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quarta-feira, 10 de julho de 2019

Bolsonaro diz que vai indicar ministro ‘terrivelmente evangélico’ ao Supremo




O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta quarta-feira (10) que terá direito a indicar dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e que “um deles será terrivelmente evangélico”.

Bolsonaro deu a declaração durante discurso durante culto evangélico na Câmara dos Deputados.

“Muitos tentam nós deixar de lado dizendo que o estado é laico. O estado é laico, mas nós somos cristãos. Ou para plagiar a minha querida Damares [Alves, ministra]: Nós somos terrivelmente cristãos. E esse espírito deve estar presente em todos os poderes. Por isso, o meu compromisso: poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal [STF]. Um deles será terrivelmente evangélico”, declarou o presidente.


Ele afirmou ainda ser “apenas um instrumento”.


E acrescentou que, por mais crítica que a bancada evangélica receba, tem um “superávit enorme junto à sociedade”.


Bolsonaro é católico, mas a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é evangélica. Na campanha eleitoral, ele contou com o apoio de grupos evangélicos e, desde que assumiu, vai com frequência a eventos evangélicos. Ele foi o primeiro presidente a participar da Marcha para Jesus, em São Paulo.


Em maio, durante evento da Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Goiânia, Bolsonaro questionou se não estaria na hora de ter um ministro evangélico no STF.


“Com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, eu pergunto: existe algum, entre os 11 ministros do Supremo, evangélico? Cristão assumido? Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. E respeitamos, um tem que respeitar o outro. Será que não está na hora de termos um ministro no Supremo Tribunal Federal evangélico?”, disse na ocasião.

Naquele evento, Bolsonaro disse que os ministros do STF estavam “legislando” ao discutir a equiparação de homofobia ao crime de racismo. No dia 13 de junho, STF decidiu permitir a criminalização da homofobia e da transfobia. G1





URGENTE! Morre o jornalista Paulo Henrique Amorim


Jornalista morreu aos 77 anos, em casa, no Rio. (Foto: Divulgação/R7)
Aos 77 anos, morreu o jornalista Paulo Henrique Amorim, na madrugada desta quarta-feira (10). A morte do jornalista após sofrer um infarto fulminante em casa foi confirmada pela esposa dele, no Rio de Janeiro.
Amorim deixa uma filha e a mulher, Geórgia Pinheiro.
Na última noite de terça (9), Amorim havia saído para jantar com amigos.
O último emprego de Paulo Henrique Amorim foi na TV Record, do qual foi afastado no mês passado. Por lá, apresentava o Domingo Espetacular.
Amorim esteve na Record entre 2003 e este ano e, desde 2006, era o apresentador do Domigo Espetacular. Antes, teve passagens pela Globo e pela extinta TV Manchete, além de Bandeirantes e TV Cultura.
Fora da televisão, Amorim começou no jornalismo em 1961, no jornal ‘A Noite’. Foi correspondente em Nova York da revista ‘Realidade’ e depois da ‘Veja.

Divergências políticas marcaram fim da carreira

Desde junho, Paulo Henrique Amorim não fazia mais parte do ‘Domingo Espetacular’, da Record. O motivo, de acordo com a assessoria de imprensa do canal, é uma reformulação no jornalismo da casa.
Segundo eles, Paulo Henrique continua como um dos contratados e à disposição para futuros projetos. Porém, segundo o site ‘Notícias da TV’, Amorim teria sido desligado por política.
Por seu forte posicionamento de esquerda, ele, de acordo com o site, teria tido a cabeça pedida desde 2014 por diversas vezes por membros do poder contrários às suas ideias. Ainda segundo o portal, nos últimos meses, a emissora não teria mais conseguido resistir às pressões, já que Amorim é contrario ao governo do atual presidente.
Questionada se o afastamento seria por cunho político, a assessoria de imprensa da Record voltou a dizer que a única informação que poderia assegurar era a de que está acontecendo uma reformulação, implementada pelo vice-presidente de jornalismo, Antonio Guerreiro, desde janeiro deste ano.
Paulo Henrique Amorim ficou no ar pelo dominical por 13 anos. Sua primeira aparição foi em fevereiro de 2006. Do Yahoo
Atualizada

Glenn Greenwald é indicado para receber medalha do Mérito Timbira no Maranhão


O jornalista Glenn Greenwald, editor do The Intercept
O jornalista e advogado Glenn Greenwald poderá ser o primeiro norte-americano a receber a Medalha do Mérito Timbira, uma condecoração a personalidades que prestaram relevantes serviços ao estado concedida pelo Legislativo Estadual.
Matéria neste sentido foi aprovada nesta terça-feira (9) pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Maranhão. O deputado petista José Inácio é autor do Projeto de Resolução Legislativa Nº 059/2019, relatado pelo deputado Antonio Pereira, do DEM. O plenário deve ainda se manifestar sobre o PRL em votação. 
O jornalista Gleen Greenwald ficou mundialmente famoso por ajudar Edward Snowden a vazar o escândalo dos programas secretos de vigilância global dos Estados Unidos, feitos pela Agência de Segurança Nacional, o que lhe deu diversos prêmios, entre eles um dos mais importantes prêmios do jornalismo mundial, o Pulitzer. No Brasil, Greenwald está no olho do furacão depois de revelar por meio do site The Intercept Brasil os diálogos entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e os procuradores da Operação Lava Jato que desencadeou na retirada de Luiz Inácio Lula da Silva da disputa presidencial.
PorRaimundoGarrone

terça-feira, 9 de julho de 2019

Bomba da Vaza Jato: em áudio inédito Deltan Dallagnol comemora proibição de entrevista de Lula à Folha de S.Paulo


Um áudio mostra o coordenador da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, comunicando outros procuradores da força-tarefa sobre uma liminar do ministro Luiz Fux, que derrubou uma decisão de Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que liberava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para conceder entrevista.

Na mensagem de voz, Dallagnol pede que os integrantes da operação não divulguem a decisão do magistrado para que não haja tempo da defesa do petista entrar com recurso.

Essa é a primeira mensagem de voz divulgada pelo site The Intercept. Na conversa, o procurador pede silêncio de colegas sobre liminar do STF.

“Não vamos alardear isso aí, para evitar a divulgação enquanto for possível”, orientou o coordenador da Lava Jato. E seguiu: “Porque quanto antes divulgar isso, vai ter recurso do outro lado, ou vai para plenário. O pessoal pediu para não comentar isso e evitar recurso de quem tem uma posição contrária a nossa”, disse. “Mas a notícia é boa, para começar bem o final de semana.”

O jornalista e editor do The Intercept, Glenn Greenwald, comentou sobre o caso em seu Twitter. “Primeiro áudio publicado, de Daltan Dallagnol: ouça como ele comemorou secretamente a decisão do Fux revogando autorização a @folha entrevistar Lula 12 dias antes da eleição pq, como já reportamos, eles queriam impedir vitória de Haddad”.


“Além das motivações políticas impróprias que sempre negou publicamente, observe que Deltan – além da alegria que Lula ficaria em silêncio – a) tinha conhecimento secreto e prévio da decisão de Fux e b) especificamente queria ocultá-la para impedir que a Folha pudesse recorrer”, completou o jornalista.

Na manhã do dia 28 de setembro de 2018, a imprensa noticiou que o ministro do STF Ricardo Lewandowski autorizara Lula a conceder uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Em um grupo no Telegram, os procuradores imediatamente se movimentaram, debatendo estratégias para evitar que Lula pudesse falar. Para a procuradora Laura Tessler, o direito do ex-presidente era uma “piada” e “revoltante”, o que ela classificou nos chats como “um verdadeiro circo”. Uma outra procuradora, Isabel Groba, respondeu: “Mafiosos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”

Deltan era esperado nesta terça-feira (9) na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Diante da recusa parlamentares articulam novo pedido de informações ao procurador. Revista Fórum

Prefeito Tema anuncia construção de 40 banheiros no bairro Vila Bento; Belém e São Miguel também foram beneficiados


O prefeito Dr. Tema esteve hoje (09) no bairro Vila Bento e anunciou para aquela comunidade a construção de 40 banheiros. Ele percorreu parte do bairro e comunicou pessoalmente para alguns moradores a execução do seu projeto, que tem como objeto qualificar ainda mais o saneamento básico e a qualidade de vida dos beneficiados, que são famílias de baixa renda.

Segundo informações do próprio gestor municipal, a obra já passa a ser executada na próxima segunda-feira (15), sendo construída em três etapas. Cada unidade construída custará R$ 12.000,00, fruto de uma parceria entre o município e a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), órgão do Governo Federal. Cada banheiro receberá uma caixa d'água, três pias (incluindo uma de inox e outra para lavar roupa), vaso sanitário e chuveiro.
Acompanharam o prefeito na visita aos moradores, o líder comunitário Josias Brasil e o secretário Josinaldo Bílio. Brasil, muito feliz, disse que a atitude do prefeito é louvável e que os banheiros é um presente às famílias. "O prefeito está de parabéns com sua atitude, que é muito louvável, e que sem sombra de dúvida vai ajudar muito as famílias da Vila Bento", afirmou.

O prefeito determinou também a construção de mais 80 unidades no interior, 40 no povoado São Miguel, que inclusive já foi iniciada, e mais 40 no povoado Belém, totalizando 120 banheiros a serem construídos em favor de famílias carentes. "Esse é o nosso papel, procurar sempre fazer o bem e levar desenvolvimento a todos. Acredito que esses banheiros depois de entregues irá melhorar muito a vida dessas pessoas beneficiadas, pois muitas delas nunca teriam condições de construir um banheiro com essa estrutura", disse o prefeito. 


Flávio Dino revela três possibilidades sobre seu futuro político em 2022


Jornal Pequeno – Afinal, o senhor pretende disputar a Presidência da República, em 2022?

Flávio Dino – Neste momento, meu foco número 1, meu foco principal, meu foco que me move de manhã, de tarde e de noite é a tarefa de continuar transformando o Maranhão e melhorando a vida da população.

É claro que, lá adiante, em 2022, nós teremos mais um processo eleitoral, se Deus quiser. E eu estarei participando dele. Poderei participar de três formas. Forma número 1: continuando no governo do Maranhão até o final do meu mandato. É uma hipótese. O ex-governador Ricardo Coutinho, da Paraíba, fez isso e hoje preside a Fundação João Mangabeira, do PSB. O ex-governador José Reinaldo também fez isso. É uma hipótese. Segunda hipótese: saio em abril de 2022 e me candidato a um cargo no Congresso Nacional: ou no Senado ou na Câmara.

Terceira hipótese: em havendo algum tipo de articulação nacional, no campo da esquerda, no campo popular democrático, e isso resultando numa convergência ampla, que é a minha tese, em torno de determinados nomes que consigam de um modo unificado representar o nosso pensamento, e se eu tiver a possibilidade de ser um desses nomes, é claro que poderei desempenhar esta tarefa. Mas não é algo que eu planeje como foco principal e exclusivo. Porque, simplesmente, não depende de mim.

JP – Mas há uma movimentação sua com vistas a uma maior projeção na política nacional?

FD – O que é fato é que, como disse, a alternativa 1 e 2 dependem exclusivamente de mim. A alternativa 3, não. Depende de Deus, da vontade de um monte de gente, de um monte de partidos, e é claro que eu sou uma pessoa centrada, equilibrada, com o pé no chão, e não me dedico a uma coisa que não depende de mim. Depende de uma montanha de gente. Agora, as três hipóteses, graças a Deus, existem.
DO JORNAL PEQUENO



Votacão da Previdência: Governo Bolsonaro libera R$ 116 milhões de emendas ao Maranhão



Às vésperas do início da discussão da reforma da Previdência no plenário da Câmara, o governo Jair Bolsonaro liberou quase R$ 1 bilhão em emendas parlamentares vinculadas à área de saúde. O desembolso de R$ 920,3 milhões foi publicado em 34 portarias de uma edição extra do Diário Oficial da União desta segunda (8). Os recursos atendem municípios de 25 estados e são destinados a complementar gastos de prefeitos com serviços de assistência básica, e de média e alta complexidade.

Minas foi o estado que mais recebeu recursos (R$ 126 milhões), seguido de Maranhão (R$ 116 milhões) e São Paulo (R$ 107 milhões). O dinheiro desembolsado têm origem no Fundo Nacional de Saúde e vai direto para os fundos municipais. Nessa modalidade, a liberação é mais rápida. A informação é da Folha.

Numa tentativa de agilizar a votação da reforma e concluir o procedimento na Câmara até o fim desta semana, líderes de partidos fizeram acordo com a Casa Civil para passar na frente da fila de liberação as emendas solicitadas pelos parlamentares que mais desconfiavam das promessas do governo.

No caso do Maranhão, talvez uma forma de fazer com que deputados ligados ao governador Flávio Dino (PCdoB) votem a favor da reforma da previdência.
JohnCutrim



segunda-feira, 8 de julho de 2019

Dragões vence campeonato Interbairros de Tuntum


Nasce a mais nova sensação do futebol de Tuntum, (Creoli Futebol Club/Escolinha Bom de Bola). Os Dragões, neste sábado, dia 6 de julho de 2019, participou da final do campeonato Interbairro da Vila Nova, organizado por Gilvan e Zé Neto,  final realizada no estádio Temão.
Os dois finalistas foram o União do Mil Reis e a sensação do momento do  esporte de Tuntum,  Creoli Futebol Club/ Escolinha Bom de Bola (parceria de jovens talentos do povoado Creoli do Bina e escolinha Bom de Bola de Tuntum), mais conhecido como Dragões.

O duelo terminou em 4x1 para os Dragões, o resultado serviu para coroar este projeto de socialização de jovens no esporte, assim como de afastá-los do mundo das drogas, projeto este que está sendo muito bem conduzido por seu presidente Elivelton Galdino e o treinador do time, Professor Lisdean.
Texto Dragões

Empresário Dida Tio Luís volta a recepcionar amigos em sua residência; prefeito Tema esteve presente e nome de Dida sondado como pré-candidato



O empresário Dida Tio Luís ofereceu novamente nesse domingo (07), em sua residência, no bairro Tuntum de Cima, um churrasco para uma boa parte de seus amigos mais próximos. O momento de descontração aconteceu após uma partida de futebol entre o combinado do povoado Ipu-Iru e os amigos do próprio empresário.

No momento de confraternização muitos assuntos foram debatidos, principalmente sobre política, ganhando maior vasão com a chegada do prefeito Dr. Tema e da deputada Daniella Tema, que inclusive foram bem recepcionados por Dida e sua esposa Edineide.
 
Na oportunidade muito foi aventado sobre a real possibilidade do empresário sair como candidato do grupo de Tema para as próximas eleições, proposta feita pelos seus simpatizantes e ouvida pelo prefeito, que mostrou-se simpático com a ideia. Depois de um produtivo diálogo, Tema e Dida marcaram uma data para conversarem reservadamente. Para os muitos que presenciaram o momento, todos acreditam que Tio Luís tem todas as possibilidades de passar a ser o pré-candidato do grupo.

O prefeito, diretamente, não adiantou nada publicamente sobre essa possibilidade, mas para os entendedores de política, a presença do prefeito na casa de Dida e o entrosamento entre os dois, fato nunca visto, já é uma deixa de que as possibilidades são reais. O blog entrou em contato com Dida Tio Luís, que não afirmou diretamente da sua pré-candidatura com o apoio de seu primo Tema, só disse que com brevidade irá sentar pra conversar com ele. Agora é esperar... 







PARABÉNS: BL Futebol Clube comemora 31 anos fundação


Na tarde de ontem (07) o BL, equipe de futebol veterano de Presidente Dutra, comemorou seu 31º aniversário de fundação. A comemoração se deu com um jogo no campo da Aseel, contra o time do Mônaco, que foi derrotado por 2x0.

Após a partida, os jogadores e seus familiares se reuniram e festejaram a importante data. O blog do Lobão parabeniza todos os atletas do time reconhecendo sua história e sua grandeza como uma das maiores e mais organizada equipe amadora da região. Parabéns!

Homem é preso em São Domingos após agredir fisicamente sua companheira


Tiego Barros

Na madrugada deste domingo(07), Tiego Barros Pacheco, após ser tomado por excesso de ciúmes de sua companheira Francisca Rita, passou a lhe agredir fisicamente com socos, causando escoriações em seu rosto, pernas e braços. As agressões ocorreram em via pública, em frente à casa do casal,  na rua José Bonifácio, em São Domingos do Maranhão. Foram mais de meia hora de agressões, em que a vítima gritava muito e implorava por socorro, mas não foi atendida pelos vizinhos. 
Nas primeiras horas do dia, as informações chegaram ao conhecimento da polícia que prontamente foi até o local da ocorrência e presenciou a dona de casa com várias escoriações pelo corpo, que segundo ela foram praticadas por seu companheiro Tiego.  
Indagado sobre os fatos, ele, que ainda estava na casa da vítima, assumiu a autoria do crime e por tal motivo lhe foi dada voz de prisão e levado para o plantão da 13ª Delegacia Regional em Presidente Dutra, onde foi autuado em flagrante delito por crime de lesão corporal no âmbito da Lei Maria da Penha. O suspeito encontra-se preso no presídio da Seap em Presidente Dutra, a disposição da justiça.

sábado, 6 de julho de 2019

FORTUNA: Homem é preso por tentativa de Feminicídio e posse irregular de arma de fogo

João Pedro Nascimento

Na madrugada dessa sexta-feira(05), João Pedro Nascimento Nunes foi preso no bairro Sem Terra, na cidade de Fortuna, por ter tentado contra vida de sua companheira, uma adolescente de apenas 14 anos de idade. O fato passou a ganhar contornos de crime depois que o suspeito passou a agredi-la de forma física e verbal, supostamente por desconfiá-la de infidelidade conjugal.
A ira de João Pedro tomou dimensões desproporcionais depois que ele se apossou de uma espingarda tipo bate-bucha e desferiu um disparo em sua direção. A menor só não foi atingida literalmente porque se esquivou de forma rápida, frustrando a intenção dolosa de seu companheiro.
Após o ato criminoso, o suspeito se evadiu do local, mas posteriormente foi preso pela polícia, sendo a arma  utilizada por ele apreendida. Ele foi autuado em flagrante pelos crimes de Feminicídio tentado e posse irregular de arma de fogo. Depois das formalidades de sua prisão ele foi transferido para o presídio da SEAP em Presidente Dutra.

Moro pode ser candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022




BOLSOMORO
Uma parte do universo político começa a trabalhar com a possibilidade de Sergio Moro ser candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.

BOLSOMORO 2
A hipótese poderia se concretizar caso a indicação de Moro para o STF (Supremo Tribunal Federal) seja inviabilizada.

CACO 
Moro enfrenta resistência na corte e no Senado, que aprova a indicação para o STF. Antes mesmo do escândalo das mensagens, sua candidatura era considerada frágil.

O INFIEL
O ministro poderia ainda tentar disputar a presidência —mas, para isso, precisaria se indispor com o atual chefe e rachar o eleitorado bolsonarista.

SOMA
Uma chapa Bolsonaro-Moro é considerada forte —o ministro da Justiça tem até mais apoio popular do que o presidente, segundo pesquisas.

É O CHEFE 
Na sexta (5), ao ser questionado num evento com empresários se almejava a presidência, Moro respondeu: “O candidato do governo vai ser o presidente à reeleição”.

GANGORRA
As próximas pesquisas de opinião, por sinal, devem trazer pouca novidade em relação aos cenários de sondagens anteriores. A avaliação positiva do governo Bolsonaro permanece no patamar de 30%. Folha de SP


JohnCutrim

Homem que foi enterrado há 16 anos seu corpo continua intacto?



Foram desenterrar um caixão em João Alfredo e, após 16 anos, o defunto continua intacto! Será que isso é verdade mesmo?
A foto de um corpo em um caixão dentro de uma cova começou a se espalhar através de grupos do WhatsApp no final de junho de 2019 e deixou muita gente curiosa com o suposto milagre. Os funcionários do cemitério teriam se assustado ao desenterrar o corpo de um homem enterrado há 16 anos e perceberem que ele ainda estava intacto, mesmo depois de tanto tempo!
Será que essa história é real? Qual é a explicação para esse fenômeno?

Verdade ou mentira?

No dia 27 de junho de 2019, dois coveiros do Cemitério de São José, localizado na cidade de João Alfredo (PE) abriram um túmulo para a limpeza enterro de um agricultor. Ao abrirem o caixão, os servidores se depararam com outro corpo em considerável estado de conservação e o fato do morto ter sido enterrado há 16 anos gerou grande repercussão na região.
No entanto, como foi explicado pelo jornalista Dimas Santos em seu site, apesar de incomum, o fato não tem nada de sobrenatural ou de milagroso!
Em 2003, o jovem Manoel Feliciano da Silva Neto morreu ao 23 anos de idade, no Rio de janeiro e, como ocorre em casos de translado de longas distâncias de avião, seu corpo teve que passar por um processo de embalsamento para o sepultamento em sua terra natal, João Alfredo.
“Acontece que um corpo para poder viajar de avião tem que ser embalsamado, e vem dentro de caixão de zinco, revestido por outro ataúde de madeira. O citado corpo foi sepultado em uma cova com profundidade de mais ou menos 4 metros, entrou água dentro do caixão de zinco que, sendo galvanizado não enferruja, não teve como a água sair; a água e o produto do embalsamento conservaram o estado do corpo. Isso é uma coisa normal”, explicou o funcionário público Tito Alves Filho – que também é sócio de uma das funerárias locais. 
O professor Manoel Mariano Neto, tio do falecido, também enviou uma mensagem ao blog de Dimas Santos sobre o ocorrido: 
“Pessoal, boa noite. Viver, morrer e apodrecer. Biologicamente falando, esse é o curso natural para a maioria dos seres humanos. Após a morte, nossas células liberam enzimas. Isso cria um ambiente ideal para a proliferação de fungos e bactérias, que auxiliam na decomposição do corpo. Isso que observamos na foto (apesar de parecer estranho), pode ocorrer de várias  maneiras. Se a temperatura do local for alta, o corpo se desidrata antes que as enzimas entrem em ação, aí ocorre a mumificação. O processo inverso também pode ocorrer porque o frio inibe a atividade das bactérias. Em igrejas (criptas) e túmulos de cimento (o que observamos na foto) é mais comum encontrarmos a mumificação de corpos; a temperatura é baixa, em geral há boa ventilação e, normalmente, as construções por cima as protegem d’água. Agora é interessante observar a presença d’água nesta foto, talvez por conta das últimas chuvas. Em contrapartida, a água auxilia na decomposição… Outros fatores de preservação é a presença de metais pesados no solo, a presença de pouca gordura no corpo e até mesmo certos tipos de musgos (shagnum ou esfagano)  eles criam alterações químicas capazes de frear a atividade microbiana, o que auxilia na preservação dos tecidos. Enfim, vários fatores juntos auxiliaram neste caso raro. Nada de outro mundo.”

Conclusão

É verdade que o corpo de um defunto enterrado há 16 anos em um cemitério de Pernambuco está aparentemente intacto mesmo após tanto tempo! No entanto, a conservação desse corpo tem explicações comprováveis e não há nada de sobrenatural nisso! 
Do E-farsas

sexta-feira, 5 de julho de 2019


O governador Flávio Dino deu posse, nesta sexta-feira (5), a quatro novos secretários e presidentes de órgãos do Governo do Estado. A solenidade, que ocorreu no Palácio Henrique de La Roque, em São Luís, reafirma o compromisso da gestão com a otimização de equipes, aproveitando o potencial dos líderes para fortalecer os novos projetos e programas.
“Fazer um governo com tantos desafios como a conjuntura brasileira exige demanda permanentemente adaptações, revisões de projetos e também das posições que as pessoas acumulam. Novas missões se acrescentam diariamente ao nosso governo. Estamos visando melhorar o desempenho preservando os bons jogadores que nós temos”, disse o governador Flávio Dino.
Ainda de acordo com o governador, projetos prioritários para os próximos anos de gestão demandaram as mudanças. “É uma medida de reorganização interna do Governo, mas tem esse efeito de melhoria do desempenho de todos aqueles que nos ajudam e esse é o principal ganho. Todos os cidadãos e cidadãs maranhenses desejam e merecem um governo que consiga fazer mais, como nós buscamos todos os dias”, afirmou.
Com a mudança, a Secretaria de Estado da Cultura (Secma) ficará a cargo de Anderson Lindoso, que era secretário adjunto de Educação. Mayco Pinheiro é o indicado à presidência do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (Iprev). O advogado Antônio Nunes, que estava na Secretaria de Governo (Segov), passa à presidência da empresa Maranhão Parcerias (Mapa), antiga Empresa Maranhense de Recursos Humanos e Negócios Públicos (Emarhp), que inova com a ampliação das competências na celebração de parcerias com o setor privado. A Segov será coordenada por Diego Galdino, que estava à frente da Secma.

TUNTUM: Desaparecido há dois dias, trabalhador é encontrado morto no piscinão


O trabalhador João Batista da Silva Sousa, 49 anos, morador da rua José Vanderley, bairro Maria Helena, foi encontrado morto agora pouco, por volta 15h30,  boiando nas águas do balneário da Tiúba, o Piscinão. Conforme relatos de quem o encontrou, o corpo estava quase que no meio do balneário. Na ocasião um adolescente presente levou o corpo de João Batista até a proximidade de um dos sangradouros.
Segundo familiares, ele estava desaparecido desde quarta-feira (03) meio dia. "Ele almoçou e logo saiu pra rua", disse um familiar. A suspeita é que ele teria ido tomar banho e tenha se afogado. O corpo estava aparentemente normal, inicialmente sem marcas de lesões físicas. A polícia esteve no local e acompanhou o trabalho de retirada por uma equipe funerária. Ele trabalhava como auxiliar na fabricação de cachaça em um alambique próximo da cidade.

Dupla de arrombadores é presa e vários objetos furtados são recuperados


Na manhã desta quarta-feira (04), a Polícia Civil de São Domingos/MA, desencadeou a operação denominada “Altas Horas”, na qual cumpriu mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça e prendeu  Dione Matias dos Santos e Rafael Oliveira Costa, suspeitos de praticaram arrombamentos e furtos em cerca de 10 estabelecimentos comerciais no município, sendo posteriormente recuperado em poder dos dois vários objetos furtados.

DA AÇÃO CRIMINOSA
Há cerca de 20 dias, durante período noturno, a dupla de criminosos, inclusive com a participação de um menor, praticaram inúmeros arrombamentos e furtos em estabelecimentos comerciais da cidade, de onde subtraíram roupas, celulares, sapatos, computadores, bolsas, amplificador de som e outros produtos. Os criminosos escalavam muros dos estabelecimentos comercias e danificavam o foro e telhado para adentrarem nos comércios  e praticarem os delitos. Vários foram os prejuízos causados aos comerciantes do município, provocando ainda um clima de insegurança e medo na população. 

DA INVESTIGAÇÃO 
Assim que os fatos chegaram ao conhecimento da Polícia Civil de São Domingos, os investigadores passaram a investigar e monitorar os criminosos que sempre atuavam na calada da noite. Foram noites e noites de investigação, até que os investigadores descobriram que o mentor dos arrombamentos e furtos nos estabelecimentos comerciais tratava-se do indivíduo Dione. Descobriram também, que o grupo criminoso faziam monitoramento de comércios, para saber sobre a existência de câmeras de segurança e sistema de alarmes, em que os levantamentos eram repassados depois ao mentor, Dione, que determinava as ordem das ações criminosas. A partir de então os investigadores passaram a monitorar os passos de Dione e descobriram que ele comandava um grupo de mais 03 (três) elementos, que lhe auxiliavam nas praticas criminosas, sendo dois deles, menores. Após todo levantamento feito pelos investigadores, foi solicitado ao Judiciário mandado de busca e apreensão na casa de Dione, a fim de encontrar e recuperar os objetos roubados.                  

Da Veja: Novos diálogos revelam que Moro orientava ilegalmente ações da Lava Jato





As manifestações do último dia 30 tiveram como principal objetivo a defesa de Sergio Moro. Em Brasília, um enorme boneco de Super-Homem com o seu rosto foi inflado na frente do Congresso. Símbolo da Lava-Jato, que representa um marco na história da luta anticorrupção no país, o ex-juiz vem sofrendo sérios arranhões na imagem desde que os diálogos entre ele e membros da força-tarefa vieram a público revelando bastidores da operação. As conversas ocorridas no ambiente de um sistema de comunicação privada (o Telegram) e divulgadas pelo site The Intercept Brasil mostraram que, no papel de magistrado, Moro deixou de lado a imparcialidade e atuou ao lado da acusação. As revelações enfraqueceram a imagem de correção absoluta do atual ministro de Jair Bolsonaro e podem até anular sentenças.
No material que o Intercept diz ter recebido de uma fonte anônima, há quase 1 milhão de mensagens, totalizando um arquivo com mais de 30 000 páginas. Só uma pequena parte havia sido divulgada até agora — e ela foi suficiente para causar uma enorme polêmica. Em parceria com o site, VEJA realizou o mais completo mergulho já feito nesse conteúdo. Foram analisadas pela reportagem 649 551 mensagens. Palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras e a apuração mostra que o caso é ainda mais grave. Moro cometeu, sim, irregularidades. Fora dos autos (e dentro do Telegram), o atual ministro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem. Além disso, revelam os diálogos, comportou-se como chefe do Ministério Público Federal, posição incompatível com a neutralidade exigida de um magistrado. Na privacidade dos chats, Moro revisou peças dos procuradores e até dava bronca neles. “O juiz deve aplicar a lei porque na terra quem manda é a lei. A justiça só existe no céu”, diz Eros Grau, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, falando em tese sobre o papel de um magistrado. “Quando o juiz perde a imparcialidade, deixa de ser juiz.”



GALHOFA - Fachin: “conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso.”

Não seria um escândalo se um magistrado atuasse nas sombras alertando um advogado de que uma prova importante para a defesa de seu cliente havia ficado de fora dos autos? Pois isso aconteceu na Lava-Jato, só que em favor da acusação. Uma conversa de 28 de abril de 2016 mostra que Moro orientou os procuradores a tornar mais robusta uma peça. No diálogo, Deltan Dalla­gnol, chefe da força-tarefa em Curitiba, avisa à procuradora Laura Tessler que Moro o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobras para a construção de plataformas de petróleo, e um dos principais operadores de propina no esquema de corrupção da Petrobras. Skornicki tornou-se delator na Lava-­Jato e confessou que pagou propinas a vários funcionários da estatal, entre eles Eduardo Musa, mencionado por Dalla­gnol na conversa. “Laura no caso do Zwi, Moro disse que tem um depósito em favor do Musa e se for por lapso que não foi incluído ele disse que vai receber amanhã e da tempo. Só é bom avisar ele”, diz. (VEJA manteve os diálogos originais com eventuais erros de digitação e ortografia.) “Ih, vou ver”, responde a procuradora. No dia seguinte, o MPF incluiu um comprovante de depósito de 80 000 dólares feito por Skornicki a Musa. Moro aceita a denúncia minutos depois do aditamento e, na sua decisão, menciona o documento que havia pedido. Ou seja: ele claramente ajudou um dos lados do processo a fortalecer sua posição.



CONTRA - Cunha: Moro não queria a delação do ex-presidente da Câmara

Em sua defesa após o estouro do escândalo das mensagens, o ministro vem repetindo que atendia tanto os encarregados da acusação quanto os da defesa no dia a dia e tinha conversas com eles, nenhuma delas imprópria, na sua visão. De fato, está na rotina de um juiz receber as partes envolvidas no processo, mas de maneira oficial, sempre com registro, e não por meio de um sistema privado de comunicação. A posição do ex-juiz fica ainda mais difícil de defender diante dos dados analisados pela parceria VEJA/The Intercept. Não eram conversas protocolares entre juiz e Ministério Público. Do conjunto, o que se depreende, além de uma intimidade excessiva entre a magistratura e a acusação, é uma evidente parceria na defesa de uma causa. Os exemplos mais robustos vêm das conversas entre Moro e Dalla­gnol. Em 2 de fevereiro de 2016, por exemplo, o juiz escreve a ele: “A odebrecht peticionou com aquela questao. Vou abrir prazo de tres dias para vcs se manifestarem”. Dalla­gnol agradece o aviso. Moro se refere ao questionamento da Odebrecht à Justiça da Suíça a respeito do compartilhamento de dados, incluindo extratos bancários, da empresa naquele país. Grosso modo, a empreiteira tentou impedir que o Ministério Público suíço enviasse dados à força-tarefa. Preocupado com a história, Moro pede notícias a Dalla­gnol no dia 3. “Quando sera a manifestação do mpf?”, pergunta. “Estou redigindo, mas quero fazer bem feita, para já subsidiar os HCs que virão. Imagino que amanhã, no fim da tarde”, responde o procurador. No dia seguinte, Dalla­gnol informa a Moro que a peça estava quase pronta, mas dependia ainda da revisão de colegas. “Protocolamos amanha, salvo se for importante que seja hoje. Posso mandar, se preferir, versão atual por aqui, para facilitar preparo de decisão”, escreve. Moro tranquiliza Dalla­gnol: “Pode ser amanha”. No dia 5, prazo final, por volta das 15 horas, Dalla­gnol manda pelo Telegram ao juiz a peça “quase pronta”. A situação é completamente irregular. Em vez de se comunicarem de forma transparente pelos autos, juiz e procurador usam o Telegram. Como se não bastasse, o chefe da força-­tarefa ainda envia a Moro uma versão inacabada do trabalho para que o juiz possa adiantar a sentença.


NÃO VI - Barra, da Andrade: Moro pediu à PF para retardar o envio de planilha

Dentro da relação estabelecida pela dupla, chama atenção também o momento em que Dalla­gnol dá dicas ao “chefe” sobre argumentos para garantir uma prisão. Isso aconteceu em 17 de dezembro de 2015, quando Moro informa que precisa de manifestação do MPF no pedido de revogação da prisão preventiva de José Carlos Bumlai, pecuarista e amigo de Lula. “Ate amanhã meio dia”, escreve. Dalla­gnol garante que a ação será feita e acrescenta: “Seguem algumas decisões boas para mencionar quando precisar prender alguém…”. À luz do direito, é tão constrangedor quanto se Cristiano Zanin Martins fosse flagrado passando a Moro argumentos para embasar um habeas­-corpus a favor de Lula.
Mesmo entre parceiros com bastante afinidade há momentos de tensão (e que precisam ser resolvidos com uma conversa ao vivo). Em um deles, ocorrido em um chat de 17 de novembro de 2015, Moro dá um puxão de orelha em Dalla­gnol. O juiz reclama de que está difícil entender os motivos pelos quais o MPF recorreu da sentença aplicada aos delatores Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, Pedro José Barusco Filho, Mário Frederico Mendonça Góes e Júlio Gerin de Almeida Camargo. Dalla­gnol tenta se justificar, sem sucesso. “O mp está recorrendo da fundamentação, sem qualquer efeeito pratico”, critica o juiz. “Na minha opinião estao provocando confusão.” Para Moro, o efeito prático do recurso apresentado pelo MPF será “jogar para as calendas a existência execução das penas dos colaboradores”, ou seja, postergará o início do cumprimento da pena aplicada aos delatores citados. Mais uma vez, tudo fora dos autos. Dalla­gnol, resignado, pede um encontro com Moro para a manhã do dia seguinte: “25m seriam suficiente (sic)”.
Peças fundamentais na Lava-­Jato, as delações exigem também que o juiz se comporte de forma imparcial e somente após as negociações, conduzidas pelo MPF, pois ao fim do processo caberá a ele decidir se aceita ou não a oferta. Nesse capítulo, Moro cruzou igualmente a linha, a exemplo do caso do ex-deputado Eduardo Cunha. Na noite de 12 de junho de 2017, Ronaldo Queiroz, procurador da força-tarefa da Lava-Jato na PGR, cria um grupo no Telegram com Dalla­gnol para avisar que foi procurado pelo advogado de Cunha para iniciar uma negociação de delação premiada. Queiroz afirma que as revelações poderiam ser de interesse dos procuradores de Curitiba, Rio de Janeiro e Natal, onde corriam ações relacionadas ao político. Após membros do Rio de Janeiro serem incluídos no grupo, Queiroz posta uma mensagem que dá uma ideia de sua visão de mundo sobre a quantidade de honestos na Justiça e na política (uma visão de mundo compartilhada por muitos de seus colegas da Lava-Jato). Queiroz afirma esperar que Cunha entregue no Rio de Janeiro, pelo menos, um terço do Ministério Público estadual, 95% dos juízes do Tribunal da Justiça, 99% do Tribunal de Contas e 100% da Assem­bleia Legislativa.
No dia 5 de julho, durante o período da tarde, os procuradores concordam em marcar uma reunião com o advogado Délio Lins e Silva Júnior para a terça-­feira seguinte (11 de julho). Naquele mesmo dia, às 23h11, em uma conversa privada, Moro questiona Dalla­gnol sobre rumores de uma delação de Cunha. “Espero que não procedam”, diz. Dalla­gnol afirma que tudo não passa de rumores. Ele confirma ao juiz que está programado apenas um encontro com o advogado para que os procuradores tomem conhecimento dos anexos. “Acontecerá na próxima terça. estaremos presentes e acompanharemos tudo. Sempre que quiser, vou te colocando a par”, afirma. Moro, então, reitera seu posicionamento. “Agradeço se me manter (sic) informado. Sou contra, como sabe.” Detalhe: isso sem saber o conteúdo.
Como a proposta de delação atingia políticos com foro privilegiado, a palavra final para assinar um acordo de delação com Cunha passou para a PGR. A homologação competia ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava­-Jato no STF. O ex-deputado corria na época para fechar um acordo antes de o doleiro Lúcio Bolonha Funaro assinar os termos de sua delação. Os procuradores envolvidos nas negociações diziam que a dupla falava sobre os mesmos temas, o que tornaria desnecessária a aprovação das duas colaborações. No dia 28 de julho, já com os anexos de Cunha em mãos, Ronaldo Queiroz diz que a ideia é analisá-­los em conjunto com os colegas para tomar uma decisão sobre aceitar ou rejeitar a delação. Em 30 de julho, Queiroz diz que o material é fraco. No dia seguinte, uma mensagem do procurador Orlando SP, provavelmente Orlando Martello Júnior, traz o posicionamento de Curitiba — o mesmo de Moro: “Achamos que o acordo deve ser negado de imediato”.
O papel de líder da Lava-Jato em Curitiba é exercido em diversas oportunidades pelo ex-juiz. Em mais de uma ocasião, Moro aparece nos chats do Telegram interferindo na agenda dos procuradores da força-tarefa, outra atitude que gera a suspeição de qualquer magistrado. Em 7 de julho de 2015, por exemplo, um membro da força-tarefa, que a reportagem de VEJA identificou ser o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, escreve o seguinte: “Igor. O Russo (Moro) sugeriu a operação do professor para a semana do dia 20”. Igor (o delegado da Polícia Federal Igor Romário) responde: “Opa… beleza… Vou começar a me organizar”. De acordo com a apuração da revista, o “professor” era o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, da Eletronuclear. Ele acabou sendo preso no dia 28. Em outro episódio, Moro não apenas sugere uma data para a operação como também já fala em receber a denúncia. O caso em questão aparece em um diálogo ocorrido em 13 de outubro de 2015. Nele, o procurador Paulo Galvão, o PG, alerta Roberson Pozzobon, seu colega da força-­tarefa, sobre uma orientação do juiz. “Estava lembrando aqui que uma operação tem que sair no máximo até por volta de 13/11, em razão do recesso e do pedido do russo (Moro) para que a denúncia não saia na última semana”, escreve PG. “Após isso, vai ficar muito apertado para denunciar.” Pozzobon concorda com PG e acrescenta: “uma grande operação por volta desta data seria o ideal. Ainda é próximo da proclamação da república. rsrs”.
A partir de um levantamento das operações ocorridas em novembro e das denúncias oferecidas em dezembro de 2015, chega-se à conclusão de que o diálogo trata da Operação Passe Livre, que prendeu José Carlos Bumlai. Ele atuou como laranja do PT, intermediando um empréstimo de 12 milhões de reais do Banco Schahin ao partido em 2004. O pedido de Moro comentado na conversa entre PG e Pozzobon acabou cumprido à risca. Bumlai foi preso em 24 de novembro e denunciado em 14 de dezembro — na última semana antes do recesso da Justiça Federal do Paraná. No dia seguinte, Moro recebeu a denúncia, a tempo de impedir que os crimes prescrevessem no fim de 2015.
Dentro de uma visão simplista, a estratégia parece um golpe de mestre do juiz para não deixar um bandido escapar da Justiça. Mas o argumento de que os fins justificam os meios não pode prosperar numa sociedade desenvolvida. Tal postura de Moro viola o devido processo legal, pondo em risco o estado de direito. “Nesse caso, a sociedade pode aplaudir o juiz, por acreditar que ele está tentando ser justo. Mas ele está infringindo as leis do processo, que o impedem de imiscuir-se em uma das partes e colaborar com ela, e é uma das garantias para que todos sejam julgados da mesma forma”, afirma um juiz, que pediu para não ser identificado. “Imagine que todos os magistrados atuem da mesma forma, infringindo uma regra aqui e outra ali para alcançar seus objetivos. Um pode se aliar à defesa para soltar um criminoso; outro pode se aliar à acusação para perseguir um inimigo e, aí, o céu é o limite”, conclui.

Uma das obsessões de Moro envolvia manter os casos da Lava-Jato em seu poder em Curitiba, a exemplo dos processos de Lula do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia. Nesse esforço, o magistrado mentiu a um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ou, na hipótese mais benigna, ocultou dele uma prova importante, conforme mostra um dos diálogos. A conversa em questão se refere ao caso de Flávio David Barra, preso em 28 de julho de 2015, quando presidia a AG Energia, do grupo Andrade Gutierrez. Sua detenção ocorreu na Operação Radioatividade, relacionada a pagamentos de propina feitos por empreiteiras, entre elas a Andrade Gutierrez, a Othon Luiz Pinheiro da Silva, da Eletronuclear, responsável pela construção da usina nuclear Angra 3. Em 25 de agosto, a defesa de Barra pede ao ministro do STF Teori Zavascki a suspensão do processo tocado pela 13ª Vara de Curitiba, alegando que Moro não tinha competência para julgar o caso por haver indício de envolvimento de parlamentares, entre eles o então senador Edison Lobão (MDB-MA).
Diante da reclamação, Zavascki cobra explicações de Moro, que diz não saber nada sobre o envolvimento de parlamentares. Mesmo assim, com base nas informações da defesa, o ministro do STF suspende em 2 de outubro as investigações, o que força o então juiz a remeter o caso de Curitiba para Brasília três dias depois. Seu comportamento perante Zavascki foi impróprio, como evidencia um diálogo registrado no Telegram dezoito dias depois entre o procurador Athayde Ribeiro Costa e a delegada Erika Marena, da Polícia Federal. Costa diz precisar com urgência de uma “planilha/agenda” apreendida com Barra que descreve pagamentos a diversos políticos. Marena responde que, por orientação de “russo” (Moro), não tinha tido pressa em “eprocar” a planilha (tradução: protocolar o documento no sistema eletrônico da Justiça). “Acabei esquecendo de eprocar”, disse. “Vou fazer isso logo”, completa.
Na pior das hipóteses, Moro já sabia da existência da planilha quando foi inquirido por Zavascki e mentiu ao ministro. Em um segundo possível cenário, igualmente comprometedor, Moro teria tomado conhecimento da planilha depois da inquirição de Zavascki e pediu à delegada para “não ter pressa” em protocolar o documento. Tudo indica que a manobra tinha como objetivo manter o caso em Curitiba. “Um juiz não pode ocultar provas, e, se o diálogo tiver a autenticidade comprovada, estamos diante de uma conduta bastante problemática”, afirma o advogado Gustavo Badaró, professor de processo penal da USP, que analisou a pedido de VEJA o episódio. Na primeira leva de mensagens divulgadas pelo Intercept no mês passado, Moro já aparecia reclamando de um delegado da PF que havia incluído rápido demais todos os elementos da investigação no sistema eletrônico, o que obrigaria o juiz a enviar parte do processo ao STF.
A relação entre Moro e Dalla­gnol era tão próxima que abre espaço para que eles comemorem nas conversas o sucesso de algumas etapas da Lava­-Jato, como se fossem companheiros de trabalho festejando metas alcançadas. Em 14 de dezembro de 2016, Dallagnol escreve ao parceiro para contar que a denúncia de Lula seria protocolada em breve, enquanto a de Sérgio Cabral já seria registrada no dia seguinte (o que de fato ocorreu). Moro responde com um emoticon de felicidade, ao lado da frase: “ um bom dia afinal”. A proximidade rendeu ainda lances curiosos. Em 9 de julho de 2015, Dallagnol saúda o colega: “bem vindo ao telegram!!”. Cinco meses depois, dá dicas ao juiz de como usar o programa no desktop, enviando no chat um link para o download. “Se puder me mandar no e-mail, agradeço. O tico e o teco da informática aqui não são muito espertos”, responde Moro. Em março de 2017, Dallagnol escreve ao juiz para tirar uma dúvida: ele assina o primeiro nome com ou sem acento? O motivo é que o procurador estava revisando um livro sobre Moro. “Não uso normalmente o acento”, responde o juiz. Em julho de 2018, Dallagnol atua como assessor de imprensa, perguntando a Eduardo El Hage, um colega do Ministério Público Federal no Rio, detalhes de um pedido de participação de Moro em um programa do canal fechado HBO: “Eles contataram o Moro aqui e ele queria ter o contexto e informações que possam ser úteis pra ele decidir se atende”. Em um dos períodos mais tensos da operação, o que se seguiu à ação do juiz que torna público o famoso trecho do grampo telefônico em que Dilma Rousseff envia o “Bessias” para entregar a Lula o termo de posse em seu ministério, Dallagnol combina em um dos chats com procuradores uma nota de apoio a Moro e repassa ao grupo uma sugestão do próprio juiz para o texto. Na mesma época, Moro também recebe um afago e conselho de um interlocutor no Telegram (tudo indica, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima). “O movimento seria nas sombras, como você mesmo disse”, escreve, referindo-se ao convite de Dilma para Lula. “O seu capital junto à população vai proteger durante um tempo. As coisas se transformam muito rápido.”

POR POUCO - Bumlai: pressão no MPF para que denúncia fosse antes do recesso

Uma das obsessões de Moro envolvia manter os casos da Lava-Jato em seu poder em Curitiba, a exemplo dos processos de Lula do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia. Nesse esforço, o magistrado mentiu a um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ou, na hipótese mais benigna, ocultou dele uma prova importante, conforme mostra um dos diálogos. A conversa em questão se refere ao caso de Flávio David Barra, preso em 28 de julho de 2015, quando presidia a AG Energia, do grupo Andrade Gutierrez. Sua detenção ocorreu na Operação Radioatividade, relacionada a pagamentos de propina feitos por empreiteiras, entre elas a Andrade Gutierrez, a Othon Luiz Pinheiro da Silva, da Eletronuclear, responsável pela construção da usina nuclear Angra 3. Em 25 de agosto, a defesa de Barra pede ao ministro do STF Teori Zavascki a suspensão do processo tocado pela 13ª Vara de Curitiba, alegando que Moro não tinha competência para julgar o caso por haver indício de envolvimento de parlamentares, entre eles o então senador Edison Lobão (MDB-MA).
Diante da reclamação, Zavascki cobra explicações de Moro, que diz não saber nada sobre o envolvimento de parlamentares. Mesmo assim, com base nas informações da defesa, o ministro do STF suspende em 2 de outubro as investigações, o que força o então juiz a remeter o caso de Curitiba para Brasília três dias depois. Seu comportamento perante Zavascki foi impróprio, como evidencia um diálogo registrado no Telegram dezoito dias depois entre o procurador Athayde Ribeiro Costa e a delegada Erika Marena, da Polícia Federal. Costa diz precisar com urgência de uma “planilha/agenda” apreendida com Barra que descreve pagamentos a diversos políticos. Marena responde que, por orientação de “russo” (Moro), não tinha tido pressa em “eprocar” a planilha (tradução: protocolar o documento no sistema eletrônico da Justiça). “Acabei esquecendo de eprocar”, disse. “Vou fazer isso logo”, completa.
Na pior das hipóteses, Moro já sabia da existência da planilha quando foi inquirido por Zavascki e mentiu ao ministro. Em um segundo possível cenário, igualmente comprometedor, Moro teria tomado conhecimento da planilha depois da inquirição de Zavascki e pediu à delegada para “não ter pressa” em protocolar o documento. Tudo indica que a manobra tinha como objetivo manter o caso em Curitiba. “Um juiz não pode ocultar provas, e, se o diálogo tiver a autenticidade comprovada, estamos diante de uma conduta bastante problemática”, afirma o advogado Gustavo Badaró, professor de processo penal da USP, que analisou a pedido de VEJA o episódio. Na primeira leva de mensagens divulgadas pelo Intercept no mês passado, Moro já aparecia reclamando de um delegado da PF que havia incluído rápido demais todos os elementos da investigação no sistema eletrônico, o que obrigaria o juiz a enviar parte do processo ao STF.
A relação entre Moro e Dalla­gnol era tão próxima que abre espaço para que eles comemorem nas conversas o sucesso de algumas etapas da Lava­-Jato, como se fossem companheiros de trabalho festejando metas alcançadas. Em 14 de dezembro de 2016, Dallagnol escreve ao parceiro para contar que a denúncia de Lula seria protocolada em breve, enquanto a de Sérgio Cabral já seria registrada no dia seguinte (o que de fato ocorreu). Moro responde com um emoticon de felicidade, ao lado da frase: “ um bom dia afinal”. A proximidade rendeu ainda lances curiosos. Em 9 de julho de 2015, Dallagnol saúda o colega: “bem vindo ao telegram!!”. Cinco meses depois, dá dicas ao juiz de como usar o programa no desktop, enviando no chat um link para o download. “Se puder me mandar no e-mail, agradeço. O tico e o teco da informática aqui não são muito espertos”, responde Moro. Em março de 2017, Dallagnol escreve ao juiz para tirar uma dúvida: ele assina o primeiro nome com ou sem acento? O motivo é que o procurador estava revisando um livro sobre Moro. “Não uso normalmente o acento”, responde o juiz. Em julho de 2018, Dallagnol atua como assessor de imprensa, perguntando a Eduardo El Hage, um colega do Ministério Público Federal no Rio, detalhes de um pedido de participação de Moro em um programa do canal fechado HBO: “Eles contataram o Moro aqui e ele queria ter o contexto e informações que possam ser úteis pra ele decidir se atende”. Em um dos períodos mais tensos da operação, o que se seguiu à ação do juiz que torna público o famoso trecho do grampo telefônico em que Dilma Rousseff envia o “Bessias” para entregar a Lula o termo de posse em seu ministério, Dallagnol combina em um dos chats com procuradores uma nota de apoio a Moro e repassa ao grupo uma sugestão do próprio juiz para o texto. Na mesma época, Moro também recebe um afago e conselho de um interlocutor no Telegram (tudo indica, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima). “O movimento seria nas sombras, como você mesmo disse”, escreve, referindo-se ao convite de Dilma para Lula. “O seu capital junto à população vai proteger durante um tempo. As coisas se transformam muito rápido.”

PROFESSOR - O almirante Othon: data de prisão foi sugerida por Moro

As conversas entre membros do Ministério Público Federal assumem várias vezes o tom de arquibancada, com os membros da força-tarefa vibrando e torcendo a cada lance da batalha contra os inimigos. Em 13 de julho de 2015, Dallagnol sai exultante de um encontro com o ministro Edson Fachin e comenta com os colegas de MPF: “Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso”. A preocupação da força-tarefa com a comunicação para a opinião pública era constante. Em 7 de maio de 2016, Moro comenta com Dalla­gnol que havia sido procurado pelo apresentador Fausto Silva. Segundo o relato do juiz, o apresentador o cumprimentou pelo trabalho na Lava-Jato, mas deu um conselho: “Ele disse que vcs nas entrevistas ou nas coletivas precisam usar uma linguagem mais simples. Para todo mundo entender. Para o povão. Disse que transmitiria o recado. Conselho de quem está a (sic) 28/anos na TV. Pensem nisso”. Procurado por VEJA, Fausto Silva confirmou o encontro e o teor da conversa entre ele e Moro.
Curiosidades dos bastidores à parte, o que vai definir mesmo o destino de Moro à luz das revelações dos chats são os trechos nos quais fica evidente seu papel duplo de juiz e assistente de acusação. A Lava-Jato foi assumidamente inspirada na Mani Pulite, a Mãos Limpas da Itália, que desbaratou um gigantesco esquema de corrupção na década de 90, resultando em 2 993 mandados de prisão nos dois primeiros anos de operação. No caso do sistema de Justiça do país europeu há a figura do magistrado que trabalha no Ministério Público — mas ele não atua nos julgamentos. A melhor explicação para o comportamento irregular do atual ministro é que ele tenha se inspirado nessa figura para pautar suas ações na Lava-Jato. “O Moro confundiu totalmente os papéis”, afirma o jurista Wálter Fanganiello Maiero­vitch. “O magistrado que investiga nunca é o que julga, nem na Itália nem em nenhuma outra democracia do planeta.”
No Brasil, o papel duplo do juiz viola o artigo 254 do Código de Processo Penal, que proíbe que o magistrado aconselhe uma das partes ou tenha interesse em favor da acusação ou da defesa. Essa atuação pode, de fato, provocar a revisão de atos de Moro. No caso da condenação de Lula, por exemplo, o STF adiou a discussão para agosto. Será uma decisão complexa e delicada para a Suprema Corte. Ali, mesmo que alguns ministros já tenham criticado excessos da Lava-Jato, é difícil qualquer prognóstico. Um dado, porém, é certo. Fiscalizar o que Moro fez enquanto juiz não significa pôr em risco os avanços contra a corrupção no Brasil, como sugerem as manifestações recentes nas ruas das cidades do país. A sociedade brasileira não vai abrir mão do processo que resultou, pela primeira vez na história, na prisão de políticos e empresários poderosos

MANIFESTAÇÃO - Passeata em Brasília: Moro virou Super-Homem

Embora as conversas mostrem que Moro cometeu infrações, os crimes punidos ao longo da Lava-Jato gozam de vasta coleção de provas materiais e orais. A maioria esmagadora das sentenças, aliás, acabou confirmada em outras instâncias da Justiça. Graças ao esforço dos procuradores de Curitiba, descobriu-se também o Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, desenvolvido exclusivamente para administrar o pagamento de propinas efetuado pela empresa no Brasil e no exterior. O resultado prático e sua importância são incontestes. Diversos políticos que se locupletaram nos últimos anos ainda estão presos. Entre eles, Lula, Sérgio Cabral, Eduardo Cunha… O próprio Lula, mesmo que a suspeição de Moro seja confirmada, pode permanecer preso. Ele já foi condenado em primeira instância pelo sítio em Atibaia, sentença proferida pela juíza Gabriela Hardt, e o caso aguarda apenas a decisão do TRF4 (provavelmente favorável à sua condenação). Portanto, não se trata aqui de uma defesa do Lula Livre nem de estar contra a Lava-Jato. Mas, sim, do direito inexorável que todos os cidadãos têm de um julgamento justo.
Na terça 2, Moro (que, por sinal, não faz mais parte da Lava-Jato) ficou sete horas no Congresso respondendo a parlamentares sobre o caso. Repetiu o que tem dito nas últimas semanas: os diálogos divulgados foram fruto de um roubo, podem ter sido editados e, mesmo verdadeiros, não apontam nenhum tipo de desvio. A cada nova revelação, fica mais difícil sustentar esse discurso. Na sentença em que condenou Lula, o ex­-juiz anotou que “não importa quão alto você esteja, a lei ainda está acima de você”. A frase cabe agora perfeitamente em sua situação atual. Levado ao Ministério da Justiça para funcionar como uma espécie de esteio moral da gestão Bolsonaro, ele ainda goza de grande popularidade, mas hoje depende do apoio do presidente para se manter no cargo. Independentemente do seu destino, o caso dos diálogos vazados representa uma oportunidade para que o país discuta os excessos da Justiça e o fortalecimento dos direitos do cidadão. Um país onde as instituições funcionam não precisa de nenhum Super-Homem.

Nota da redação: procurados por VEJA, Deltan Dalla­gnol e Sergio Moro não quiseram receber a reportagem. Ambos gostariam que os arquivos fossem enviados a eles de forma virtual, mas, alegando compromissos de agenda, recusaram-se a recebê-­los pessoalmente, uma condição estabelecida por VEJA. Mesmo sem saber o conteúdo das mensagens, a assessoria do Ministério da Justiça enviou a seguinte nota: “A revista Veja se recusou a enviar previamente as informações publicadas na reportagem, não sendo possível manifestação a respeito do assunto tratado. Mesmo assim, cabe ressaltar que o ministro da Justiça e Segurança Pública não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente e que configuram violação da privacidade de agentes da lei com o objetivo de anular condenações criminais e impedir novas investigações. Reitera-­se que o ministro sempre pautou sua atuação pela legalidade”.

Colaboraram Leandro Demori, Victor Pougy, Nonato Viegas e Bruna de Lara
Publicado em VEJA de 10 de julho de 2019, edição nº 2642









 NÃO VI - Barra, da Andrade: Moro pediu à PF para retardar o envio de planilh