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quinta-feira, 9 de outubro de 2025

PGJ do Maranhão pede manutenção da condenação de policiais civis por corrupção em Grajaú

 

A Procuradoria-Geral de Justiça do Maranhão (PGJ) emitiu parecer favorável à manutenção da condenação de quatro policiais civis — um delegado, dois investigadores e uma escrivã — acusados de integrar um grupo criminoso que atuava na Delegacia de Polícia Civil de Grajaú nos anos de 2017 e 2018.

O documento, assinado pela procuradora de Justiça Selene Coelho de Lacerda em 7 de outubro de 2025, recomenda também a perda dos cargos públicos dos réus.

Os policiais Kairo Clay Mesquita de Mesquita (delegado), Eldhon da Silva Costa e Carlos Sérgio Nunes Silva (investigadores), e Sandra Helena Alencar Pinheiro (escrivã) foram condenados pela 1ª Vara Criminal de São Luís pelos crimes de corrupção passiva, concussão e peculato, com penas que variam entre 4 e 14 anos de reclusão.

De acordo com o parecer, as provas colhidas na investigação e ratificadas em juízo confirmam que os policiais recebiam valores de presos em flagrante para liberar ilegalmente detidos e se apropriavam de bens apreendidos pela polícia, além de exigirem repasses mensais de parte do salário de uma servidora subordinada, sob ameaça de retaliações.

O documento ressalta que o delegado Kairo Clay, como chefe da unidade, tinha conhecimento das práticas ilícitas e participava da divisão das vantagens indevidas, o que configura coautoria nos crimes.

“A sanção de perda de cargo público mostra-se proporcional e suficientemente justificada, diante da natureza dos crimes e da necessidade de preservação da moralidade administrativa”, destacou a procuradora Selene Lacerda no parecer.

Com o parecer ministerial, o processo segue agora para análise do desembargador Antônio Fernando Bayma Araújo, relator do caso na 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), que deverá incluir o julgamento em pauta no colegiado.

As vítimas do esquema foram identificadas como Maiane da Conceição Sá, Salomão Barros da Silva e João Batista Pereira de Melo, entre outros.

O caso, que ficou conhecido na região por expor um suposto esquema de corrupção dentro da Delegacia de Grajaú, tramita sob o número 0000073-41.2019.8.10.0037 no sistema do TJMA e não está sob segredo de Justiça. DoInformante

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