.
Com relação ao total de entrevistados, 29% acreditam que, em caso de impeachment da presidente, o cargo é ocupado pelo vice, 13% citaram Michel Temer, 12% falaram de Aécio Neves, 8% deram outras respostas e 39% afirmaram não saber a resposta. Quando os eleitores foram perguntados sobre qual é o nome do vice-presidente, 63% declararam não saber. Outros 36% acertaram a resposta, enquanto 1% respondeu um nome errado.
Embora a maioria das pessoas apoie a abertura de um processo de impeachment contra Dilma, 64% não acreditam no afastamento da presidente em decorrência da Operação Lava-Jato. Para 57% dos entrevistados, Dilma sabia da corrupção na Petrobras e deixou que os escândalos continuassem. Outros 26% acreditam que, embora soubesse do esquema, a presidente não poderia fazer nada para impedir que ele continuasse. Por fim, 12% responderam que Dilma não sabia da corrupção na Petrobras.
A maior parte dos entrevistados (75%) se declarou a favor dos protestos contra o governo Dilma, enquanto 19% das pessoas se manifestou contra as manifestações. Uma série de protestos contra Dilma está marcada para ocorrer neste domingo em vários locais do país.
REPROVAÇÃO DE DILMA FICA ESTÁVEL
A reprovação da presidente Dilma ficou estável em relação à última pesquisa do Datafolha, feita em 16 e 17 de março. O número de eleitores que considera o governo Dilma ruim ou péssimo oscilou de 62% para 60%. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, o índice ficou estacionado. Em 2 de dezembro, o índice era de 24%.
A quantidade de pessoas que considera o governo bom ou ótimo ficou estável em 13% nas duas últimas pesquisas. Em dezembro, estava em 42%. Já aqueles que o acham regular oscilou de 24%, em março, para 27%, em abril. Em dezembro, a taxa era de 33%.
A pesquisa também revela pessimismo do eleitor com relação à economia. Entre os ouvidos, 58% acredita que a situação econômica vai piorar, 78% acham que a inflação vai subir e 70% diz que o desemprego vai aumentar.
Quando a pergunta quem foi o melhor presidente do Brasil, 50% escolheram Luiz Inácio Lula da Silva, 15% afirmaram que foi Fernando Henrique Cardoso, 6% apostaram em Getúlio Vargas, 3% em Juscelino Kubitschek. Dilma foi eleita melhor presidente da história por 2%, mesmo percentual conquistado por José Sarney.
NOVA ELEIÇÃO
O instituto de pesquisa também perguntou aos eleitores em quem eles votariam caso fossem convocadas novas eleições presidenciais. O resultado revela um empate técnico entre Aécio e o ex-presidente Lula. O tucano foi escolhido por 33% dos eleitores, enquanto o petista ficou com 29% das intenções de voto.
Marina Silva, que concorreu às últimas eleições pelo PSB, e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa aparecem empatados em terceiro lugar, com 13% das respostas. O Datafolha ouviu 2.834 pessoas em 171 municípios entre 9 e 10 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
NO PANAMÁ, DILMA NÃO COMENTA PESQUISA
A presidente Dilma Rousseff se negou a responder sobre a pesquisa Datafolha publicada neste sábado. Na entrevista coletiva que concedeu durante a VII Cúpula das Américas, ao ser perguntada sobre o assunto, disse que só trataria de assuntos internacionais e, sobre Brasil, falaria quando estivesse de volta ao Brasil.
- Querida, eu não vou falar do Brasil. Sabe por que eu não vou falar? Porque eu posso falar pra vocês amanhã ou depois de amanhã, quando nós chegarmos lá (no Brasil), sem problema nenhum. Mas aqui eu vou falar do que eu estou fazendo aqui – disse a presidente brasileira.
Dilma também foi perguntada sobre a nova etapa da Operação Lava-Jato, que investiga desvios de recursos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. E deu resposta semelhante

Governo promove 64 oficiais da Polícia Militar



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O governador do Maranhão, Flávio Dino, promoveu 64 oficiais da Polícia Militar do Maranhão (PMMA), incluindo dez militares que chegaram ao posto de coronel, patente mais alta da corporação. Foram promovidos também 12 majores ao posto de tenentes-coronéis, 12 capitães ao posto de majores, 10 tenentes ao posto de capitães, 10 segundos-tenentes ao posto de primeiros-tenentes e 10 subtenentes ao posto de segundos-tenentes.
Os atos foram assinados pelo governador na sexta-feira (10) para publicação no Diário Oficial. Na manhã de sábado (11), os coronéis recém-promovidos foram recebidos no Gabinete do Comando Geral da PMMA, no Calhau, pelo secretário estadual de Segurança Pública, delegado Jefferson Portela, pelo comandante-geral da PMMA, coronel Marco Antonio Alves da Silva, e pelo subcomandante-geral da PMMA, coronel Raimundo Nonato dos Santos Sá.
“Agradeço primeiramente a Deus, a minha família e ao Governo do Estado, por ter me confiado esta promoção, fico muito feliz pelo reconhecimento, espero retribuir com muito trabalho à minha instituição e ao povo maranhense por esse momento”, afirmou o coronel Lisboa, um dos promovidos.

Inscrições para eleições de gestores escolares da rede estadual começam nesta quarta-feira (15)



Nesta quarta-feira (15), serão abertas as inscrições para candidatos aos cargos de gestores/diretores e gestores auxiliares/diretores adjuntos das escolas da rede estadual de ensino. As inscrições devem ser feitas, exclusivamente, nas Unidades Regionais de Educação (UREs) até o dia 30 deste mês.

O processo de escolha através de eleições foi regulamentado pelo Decreto Nº 30.619, de 02 de janeiro de 2015, pelo governador Flávio Dino. O processo visa assegurar o caráter formativo e educativo da gestão democrática, com a participação da comunidade escolar na eleição. Ao todo serão 1.203 vagas distribuídas em escolas das 19 UREs. Desse total, 5% das vagas ficarão reservadas aos candidatos que se declararem pessoas com deficiência, desde que apresentem laudo médico.

Podem candidatar-se aos cargos, profissionais da educação que tenham curso de licenciatura plena ou graduação em Pedagogia; sejam efetivos na rede pública estadual; tenham pelo menos três anos de efetivo exercício do magistério; estejam em efetivo exercício na escola há pelo menos seis meses, comprovados por meio de declaração do chefe imediato; e comprovação de que não estejam em processo de aposentadoria.

Cada profissional poderá concorrer à direção de apenas uma escola. Nas unidades escolares onde não existir candidato com a formação exigida, poderão se inscrever profissionais da Educação Básica que estejam cursando nível superior e possuam formação de nível médio com magistério. Os candidatos devem formar chapas completas com gestor e gestor auxiliar.

A lista de documentos que devem ser apresentados no ato da inscrição pode ser encontrada no edital do processo eleitoral de gestores, no site da Seduc (www.educacao.ma.gov.br). No momento da inscrição o candidato deve apresentar a Carta de Intenção e o Plano de Melhoria da Escola (conforme anexos que constam no edital). A eleição para gestor/diretor escolar envolverá professores, funcionários, alunos e pais, e tem data marcada para o dia 19 de junho.

CRONOGRAMA
Data
Procedimento
15 a 30 de abril
Inscrição dos candidatos
8 de maio
Divulgação das inscrições deferidas e indeferidas nas sedes das UREs e site da Seduc
11 e 12 de maio
Curso de formação continuada de 20 horas, que vale como exame de certificação, para os candidatos que tiverem as inscrições deferidas
13 de maio
Os candidatos serão avaliados por uma prova escrita, cujo resultado será divulgado no dia 29 de maio
19 de junho
Eleição
3 a 7 de agosto
Assinatura do contrato de gestão
12 de agosto
Nomeação dos candidatos eleitos

domingo, 12 de abril de 2015

Aeronave com drogas cai no Norte do Piauí e dois morrem carbonizados


Acidente aconteceu na madrugada deste sábado (11), em Assunção do Piauí.
Pacote de drogas foi encontrado pela Polícia Militar nos destroços do avião.

Catarina Costa Do G1 PI
Um avião monomotor explodiu durante uma queda na madrugada deste sábado (11) na comunidade Lajeiro Branco, zona rural de Assunção do Piauí, Norte do estado . De acordo com Willame Costa, gerente de policiamento do interior, os corpos do piloto e de um passageiro foram encontrados carbonizados nos destroços da aeronave, além de um pacote com 30 kg de cocaína. 
“Fiquei sabendo do acidente às 10h30 deste sábado e de imediato desloquei os delegados de Campo Maior e Castelo, Gustavo Jung e Laércio Evangelista, para confirmar o fato. Logo após as primeiras informações do local, comuniquei o delegado geral da Polícia Civil e a Polícia Federal. O secretário de segurança, Fábio Abreu, junto com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto, estão a caminho”, relatou.
Avião de pequeno porte explodiu durante queda em Assunção do Piauí (Foto: Caetano Silva/Assuncaolivre.com)
Avião explodiu durante queda em Assunção do
Piauí (Foto: Caetano Silva/Assuncaolivre.com)
Pacote de droga foi encontrado nos destroços da aeronave (Foto: Caetano Silva/Assuncaolivre.com)
Pacote de droga foi encontrado nos destroços da
aeronave (Foto: Caetano Silva/Assuncaolivre.com)
O delegado Willame Costa revelou que equipes da perícia criminal, do Instituto Médico Legal (IML) e policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) também foram acionados e estão em direção ao local do acidente.
“Os dois corpos estavam carbonizados e somente exames de DNA podem comprovar a identidade deles. A pericia vai dizer se as vítimas morreram da queda ou da explosão da aeronave”, destacou.
Moradores da região relataram ter escutado duas explosões, seguidas de barulho e clarão, mas apenas na manhã deste sábado (11) constataram ser um avião. Eles contaram que o avião estaria fazendo uma rota em direção a uma pista clandestina localizada numa propriedade, entre os municípios de Assunção do Piauí e São Miguel do Tapuio.
Tráfico de drogas
O coronel Paulo de Tarso, comandante de policiamento do interior, revelou que a Polícia Militar iniciou este ano uma investigação para apurar a construção de uma pista clandestina na localidade Palmeira de Cima, próximo onde aconteceu o acidente.

“Estavamos apurando a denúncia de que uma pista clandestina estava sendo construída para o tráfico de drogas. O local escolhido seria uma propriedade localizada na serra. Agora com este acidente aéreo, queremos identificar o dono do terreno e saber a sua ligação com o comércio de entorpecentes”, contou.

sábado, 11 de abril de 2015

“Família Sarney pagava de um lado e recebia do outro”, diz Flávio Dino

 por johncutrim


:
Por Paulo Moreira Leite (Brasil 247)
Neste dia 10, em que Flávio Dino, do PC do B, completa 100 dias de governo, e o Maranhão completa 100 dias sem Sarney, 247 publica entrevista exclusiva com o governador que foi um dos grandes nomes da disputa de 2014; “Vamos sair de um governo de poucos para poucos para um governo de todos para todos”, disse Dino ao jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; um exemplo disso, diz ele, era a política de comunicação, onde a família Sarney, afiliada da Rede Globo, recebia 78% dos recursos de publicidade legal; ao comentar a Lava Jato, Dino aponta erros de comunicação do governo federal; “A independência institucional do Brasil não chegou de disco-voador”, diz ele, lembrando, que, no passado, denúncias de corrupção não eram investigadas e que isso mudou nos governos de Lula e Dilma; “os méritos cabem aos partidos de esquerda, que desde a Constituinte se mobilizaram nessa direção, embora isso não seja reconhecido”; leia a íntegra
Aos 47 anos de idade, o governador Flavio Dino, do Maranhão, foi um dos heróis estaduais do pleito de 2014. Não só conseguiu derrotar a família Sarney em domínios de estilo coronelismo feudal num dos mais pobres estados brasileiros, mas também foi o primeiro candidato filiado abertamente a um Partido Comunista a assumir um governo de Estado. Dias antes da passagem dos primeiros 100 dias sem José Sarney, figura que dominou a política do Maranhão de forma absoluta a partir de 1965, quando se tornou governador de Estado — três anos antes do próprio Flavio Dino nascer –, ele recebeu o 247 para a entrevista que você pode ler abaixo.
Líder estudantil na faculdade de Direito em São Luiz, juiz federal por 14 anos, dedicado à politica há apenas oito, Flávio Dino fala sobre José Sarney e a herança deixada pelo governo de sua filha, Roseana, que incluía uma reserva de R$ 24 milhões em caixa contra uma dívida de R$ 1 bilhão. Ele denuncia que as empresas de comunicação da família Sarney recebiam 78% de toda a publicidade legal do Estado: “eles pagavam de um lado e recebiam de outro.” Flavio Dino também fala do rumo de seu governo, definindo-se como um heteretodoxo, que está redirecionando gastos “para qualificar o serviço público” e responder a demanda popular por um Estado com serviços de qualidade. Aliado leal do governo Dilma Rousseff, acha que o ajuste economico precisa ser aprimorado com medidas dirigida aos ganhos dos mais ricos, como o imposto sobre grandes fortunas. “Sem essas medidas, o ajuste ficou desbalanceado, gerando um mal estar entre quem votou em Dilma no segundo turno,” diz. Examinando a situação atual, o governador se diz preocupado em fazer o possível para impedir uma “recessão, que pode levar a uma depreciação da base de sustentação do governo.” Sua entrevista:
247 – Como o Maranhão atravessou os primeiros 100 dias sem a família Sarney?
FLÁVIO DINO – Eu acho que a população está percebendo que não vamos fazer milagres – nem prometemos isso – mas que estamos caminhando para cumprir o programa de governo. Costumo dizer que há uma dualidade no Maranhão: um governo de poucos para poucos e um governo de todos para todos. Essa é a mudança que precisamos fazer, avançando uma política de universalização de direitos. O legado nefasto do sarneysismo foi uma política de proteção para amigos, para famílias de amigos e para eles próprios.
247 – O senhor venceu as eleições com uma frente que incluiu todos adversários da família Sarney. É possível governar com tanta gente?
FLÁVIO DINO – Temos um governo formado por dez partidos. Meu vice é do PSDB, que tem duas secretarias. O PT, que não assumiu minha campanha abertamente, mas também não fez campanha para o Sarney, também tem duas secretarias. O convívio entre todos é bom, são aliados e até amigos. É claro que existe a questão federal, na qual nem todos estão de acordo mas o desmonte do padrão oligárquico acaba tendo prioridade.
247 – Como esse padrão oligárquico se traduz na vida de cada dia?
FLÁVIO DINO – Vou dar um exemplo a partir dos gastos de publicidade do governo de Estado. Se você pegar os gastos de publicidade legal, que são aqueles pequenos anúncios publicados nos jornais, com editais, concursos, e outros atos oficiais, descobre que 78% eram dirigidos para empresas da família Sarney.
247 – Setenta e oito por cento?
FLÁVIO DINO – Sim. Estou falando de um caso. Eles pagavam de um lado e recebiam do outro. As obras públicas eram dirigidas para empresas protegidas. Concurso público era uma raridade. Tudo era terceirizado, dirigido para empresas próximas. Há também um exemplo na área de saúde. Eles gastaram R$ 800 milhões com uma Ocipe e uma OS contratadas sem concurso. Nós resolvemos fazer licitações,  divulgada em jornais do país inteiro. Apareceram 40 interessados. Agora, ficaram sete na disputa. Eles esperneiam, dizem que nosso edital tem defeitos. Mas não fizeram nem isso.
247 – Na prática, o que o seu governo tem feito contra essa herança?
FLÁVIO DINO – Uma medida importante envolve a transparência. No Maranhão, isso é até mais importante do que em outros lugares. No governo passado, o Portal da Transparência tinha um filtro que só liberava 40% dos dados. Criamos uma Secretaria da Transparência, fizemos uma Lei Estadual aprovada pela Assembléia e hoje o cidadão pode acessar tudo.
247 – Tudo?
DINO – Tudo. Também cortamos gastos suntuosos. Eu, por exemplo, não viajo de avião particular, mas em voos comerciais.
247 – Essa medida é importante, sem dúvida, mas costuma ter um valor mais simbólico do que efetivo.
DINO – As despesas com aluguel de aviões e helicópteros chegavam a R$ 15 milhões por ano. Não é pouca coisa. Também cortamos terceirizações, que comprometiam grande parte das despesas do Estado. A administração da penitenciária de Pedrinhas (alvo de diversos escândalos recentes) custava R$ 10 milhões por ano. Cortamos. O Detran também era terceirizado, custando mais de dez milhões de reais por ano.
247 – Ao tomar posse com tantas perspectivas de mudança, não havia o risco de paralisar o Estado?
DINO – Nosso primeiro cuidado foi evitar um apagão. Recebemos um estado com uma dívida de R$1 bilhão e apenas R$ 24 milhões em caixa. Tivemos que reescalonar tudo. Estávamos preocupados com o risco de sabotagem e boicote, o que sofri, apesar de tudo. Precisamos até aprovar uma lei definindo um padrão de transição republicana. Contratamos auditores, para elevar os controles do Estado. Além disso, temos tomado algumas medidas emergenciais. Nosso foco principal foi Educação: contratamos 1 000 professores e fizemos promoções na carreira, que estavam represadas há muito tempo. Demos um aumento de 15% nos salários e decidimos começar um programa de campanha, a Escola Digna. São escolas municipais, de taipa, palha e barro, que serão reformadas com ajuda do governo estadual. Mas também fizemos um investimento em segurança, para contratar mais 1 000 policiais, através de um concurso que está na fase final. Estamos começando a investir nos 35 municípios de IDH mais baixo do Estado, no ensino profissionalizante. No fim do ano, pagaremos o Bolsa Família-Escola, que será uma espécie do 13º do Bolsa Família.
247 – Como se poderia definir os rumos  do governo?
DINO – Estamos redirecionando gastos. Nossa grande obra será a qualificação do serviço público.
247 – Como o senhor está fazendo isso?
DINO – Em grande parte, estamos tirando recursos de um custeio que não fazia sentido, como aqueles casos que mencionei, para investir na melhoria do serviço público. Também é custeio, mas na direção acertada. Essa é a resposta para um problema que, de uma forma ou de outra, aparece no país inteiro, mas que talvez seja mais agudo no Maranhão. Estamos falando daquilo que o (prefeito de São Paulo Fernando ) Haddad chamou do universo que fica da porta da rua para fora. Dentro de casa, a  vida dos brasileiros melhorou muito. Mas do lado de fora, quase nada funciona. Você não universaliza direitos apenas construindo prédios, comprando equipamentos. Precisa de gente que saiba fazer seu serviço, que não sacrifique a população, como sempre acontece.
247 – Esse visão não é o muito comum nos manuais de  administração pública…
DINO – Estamos fazendo, explicitamente, uma política heterodoxa.
247 – Por que?
DINO – A visão convencional diz que você não pode tirar recursos do investimento para o custeio. E nós estamos fazendo isso. Queremos criar condições para atender a demanda da população. Se queremos bons professores, temos de ter bons salários. Além de redirecionar gastos, vamos atingir um pouco os investimentos, para garantir essa melhora no serviço público.
247 – Qual é a equação?
DINO – Nosso orçamento tem uma previsão de aproximadamente R$ 300 milhões em recursos próprios para investimentos. Creio que vamos fazer a metade disso para poder direcionar mais dinheiro para outras prioridades. Tem uma lógica política aí, pois vamos atender a maioria da população. Por outro lado, também podemos obter recursos, inclusive empréstimos externos,  que podem compensar esse redirecionamento.
247 – No plano federal, como o senhor avalia as denúncias da Operação Lava Jato?
DINO – Nesse ponto, vivemos um paradoxo. O ministério público e de certa maneira o Supremo Tribunal Federal só conquistaram uma situação de independência no governo Lula e no governo Dilma. Foram os dois que fizeram indicações e tiveram uma preocupação correta, que permitiu a realização de todas as grandes investigações. Antes disso, nada era investigado, tudo era engavetado e arquivado. Era o tempo do (Geraldo) Brindeiro. Mas isso não é percebido pela população, o que deixa o governo em situação de refém e mesmo de vítima de processo que ele mesmo criou. Eu acho que houve aí  uma falha de comunicação. A independência institucional do Brasil não chegou de disco-voador nem é obra de um grupo de iluminados. É uma construção histórica, na qual os méritos cabem aos partidos de esquerda, que desde a Constituinte se mobilizaram nessa direção, embora isso não seja reconhecido.
247 – E o ajuste econômico do governo federal?
DINO – Grande parte da deterioração da situação política vem do distanciamento da base social que se mobilizou no segundo turno. Se era para fazer um ajuste fiscal, seria preciso acrescentar outros ingredientes, como imposto sobre grandes fortunas, a taxação progressiva das heranças, sem falar no setor financeiro, que continua com ganhos estratosféricos. Essas medidas não só fariam um ajuste melhor e mais consistente, do ponto de vista econômico, mas também dariam uma resposta política para a base do governo.  A falta dessas medidas acabou corroendo o apoio político. O ajuste ficou desbalanceado, gerando uma situação mal resolvida junto as pessoas que votaram na Dilma.
247 – Como o senhor analisa o conjunto da economia? 
DINO – Estou preocupado com a dose do ajuste. Ao levantar os juros, o governo está aplicando um receituário clássico para debelar a inflação. Uma recessão é terrível na Europa. Mas é muito mais do que terrível no Brasil. Na Europa, nos Estados Unidos, existem instituições que permitem a sociedade suportar uma recessão, ao menos por algum tempo — e nós estamos vendo na Grécia, na Espanha, até esse prazo está se esgotando. Mas no Brasil, país com carências muito grandes, será sempre muito pior. Então é preciso ter cuidado.
247 – Qual é o debate?  
DINO – Existe um debate histórico, que todos conhecem, sobre política econômica. Uns perguntam o que é pior: conviver com inflação alta ou com desemprego alto? Sou da opinião de que, no Brasil, uma pequena inflação é mais suportável do que o desemprego alto. Mas tenho receio de que se crie uma visão hegemônica de que a inflação é o mal maior e que nós podemos conviver com uma recessão como se estivéssemos na Europa. Isso pode levar a uma depreciação muito grande da sustentação do governo. Nós vivemos uma situação de crise internacional, que já se reflete no Brasil e no meu Estado também. Uma das maiores empresas instaladas no Maranhão, a Alcoa, está desativando sua terceira e última linha de produção do alumínio. Não está fazendo isso em função de algum problema brasileiro. É um sinal do impacto da crise global, que não permite sustentar esse investimento em nosso país. O problema é que se no Brasil não tiver uma atividade interna para compensar essas perdas que vem de fora, poderemos avançar rapidamente para uma situação muito grave.
247 –  O que está acontecendo no plano interno?
DINO – Nos últimos meses, mudaram os fluxos de pagamento do Minha Casa, Minha Vida, e isso está levando empresários a suspender investimentos, ao menos em meu Estado. Quem contratava 500 trabalhadores agora contrata 100. Conversando com a presidente, ela me disse que é uma situação conjuntural, que estará normalizada até junho. Mas não é apenas isso. Vários governos estaduais — inclusive do Maranhão – tem tentado operações de crédito em organismos internacionais, como o Banco Mundial, que poderiam trazer investimentos ao país e garantir um certo nível de atividade. Mas elas estão parados em Brasília. O Maranhão está dentro do limite de endividamento, já tem um projeto aprovado, mas ele não é liberado sem aval federal. Estamos falando de investimentos grandes, importantes, mas que podem levar um ou dois anos para gerar os primeiros frutos – quando forem aprovados. Estamos numa situação que tem saída? Claro que tem. Mas precisamos compreender que o custo da governabilidade será cada vez mais alto quando a popularidade estiver baixa – e vice-versa. Por isso eu acredito que são três coisas que precisam ser feitas. As medidas do ajuste precisam ser complementadas para não passar a noção de que só um lado está pagando a conta. E explicar a atuação contra a corrupção. E é preciso ser cauteloso com o risco de uma recessão.