A
revelação de que o alto comando sarneyzista já descartou a candidatura
de Luís Fernando ao governo do Estado causou pânico nas hostes da
oligarquia.
Chama atenção, contudo, o silêncio das
principais lideranças do grupo Sarney. Não se ouviu a voz dos ministros
Lobão e Gastão Vieira. Ou do deputado Sarney Filho e do presidente da
Assembléia, Arnaldo Melo. Também não foi remarcado o lançamento da
candidatura em Coroatá, sob o comando do enrolado secretário Ricardo
Murad.
Ou seja, os “desmentidos” desesperados dos blogs da oligarquia confirmam o isolamento de Luís Fernando.
Enquanto isso, continua o debate sobre qual o melhor nome para substituir o insosso ex-candidato do grupo Sarney.
Pelo que se comenta nos bastidores, se
depender do senador Sarney o candidato será alguém com força na “classe
política”, que não tenha medo de defender as “conquistas” dos 50 anos de
poder do grupo. Com isso, vão ganhando terreno os nomes do senador João
Alberto e do deputado Arnaldo Melo, este o preferido do poderoso
empresário Fernando Sarney.
A novela terá muitos lances e deve se
desenrolar até o fim de março, quando Roseana anunciará se vai tentar a
eleição para o Senado.
Até lá, a oligarquia vai tentar
sustentar Luís Fernando, apesar do esvaziamento acelerado, e jogar tudo
para dividir o campo da oposição.
A divisão da oposição é muito importante
para que Roseana tenha chance de disputar o Senado, pois ela tende a
perder se enfrentar apenas um candidato a senador lançado pelos partidos
aliados a Flávio Dino.
Esse quadro de desorientação política é
agravado pela devastadora crise de imagem da oligarquia Sarney em nível
nacional. Todos os dias o Jornal Nacional, o Jornal da Globo, o Bom Dia
Brasil, têm mostrado as tragédias causadas pelo pior governo que o
Maranhão já viu: assassinatos, estupros, decapitações.
Vai desabando, assim, o sonho do senador Sarney de retocar a sua
biografia, abalada pelos sucessivos escândalos em que se meteu nos
últimos anos. E, o que é pior para ele, vai ficando evidente que não vai
dar para manter o poder que seu grupo exerce no Maranhão.
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