sábado, 13 de março de 2010

A BARRAGEM DO RIO FLORES

Um tema pouquíssimo cortejado por pesquisadores, e, portanto, bastante obscuro, pela falta de estudos mais sistemáticos e aprofundados, a Barragem do rio Flores se constitui num importante objeto de estudo para a compreensão de várias transformações nos municípios que se localizam em sua área de influência, principalmente para as populações dos municípios de Joselândia, Presidente Dutra Barra do Corda e Tuntum que tiveram parte considerável de seus territórios atingidos pelas águas do Flores após a construção da obra.
O município de Tuntum foi o que mais sentiu o peso dessas mudanças, pois 60% da água do lago artificial da Barragem do Flores afetou localidades da região norte do município deixando algumas submersas. A economia sofreu impacto abrupto. Muitos moradores tiveram que deixar a região.



Visão parcial do lago artificial da Barragem do rio Flores


Se debruçar sobre a temática, significa indubitavelmente, a possibilidade de elucidar muitas questões acerca desse fato histórico, sua amplitude, suas causas e conseqüências são pontos fundamentais para resgatar e conservar a memória do povo tuntuense, e, portanto muito significativo para a nossa história local.

Idealizada no início dos anos 1960 (através do projeto nº. 2976, publicado no Diário do Congresso Nacional em 20 de maio de 1961), foi no do contexto do Regime Militar que o projeto foi ganhando forma. A construção da Barragem do rio Flores seria a etapa inicial da proposta do Plano Geral do Mearim e Afluentes, que também previa a construção de outras ao longo do curso do rio Mearim e seus principais afluentes – Grajaú, Corda e Flores.
Sob o pretexto de solucionar o problema das enchentes nas cidades banhadas pelo rio Mearim: Pedreiras, São Luiz Gonzaga, Bacabal, Vitória do Mearim e Arari, deu-se início a construção da imponente barragem em 1982. Cinco anos mais tarde estaria pronta a vultosa obra, que além do problema das inundações, tinha outros fins oficialmente declarados como: a melhoria da navegabilidade; aproveitamento de água para agricultura irrigada, e; dependendo das condições naturais, previa-se ainda a instalação de uma pequena hidrelétrica de cerca de 9000 kw de potência.

Para o Município de Tuntum todas as benesses previstas no Projeto Flores, principalmente no que concerne a proposta de desenvolvimento sustentável, se quer foram incluídas, e, milhares de pessoas tiveram que abandonar seus lares, sua terra natal.

Por outro lado, partimos do princípio ativo de que não cabe a nós julgarmos o passado, mas buscar compreendê-lo. Logo não nos colocamos contra a construção da Barragem do rio Flores, mas procuramos entender por que ocorreu de tal forma e não de outra.
E você que direta ou indiretamente teve sua vida ou a de seus familiares afetada por essa obra, qual a leitura ou análise você faz desse assunto?

Texto adaptado de - GONÇALVES, Jean Carlos. A Barragem do rio Flores: Esperança e Desilusão para o município de Tuntum-MA.

8 comentários:

  1. nas terras da fazenda de nossa família, perdemos mais de 80 hectáres; e nada o governo hipócrita nos concedeu... é uma vergonha termos uma barragem tão importante e valoroza se o governo Municipal, Estadual e Federal não fazem nada... mtos falam que o Tema é corrupto, mas se esquecem que o Pires qdo era prefeito, recebeu uma baita verba federal para fazer um balneários digno para o povo de tuntum; contudo, desvio toda a verba e só foi feito a raspagem da estrada... que vergonha da prefeitura, principalmente na gestão Pires e agora na gestão chico cunha - não ganha nem para conselheiro tutelar...

    um abraço, deusimar, e obrigado pelas as informações!

    carlos andré - são luís-MA.

    ResponderExcluir
  2. Jean Carlos Gonçalves14 de março de 2010 às 08:01

    Deusimar,
    por favor envie um e-mail para jcmaribomdo@hotmail.com que vou providenciar as imagens que não estão no post, para ilustrar melhor. Obrigado mais uma vez por abrir espaço para questões sócio-históricas tão importantes para o nosso município. Essa é a nossa preocupação. A partir do conhecimento de nossa história local, provocar questionamentos e discursões imprescidíveis para direcionar nossas ações em prol de um desenvolvimento sustentável de nossa região, que ora se encontra tão dependente dos repasses do Governo Federal.

    ResponderExcluir
  3. Pires não recebeu diheiro para construir balneário. Recebeu para construir um "muro de arrimo e uma rampa de acesso" no balneário da Aldeia, e o fez de forma muito aquém do pactuado no convênio. E tendo feito uma "obrazinha" acanhada, ele pôde desviar boa parte dos recursos recebidos do convênio.

    Vale ressaltar que acerca de tal desvio, corre um processo contra ele no Tribunal de Contas da União. Essa é a verdade.

    ResponderExcluir
  4. o culpado de tudo, é cleomar tema, porque presenteou amigos com o dinheiro

    ResponderExcluir
  5. rapaz esse carlos andré se lembrou de uma que nem eu que vivo em tuntum não me lembrava mais.

    essa foi uma das varias alopragem que o pires léda fez....aí fica os cobra falando do desvio dos outros.....quem tem rabo de palha não passa perto de fogo...

    olha se o dinheiro que veio pra fazer essa obra na aldeia fosse empregado como deveria, a aldeia hoje tava um lugar muito bom...

    ainda vem o pires querendo ser prefeito denovo...

    ResponderExcluir
  6. Interessante o texto sobre a Barragem do Ria das Flores. Excelente estratégia do professor e pesquisador Jean Carlos de ir "montando" a história da cidade a partir de aspectos considerados mais relevantes da sua formação.
    Francinaldo Morais, Caxias-MA.

    ResponderExcluir
  7. francinaldo, larga de ser babão; um cara que ficou reprovado e colou assuntos históricos de outros autores... pára com essa babada...

    camila

    ResponderExcluir
  8. Caro Jean,
    Estou providenciando as fontes para vc complementar sua pesquisa sobre a cidade de Tuntum.Confirme pelo meu e-mail suas necessidades.Conte comigo!
    Francinaldo Morais, Caxias-MA

    ResponderExcluir