CAEMA: Prefeito Chico Cunha e Ricardo Murad negociam e Caema põe fim a cobrança abusiva.

Os consumidores da Companhia de Água e Esgotos do Maranhão – CAEMA – já estão recebendo uma nova cobrança com os valores bem reduzidos dos que vinham sendo cobrados pela Companhia desde o início de dezembro do ano passado. A tarifa máxima emitida não chega se quer a vinte reais, valor muito inferior das muitas cobranças que atingiam até as cifras de R$ 300, o absurdo dos absurdos.
A vitória está sendo cantada pelos tuntuenses depois da intervenção do prefeito Chico Cunha que procurou o Secretário de Saúde, Ricardo Murad e expôs a situação, principalmente dos mais pobres. ‘Eu disse ao Ricardo que conhecia dois velhinhos aposentados que a conta deles havia ultrapassado trezentos reais. O Ricardo ficou quase sem querer acreditar, mas eu reafirmei, é verdade’, me afirmou hoje pela manhã o prefeito sobre o diálogo que teve com o homem mais forte do governo Roseana Sarney.
O Secretário de Saúde contactou imediatamente a direção da Caema pedindo explicações, como não gostou do que ouviu determinou que a cobrança fosse reduzida o mais rápido possível. ‘Ele ainda me disse que o mesmo fato havia acontecido em Coroatá quando ele era prefeito, lhe deixando revoltado, comentou Chico Cunha. O gerente de Abastecimento do Município, Marcelo Kennedy Gomes da Silva afirmou agora pela manha que a Caema irá continuar a instalar os medidores (hidrômetros) de água nos domicílios. Marcelo ainda disse que na próxima semana irá se encontrar com a direção regional da companhia para buscar um entendimento com relação às contas anteriores com valores acima do atual valor máximo. Kennedy disse que há possibilidades delas serem deduzidas ganhando o atual valor cobrado. Aqueles que já pagaram poderão até ficar isentos das cobranças subseqüentes, contudo ele não deu garantias, disse que era uma hipótese.
O problema das cobranças abusivas da Companhia já chegou até aos tribunais. No ano de 2002 a justiça de primeiro grau deu ganho de causa aos consumidores por meio de uma ação impetrada pelo Ministério Público. A Caema recorreu e no ano de 2005 veio à decisão final do Tribunal de Justiça sentenciada pelo desembargador Jamil Jedeon de Miranda Neto. No corpo da sentença determinava que a Caema instalasse os medidores para depois alterar o valor da cobrança da tarifa mínima, como não fez teria que reduzir o valor da cobrança. No momento o promotor de Justiça de Tuntum estava mediando um acordo com a assessoria jurídica da companhia que estava estudando as propostas encaminhadas.