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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Esteticista que matou duas crianças envenenadas em Imperatriz agiu por vingança, conclui polícia

 


A Polícia Civil do Maranhão indiciou a esteticista Jordélia Pereira Barbosa, de 36 anos, pelo duplo homicídio qualificado contra Evely, de 13 anos, e Luís Fernando, de 7, além também por tentativa de homicídio qualificado contra a mãe das crianças, Miriam Lira, de 32 anos, usando um ovo de páscoa envenenado em abril deste ano.

Segundo o relatório da final da polícia foi pedido a manutenção da prisão preventiva de Jordélia, detida no dia 17 de abril, e o acesso aos dados de dois celulares apreendidos com ela no momento da prisão. De acordo com as investigações foi apontado que a esteticista cometeu o crime motivada por vingança onde o alvo seria Mirian, que é a atual namorada do ex-marido de Jordélia, Antônio Alves Barbosa Filho.

Mirian e os filhos - Foto: Divulgação/Rede Sociais

Ainda de acordo com as investigações, a perícia concluiu que a substância usada no crime por Jordélia foi o veneno conhecido como "chumbinho", utilizado para matar ratos.

No que diz respeito à vítima Mirian, restou evidenciado que a investigada agiu com dolo direto, na modalidade de homicídio qualificado tentado. Isso porque a autora direcionou intencionalmente o envenenamento à Mirian, com quem mantinha desavença, tendo entregue alimentos envenenados com ‘chumbinho’ diretamente a ela" - diz o relatório da polícia.

Sobre a morte dos filhos de Mirian, o relatório observa que Jordélia assumiu o risco de matar as duas crianças ao enviar os produtos envenenados, ciente de que elas moravam com a mãe.

"Já no que tange às crianças, filhos da vítima, que vieram a óbito após o consumo dos mesmos alimentos envenenados, aplica-se a modalidade de dolo eventual, pois a autora não os visava diretamente, mas assumiu o risco de matá-los ao entregar alimentos contaminados na residência em que viviam com a mãe, sabendo que esta os dividiria com os filhos" -  destaca o documento.

"Trata-se, portanto, de conduta com previsão e aceitação do resultado possível, típica da aceitação do risco, uma vez que a presença das crianças na residência e o hábito de partilhar alimentos eram plenamente previsíveis. Por fim, a dinâmica revela indiferença quanto às consequências fatais, permitindo-se que o resultado se consumasse" - avalia a Polícia Civil 

Na conclusão do inquérito, os investigadores pedem a manutenção da prisão preventiva pela "gravidade concreta da conduta, a frieza e premeditação do ato, o uso de meio insidioso e o risco concreto de reiteração delitiva, diante da tentativa de fuga e uso de subterfúgios para dissimular sua identidade". Por WillamyFigueira

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