O Ministério das Cidades publicou nessa quinta-feira (28) uma portaria que isenta os beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) de pagarem prestações de imóveis comprados por meio do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A isenção está prevista pelo governo na portaria que define os limites de renda e de participação financeira dos beneficiários nas quitações dos contratos do programa.
Antes, famílias da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, com renda mensal bruta até R$ 2.640, pagavam um percentual baixo do valor do imóvel financiado. Em alguns casos, o subsídio do governo podia chegar a 95%, ou seja, a família pagava apenas 5% do total.
Com a nova determinação, a Caixa Econômica Federal, instituição financeira responsável pelos contratos, tem um prazo de 30 dias para regulamentar as regras e colocá-las em vigor.
“Após esse prazo, os contratos já firmados e que se enquadrem nas regras da isenção terão as cobranças suspensas”, informou o Ministério das Cidades.
Em fevereiro deste ano, o ministro Jader Filho disse em entrevista à GloboNews que o objetivo da proposta é diminuir o déficit habitacional e criar melhores condições de contratos para os beneficiários do programa.
Além disso, a portaria do governo também reduz a quantidade de prestações para quitação do contrato, de 120 para 60 meses, nas unidades contratadas pelo Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU). O documento também prevê a redução, de 4% para 1%, da parcela paga pelos beneficiários nos contratos do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). Uol
Empresário José Coelho de Oliveira, autor do atropelamento do médico ciclista na Litorânea
A Polícia Civil prendeu, na noite desta sexta-feira (29), o empresário José Coelho de Oliveira, natural de Salvador (BA), responsável pelo atropelamento e morte do médico ciclista Edson Soares, na manhã de hoje, na Avenida Litorânea.
O empresário, que abandonou o local do acidente sem prestar assistência à vítima, havia previamente anunciado sua intenção de se entregar no sábado, com o objetivo de evitar a prisão em flagrante.
O empresário José Oliveira trabalha com aluguel de veículos em São Luís.
Depois de receber voz de prisão, José Coelho vai ser autuado em flagrante, ainda esta noite, no plantão de uma das delegacias de São Luís.
Homicídio culposo
O empresário deverá responder por homicídio culposo.
A prática de homicídio culposo na direção de veículo automotor é punida com pena de detenção, de dois a quatro anos, cumulada com a suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, nos termos do caput do artigo 302 do CTB.
Em consonância com o artigo 394, § 1.º, I do Código Penal, o rito processual adotado no delito de homicídio culposo no trânsito é o ordinário, tendo em vista que a pena máxima cominada é igual a quatro anos.
Há que se ressaltar que o CTB não prevê a modalidade de homicídio doloso. Assim, na hipótese de haver dolo, direto ou eventual, em um homicídio no trânsito, deve-se aplicar o artigo 121 do Código Penal (Matar alguém: Pena – reclusão, de seis a vinte anos).
A morte do médico
O acidente aconteceu por volta das 5h, nas proximidades da ponte sobre o rio Pimenta, na parte nova da Litorânea. Segundo informações, Edson Soares, que era do setor de clínica médica do Hospital Nina Rodrigues, teve a sua bicicleta foi arrastada por mais de 30 metros após o atropelamento. O médico trafegava no sentido Calhau–Olho d’Água.
Segundo testemunhas, o motorista do HB-20 ainda conduziu o veículo com metade da bicicleta no pára-brisa e teria parado depois em um posto de combustíveis, já fora da Litorânea, para abastecer. Outras partes da bicicleta ficaram no chão.
Uma equipe do Batalhão de Polícia Militar de Turismo do Maranhão (BPTur) esteve no local e isolou a área, sendo o trânsito na região alterado.
Foram encontrados apenas alguns pedaços da bicicleta. Uma equipe do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim) também está no local. Com informações do Jornalista Gilberto Lima.
Empresários e comerciantes credenciados no cartão do servidor do município de Tuntum, criado na gestão do prefeito Fernando Pessoa (PDT), estão sem receber o pagamento de suas devidas faturas das vendas mensais, efetuada pela administradora do cartão, empresa denominada de Credvip, que para alguns credenciados a administradora já vem informando os motivos do não repasse do valor das compras efetuadas pelos os usuários do cartão, que são os servidores municipais.
Por meio de uma informação repassada a um dos empresários credenciados, uma funcionária da Credvip, que se identifica como Noadis, afirmou que o repasse das faturas dos cartões dos empresários credenciados ainda não foi realizado devido a falta de pagamento da Prefeitura com a própria Credvip. A representante da empresa ainda acrescentou que está buscando formas de realizar o pagamento.
A funcionária da empresa ainda acrescentou, agora por meio de um áudio, que os cartões do servidor estão indisponíveis para compra desde o dia 13 de junho.
Ela ainda acrescenta que todos os usuários foram informados da real situação do cartão, que os mesmos não podem ser utilizados para compra, mas que mesmo assim está havendo insistência dos usuários que estão tendo o direito de uso negado no comércio da cidade.
Muitos comércios da cidade estão credenciados junto ao cartão do servidor, inclusive o maior supermercado da cidade, o Mini Box Bruna, que é de propriedade da família do gestor municipal. A informação de que os servidores usuários não estavam podendo utilizar o cartão para realizar compras já havia chegado à redação do blog no decorrer dessa semana.
O fato supramencionado só reforça a tamanha crise financeira que está vivendo a Prefeitura de Tuntum, se expandindo praticamente por todas as áreas da gestão, afetando diretamente o comércio local e grande parte da população. Há, ainda, fortes suspeitas de um grande número de funcionários com salários atrasados, tornando a crise financeira municipal cada vez mais acentuada.
A Prefeitura de Teresina prepara um novo concurso com 897 vagas para a contratação de professores efetivos e pessoal de apoio e administrativo para a rede municipal da cidade. A Secretaria Municipal de Educação prepara dois editais que serão lançados até o dia 15 de outubro. O secretário Nouga Cardoso já havia anunciado o concurso ainda em julho.
A remuneração do professor será em torno de R$ 5.600, sendo R$ 4.696,65 (vencimento), além de R$ 996,77 (gratificação) e auxílio-alimentação. A secretaria informou ainda que professor efetivo ainda recebe gratificação de mérito no valor de R$ 600.
O secretário municipal de Educação, Nouga Cardoso, informou que até o dia 15 de outubro estará divulgando o edital.
Estamos recebendo propostas para definir a banca do concurso. O que queremos comunicar aos interessados no concurso é que até o dia 15 de outubro estaremos apresentando os editais para professor efetivo e também para auxiliar operacional de nível médio como também nas áreas de engenharia, administração, contabilidade, fonoaudiologia, nutrição, áreas que envolvem alguns bacharelados que são importantes para o desenvolvimento e planejamento da educação de Teresina”.
Este mês, a equipe técnica da Secretaria Municipal de Educação (Semec) esteve reunida com o reitor da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Evandro Alberto de Sousa, para as discussões sobre a realização do certame.
“São em torno de 615 vagas, mas é importante dizer que todo concurso existe um quadro de reserva. Até a conclusão do concurso certamente professores irão se aposentar, as vagas tendem a aumentar no decorrer do tempo e estaremos convocando os classificados para as vagas definitivas”, ressaltou o secretário de Educação.
Veja a previsão de cargos e de vagas segundo a Semec
Cargos
Vagas
Professor efetivo
616
Profissão Ensino Superior
121
Profissional Ensino Médio
160
A Câmara Municipal de Teresina aprovou e o prefeito Dr. Pessoa sancionou a Lei 5.981, que estabelece a abertura das vagas para o concurso da Semec.
“Nosso compromisso com a melhoria contínua da qualidade educacional em nossa cidade tem sido reforçado pelo apoio do prefeito Dr. Pessoa. Essa Lei é um marco significativo que possibilita fortalecer, ainda mais, nossa equipe e, consequentemente, o sistema educacional como um todo”, disse Nouga Cardoso.
As guardas municipais desempenham atividade de segurança pública com o poder/dever de proteger os bens, serviços e instalações municipais, bem como seus respectivos usuários. No entanto, não estão autorizadas a atuar como verdadeira Polícia, para reprimir e investigar a criminalidade urbana ordinária. Assim decidiu a 3ª seção do STJ.
Os ministros decidiram fixar o alcance da atuação das guardas municipais, frente ao reconhecimento recente do STF (ADPF 995) de que a guarda municipal integra o sistema de segurança pública. O colegiado considerou que, inegavelmente as guardas municipais integram o sistema de segurança pública, mas tem sua atuação limitada ao que à proteção de bens, serviços e instalações do município.
Ainda, segundo o entendimento da 3ª seção, apenas em situações absolutamente excepcionais a guarda pode realizar a abordagem de pessoas e a busca pessoal, quando a ação se mostrar diretamente relacionada à finalidade da corporação.
Controle correcional
Ao votar no caso, o relator, ministro Rogerio Schietti Cruz, destacou que a Constituição não atribui à guarda municipal atividades ostensivas típicas de Polícia Militar ou investigativas de Polícia Civil, como se fossem verdadeiras Polícias municipais.
Segundo o relator, tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil, em contrapartida à possibilidade de exercerem a força pública e o monopólio estatal da violência, estão sujeitas a um rígido controle correcional externo do MP e do Poder Judiciário (Justiça militar e estadual), o que não acontece com as guardas municipais.
Para Schietti, fossem as guardas municipais verdadeiras polícias, por certo também deveriam estar sujeitas ao controle externo do MP e do Poder Judiciário em correições periódicas.
“Não é preciso ser dotado de grandes criatividades para imaginar, em um país, com suas conhecidas mazelas estruturais e culturais, entre as quais o racismo, o potencial caótico de autorizar que cada um de seus 5.570 municípios tenha sua própria Polícia subordinada apenas ao prefeito local e insubmissa a qualquer controle correcional externo.”
Schietti ressaltou que, se mesmo no modelo de policiamento, sujeita a controle externo do MP, e concentrado em apenas 26 Estados e o DF, já se encontram “dificuldades de contenção e responsabilização por eventuais abusos na atividade policial como o cotidiano mostra, é fácil identificar o exponencial aumento de riscos e obstáculos à fiscalização caso se permita a organização de polícias locais (municipais) nos 5.570 municípios brasileiros”.
Desvirtuamento
O ministro exemplificou “o patente desvirtuamento das guardas municipais na atualidade”, ao registrar que muitas delas estão alterando suas denominações para Polícia Municipal e inúmeros municípios pelo país a fora estão equipando suas guardas com fuzis, “equipamento de uso bélico e alto poder local”. “São recorrentes os casos noticiados de que esse desvio de função vem sendo acompanhado pelo aumento de práticas de abusos por parte de guardas municipais”, completou.
De acordo com Schietti, o fato de as guardas municipais não haverem sido incluídas nos incisos do art. 144, caput, da CF, não afasta a constatação de que elas exercem, sim, atividade de segurança pública, e é isso que disse o Supremo. “Isso não significa, porém, que possam ter a mesma amplitude de atuação das polícias”, destacou.
“O STF, apesar de reconhecer em diversos julgados que as guardas municipais integram o sistema de segurança publica e exercem atividade dessa natureza, nunca as equiparou por completo aos órgãos policiais para todos os fins. A 1ª turma do STF também asseverou que as guardas municipais não estão autorizadas a, ultrapassando os limites próprios de uma prisão em flagrante, realizar diligências investigativas ou prévias voltadas a apuração de crimes.”
Em 25 de agosto, o STF julgou procedente a ADPF 995 declarando inconstitucionais todas as interpretações judiciais que excluem as guardas municipais devidamente criadas e instituídas como integrantes do sistema de segurança públicas. Segundo Schietti, a Corte Suprema reafirmou que as guardas municipais integram o sistema de segurança públicas, mas não lhes conferiu poderes idênticos aos dos órgãos policiais.
Competência
O ministro esclareceu que, da mesma forma que as guardas municipais não são equipadas às polícias, também não são cidadãos comuns. De modo que, se por um lado não podem realizar tudo o que é autorizado às polícias, por outro também não estão plenamente reduzidos à mera condição de qualquer do povo.
Na definição do ministro, trata-se de agentes públicos que desempenham atividade de segurança pública e são dotados do importante poder/dever de proteger os bens, serviços e instalações municipais, bem como seus respectivos usuários.
É possível e recomendável, dessa forma, que exerçam a vigilância de creches, escolas, postos de saúde municipais, para garantir que não tenham sua estrutura danificada por vândalos, ou que seus frequentadores que não sejam vítimas de furto, roubo, tráfico ou violência, a fim de permitir, portanto, a continuidade da prestação do serviço público municipal com relato a tais instalações.”
Ainda, o ministro salientou que guardas municipais podem realizar patrulhamento preventivo na cidade, mas sempre vinculados à finalidade de tutelar bens, serviços e instalações municipais e, por decorrência, os seus respectivos usuários, sem que lhe seja autorizado atuar como verdadeira Polícia para reprimir e investigar a criminalidade urbana ordinária, tal como ocorre na maioria das vezes com crime de tráfico de drogas.
“Não é das guardas municipais, mas sim das Polícias, como regra, a competência para investigar, abordar e revistar indivíduo suspeito da prática de tráfico de drogas ou de outros delitos cuja prática não atinja de maneira clara, direta e imediata os bens, serviços e instalações municipais ou as pessoas que os estejam usando naquele momento.”
Busca pessoal – Situações excepcionais
As guardas municipais poderão, todavia, realizar busca pessoal em situações excepcionais, e por isso, interpretadas restritivamente nas quais se demonstre concretamente haver clara, direta e mediata relação de pertinência com a finalidade da corporação, como instrumento imprescindível para realização de suas atribuições, explicou o relator.
Salvo na hipótese de flagrante delito, só é possível que as guardas municipais realize excepcionalmente busca pessoas se além da justa causa para a medida (fundada suspeita), houver relação clara, direta e imediata com a necessidade de proteger a integridade de bens, serviços e instalações municipais ou assegurar a adequada execução de serviços municipais, assim como resguardar a integridade de seus respectivos usuários. O que não se confunde com a permissão para desempenhar atividades ostensivas ou investigativas típicas das polícias militar e civil para combate da criminalidade urbana ordinária em qualquer contexto.”
Assim, concedeu a ordem para declarar ilícitas as provas colhidas pela busca pessoal, bem como a ilicitude de todas as provas dela decorrentes, e por consequência absolver o réu.
A decisão foi unânime. Os ministros Reynaldo Soares da Fonseca, Joel Ilan Paciornik, Messod Azulay Neto, acompanharam com ressalva de que vão esperar a publicação do acórdão do STF.
Mais um caso de sequestro abala a população da Grande Ilha de São Luís. Na manhã desta quinta-feira (28), um homem foi encontrado em estado de choque e debilitado, caído em uma calçada na Estrada do Rio Pimenta, no bairro Altos do Calhau. Segundo informações da própria vítima, ele conseguiu fugir do cativeiro onde esteve retido desde a última segunda-feira (25).
A vítima relatou que o sequestro ocorreu na noite da última segunda-feira, quando estava na Avenida Santos Dumont, próximo ao bairro São Cristóvão, em São Luís. Dois homens em uma motocicleta se aproximaram e anunciaram o sequestro, forçando o homem a acompanhá-los até um local desconhecido, onde foi mantido em cativeiro.
Durante o período de cativeiro, o homem foi brutalmente espancado e torturado pelos criminosos, que exigiam valores em dinheiro como resgate. As agressões deixaram a vítima em estado de debilidade e desorientação.
Na manhã de quinta-feira, após conseguir escapar do cativeiro, o homem foi encontrado caído na Estrada do Rio Pimenta, onde recebeu ajuda de uma pessoa que passava pelo local. Imediatamente, a Polícia Militar foi acionada, juntamente com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que prestou os primeiros socorros à vítima.
O homem foi posteriormente encaminhado para uma unidade de saúde da capital, onde está recebendo tratamento e sendo acompanhado por profissionais de saúde. A polícia está investigando o caso e tentando identificar os sequestradores responsáveis por esse ato criminoso. OCubo
Amigos e aliados do ministro da Justiça, Flávio Dino, têm se manifestado nos bastidores contra a indicação do ex-governador do Maranhão para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal – ao menos neste momento. O argumento é simples: eles partem da premissa de que Dino é mais útil a Lula no Ministério da Justiça que no Supremo.
Políticos amigos de Dino ouvidos por O Antagonista afirmam, em caráter reservado, que o ministro da Justiça tem feito um trabalho consistente no enfrentamento ao bolsonarismo, e que tirá-lo dessa função, neste momento, poderia atrapalhar o enfrentamento ao ex-presidente da República.
“Imagine você tirar um Cristiano Ronaldo do ataque para colocá-lo na defesa. Isso é impensável”, compara um amigo de longa data de Dino.
Outra questão apontada por eles é que a ida de Dino para o STF fragilizaria a cantilena petista contra o ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR). Nos últimos anos, o PT acusou Moro de usar suas funções jurisdicionais como trampolim a uma vaga no STF. Caso Dino aceite ir ao STF, o ex-governador tomaria caminho semelhante.
Um terceiro motivo diz respeito ao próprio futuro político de Dino. Para os amigos do ex-governador maranhense, o ministro da Justiça é visto como sucessor natural de Lula em 2030, desbancando nomes do PT como o atual ministro da Economia, Fernando Haddad.
E uma quarta razão é compartilhada tanto pelos dinistas quanto pela ala ideológica do PT: a indicação do ex-juiz ao STF obrigaria Lula a fazer todo um rearranjo na Esplanada dos Ministérios e abriria uma disputa para desmembrar o Ministério da Justiça e o da Segurança Pública. (O Antagonista)
A Polícia Federal no Maranhão, com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e do Centro Tático Aéreo do Maranhão deflagrou, nesta terça-feira (27/09), a operação GRIMPAS – DUPLA USURPAÇÃO, com o objetivo de reprimir a extração ilegal de minério (ouro) e danos ambientais, em Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses, no Estado do Maranhão.
A operação é decorrente de sólidos elementos de informações coletados no curso de Inquérito Policial, que foi instaurado para apurar atividade de mineração clandestina, com utilização de tratores, escavadeiras, dentre outros equipamentos voltados ao beneficiamento de ouro.
Ao longo da apuração, constatou-se que a atividade clandestina funcionava com a utilização de dragas, bicos de jato e escavadeiras hidráulicas, causando diversos danos ambientais, como a supressão de vegetação, a erosão do solo, a contaminação dos corpos hídricos, decorrentes do uso de mercúrio, além da destruição de habitats naturais.
No curso da investigação, que contou com a utilização de geotecnologia, imagens de altíssima resolução e análise do cadastro ambiental rural, foram identificadas as pessoas envolvidas na atividade de garimpo ilegal (principais garimpeiros da região), além dos donos das terras, tratando-se de pai e filho. Estes cobravam um percentual do valor do ouro extraído no local. Um dos investigados já foi prefeito de Godofredo Viana/MA, e é réu pela mesma prática dos crimes sob investigação, decorrente de outro Inquérito Policial.
A ação ocorreu nos municípios de Godofredo Viana e São Luís, no estado do Maranhão, e empregou mais de 130 agentes públicos, incluindo Polícia Federal, IBAMA e Secretaria de Segurança Pública do Maranhão. O Comando de Operações Táticas – COT, o Grupo de Pronta Intervenção – GPI (ambos grupos especializados da Polícia Federal) e o Centro Tático Aéreo da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão também participaram da operação.
Foram cumpridos 6 (seis) Mandados de Busca e Apreensão, expedido pelo Juízo da 8ª Vara Federal Ambiental e Agrária da SJMA, sendo 05 (cinco) em domicílios, e um em toda a área do garimpo ilegal, que devido à enorme extensão, foi dividido em 12 zonas.
Na ação, com amparo na ordem judicial e em decreto federal, foram apreendidos e, em seguida, destruídos/inutilizados equipamentos voltados para a extração e beneficiamento do ouro retirado de forma ilegal. A medida se justifica nas situações em que o transporte e guarda dos produtos, subprodutos e instrumentos utilizados na prática da infração se torne inviável por razões circunstanciais ou comprometa a segurança dos agentes públicos envolvidos, evitando-se, ainda, o uso e aproveitamento indevido do material e a exposição do meio ambiente a riscos significativos.
No cumprimento das medidas, uma pessoa foi presa em flagrante delito. Foram encontrados, em sua residência, armas de fogo e 415 gramas de ouro avaliado em R$ 127.209,95 (cento e vinte e sete mil, duzentos e nove reais, e noventa e cinco centavos).
Os investigados responderão pela prática de contrabando, receptação qualificada e diversos crimes ambientais previstos na Lei 9.605/98, além do crime de usurpação de bens da União, por explorar sem autorização legal recurso mineral, bem pertencente à União, o que causa graves prejuízos aos cofres públicos, já que não é recolhido o tributo da Compensação Financeira pela Exploração Mineral.
O nome da operação remete à origem do termo “garimpo”, que dizia respeito à exploração ilegal de minérios nos cumes das serras, chamadas grimpas na época, dando origem à denominação grimpeiro, e posteriormente garimpeiro.
O governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), confirmou nesta terça-feira (26) – após participar, na Assembleia Legislativa, da cerimônia de entrega do Plano Plurianual (PPA) e da Lei Orçamentária Anual (LOA) aos parlamentares – que o Executivo abriu negociações com instituições financeiras em busca de empréstimos para bancar investimentos no estado.
Segundo ele, o objetivo é garantir recursos para que o governo possa fazer mais do que apenas manter as secretarias em funcionamento e pagar os salários dos servidores públicos.
“Nós estamos organizando toda a burocracia para que a gente possa se habilitar a financiamentos. O Estado não pode viver apenas de custeio, ou seja, manutenção das secretarias. Então, a gente tem, desde janeiro, trabalhado intensamente nesse sentido e estamos negociando com várias entidades financeiras, para que a gente possa conseguir alavancar recursos, naturalmente elegendo as prioridades. É um processo que a gente deve finalizar até o final do ano”, declarou.
Brandão afirmou, ainda, que o Maranhão negocia até mesmo com instituições internacionais – e citou nominalmente os Estados Unidos.
“A gente vem discutindo isso com várias instituições financeiras, inclusive internacionais. Há hoje uma grande oferta de recursos. Os Estados Unidos, por exemplo, têm poupança sobrando, querendo investir; investimentos de outros países, bancos estrangeiros. A gente está negociando”, completou.
Ainda de acordo com o governador maranhense, já há projetos prontos para a captação de, pelo menos, R$ 3,5 bilhões. Mas o valor pode ser maior.
“De outubro [de 2022] para cá, a gente fez um banco de projetos, porque o Estado não tinha projeto na prateleira. Qual foi o nosso exercício? Preparar projetos, porque, se não, a gente não consegue o dinheiro, não consegue liberar o recurso. Então, acho que a gente chegou aí a R$ 3,5 bilhões de projetos prontos. E as empresas continuam fazendo. A gente tinha uma empresa fazendo projetos, hoje nós temos três. Não quer dizer que isso [o recurso de R$ 3,5 bi] vai sair, pode sair até mais, mas eles [os projetos] têm que estar disponíveis para o Estado para que, na hora que for liberado [o recurso], a gente estar com o projeto na prateleira. O Estado tem capacidade financeira de se endividar, e a gente, naturalmente, vai atrás”, disse.
Debate – O debate sobre a situação financeira do Maranhão ganhou força há dois meses, quando o salário de julho acabou não sendo pago dentro do mês – algo que não ocorria há quase uma década.
Apesar disso, em entrevista ao Imirante, no início do mês de agosto, o governador em exercício do Maranhão na ocasião, Felipe Camarão (PT), garantiu que não havia possibilidade de atraso salarial.
Por outro lado, membros do governo já admitiam, antes da confirmação feita hoje por Brandão, que o Executivo vinha buscado formas de aumentar sua nota de crédito no Tesouro Nacional para viabilizar a aprovação de um empréstimo de, pelo menos, R$ 4 bilhões.
Após torturar e arrastar a vítima pelas ruas, Geucimar ainda passou por cima de Carlos Alberto quando fez uma manobra de ré no carro. A vítima morreu por múltiplas lesões pelo corpo, segundo a perícia.
O 2º Tribunal do Júri condenou a 13 anos e nove meses de prisão o empresário Geucimar Lima Duarte, acusado de amarrar um morador de rua a um carro e arrastar por vários metros no Centro Histórico de São Luís. A vítima, Carlos Alberto dos Santos, foi deixada, já morta, em frente a um Terminal de Integração de ônibus, na frente de várias pessoas.
O caso aconteceu durante a madrugada do dia 17 de maio de 2020 e câmeras de segurança no Centro Histórico flagraram o carro do empresário arrastando Carlos Alberto, de 34 anos, por três quilômetros em várias ruas, algumas calçadas com paralelepípedo.
As imagens mostram ainda que, durante o trajeto, o empresário parou para beber água, dada por um vigilante, que não esboçou reação diante da cena e, segundo a polícia, também não reagiu ao pedido de socorro de Carlos Alberto.
Após torturar e arrastar a vítima pelas ruas, Geucimar ainda passou por cima de Carlos Alberto quando fez uma manobra de ré no carro. A vítima morreu por múltiplas lesões pelo corpo, segundo a perícia.
Investigações e prisão
Depois do crime, Geucimar fugiu, mas foi localizado cinco meses depois do crime, quando o empresário voltou de São Paulo para São Luís.
Na época do crime, Geucimar disse que arrastou o morador de rua porque estaria sendo vítima de furtos em seu restaurante, no Centro Histórico de São Luís.
“Ele acusou o morador de tentar entrar no restaurante para furtar objetos e comida. No dia do fato, o morador teria sido visto entrando no restaurante. Um dos vigilantes pegou ele no ato e teria ligado para o empresário, avisando”, informou ao g1 o delegado Felipe César, que investigou o caso.
Nas imagens, o homem que aparece dando água a Geucimar também é um vigilante, que não esboçou reação ao ver o pedido de socorro do morador de rua. Na época, ele e outros vigilantes que ajudaram o empresário também foram indiciados pelo crime.
Julgamento
Geucimar estava preso desde a época do crime, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e só foi julgado na última sexta-feira (22), em júri popular. Ele foi condenado a 13 anos e nove meses de reclusão pelos crimes de homicídio praticado por tortura ou outro meio insidioso ou cruel.
O juiz, Pedro Guimarães Júnior, que responde pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, destacou a forma como o crime aconteceu e acrescentou que Carlos Alberto também foi agredido antes de ser amarrado ao carro.
“As circunstâncias do crime demonstram uma maior ousadia do condenado em sua execução, uma vez que, após entrar em luta corporal com a vítima, armado com uma ripa de madeira, o acusado amarrou a vítima com cordas à traseira do veículo e não atendeu às súplicas da vítima, que apesar de já estar extremamente debilitada, continuou a ser arrastada pelo veículo por longo trajeto, tendo o corpo já sem vida sido deixado pelo autor em plena via pública, nas proximidades do Terminal da Praia Grande, ressaltando-se ainda que ao efetuar uma manobra dando ré no carro, passou por cima do corpo da vítima”, disse o magistrado.
O juiz também negou ao réu o direito de recorrer da decisão em liberdade, mas, na sentença, considerou que Geucimar está com um grave estado de saúde. Por isso, converteu a prisão em regime fechado pela domiciliar mediante monitoramento eletrônico.
Na tarde de segunda-feira, 25 de setembro de 2023, uma aeronave da Polícia Federal (PF) pousou no Aeroporto Internacional Marechal Hugo da Cunha Machado, localizado em São Luís.
A aeronave havia decolado anteriormente de Cuiabá, no estado de Mato Grosso, com destino a São Luís. Não há nenhuma informação sobre a razão da chegada da aeronave da PF no Maranhão.
As autoridades locais e a PF não forneceram informações adicionais sobre a presença da aeronave no estado. A chegada do avião da PF ao aeroporto de São Luís despertou a curiosidade e atenção de pessoas que estavam no local. Informações do Antagonista.