Continua a repercutir nas redes sociais o episódio da prisão de um homem conhecido por Negão, fato ocorrido na noite de 7 de setembro, momento em que a escola Santa Gianna Beretta Molla desfilava e policiais militares acompanhavam o ato cívico.
De acordo com algumas publicações, principalmente no Facebook e nos grupos de Whats Zap, os policiais lotados na 5ª Companhia de Polícia de Tuntum teriam agido com excessos e até com truculência para abordar Negão, suspeito de está portando uma arma branca (faca), uma chave de fenda e por está visivelmente embriagado conduzindo uma motocicleta.
A repercussão tomou uma dimensão mais avantajada quando foi publicado um vídeo contendo o momento da abordagem, causando até revolta em alguns usuários das redes sociais com os policiais envolvidos na ação, fato que não causa justificativas, já que o vídeo na sua íntegra não mostra nenhum tipo excesso e nem de agressão praticada pelos policiais.
Este veículo não quer tomar parte diante do ocorrido, mas sim esclarecer ponto a ponto o que verdadeiramente aconteceu naquela noite para causar tanta repercussão em torno do assunto. Afinal, houve excessos? A polícia agrediu o suspeito no momento da abordagem? Um dos autores da tumultuada cena, o soldado Adriano, hoje detestado por uns e amado por outros, foi procurado pelo blog, quebrou o silêncio e falou sobre o caso.
Segundo sua narrativa, a guarnição encontrava-se em frente ao Espetinho da Dalva, na avenida Dr. Joacy Pinheiro, quando ele foi procurado por uma pessoa denunciando que ali no local havia um homem armado com uma faca. O soldado afirmou que cumprindo seu dever foi até o local e percebendo que era verdadeira a denúncia, pediu que o suspeito, conhecido por Negão colocasse as mãos sobre a cabeça: "Cidadão ponha as mãos na cabeça", teria dito.
Negão não teria atendido sua determinação. O militar disse que avançou em sua cintura e percebeu que ele portava realmente uma faca e uma chave de fenda. Segundo ele, o mesmo se encontrava visivelmente embriagado em cima de uma motocicleta que estava funcionando. O soldado, ainda segundo sua versão, teria pedido que ele descesse da moto, mas em resposta o suspeito passou a proferir palavrões e até ameaçá-lo de morte.
Temendo que ele saísse repentinamente e provocasse um acidente entre os participantes da comemoração, já que estava embriagado, Adriano disse que deu voz de prisão, para em seguida imobilizá-lo. "Ele veio na minha direção, eu o puxei pelo braço, consequentemente fazendo a imobilização", afirmou.
Prosseguindo seu relato, o soldado disse que em momento algum o suspeito foi espancado ou esmurrado. Discorreu ainda, que chegou até a convidar alguns dos familiares a irem com ele na viatura. Ele ainda acrescenta que pediu que fosse feito um exame de corpo de delito em Negão e algum exame que comprovasse sua embriaguez. Finalizando sua exposição, ele interroga: "Será que eu deveria me omitir ao ver um indivíduo em pleno desfile pondo em risco a vida dele e de outras pessoas?"
Caso alguém deseje, o blog também se dispõe a ouvir o contraditório...