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sábado, 30 de novembro de 2024

Polícia mata 'Cabeça de Gato', assaltante de banco mais procurado do Maranhão

 


Assaltante de banco mais procurado do Maranhão morre em confronto com a Polícia Civil em Santa Rita

Com apenas 39 anos, ele era considerado um dos mais perigosos do país e acumulava passagens por crimes cometidos em vários municípios maranhenses, bem como no estado de Pernambuco e Pará._

O assaltante Clemilton Vieira da Silva, conhecido como “Cabeça de Gato”, morreu no início da tarde desta sexta-feira (29/11/24), durante um confronto com a Polícia Civil do Maranhão no município de Santa Rita. Ele era considerado o assaltante de bancos mais procurado do estado e um dos mais perigosos do país. 

A operação em que o assaltante morreu foi executada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), por meio do Departamento de Combate ao Roubo a Instituições Financeiras (Dcrif) e é parte das investigações que buscam desarticular um grupo envolvido em assaltos milionários no estado.

Nesta quinta-feira  (28/11), a mesma operação que resultou na morte do assaltante mais procurado do estado prendeu cinco suspeitos de participação no roubo à empresa de transporte de valores Cefor em Bacabal, ocorrido em outubro deste ano. O crime chamou atenção pela audácia e pelo prejuízo milionário. 

De acordo com a Polícia Civil, o confronto ocorreu quando o assaltante reagiu à abordagem policial. Ele estava armado com uma pistola Glock 9 mm, de uso restrito, e teria disparado contra os agentes, que revidaram. Havia ao menos dois mandados de prisão em aberto contra ele.

*Histórico policial*

Clemilton era natural de Bacabal e estava foragido da Justiça há mais de 10 anos. Aos 39 anos, acumulava um extenso histórico de crimes, incluindo sua participação em outro roubo milionário, desta vez à agência do Banco do Brasil também na cidade de Bacabal, em 2018.

O assaltante já havia sido presos em Bacabal, Lago da Pedra, Esperantinópolis, Santo Antônio dos Lopes e Dom Pedro. Também chegou a ser preso pela Polícia Federal, em Pernambuco, com vários fuzis e explosivos e no estado do Pará por roubo a dois carros fortes e com um fuzil .50. 

Família de Dom Pedro morre em acidente no Estado de Goiás

 

Houve quatro vítimas fatais e o resgate contou com o empenho de quatro militares do Corpo de Bombeiros e encerrou os trabalhos às 07h00. Os trabalhos realizados contou com à participação do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (SAMU), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Técnico Científica (PTC), Instituto Médico Legal (IML) e da Concessionária Ecovias do Araguaia.


Na madrugada deste sábado (30) por volta de 04h10, o Corpo de Bombeiros de Ceres – 18°CIBM, foi acionado para realizar atendimento de uma ocorrência de acidente de trânsito na rodovia BR-153, zona rural em Rialma no Vale do São Patrício. Informações que chegaram a redação do blog é que toda família morta na colisão seria da cidade de Dom Pedro-MA.








O acidente envolveu um carro de passeio e um veículo de grande porte. A corporação ao chegar no local constatou a presença de quatro vítimas no carro, todas em óbito. Após a realização da perícia técnica, os militares realizaram o desencarceramento e os corpos das vítimas foram retiradas e deixados aos cuidados do Instituto Médico Legal (IML).

O resgate contou com o empenho de quatro militares do Corpo de Bombeiros e encerrou os trabalhos às 07h00. Os trabalhos realizados contaram com à participação do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (SAMU), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Técnico Científica (PTC), Instituto Médico Legal (IML) e da Concessionária Ecovias do Araguaia.




Os nomes das vítimas fatais e dos demais envolvidos não foram divulgados. As causas do acidente ainda são desconhecidas. Para registro o veículo de passeio possui placa de Uberlândia (MG) já o veículo de grande porte não houve divulgação.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Moraes determina prisão de radialista que quebrou tornozeleira

 


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão imediata do radialista Roque Saldanha, que publicou um vídeo, na última terça-feira (26), segurando a tornozeleira eletrônica que deveria estar utilizando. Nas imagens, ele ainda faz ataques ao magistrado, a quem se refere como “vagabundo” e “safado”. 

De acordo com o jornal Correio Braziliense, Moraes adotou a medida foi tomada depois de identificar irregularidades cometidas por Saldanha no uso da tornozeleira eletrônica entre abril e outubro deste ano. Apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o radialista é considerado foragido pela polícia após ter danificado o equipamento.

No vídeo publicado na última terça-feira (26), Saldanha se auto-intitula membro da “bancada da bala” e ataca Alexandre de Moraes, relator dos processos no STF. O radialista foi alvo da Operação Lesa Pátria no ano passado e ficou detido por 10 dias. 

O senhor é safado, porque ‘tava’ vendendo sentenças para políticos (em seu apartamento). A diferença é que eu sou homem e você é safado, pilantra, rapaz. Nem em Brasília no 8 de janeiro eu estava, rapaz”, disse Saldanha.

“O senhor está sabendo que eu não posso usar isso mais (a tornozeleira), porque minha perna ‘tava’ toda ‘comida’, tem fotos e vídeos protocolados no processo (sic). Estado Democrático de Direito do c* do senhor, da ‘caçapa do seu c, entendeu. Pega essa tornozeleira e abre seu c e enfia lá dentro, rapaz. Eu sou homem. Se você quiser conversar só eu e o senhor, (só) nós dois juntos. Você confia muito na (Polícia) Federal. Inclusive, esses delegados tem que tomar vergonha na cara, porque ficam trabalhando em prol de bandido do STF”, emendou.

Por Bnews

Bolsonaro apela a Lula e Alexandre de Moraes para não ser punido

 

Por Ricardo Noblat – Depois de governar quatro anos só pensando em dar um golpe de Estado, de jogar os brasileiros contra a Justiça, de lançar a descrença sobre o processo eleitoral e de apelar aos militares para que abolissem a democracia, o que Bolsonaro, agora, propõe?

A pacificação do país. Sim, uma anistia para todos os golpistas, inclusive ele. Seria o caso de lhe perguntar: “Se o golpe tivesse sido aplicado, haveria anistia para os presos pelo novo regime e indenização para as famílias dos que foram mortos?”

Nós, jornalistas, não parecemos interessados em fazer as perguntas certas a Bolsonaro, nem a contestá-lo face a face. O que mais nos interessa é arrancar dele declarações, se possível originais e bombásticas, para esquentar o noticiário e atrair mais likes.

A minuta do golpe de dezembro de 2022 teve três ou mais versões. Em uma delas, revisada pelo próprio Bolsonaro, estava previsto o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal.

Em nenhuma das versões falava-se em pacificar o país. Com receio de ser preso a qualquer momento, ou o mais tardar depois de julgado e condenado, Bolsonaro passou a clamar por uma anistia ampla, geral e irrestrita, e quanto mais rápida melhor. Diz

– Para pacificar o Brasil, alguém tem que ceder. Quem? Alexandre de Moraes. Em 1979, foi anistiada gente que matou, soltou bomba, sequestrou, roubou. Agora, se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre no tocante à anistia, estaria tudo resolvido.

Bolsonaro esqueceu que a ditadura militar de 64 matou, soltou bomba, sequestrou, roubou e torturou à vontade. E que a anistia de 1979, que permitiu a volta dos exilados, perdoou todos os chamados “crimes de sangue” cometidos pelos militares.

Até outro dia, Bolsonaro negava que tivesse conversado com comandantes militares sobre a possibilidade de golpe. Ele jamais faria algo “fora das quatro linhas da Constituição”. Ontem, admitiu ter conversado sobre “artigos da Constituição”. Mas para quê?

Ele respondeu vagamente, sem que que lhe cobrassem precisão: “[…] para voltar a discutir o processo eleitoral. Mas a ideia logo foi abandonada”. Por que discutir o processo eleitoral se ele fôra concluído e o presidente eleito diplomado pela justiça?

A auditoria encomendada pelo Partido Liberal de Bolsonaro encontrou provas ou vestígios de fraude no processo eleitoral? Não encontrou. E a auditoria encomendada por Bolsonaro ao Ministério da Defesa encontrou provas ou vestígios? Também não.

Ora, então por que diabos, Bolsonaro não reconheceu a vitória de Lula, reuniu-se dezenas de vezes com militares e civis que defendiam um golpe de Estado e viajou em seguida aos Estados Unidos para não passar o comando do país ao seu sucessor?

De volta ao início: porque ele governou – ou desgovernou o país – só pensando em dar um golpe. Se fosse reeleito, daria um golpe por dentro corroendo as instituições e mudando as leis com a ajuda de um Congresso comprado com dinheiro.

Se derrotado no voto, permaneceria no poder com o apoio das Forças Armadas. A maioria dos 16 generais do Alto Comando do Exército foi contra o golpe. A totalidade dos generais, porém, assistiu sem se mexer à tentativa de golpe em 8 de janeiro.

Na noite daquele dia, quando um destacamento da Polícia Militar foi prender os golpistas acampados à porta do QG do Exército, o general Júlio César de Arruda, comandante do Exército, mobilizou sua tropa e não deixou. A prisão só ocorreu no dia seguinte.

Muitos dos acampados aproveitaram a madrugada para fugir – entre eles, dezenas de parentes de militares.

Decretada a prisão preventiva de dois suspeitos de ataque a artistas circenses em Central do Maranhão

 

Três suspeitos, incluindo um menor, foram detidos pela Polícia Civil na última quinta-feira; outros cinco envolvidos já foram identificados e estão sendo procurados.

Dois homens suspeitos de participação em um ataque a artistas circenses na cidade de Central do Maranhão tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta sexta-feira (29). Ambos serão transferidos para o sistema penitenciário.

Os dois adultos foram detidos na última quinta-feira (28) e encaminhados à delegacia, onde prestaram depoimentos. Durante os interrogatórios, um deles confessou envolvimento direto na ação criminosa. Além deles, um adolescente também prestou depoimento. 

As investigações indicam que cinco outros indivíduos participaram do crime, ocorrido no último dia 22. Esses suspeitos já foram identificados e estão sendo procurados pela Polícia Civil do Maranhão.

*O crime*

Conforme apurado, o ataque ocorreu por volta das 23h em um circo localizado na cidade. De acordo com as vítimas, o grupo de criminosos era composto por oito pessoas: cinco participaram diretamente da ação, enquanto três teriam dado cobertura.

Durante o episódio, um menor teria levado uma das artistas circenses para um trailer, onde cometeu estupro. Um dos adultos teria dado cobertura ao ato, ameaçando a vítima com uma arma de fogo. Um disparo foi efetuado para o alto, gerando ainda mais pânico no OInformante 

Além do estupro, os criminosos roubaram dinheiro e objetos pessoais das vítimas. Parte dos itens foi localizada posteriormente em uma pousada da cidade e já foi devolvida aos proprietários. 


quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Três suspeitos de ataque a artista circense são presos no Maranhão

 

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, acabou de informar, que três suspeitos de envolvimento no ataque à artista circense Camila e sua família foram detidos pela Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (28). O crime, que ocorreu na cidade de Central do Maranhão, chocou milhares de pessoas pela violência empregada.

Segundo o governador, além das prisões já realizadas, outros cinco suspeitos foram identificados e estão sendo procurados. As autoridades trabalham de forma intensa para garantir que todos os envolvidos sejam localizados e respondam perante a Justiça.

“Informo que foram detidos três suspeitos de envolvimento no ataque violento à artista circense Camila e sua família, ocorrido em Central do Maranhão. Os outros cinco suspeitos já foram identificados, e a Polícia Civil segue trabalhando para que muito em breve todos sejam presos e fiquem à disposição da Justiça”, declarou Carlos Brandão. OInformante 

PF deflagra Operação Bazófia no Maranhão e Piauí

 

Dinheiro apreendido.
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (28), a Operação Bazófia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes envolvendo Auxílio Emergencial e operações bancárias eletrônicas contra a Caixa Econômica Federal, além de outras práticas ilícitas que seguem em apuração. Cerca de 90 policiais federais foram mobilizados para cumprir 14 mandados de prisão e 19 mandados de busca e apreensão nas cidades Teresina/PI e Bacabal. Todas as ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí.

As investigações indicam que os membros da organização acessavam as contas de beneficiários do Auxílio Emergencial para efetuar pagamentos de boletos bancários, esvaziando assim os recursos das vítimas. Os valores desviados eram transferidos por meio de várias transações para outras contas, até serem direcionados a contas de "laranjas", utilizadas para saques ou depósitos. Há indícios de que os investigados também praticavam outras fraudes bancárias e faziam uso de outros benefícios sociais do governo.

Foi identificado ainda um esquema de lavagem de dinheiro, operado por meio de empresas de fachada, no qual os recursos eram empregados na aquisição de bens com o objetivo de disfarçar sua origem ilícita. O valor do prejuízo causado pela organização criminosa ainda está sendo apurado, devido à complexidade do esquema e à variedade de fraudes identificadas, que incluem não apenas crimes relacionados ao Auxílio Emergencial. No entanto, é possível afirmar que os valores desviados são expressivos, com base no padrão de vida ostentado pelos investigados e nos veículos de luxo utilizados pelos membros da organização.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado, lavagem de dinheiro e invasão de dispositivo eletrônico, além de outros que venham a ser constatados no decorrer do processo investigativo. A Operação Bazófia foi deflagrada dentro do bojo da Operação Não Seja um Laranja, promovida pela Polícia Federal em âmbito nacional, e seu nome provém da ostentação demonstrada pelos investigados em suas redes sociais.

Bolsonaro estaria na frente de Lula na intenção de votos, diz pesquisa

 O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceria uma eventual disputa em primeiro turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caso as eleições fossem hoje e ele estivesse elegível. É o que mostra um levantamento do instituto Paraná Pesquisas.

O ex-chefe do Executivo, que está inelegível por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e é alvo de indiciamento da Polícia Federal por supostamente planejar um plano de golpe de Estado, aparece com 37,6%, empatado tecnicamente com o petista, que tem 33,6%. 

Nomes de possíveis sucessores de Bolsonaro também foram testados. De acordo com a pesquisa, em um eventual segundo turno, Lula estaria tecnicamente empatado com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No cenário com Michelle Bolsonaro, Lula lidera com 34,2%, com a ex-primeira-dama em segundo lugar, alcançando 27,5%. O ex-governador Ciro Gomes (PDT) aparece com 10,2%, a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), com 8,2% e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 6,4%. Brancos e nulos somam 8,9% e indecisos representam 4,6%.

Em uma eventual candidatura presidencial do governador Tarcísio de Freitas, Lula também aparece na liderança com 34,7% contra 24,1% do governador paulista. Neste caso, Ciro vai a 11,5%, Tebet tem 8,4% e Caiado, 5,3%. Brancos e nulos são 11,6% e indecisos, 4,5%. 

O Paraná Pesquisas entrevistou 2.014 eleitores em todas as unidades da federação entre os dias 21 e 25 de novembro. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Segundo turno

No segundo turno, há empate nas simulações, que ficaram dentro da margem de erro da pesquisa, de 2,2 pontos porcentuais.

Em um cenário entre Lula e Bolsonaro, o petista aparece numericamente atrás do ex-presidente: 41,9% contra 43,7%. Se o atual mandatário disputasse contra Tarcísio ou Michelle, venceria nos dois cenários.

Contra o governador de São Paulo, Lula teria uma vantagem numérica superior se comparados os cenários com os outros dois concorrentes. O petista aparece com 43% contra 39,2% do chefe do Executivo paulista.

Em uma eventual disputa contra Michelle, Lula tem 42,7% contra 40,8% da ex-primeira-dama.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Artista circense estuprada por criminosos no Maranhão após espetáculo, clama por justiça

 


A jovem bailarina do Eneide Circus, localizado na cidade de Central do Maranhão, Camila Gomes, gravou um vídeo onde faz relatos fortes dos momentos de terror que viveu com a família vítima de uma ação criminosa ocorrida na noite da última sexta-feira, 22.

Cinco homens chegaram no trailler onde a circense se abriga e fizeram a família refém. Camila contou que o marido conseguiu escapar porque estava um pouco distante. Ele observou a presença dos assaltantes e correu, sendo que um dos criminosos disparou contra ele, mas o tiro não o atingiu. O disparo foi efetuado nas dependências do circo após o espetáculo.
Os criminosos queriam dinheiro e Camila falou que ia buscar quando foi arrastada pelos cabelos por um dos bandidos. Ela estava com a filha de 1 ano quando entregou o montante que tinha. Em seguida, ela foi violentada pelo criminoso que chegou a dizer para a criança ficar de costas no momento do abuso.

Muito abalada, Camila falou sobre o momento de terror que viveu. A família, vítima de tamanha violência, clama por justiça. DoNetoWeba

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Bolsonaro atuou de forma "direta e efetiva" para tentar golpe, diz PF

 


A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro atuou de "forma direta e efetiva" nos atos executórios para tentar um golpe de Estado em 2022.

A informação está no relatório no qual a PF indiciou Bolsonaro e mais 36 acusados por golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O sigilo foi derrubado nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do chamado inquérito do golpe.

De acordo com a PF, Bolsonaro tinha conhecimento sobre o planejamento das ações para atentar contra a democracia brasileira.

"Os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca que o então presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de estado e da abolição do estado democrático de Direito, fato que não se consumou em razão de circunstâncias alheias à sua vontade", diz o relatório. 
No documento, os investigadores também afirmam que Bolsonaro tinha conhecimento do chamado Punhal Verde e Amarelo, plano que, segundo a PF, foi elaborado pelos indiciados para sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

"Há também nos autos relevantes e robustos elementos de prova que demonstram que o planejamento e o andamento dos atos eram reportados a Jair Bolsonaro, diretamente ou por intermédio de Mauro Cid. As evidências colhidas, tais como os registros de entrada e saída de visitantes do Palácio do Alvorada, conteúdo de diálogos entre interlocutores de seu núcleo próximo, análise de ERBs [torres de celular], datas e locais de reuniões, indicam que Jair Bolsonaro tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo), bem como das ações clandestinas praticadas sob o codinome Copa 2022", diz a PF. 
Ainda segundo a corporação, o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o Brasil no final de 2022 para evitar eventual prisão e aguardar o desfecho dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em dezembro de 2022, nos últimos dias de seu mandato, Bolsonaro embarcou para os Estados Unidos e retornou somente em março de 2023. 
A Polícia Federal finalizou as investigações afirmando que, apesar dos atos para implementação, o golpe de Estado não ocorreu porque o alto comando das Forças Armadas não aderiu ao movimento golpista.

"Destaca-se a resistência dos comandantes da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Junior, e do Exército, general Freire Gomes e da maioria do alto comando que permaneceram fiéis à defesa do Estado Democrático de Direito, não dando o suporte armado para que o então presidente da República consumasse o golpe de Estado", concluiu a PF.

Eu posso ser preso agora”, diz Jair Bolsonaro

 

Pela primeira vez, ex-presidente admite possibilidade de prisão, mas mantém discurso de negação sobre trama golpistaJair Bolsonaro durante participação em evento em Goiânia, 04/04/2024

Pela primeira vez desde o início das investigações que o apontam como articulador de uma tentativa de golpe, Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de ser preso. Ao desembarcar em Brasília, nesta segunda-feira (25), após uma temporada no Nordeste, o ex-presidente foi realista sobre seu provável destino, mas voltou a negar envolvimento em qualquer ação fora dos limites constitucionais. “Eu posso ser preso agora, ao sair daqui (do aeroporto)”, disse ele.

Apesar da confissão sobre a possibilidade de prisão, Bolsonaro classificou as investigações como “perseguição política” e reafirmou que nunca cogitou a ideia de um golpe de Estado. “A palavra golpe nunca esteve no meu dicionário. Jamais faria algo fora das quatro linhas da Constituição”, apontou, segundo reporta o jornal O Globo.

Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal por crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa. A investigação identificou reuniões com líderes militares em que foram discutidas estratégias para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, entre elas a possível aplicação de medidas como Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e Estado de Defesa.

O ex-comandante do Exército, Freire Gomes, afirmou em depoimento à PF que chegou a ameaçar Bolsonaro de prisão caso ele prosseguisse com as articulações. O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, também rejeitou os planos, mas relatou que o então comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, teria se colocado à disposição para apoiar Bolsonaro.

Outro elemento central da investigação é uma reunião ocorrida em julho de 2022 no Palácio do Planalto, onde Bolsonaro teria incitado ações antes das eleições. “Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos”, teria dito, conforme consta nos autos da investigação.

PL da Anistia e articulações políticas

Bolsonaro também comentou sobre o Projeto de Lei da Anistia, que pode beneficiar envolvidos na invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro. Ele afirmou que um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), permitirá que o texto seja analisado por uma comissão especial ainda este ano. “Não havia clima para aprovar no plenário da Câmara. A ideia é que passe na comissão especial. O meu indiciamento não tem nada a ver com isto, são coisas diferentes”, apontou.

Ao admitir a possibilidade de prisão, Bolsonaro adotou um tom mais realista em relação à gravidade de sua situação. No entanto, manteve a postura de negação em relação às acusações e insistiu que as ações investigadas seriam resultado de uma perseguição política, o que, segundo ele, visa enfraquecê-lo politicamente. As investigações seguem em andamento, com expectativa de novos desdobramentos.