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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Acenos biográficos de São Raimundo Nonato


São Raimundo Nonato não conheceu sua mãe na terra. Ela faleceu antes da dar a luz. O pequeno Raimundo foi extraído do ventre materno da mãe falecida, por isso é chamado Nonato, que significa não nascido. Nasceu em Portell, Catalunha, Espanha – no fim do século XIII. Desde a adolescência consagrou-se a Virgem Maria, ordenado sacerdote em 1324.
Em 1335 partiu em missão para libertar os cristãos cativos. Seguiu para Argel, África e resgatou grande número de presos. Terminado o dinheiro e vendo que ficavam ainda outros cativos, vendeu a si mesmo como escravo para libertar outros irmãos.
Converteu muitos islâmicos ao cristianismo. Estes, enfurecidos, o encarceraram e submeteram a atrozes suplícios. Não podendo impedi-lo de pregar, furaram-lhe os lábios com ferro em brasa, fechando-lhe a boca com um cadeado.
Voltando a Espanha e conhecida a história de seus sofrimentos, difundiu-se a sua fama de santidade. O Papa o nomeou cardeal, mas a caminho de Avinhão, faleceu no castelo de Cardone.
A tradição refere que Raimundo acometido pela doença, prevendo o fim dos seus dias, desejou receber a santa comunhão. Demorando a chegada do padre, apareceu São Pedro Nolasco, e administrou-lhe a comunhão. O enfermo deu graças a Deus e entregou a alma.
Costumas os artistas representarem o Santo com o cálice cheio de hóstias, em memória da comunhão recebida milagrosamente antes de morrer. Nos quadros populares é representado rodeado de gestantes, ajoelhadas, implorando proteção sobre a maternidade. chamado Nonato, que significa n ventre materno

7 comentários:

  1. Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como: 1) um monge mercedário com um cadeado nos lábios, 2) um monge rodeado de mouros , 3) um monge rodeado de escravos libertados, 4) um monge rodeado de mouros e prisioneiros , 5) um monge mercedário com o chapéu vermelho cardinalício. ELE É UM EXEMPLO A SER SEGUIDO! PORTANTO, FAÇAMOS COMO SÃO PAULO EM SUAS CARTAS: IMITEMO-NOS NA FÉ!

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  2. DEUS E SEUS SANTOS E SANTAS

    Em toda a história da humanidade o homem não cessa de buscar a Deus. Esta busca se dá através das orações, sacrifícios, cultos, meditações, ações, entre outras formas. Mas como podemos conhecer a Deus, se nunca O vimos?

    Podemos conhecer a Deus mediante Suas obras e mediante a nossa Fé. A fé é a resposta do homem a Deus que se revela e a ele se doa, trazendo ao mesmo tempo uma luz superabundante ao homem em busca do sentido último de sua vida. Como podemos falar de Deus?

    Nosso conhecimento de Deus é tão limitado, como também é limitada nossa linguagem sobre Deus. Só podemos falar de Deus através das criaturas vivas ou dos recursos naturais que conhecemos, e segundo nosso modo humano limitado de conhecer e pensar.

    De qualquer forma, temos que nos lembrar e ter sempre conosco, dentro de nossos corações, que todas as criaturas trazem em si uma certa semelhança com Deus. O homem guarda características tão dignas como a verdade, a bondade, a beleza, a caridade, o amor...Tais características não podem ter outro autor senão o Todo Poderoso. Todas estas características contemplam, portanto, o Seu Autor.

    Assim como uma obra de arte reflete sempre, de alguma forma, o seu autor, também nos devemos refletir nosso Criador. "Sem o Criador a criatura se esvai". E Deus deixou seus imitadores, a exemplo de São Raimundo Nonato e todos nós! CAPUCCINI - VERONA-IT.

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  3. Como entender Deus Criador?

    Deus criou o mundo segundo Sua sabedoria. O mundo procede da vontade livre de Deus que quis fazer as criaturas participarem do Seu Ser, da Sua sabedoria e da sua bondade. Que haveria de extraordinário se Deus tivesse tirado o mundo de uma matéria preexistente? Quando se dá um material a um artesão, ele faz do material tudo o que quiser e souber. Se este fato confere a este artesão um lado criador, tanto mais será nada para criar tudo o que Sua Vontade e Sabedoria desejam. Deus parte do Nada e cria o mundo, dentro dele, o homem.

    Uma vez que Deus pôde criar do nada, pode, através do Espírito Santo, dar vida da alma aos homens, com o objetivo de mantê-los sempre junto Dele, mas ao mesmo tempo, deixando o homem livre para escolher essa união. Já que pela sua palavra pôde fazer resplandecer a luz a partir das trevas, pode também dar a luz da fé àqueles que a desconhecem.

    Dessa forma, a criação é uma obra querida por Deus como um dom que foi dirigido ao homem; como uma herança que lhe é destinada e confiada.

    Entretanto, Deus transcende a criação, pois é infinitamente maior que todas as Suas obras. Por ser o Criador soberano e livre, causa primeira de tudo o que existe, Ele está presente no mais intimo das suas criaturas. Segundo as sábias e inspiradas palavras de Santo Agostinho: "Ele é maior do que aquilo que há de maior em mim e mais íntimo do que aquilo que há de mais intimo em mim".

    Deus mantém e sustenta a criação, pois não abandona a sua criatura a ela mesma. Não somente lhe dá o ser e a existência, mas também a sustenta a todo instante e lhe dá o livre-arbítrio. Reconhecer esta dependência completa em relação ao Criador é uma fonte de sabedoria e liberdade, de alegria e confiança.

    Os estudos sobre Deus (assuntos da Teologia) são elaborados considerando Deus na Unidade da Natureza e na Trindade das Pessoas.

    Na Unidade da Natureza, o estudo de Deus é dividido em três partes: a Existência, a Essência e os Atributos. Cada uma destas características existe em Deus ao mesmo tempo e só foram separadas para serem melhor explicadas e compreendidas.
    CAPUCCINI - VERONA-IT.

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  4. A Existência

    É um artigo de fé e nos abre uma dupla possibilidade de conhecer a Deus: Uma forma natural e uma forma sobrenatural.

    a. Forma Natural: "Encontra-se Deus por meio da reflexão do mundo e em nós mesmos" (São Paulo).

    Uma das maiores comprovações sobre a Existência de Deus é a tendência dos homens pela busca da felicidade. Em cada homem esta necessidade não pode ser satisfeita apenas pelo mundo e pelos seus bens. Portanto, segundo Santo Agostinho, é preciso que haja um bem eterno capaz de satisfazê-la e este bem é Deus.

    O conhecimento de Deus pela forma natural baseia-se pelo fato de que como não vemos a Deus, O conhecemos por meio de comparações devido às suas obras, pois não encontramos na Terra a essência de Deus, mas sim suas obras. É através de suas criações que conhecemos que Deus existe, como sua causa.

    b. Forma Sobrenatural: "Deus é para nós que cremos um 'Deus desconhecido' ainda que à luz da fé o conheçam muito melhor do que à luz da razão" (Santo Tomaz de Aquino).

    Segundo esta forma de conhecimento, crê-se em Deus em virtude de uma revelação sobrenatural que é dada por meio da fé. A comunicação de Deus conosco e sua manifestação dá-se por meio das graças.

    1.2 A Essência
    Estuda o ser de Deus, sendo que a Existência e a Essência são inseparáveis em Deus. A essência de Deus é compreendida através da revelação, onde Deus se revela e se dá conhecer aos homens.

    1.3 Os Atributos
    São as características através das quais podemos conhecer a Deus e distingui-lo das criaturas. São todas as perfeições existentes em Deus, como por exemplo:

    Deus é UNO: a unidade de Deus é um dogma da Igreja. É entendido como uma unidade do indivíduo levando ao monoteísmo. Este atributo foi mencionado em várias passagens: "Vede que sou Eu somente e não há outro Deus exceto Eu". (Dt 32, 39) "Ouve Israel, o Senhor teu Deus é o único Deus". (Mc 12, 29).
    Deus é SIMPLES (PURO): em Deus nada se acrescenta ou se tira. A simplicidade de Deus é entendida como um Deus livre de qualquer multiplicidade e dispersões próprias das outras criaturas. É Deus em sua puríssima espiritualidade. Como exemplo, podemos citar uma passagem onde Jesus atribui a Deus uma figura humana ao chamá-lo PAI e ao mesmo tempo lhe atribui estado e morada acima de tudo o que é material.
    Deus é IMUTÁVEL: Deus foi, é, sempre será o mesmo, com sua perfeição e seu amor sem limites. Segundo Santo Tomaz de Aquino: "Só Deus é".
    Deus é ETERNO: Deus não teve início e não terá fim. "O Senhor é um Deus Eterno que criou os extremos da Terra e que não se cansa nem se esgota". (Is 40, 28).
    Deus é ONIPRESENTE: a onipresença de Deus nos oferece a possibilidade de nos unirmos espiritualmente a Ele em qualquer tempo e condição e em qualquer lugar. Deus está sempre conosco. Entretanto, de que serve Deus estar perto de nós se nós estivermos longe Dele? Por isso em sua Bondade Infinita ele nos dá sua Onipresença e nós, com nossa Fé, podemos encontrá-lo sempre que quisermos.
    Deus é ONISCIENTE: Deus tudo sabe. A revelação é a maior prova da onisciência de Deus.
    Deus é ONIPOTENTE: Deus tudo pode. Algumas passagens revelam com exatidão esse atributo de Deus: "Para os homens isto é impossível, mas para Deus tudo é possível". (Mt 19, 25-26) "Pai, tudo Te é possível". (Mt 14, 36).
    CAPUCCINI - VERONA-IT.

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  5. A Fé não é apenas uma simples crença em algo superior, mas é uma adesão pessoal a um Deus pessoa que exige compromisso. O homem é livre para decidir se aceita ou não a Deus e ao seu convite. Ao aderir a Deus e exercer a fé, o homem assume o desafio da fé, aceitando também os Mandamentos, a vivência sacramental e a fidelidade aos ensinamentos do evangelho. A partir daí, o homem passa a ter um compromisso que irá orientar toda a sua vida.

    Como exemplo de homem de fé, pode-se citar Abraão, que baseou sua vida e sua caminhada, bem como suas aspirações, na promessa de Deus, quando a pedido de Deus saiu de sua terra em busca do local prometido por Deus (Gn 12, 1-12) ou ainda quando Deus o provou pedindo-lhe seu único filho em sacrifício (Gn 22, 2).

    Seguir a vontade de Deus não é escravidão, mas sim liberdade. Quanto mais aceitamos Deus em nossa vida, mais livres somos, e só podemos aceitar Deus sem qualquer limite quando temos fé.

    A mensagem de Jesus demonstra que a fé é o princípio da vida religiosa. Cristo começa sua pregação exigindo a fé de seus ouvintes: "Convertei-vos e crede na Boa-Nova" (Mc 1, 15). A norma de salvação é acreditar no Evangelho e ser adepto de Cristo.

    A fé então é um encontro com Cristo. É uma aceitação tão plena Dele que vai nos transformando Nele. Acreditar em Deus é colaborar no seu plano de crescimento, respeitando suas leis. Aceitar a Deus é confiar Nele, acreditar em Seu amor por nós e deixar que Ele aja em nós.

    A fé não se mede pela inteligência e não é um sentimento ou uma tradição. No dia-a-dia, a fé é aquela entrega incondicional e amorosa de si a Deus Pai, Filho e Espírito Santo:

    Nos entregamos ao Pai porque somos suas criaturas;
    Nos entregamos ao Filho para seguir seus exemplos e viver como filhos de Deus;
    Nos entregamos ao Espírito Santo para que Ele nos impulsione e estimule na prática do bem.
    Crer é dizer sim a Deus e confiar Nele de maneira absoluta; e a fé nos compromete a realizar em nós, momento por momento, a vontade de Deus como ela se manifesta, assim como fez Jesus Cristo. Dizer-se cristão, fazer promessas, freqüentar eventos religiosos, usar distintivos, não é necessariamente sinal de Fé. Para responder e refletir:

    Quem é Deus para você?
    Quais são os atributos de Deus? O que significam?
    No dia-a-dia é possível notar a presença de Deus? Como?
    Como atuar o mandato de Jesus: “Tome sua cruz e siga-me” nos dias de hoje?
    Quem é Jesus Cristo para você?
    Quem é o Espírito Santo para você?
    O que você espera da Crisma? Você já pensou se precisa ou em que precisa mudar sua vida?
    Você já sentiu a presença do Espírito Santo em sua vida? Quando?
    Procure notar quantas vezes em uma Missa, o celebrante pronuncia a palavra Espírito Santo. Por que?
    O que é ter fé? Tenho fé?
    CAPUCCINI - VERONA-IT.

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  6. A FÉ CRISTÃ

    A fé cristã consiste em aceitar, acolher a pessoa de Jesus e viver segundo a sua mensagem. Aceitar que Deus existe não significa ter fé.

    Fé é adesão pessoal da pessoa a Deus; é aceitar Jesus tal como ele se manifestou, isto é, como o Messias, Salvador e Senhor; é acolher e viver sua mensagem religiosa. Pela fé a pessoa dá assentimento a Deus, submete a ele sua inteligência e vontade. O ato de crer é dom de Deus, fruto da ação da graça no coração humano. Quem move o coração para acolher a fé é o Espírito Santo.

    A certeza interior na mensagem de Jesus e em suas promessas determina um modo de viver na perspectiva da vida eterna. A Carta aos Hebreus declara: A fé é uma posse antecipada do que se espera, é o meio de demonstrar as realidades que não se vêem ("A fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se vêem." Hb 11,1).

    A fé é uma tomada de posição. Uma opção definitiva, não existe meio termo. Não pode ser fruto de puro sentimentalismo, que vai e vem conforme as circunstâncias. Na fé entra a razão e o coração. Hoje precisamos crer com clareza de doutrina.

    A fé torna-se, portanto, um desafio, pois imprime no cristão novas atitudes, novas categorias de pensamento, de comportamento, de sentimento, fazendo o homem a escolher Deus.

    Para alimentar nossa fé nós temos: a oração, a comunhão, a leitura e o estudo da Bíblia.

    A Bíblia contém a revelação que Deus fez de si mesmo aos homens. Se uma pessoa quer conhecer a Deus, deve meditá-la diariamente, e encontrará a Deus na sua palavra. A fé e a vida espiritual não sobrevivem por si mesmas: precisam ser alimentadas com a Palavra e com a oração.

    A felicidade perene, tão desejada pelo homem, não existe fora de Deus, pois só em Deus ela pode ser eterna; portanto, para alcançar a felicidade verdadeira, são necessárias duas condições: conhecer a vontade de Deus (já manifestada) e colocá-la em prática.

    Assim como o corpo necessita de alimento diário, a vida espiritual do cristão, precisa de ser alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia. Quem quiser crescer na vivência cristã precisa tomar a Palavra de Deus e a Eucaristia como alimento diário.

    Exemplos de Fé:
    Maria de Nazaré é o nosso maior exemplo de fé. Jovem mulher foi escolhida para ser a Mãe do Messias, prometido e anunciado pelos profetas de Israel. Leia as passagens Bíblicas: (Gn 3, 14 - 15 / Is 7, 13 - 15 / Sf 3, 14 – 17)

    O homem novo nasce pela fé em Jesus Cristo. Jesus falou em renascer da água e do Espírito, isto é, ser batizado e receber o dom do Espírito Santo. A fé em Jesus gera o homem novo. O batismo é seu nascimento para o Reino de Deus.

    Maria é a primeira mulher nova, o protótipo do cristão, pois foi a primeira a crer. Para ela, que fez para Jesus todos os trabalhos que a mãe faz em favor do filho, aceitar que ele não era simples homem, mas Filho de Deus, não foi fácil. Talvez tenha custado mais para ela do que para nós crer que seu filho era Deus, pois, antes de presenciar seus milagres e sinais, viu, durante anos, sua limitação humana, que o fazia semelhante a toda criança ou jovem do seu tempo.

    Caminhando com ele, ouvindo suas pregações, teve oportunidade de acolher mais profundamente o Reino de Deus que nele se manifestava. Com os demais discípulos acolheu o Reino e cresceu na fé e no amor. Pelo amor foi fiel em sua missão de mãe, mesmo envolta em dor ao ver seu filho pregado na cruz.

    Maria, a grande vocacionada do Pai, foi fiel ao Espírito Santo, trazendo ao mundo o Salvador. O Sim vívido que muda a história da humanidade!

    Outros exemplos de fé na história:
    Abraão
    Moisés e tantos outros...
    CAPUCCINI - VERONA-IT.

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  7. São Silouane (1866-1938), monge

    “Sede misericordiosos como o vosso Pai do Céu é misericordioso"

    Senhor misericordioso, como é grande o teu amor para comigo, pecador!

    Concedeste-me conhecer-Te; fizeste-me saborear a tua graça. “Saboreai e vede como o Senhor é bom» (Sl. 33, 9). Destes-me a gostar a tua bondade e misericórdia, e a minha alma sente-se insaciavelmente atraída para Ti, dia e noite. A minha alma não pode esquecer o seu Criador, porque o Espírito divino lhe dá forças para amar Aquele que ela ama; não pode saciar-se, mas deseja sem descanso o seu Pai celestial.

    Bem-aventurada a alma que ama a humildade e as lágrimas, e que odeia os pensamentos perversos. Bem-aventurada a alma que ama o seu irmão, porque o nosso irmão é a nossa própria vida. Bem-aventurada a alma que ama o seu irmão: sente nela a presença do Espírito do Senhor; Ele dá-lhe paz e alegria, e ela chora pelo mundo inteiro.

    A minha alma lembrou-se do amor do Senhor, e o meu coração ficou mais cálido. A minha alma abandonou-se a uma profunda lamentação, porque muito ofendi o Senhor, meu Criador muito amado. Mas Ele não Se lembrou mais dos meus pecados; e então, a minha alma entregou-se a uma lamentação ainda mais profunda para que o Senhor tenha piedade de cada alma e a receba no seu Reino celeste. E a minha alma chora pelo mundo inteiro.
    CAPUCCINI - VERONA-IT.

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