Um idoso de 72 anos, identificado como Antônio Candeia, foi assassinado em uma discussão por uma suposta negociação por venda de terras na cidade de Amapá, no estado do Amapá.
A discussão envolveu o idoso, conhecido na região como “Maranhão”, com o empresário Francisco Canindé, marido da prefeita eleita da cidade, Kelly Lobato e seu cunhado, Antônio Carlos Lima.
Em determinado momento, Antonio Carlos, que é ex-militar, entra na discussão. Durante a briga, Antônio Carlos dispara contra o idoso.
Francisco Canindé se apresentou à delegacia de Amapá acompanhado de seu advogado. Ele foi preso em flagrante, acusado de ser o mandante do homicídio, e deve passar por audiência de custódia neste domingo (24). Os outros três envolvidos, incluindo o atirador, seguem foragidos.
Em nota, o Governo do Amapá se manifestou afirmando que um inquérito foi aberto para apurar as circunstâncias. A prefeita eleita Kelly Lobato, esposa do homem que está preso, também se manifestou por meio de nota. Ela lamenta a morte do idoso e diz reafirmar seu compromisso com a justiça.
Um cabo da polícia militar do Maranhão identificado como Cláudio Adão Duarte Silva, da Força Tática, foi baleado e morto em um bar na cidade de Imperatriz.
De acordo com informações das autoridades policiais, o militar maranhense teria sido baleado após entrar em discussão com um militar do Tocantins em momento de folga.
Foto: Reprodução
Policial Militar do Maranhão é morto a tiros em bar de Imperatriz
As informações preliminares são de que o militar acusado de atirar no PM do Maranhão teria disparado após sofrer uma agressão física com um tapa.
Após o disparo, Cláudio Adão Duarte Silva ainda foi socorrido e levado para um hospital municipal mas não resistiu e morreu.
O PM de Tocantins identificado como Hugo Deleon da Silva Teixeira foi detido e levado para a Central de Flagrantes de Imperatriz.
A polícia civil vai investigar o fato e câmeras de segurança vão servir para esclarecer o homicídio. ConectaPiauí
As provas incluem mensagens trocadas entre assessores, reuniões e registros de entrada e saída do Palácio do Planalto e do Palácio do Alvorada
O relatório final da Polícia Federal sobre o inquérito do golpe de Estado apresenta uma lista de indícios que aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sabia do plano para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), informa O Globo. No entanto, Bolsonaro afirma que não sabia da trama.
As provas levantadas que indicam a participação do então presidente no plano vão desde mensagens trocadas entre assessores, reuniões e registros de entrada e saída do Palácio do Planalto e do Palácio do Alvorada. Segundo a PF, o plano, denominado “Punhal Verde Amarelo” foi impresso no Planalto em uma hora em que Bolsonaro estava lá.
Outro indício é a movimentação do general Mário Fernandes, número dois da Secretaria-Geral da Presidência. Segundo os investigadores, o militar imprimiu as três páginas do plano golpista no Palácio do Planalto em 6 de dezembro de 2022. A PF descobriu que ele enviou um áudio a Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro, dizendo que teve uma conversa com o presidente.
“A primeira, durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas, porra, aí na hora eu disse, pô presidente, mas o quanto antes, a gente já perdeu tantas oportunidades”, diz o militar no aúdio.
Os agentes da PF comprovaram que Fernandes esteve no Palácio da Alvorada por cerca de 40 minutos no mesmo dia em que enviou o áudio. No dia seguinte, Bolsonaro deu uma declaração pública em que deu a entender que estava trabalhando em uma “decisão” que não dependia apenas dele.
“As decisões, quando são exclusivamente nossas, são menos difíceis e menos dolorosas. Mas quando elas passam por outros setores da sociedade são mais difíceis e devem ser trabalhadas. Se algo der errado é porque eu perdi a minha liderança. Eu me responsabilizo pelos meus erros. Mas peço a vocês: não critiquem sem ter certeza absoluta do que está acontecendo”, disse.
Após a manifestação do então presidente, Fernandes envia nova mensagem a Cid dizendo que Bolsonaro havia aceitado “nosso assessoramento”. Deu a cara pro público dele, pra galera que confia, acredita nele até a morte”, celebrou.
A PF também apontou que Fernandes acompanhava as reuniões palacianas. No dia 7 de dezembro, mesmo dia em que o plano “Punhal Verde e Amarelo” começou a ser colocado em prática, Bolsonaro teve uma reunião para apresentar uma minuta do golpe de Estado aos comandantes das Forças Armadas. O texto sugeria a declaração de Estado de Sítio e uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O conteúdo da reunião foi confirmada em depoimento à PF prestado pelo general Freire Gomes, então comandante do Exército, na condição de testemunha. Fernandes sabia que o general estava reticente em aderir ao plano golpista. Por isso, enviou um áudio ao Cid pedindo para que ele mostrasse a Freire Gomes um vídeo com “conteúdo antidemocrático”.
“Cid, acho que você está tendo uma reunião importante agora no Alvorada. Pô, mostra esse vídeo pro comandante, cara. Se possível, transmite durante a reunião, porra. Isso é história. E a história é marcada por momentos como esse que nós estamos vivendo agora”, afirma em mensagem interceptada pela PF.
O Plenário da Assembleia Legislativa aprovou nesta quinta-feira (21) o aumento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS) no Maranhão.
Contrários à proposta, os deputados Carlos Lula (PSB), Othelino Neto (Solidariedade) e Rodrigo Lago (PCdoB) tentaram convencer o Plenário a adiar a votação, sob o argumento de que a peça deveria ter sido mais amplamente debatida junto à sociedade.
Lago e Othelino, por exemplo, defenderam a realização de audiências públicas junto, com participação do empresariado e de setores da economia, antes de colocar a matéria em votação.
A base governista, contudo, derrubou os pedidos e aprovou a votação em regime de urgência, em sessão extraordinária, realizada logo após a sessão regular na Casa.
Líder do Governo, o deputado Neto Evangelista (União) orientou a base pela aprovação da peça.
O aumento de 1 ponto percentual do ICMS faz com que a alíquota modal do imposto passe de 22% para 23% no Maranhão, depois de um período de 90 dias.
Acusação
Antes mesmo de finalizada a sessão ordinária, quando ainda se discutia a votação em caráter de urgência, embate entre Rodrigo Lago e Ana do Gás (PCdoB), provocou ampla discussão na Casa, com o envolvimento de outros deputados.
Lago questionava a celeridade na apreciação do projeto e apresentava questionamentos à Mesa, quando Ana do Gás afirmou que estava ocorrendo violência política de gênero contra a presidente Iracema Vale (PSB), pelo fato de ela ser mulher.
Roberto Costa concordou com Ana do Gás e Lago reagiu.
O bate-boca entre os parlamentares somente acabou depois de Iracema fazer intervenção e pedir calma e respeito ao posicionamento dos colegas, sem citação direta a cada um.
Lago negou que tenha agido com violência política. E Ana do Gás explicou que o seu posicionamento não era ao colega, mas sim um sentimento de mulher e mãe, a respeito do cenário que havia se formado na Casa sobre a pressão em Iracema.
Os debates então foram amenizados até que a sessão fosse concluída.
Votaram contrários à proposta, os deputados Othelino Neto, Carlos Lula, Rodrigo Lago, Francisco Nagib, Wellignton do Curso, Fernando Braide, Leandro Bello, Ricardo Rios e Júlio Mendonça.
Cesta básica
A Assembleia Legislativa também aprovou a redução da alíquota do ICMS incidente sobre a cesta básica, de 10% para 8%, em todo o Maranhão.
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu ex-ministro da Defesa, o general Braga Netto, e o seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid por tentativa de golpe de Estado.
Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas pela PF pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa. Veja a lista:
Ailton Gonçalves Moraes Barros
Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
Alexandre Rodrigues Ramagem, deputado federal, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e delegado da Polícia Federal
Almir Garnier Santos
Amauri Feres Saad
Anderson Gustavo Torres, ex-ministro da Justiça
Anderson Lima de Moura
Angelo Martins Denicoli
Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional e general da reserva do Exército
Bernardo Romão Correa Netto
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
Carlos Giovani Delevati Pasini
Cleverson Ney Magalhães
Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
Fabrício Moreira de Bastos
Filipe Garcia Martins
Fernando Cerimedo
Giancarlo Gomes Rodrigues
Guilherme Marques de Almeida
Hélio Ferreira Lima
Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, ex-deputado, ex-vereador do Rio de Janeiro e capitão da reserva do Exército
José Eduardo de Oliveira e Silva
Laercio Vergililo
Marcelo Bormevet
Marcelo Costa Câmara
Mario Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, general da reserva e homem de confiança de Bolsonaro
Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel do Exército (afastado das funções na instituição)
Nilton Diniz Rodrigues
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Rafael Martins de Oliveira
Ronald Ferreira de Araujo Junior
Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
Tércio Arnaud Tomaz
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido pelo qual Jair Bolsonaro e Braga Netto disputaram as eleições de 2022
Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022, general da reserva do Exército
Wladimir Matos Soares
O indiciamento significa que a PF viu fatos suficientes para considerar que Bolsonaro, Braga Netto e Cid têm participação na trama golpista que tentou tirar o mandato do presidente eleito em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Próximos passos
A PF apresentou o relatório com os indiciamentos para o Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, deve enviar o material para análise Procuradoria-Geral da República (PGR).
Se a PGR entender que há elementos suficientes que demonstram a participação nos atos, vai oferecer à Justiça uma denúncia contra os envolvidos. Só se a denúncia for acolhida pelo STF é que Bolsonaro e seus auxiliares virariam réus.
O que a PF investiga?
Desde o ano passado, a PF investiga a tentativa de golpe de Estado e iniciativas nesse sentido que ameaçaram o país entre 2022 e 2023, após Lula ter sido eleito — vencendo Bolsonaro nas urnas — e até pouco depois de ele ter tomado posse.
A investigação remonta aos discursos de altas autoridades do governo Bolsonaro para desacreditar a urna eletrônica e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e se estende até o fim de 2022.
Passa, portanto, pelas "minutas do golpe" encontradas na casa do ex-ministro Anderson Torres, no celular de Mauro Cid e na sede do PL em Brasília; e pelo plano, revelado pela operação Contragolpe na última terça (19), que previa inclusive o assassinato de autoridades.Os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, embora também se relacionem a uma tentativa de derrubar Lula da Presidência da República, são investigados em um inquérito separado.