O senador Roberto Rocha (PSB) deu mais uma prova de sua subserviência ao presidente Michel Temer (PMDB) e votou ontem, 29, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, a favor da malfadada Reforma Trabalhista proposta pelo Governo Federal.
Foram 16 votos a favor, 9 contrários e uma abstenção. Além de não seguir a determinação do seu partido, as justificativas do senador não convenceram, porém não surpreenderam em virtude do seu histórico repleto de demagogia e frases de efeito sem resultado prático.
Ao expor seu voto, Rocha saiu-se com essa: “devo muita lealdade ao meu Partido, mas obediência eu devo ao povo que me elegeu!”.
Uma pesquisa realizada em maio, pelo Instituto Pulso Brasil, á pedido da Revista Brasil Econômico, mostrou que 58% dos brasileiros são contra as mudanças nas leis trabalhistas propostas por Temer, 23% a favor e 29% não souberam opinar. Ou seja, a cada 10 trabalhadores, 6 são contra as medidas. Sem falar nas inúmeras manifestações pelo país organizadas pelas centrais sindicais, inclusive no Maranhão. Enquanto Roberto prega obediência aos maranhenses, faz o contrário, traindo os trabalhadores do estado e suas famílias.
Ao negar lealdade ao PSB, Roberto mostra outra faceta da maneira como conduz sua carreira política, pautada no individualismo e em projetos pessoais, como o próprio presidente Estadual do PSB, Luciano Leitoa, já  descreveu em ocasião durante as eleições municipais do ano passado.
Atitudes controversas como essa, garantiram a Asa de Avião corregedoria do Senado e a relatoria na sabatina da procuradora Raquel Dodge, indicada por Temer para substituir Ricardo Janot na Procuradoria Geral da República.