A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta terça-feira, a operação “Alto Escalão 2” contra um grupo que se passou por 17 senadores e deputados para aplicar golpes em redes sociais. O grupo clonava perfis de WhatsApp dos parlamentares para cometer fraudes eletrônicas.
A ação contou com apoio das polícias civis do Piauí (PCPI) e Maranhão (PCMA) para cumprir oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Timon (MA) e Teresina (PI), segundo a CNN. O foco agora é aprofundar as investigações e identificar todos os integrantes da organização criminosa.
Segundo as investigações, os criminosos usavam as imagens dos políticos no perfil, entravam em contato com as vítimas e informavam que havia uma doação disponível. Mas, com um suposto prazo que venceria em breve, os bandidos pediam um depósito para fazer o transporte dos bens.
A associação criminosa é formada por um homem de 26 anos de idade e quatro mulheres, apontados como os responsáveis por contatar as vítimas. A investigação teve início em junho de 2023, após alguns senadores vítimas terem procurado a delegacia para comunicar a prática de crimes usando os seus nomes. Após sete meses de trabalho, foi constatado que os autores também utilizavam perfis falsos de outras autoridades e, em muitos dos casos, utilizavam vários números telefônicos cadastrados em nome do mesmo parlamentar.
Segundo o delegado Ataliba Neto, responsável pela 5ª Delegacia de Polícia, os autores que se passando por parlamentares entravam em contato com as vítimas e informavam que havia uma doação disponível, porém, devido a um prazo que estava em vias de se esgotar, solicitavam empenho das vítimas em efetuar um depósito em dinheiro ao motorista de um caminhão em que os produtos estariam para poderem ser entregues na região da vítima.
Veja os senadores e deputados vítimas do golpe:
A investigação teve início em junho de 2023, após alguns senadores vítimas procurarem a delegacia para comunicar a prática de crimes usando os seus nomes. Os autores devem responder pelos crimes de associação criminosa, falsa identidade e estelionato, cujas penas somadas podem atingir nove anos de reclusão.
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