
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na
manhã desta quarta-feira (10) que terá direito a indicar dois ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) e que “um deles será terrivelmente evangélico”.
Bolsonaro deu a declaração durante
discurso durante culto evangélico na Câmara dos Deputados.
“Muitos tentam nós deixar de lado
dizendo que o estado é laico. O estado é laico, mas nós somos cristãos. Ou para
plagiar a minha querida Damares [Alves, ministra]: Nós somos terrivelmente
cristãos. E esse espírito deve estar presente em todos os poderes. Por isso, o
meu compromisso: poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal
[STF]. Um deles será terrivelmente evangélico”, declarou o presidente.
Ele afirmou ainda ser “apenas um
instrumento”.
E acrescentou que, por mais crítica que
a bancada evangélica receba, tem um “superávit enorme junto à sociedade”.
Bolsonaro é católico, mas a
primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é evangélica. Na campanha eleitoral, ele
contou com o apoio de grupos evangélicos e, desde que assumiu, vai com
frequência a eventos evangélicos. Ele foi o primeiro presidente a participar da
Marcha para Jesus, em São Paulo.
Em maio, durante evento da Assembleia
de Deus Ministério Madureira, em Goiânia, Bolsonaro questionou se não estaria
na hora de ter um ministro evangélico no STF.
“Com todo respeito ao Supremo Tribunal
Federal, eu pergunto: existe algum, entre os 11 ministros do Supremo,
evangélico? Cristão assumido? Não me venha a imprensa dizer que eu quero
misturar a Justiça com religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. E
respeitamos, um tem que respeitar o outro. Será que não está na hora de termos
um ministro no Supremo Tribunal Federal evangélico?”, disse na ocasião.
Naquele evento, Bolsonaro disse que os
ministros do STF estavam “legislando” ao discutir a equiparação de homofobia ao
crime de racismo. No dia 13 de junho, STF decidiu permitir a criminalização da
homofobia e da transfobia. G1
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