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terça-feira, 5 de agosto de 2025

Blogueira e marido presos com R$ 60 milhões em ouro

 


Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na rodovia BR-401, em Boa Vista (RR), após ser flagrado transportando mais de 100 barras de ouro avaliadas em aproximadamente R$ 60 milhões. Ele estava acompanhado da esposa, Suzy Alencar, influenciadora digital reconhecida em Rondônia, e do filho do casal, um bebê de nove meses. 

A prisão ocorreu durante uma fiscalização de rotina na rodovia, quando os policiais abordaram o carro conduzido por Bruno. Inicialmente, foi encontrada uma pequena quantidade de ouro, mas a busca minuciosa revelou um total de 103 quilos do metal precioso escondidos no veículo.

O valor do ouro apreendido foi calculado com base na cotação atual de aproximadamente R$ 582 por grama, totalizando cerca de 60 milhões de reais em barras metálicas.

Após a repercussão da prisão, Suzy Alencar excluiu sua conta no Instagram, onde acumulava cerca de 30 mil seguidores. Em outra rede social, contudo, a influenciadora mantém ativo um perfil com conteúdos sobre maternidade e moda, nos quais frequentemente aparece ao lado do marido.

O casal estava com o filho no carro no momento da abordagem, o que chamou atenção dos policiais e do público.

Investigação e defesa

O material apreendido foi levado para a sede da PRF em Roraima, onde seguirá sob custódia enquanto as investigações buscam identificar a origem, o destino e a legalidade da carga.

Em nota, a defesa de Bruno Mendes afirmou que ele é um trabalhador do setor mineral, com bons antecedentes e pai responsável por uma família em situação vulnerável. Segundo o advogado Smiller Rodrigues de Carvalho, a extração mineral não é ilegal por natureza, mas deve respeitar as leis ambientais e tributárias.

“O problema jurídico ocorre quando a atividade é realizada sem as devidas autorizações e regularizações. O garimpo, em si, é uma prática histórica e socialmente presente no Brasil”, explicou o advogado.

A defesa também ressaltou que confia no esclarecimento dos fatos e rejeita a criminalização de pessoas que atuam em setores economicamente marginalizados, sem envolvimento com organizações criminosas.


Precatórios dos professores do Maranhão; Saiba quando deverão ser pagos


Professores da rede estadual de ensino do Maranhão seguem na expectativa pelo pagamento da segunda parcela dos precatórios do Fundef, um direito da categoria. O valor já foi repassado pelo governo federal, totalizando R$ 1.405.768.861,63 (um bilhão, quatrocentos e cinco milhões, setecentos e sessenta e oito mil, oitocentos e sessenta e um reais e sessenta e três centavos), e aguarda agora a liberação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) para que possa ser depositado na conta do governo estadual, via Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Foto: ReproduçãoPrecatórios dos professores do Maranhão; Saiba quando deverão ser pagos
Precatórios dos professores do Maranhão; Saiba quando deverão ser pagos

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) já protocolou petição junto ao STF solicitando a liberação dos recursos. A medida visa acelerar o processo para que os valores possam chegar às mãos dos educadores o quanto antes.

Do montante total, 60% — o equivalente a R$ 843.461.317,97 (oitocentos e quarenta e três milhões, quatrocentos e sessenta e um mil, trezentos e dezessete reais e noventa e sete centavos)  — são destinados diretamente aos profissionais da educação da rede estadual. Os 40% restantes, R$ 562.307.544,70 (quinhentos e sessenta e dois milhões, trezentos e sete mil, quinhentos e quarenta e quatro reais e setenta centavos), devem ser aplicados em investimentos na própria estrutura da educação pública maranhense, conforme determina a legislação.

Ainda não há uma data oficial para o pagamento, mas com os recursos já disponíveis na conta judicial e a solicitação formal do sindicato em tramitação, a expectativa é de que o repasse ocorra nas próximas semanas e o pagamento seja efetuado até o dia 16 deste mês. ConectaPiauí

Bolsonaro organizou bolão da Mega-Sena minutos antes da prisão domiciliar. Saiba onde ex-presidente estava

 

A abordagem da Polícia Federal para comunicar a prisão domiciliar e a apreensão do telefone do ex-presidente Jair Bolsonaro ocorreu no momento em que ele entrava na garagem de sua casa em Brasília, no fim da tarde desta segunda-feira, 4.

Durante o dia, Bolsonaro deu expediente na sede do PL, na área central de Brasília. No fim da tarde, deixou o local para retornar à sua residência, em um condomínio no bairro do Jardim Botânico, na capital federal.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi proferida durante a tarde. Como Bolsonaro estava submetido ao uso de tornozeleira eletrônica com recolhimento domiciliar noturno, a equipe da PF preferiu se deslocar até o condomínio para fazer a abordagem no local.

Quando o veículo de Bolsonaro entrava na garagem, os agentes da PF o abordaram e comunicaram a prisão domiciliar. Além disso, avisaram ao ex-presidente que iriam apreender seu telefone celular. Sem oferecer resistência, Bolsonaro saiu do veículo e entregou seu aparelho de telefone aos investigadores ainda na rua, em frente à garagem.

Com a ação cumprida, a equipe da PF não precisou entrar na residência do ex-presidente para efetivar os mandados.

Bolão da Mega-Sena

Pouco antes de ter a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro (PL) passou a tarde na sede do PL em Brasília. No local, reuniu-se com aliados, organizou um bolão da Mega-Sena com assessores do partido e acompanhou, pela televisão, a repercussão das manifestações do último domingo, que levaram milhares de apoiadores às ruas.

O Estadão conversou com o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP), que esteve com o ex-presidente minutos antes da decisão de Moraes. Segundo o parlamentar, Bolsonaro estava mais sério do que o habitual, mas ainda de bom humor, e não demonstrou sinais de que esperava ser preso. Pelo contrário: estava preocupado em chegar em casa antes das 19h, horário em que começava o recolhimento determinado pelo STF.

“Ele estava mais concentrado, mais sério um pouco, mas de bom humor, fazendo brincadeiras. Estava soluçando muito, muito mesmo”, relatou Bove, que é um dos parlamentares paulistas mais próximos do ex-presidente.

O deputado contou que, ao longo da tarde, Bolsonaro organizou um bolão da Mega-Sena com assessores do PL enquanto acompanhava pela televisão a repercussão das manifestações do último domingo. Durante a conversa, o ex-presidente comemorou o resultado dos atos, marcados por críticas a Alexandre de Moraes e pedidos de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

“Ele disse que as manifestações mostraram que nós estamos do lado certo da história e que o povo está conosco”, relatou Bove. Apesar do tom confiante, Bolsonaro não deu instruções sobre os próximos passos do grupo, afirmando apenas que era necessário “esperar dia após dia”.

Por volta das 17h, o ex-presidente deixou a sede do PL às pressas, conta o deputado. Pegou o elevador, desceu para a garagem e partiu rapidamente, preocupado em não se atrasar para o recolhimento noturno imposto pelo STF.

“Ele falou que não podia vacilar, que precisava sair antes para fazer um caminho diferente e não passar perto de embaixadas”, relatou o deputado.

Minutos depois, veio a decisão de Moraes decretando a prisão domiciliar. Quando Bolsonaro chegava em casa, foi abordado por policiais federais ainda na garagem. Eles comunicaram a decisão e apreenderam o celular antes que o ex-presidente entrasse na residência.

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Alexandre de Morais decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro após constatar o descumprimento de medidas cautelares anteriormente impostas. A decisão foi motivada pela participação de Bolsonaro, por telefone, em uma manifestação de apoiadores realizada no último domingo (3), no Rio de Janeiro.

Bolsonaro já estava submetido a diversas restrições judiciais, incluindo a proibição de sair do país, o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno das 19h às 6h e durante os fins de semana. Além disso, o ex-presidente estava impedido de se aproximar de sedes diplomáticas, de manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras e de se comunicar com outros réus ou investigados.

Uma das condições centrais das medidas cautelares era a proibição do uso de redes sociais, direta ou indiretamente. Moraes havia determinado que Bolsonaro não poderia realizar transmissões, publicar áudios, vídeos ou entrevistas em plataformas digitais, nem tentar contornar as restrições por meio de terceiros. Segundo o ministro, a participação de Bolsonaro na manifestação configura uma violação reiterada dessas regras.

Na decisão, Moraes destacou que a Justiça “não permitirá que um réu faça de tola” e reforçou que a lei deve ser aplicada igualmente a todos, independentemente de posição política ou econômica. “O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares — pela segunda vez — deve sofrer as consequências”, afirmou.

Com a nova determinação, Bolsonaro ficará em prisão domiciliar, sob monitoramento eletrônico, e permanece proibido de se manifestar publicamente ou de utilizar qualquer meio digital. O caso segue em análise no STF, e a defesa do ex-presidente ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão.

Deputado do Maranhão é alvo de operação da PF

 


A manhã desta segunda-feira (4) foi marcada por um novo desdobramento da Justiça Eleitoral. A Polícia Federal deflagrou a Operação Eclesiastes 5, que apura um esquema de compra de votos nas eleições municipais de 2024 em Imperatriz.

Entre os principais alvos da investigação está o deputado federal Josivaldo dos Santos Melo, conhecido como Josivaldo JP, que concorreu à prefeitura da cidade no último pleito, mas não foi eleito.

Além do parlamentar, também foram alvos da operação o empresário Washington do Posto Alvorada e uma coordenadora da campanha eleitoral de JP. Eles são suspeitos de envolvimento em um esquema de distribuição de combustível em troca de votos durante o período eleitoral.

No total, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, com a participação de cerca de 50 policiais federais. A Justiça também determinou o bloqueio e o sequestro de bens avaliados em aproximadamente R$ 700 mil, para evitar o uso ou a ocultação de valores que possam ter origem ilícita.

De acordo com as investigações, eleitores teriam sido beneficiados com combustível gratuito em troca de apoio político, prática que caracteriza abuso de poder econômico e pode resultar em sanções criminais e eleitorais, incluindo a declaração de inelegibilidade.

A operação recebeu o nome de “Eclesiastes 5” em referência ao versículo bíblico que condena a corrupção e a ganância por riquezas, simbolizando uma crítica ao uso indevido de recursos financeiros no processo democrático.



Senador Marcos do Val vai usar tornozeleira eletrônica por determinação de Alexandre de Morais

 


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira uma operação para cumprir medidas cautelares contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as medidas impostas está o uso de tornozeleira eletrônica, que deverá ser utilizada pelo parlamentar a partir de agora.


A ação ocorreu no Aeroporto Internacional de Brasília, logo após o desembarque de Marcos do Val de um voo vindo dos Estados Unidos, onde passou os últimos dez dias. A permanência do senador no exterior gerou polêmica, já que ele estava proibido de sair do país e tinha a obrigação de entregar seu passaporte à Justiça — o que não foi cumprido.

Durante sua estadia nos EUA, Marcos do Val divulgou um vídeo afirmando que não estava fugindo, mas sim viajando para aproveitar momentos com a filha em Orlando. “Não estou aqui fugindo, estou curtindo e dando atenção à minha filha no parque Universal Orlando. Alexandre de Moraes recebeu com 15 dias de antecedência informações de onde eu estaria, qual era o meu voo, o hotel que eu estou e até os ingressos que eu comprei”, declarou o senador.

As medidas determinadas por Moraes fazem parte de um processo que investiga a atuação de Marcos do Val em supostas tentativas de obstrução de investigações e outras condutas ligadas aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O parlamentar já foi ouvido anteriormente pela Polícia Federal e tem feito reiteradas críticas ao STF e ao ministro Moraes.

A defesa do senador ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova fase da operação. A tornozeleira eletrônica foi instalada no próprio aeroporto, e Do Val seguirá monitorado enquanto a investigação prossegue.

domingo, 3 de agosto de 2025

Veja como votaram os senadores do Maranhão sobre o impeachment de Alexandre de Moraes.

 

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) compartilhou o “placar atualizado” de votos no Senado favoráveis e contrários ao pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, alvo de sanções do governo dos Estados Unidos.

sábado, 2 de agosto de 2025

Advogado acusado de comprar sentenças no TJ do Maranhão atirou celular do 10º andar quando PF chegou

 

O Estadão – O advogado Carlos José Luna dos Santos Pinheiro, acusado de ligação com organização criminosa formada por quatro desembargadores e dois juízes de primeira instância do Tribunal de Justiça do Maranhão, tentou destruir provas sobre compra de sentenças na Corte. Segundo a Operação 18 Minutos, que investiga o esquema, acuado pela chegada da Polícia Federal, Luna arremessou seu celular pela janela do apartamento no 10.º andar do prédio onde reside em São Luís.

O Estadão busca contato com Carlos Luna e outros advogados sob suspeita. O espaço está aberto. A reportagem pediu manifestação do Tribunal de Justiça do Maranhão, que não respondeu.

A Operação 18 Minutos foi deflagrada no dia 14 de agosto do ano passado, por ordem do ministro José Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça. Agentes federais fizeram prisões e buscas nos endereços de investigados, entre eles Carlos Luna e os magistrados.

Na denúncia de 313 páginas enviada ao Superior Tribunal de Justiça, a Procuradoria-Geral da República destacou a conduta de Luna e de um outro advogado, Edilázio Gomes da Silva Júnior, ex-deputado federal e genro da desembargadora Nelma Sarney – cunhada do ex-presidente José Sarney -, apontada como ‘líder da organização criminosa’. Edilázio também tentou destruir provas da memória de seu celular, segundo a PF.

A Procuradoria atribui a Luna os crimes de corrupção ativa em pelo nove casos que estavam em curso no TJ do Maranhão e 413 atos de lavagem de dinheiro, além de embaraço à investigação.

Segundo relato dos investigadores, no dia em que chegaram ao prédio de Luna, na deflagração ostensiva da operação, o advogado atirou seu celular pela janela do 10.º andar, ‘no momento em que a equipe policial entrou no apartamento’.

O aparelho foi recolhido pelo porteiro do condomínio, Marcone Heleno Rocha dos Reis, que ‘imediatamente’ o entregou aos policiais que faziam a busca.

A perícia criminal da Polícia Federal constatou o dano e atestou, dois dias depois, que ‘o aparelho celular encontrava-se bastante danificado’ e que, até ali, não havia sido possível realizar a extração dos dados eventualmente armazenados’.

“É importante destacar que a presença da força policial não constrangeu Carlos Luna a agir para destruir provas, de modo consciente e voluntário”, anotou a PF.

Mas a estratégia do advogado não foi bem sucedida. Os peritos do Setor Técnico-Científico do Instituto de Criminalística conseguiram recuperar o aparelho e dele extrair e acessar ‘evidências digitais’.

O mesmo procedimento para aniquilar provas foi adotado por Edilázio, afirma a PF. Ele é apontado como importante elo do ‘núcleo causídico’ com o ‘núcleo jurídico’ da trama para venda de sentenças – o valor atualizado amealhado pela organização criminosa, apenas com a execução dos crimes denunciados, perfaz R$ 54,7 milhões, segundo a PGR, o que ‘demonstra a gravidade concreta das condutas praticadas, a periculosidade dos agentes e a sofisticação da organização criminosa’.

O genro de Nelma Sarney estava em Brasília no dia em que estourou a operação. Ele retornou a São Luís em vôo das 8h55. Quando desembarcou, os agentes o aguardavam munidos de ordem de busca pessoal emitida pelo ministro João Otávio de Noronha.

O celular do ex-deputado foi apreendido, mas os peritos federais logo perceberam que Edilázio restaurou o aparelho para as configurações de fábrica, eliminando todos os arquivos.

A restauração ocorreu às 08h20 daquele mesmo dia, duas horas e vinte minutos após o início das buscas domiciliares realizadas pela Operação 18 Minutos. A restauração elimina todos os arquivos, inclusive conversas, documentos, imagens, e-mails.

Ele chegou a São Luís às 11h09 – a fase ostensiva da operação havia sido deflagrada às 6hs. Os investigadores suspeitam que Edilázio foi avisado, ainda quando estava em Brasília naquela manhã, sobre as manobras da PF, inclusive em seus próprios endereços comercial e residencial.

Os federais foram aguardar Edilázio acompanhados de um representante da OAB, Frederico Dualibe Lima. O ex-deputado foi abordado na área de recepção de bagagens e desembarque por dois agentes à paisana. Ali estava também um advogado do próprio Edilázio.

“Não pairam dúvidas de que Edilázio Júnior estava ciente de que era alvo da operação, de modo que atuou para impedir o acesso da Polícia Federal a dados de interesse à investigação que estavam armazenados no aparelho de telefone celular, destruindo evidências digitais”, diz a PF. “Portanto, ao restaurar a configuração do aparelho de telefone celular após ter ciência da Operação 18 Minutos, ele agiu deliberadamente para embaraçar investigação que envolve organização criminosa.”

A Procuradoria imputa a Edilázio corrupção passiva por duas vezes, 80 atos de lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço de investigação.

Carlos Luna e Edilázio são apontados como personagens importantes no esquema montado no TJ do Maranhão – além de Nelma Sarney, são acusados os desembargadores Luiz Gonzaga Almeida Filho, Antônio Pacheco Guerreiro Júnior, Marcelino Everton Chaves (aposentado) e os juízes de primeira instância, Alice de Souza Rocha e Cristiano Simas de Souza.

O grupo dos causídicos encontrou acesso fácil ao Tribunal via a desembargadora Nelma. Segundo a investigação, Luna e outros dois advogados, José Helias Sekeff e Frederico Campos, eram, na época, advogados pessoais de Edilázio e de sua mulher, Alina Sarney, filha da desembargadora. Edilázio seria ‘sócio oculto’ do Maranhão Advogados.

Segundo a PF, a análise do celular de Nelma, apreendido na Operação 18 minutos, ‘evidencia que a desembargadora e Edilázio atuam juntos, de forma sistemática, para negociar decisões judiciais’. Entre as sentenças rastreadas pelos federais estão duas que resultaram em saques milionários contra o Banco do Nordeste, um deles no montante de R$ 14,1 milhões em favor do advogado Francisco Xavier que atuou na instituição financeira e entrou com ação requerendo R$ 12 milhões a título de honorários.

Os investigadores colaram nos autos do inquérito mensagens entre a desembargadora e o genro. Um diálogo resgatado indica que o ex-deputado sugeriu, em um processo movido contra o Banco do Nordeste, ‘a redação do dispositivo de decisão a ser tomada por Nelma Sarney’ – ‘conceder o efeito suspensivo em parte, tão somente pra impedir qualquer levantamento até o julgamento do presente agravo de instrumento’.

A desembargadora, em seguida, encaminhou o mesmo texto para sua assessora, Carolina Arósio Jorge, incluir na minuta da decisão. “Ao final, a decisão foi expedida da forma como sugerida por Edilázio Júnior”, afirma a PF.

No celular de Zely Brown, assessora e chefe de gabinete de Nelma, os investigadores também constataram ‘evidente e recorrente ajuste de decisões entre a desembargadora e Edilázio’.

Zely Brown, em uma ocasião, mencionou expressamente que recebeu um pedido de Edilázio para que Nelma concedesse efeito suspensivo em um recurso de apelação.

A Operação 18 Minutos ganhou esse nome porque este era o tempo que a organização levava para sacar o dinheiro obtido por meio da compra e venda de sentenças.

A PF sustenta que ‘a articulação’ da organização criminosa e os vínculos entre os membros dos núcleos judicial, causídico e operacional são evidenciados também pelo fato de que o advogado José Helias Sekeff e o filho do desembargador Marcelino Chaves – Marcelo Eduardo Costa Everton – foram assessores de Edilázio no gabinete dele na Câmara dos Deputados.

As mensagens recuperadas nos celulares de outros denunciados também demonstram que Edilázio ‘atuou em concurso com a desembargadora Nelma Sarney na execução do crime de corrupção passiva’.

Em um diálogo, Eliana Ramos, filha de Francisco Xavier, ‘menciona claramente’ a Fernando Ramos, filho do advogado, que o caminho para negociar com a desembargadora ‘é através de Edilázio’.

Na oportunidade, a mulher de Xavier relatou que os advogados Felipe Ramos e Carlos Luna ‘entraram em contato com Edilázio para, assim, negociar com Nelma Sarney sobre outro processo contra o Banco do Nordeste’.

“Agora deixa eu te falar uma coisa, eu tinha falado pro Felipe esse juiz não ia despachar esse processo, que era pra ele procurar entrar por outro lado, aí quando foi ontem ele viu que isso não ia acontecer porque ele não despachou e o Felipe pegou e junto com o Carlos foram falar com Evilázio para falar com a doutora, com a desembargadora Nelma, entendeu?”, escreveu a mulher de Xavier.

Ela seguiu. “Aí eu não sei o que foi que deu por que ele passou lá em casa lá no apartamento e só fez dizer isso, eu disse ‘te avisei que tu não perdesse tempo que ele não ia despachar esse processo’, te falei não sei quantas vezes, mas tu não acreditou, e já vai sair é o outro…O outro é que já tá mais perto de sair do que esse daí, porque esse documento daí ele tá prendendo e o outro já tá mais solto do que antes, entendeu? Ele foi falar com Bogéa, pro Bogéa pegar e botar em pauta de reunião de coisa pra ser julgado, aí esse daí também, esse é melhor esse é TRÊS MILHÕES, entendeu? Pois é tá nesse pé aí.” (O Estadão)

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

MARANHÃO: Influenciadora teria planejado mortes de delegado, deputado e jornalistas, diz Polícia Civil.

 

A influenciadora Tainá Sousa, presa nesta sexta-feira (1º) pela Polícia Civil do Maranhão, planejava assassinar autoridades e comunicadores que atuam contra jogos de azar, segundo revelou a “Operação Dinheiro Sujo”. A informação consta da lista encontrada no celular da investigada, que detalha os nomes dos alvos supostamente marcados para morrer.

De acordo com a SEIC, estavam na mira da criminosa o delegado Pedro Adão, responsável por ações repressivas contra plataformas como o “Jogo do Tigrinho”; o deputado estadual Yglésio Moyses, autor da lei que proíbe a divulgação desse tipo de jogo no Maranhão; o jornalista Domingos Costa, que publicou denúncias envolvendo a influenciadora; e o responsável pelo página Agenda Maranhão, Matheus Moraes, crítico frequente da influenciadora.

A Polícia Civil afirmou que a motivação principal por trás das ameaças seria a atuação incisiva das vítimas contra o esquema de apostas ilegais liderado por Tainá Sousa.

Marrapa

Moraes diz que vai ignorar sanções e promete cumprir seu papel constitucional

 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira (1º) que continuará cumprindo seu papel constitucional, mesmo após ter sido incluído na lista de sanções do governo dos Estados Unidos.

Durante a cerimônia de reabertura do semestre judiciário, ele reagiu com firmeza às críticas e pressões externas, afirmando que o STF não irá se “vergar a ameaças covardes e infrutíferas”.

“Este relator vai ignorar as sanções aplicadas e vai continuar trabalhando, sempre de forma colegiada”, declarou Moraes, fazendo referência direta às punições aplicadas contra ele por meio da Lei Magnitsky, dos EUA — norma criada para punir indivíduos acusados de corrupção ou violação de direitos humanos.

Segundo Moraes, o Supremo seguirá firme em sua missão institucional, especialmente na conclusão dos julgamentos relacionados aos quatro núcleos das ações penais que tratam da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023.

O ministro criticou duramente o que classificou como tentativas de intimidação e chantagem institucional por parte de brasileiros que, segundo ele, agem em favor de interesses estrangeiros.

“Acham que estão falando com milicianos, mas estão falando com ministros da Suprema Corte brasileira”, disparou.

ATAQUES À INSTITUCIONALIDADE

Moraes apontou que há tentativas “patéticas” de descredibilizar o Supremo, por meio de ameaças aos presidentes das Casas Legislativas e pressões para anistiar envolvidos em atos antidemocráticos.

Também citou articulações que tentam forçar o Senado a abrir processos de impeachment contra ministros da Corte, sem que haja base legal para isso.

“As ameaças aos presidentes das casas congressuais são feitas sem o menor respeito institucional, numa explícita chantagem para tentar obter uma inconstitucional anistia, ou pressionar por um processo de impeachment contra ministros, baseado apenas na discordância com nossas decisões judiciais”, afirmou.

DEFESA DA SOBERANIA NACIONAL

Ao reforçar que o STF, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal não cederão a pressões externas, Moraes defendeu a soberania das instituições brasileiras.

“A soberania nacional não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada ou extorquida”, declarou.

O ministro também acusou setores políticos de incentivarem crises econômicas e sociais como forma de enfraquecer o sistema democrático.

“O modus operandi é o mesmo: incentivar taxações contra o Brasil, provocar instabilidade econômica, gerar crise social e política, e criar o ambiente para novos ataques golpistas”, alertou.

SANÇÕES DOS EUA

Moraes foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos nesta semana, tornando-se o primeiro magistrado de uma Suprema Corte do mundo a sofrer esse tipo de medida.

As sanções incluem bloqueio de bens, restrições financeiras e proibição de entrada em território norte-americano.

O governo dos EUA justificou as sanções por “violações de direitos humanos”, mas analistas e autoridades brasileiras apontam motivações políticas por trás da decisão.

A resposta do governo brasileiro foi imediata: o presidente Lula divulgou nota de repúdio à decisão americana e se reuniu com ministros do STF para definir estratégias de reação.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e outras autoridades como o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco e o chanceler Mauro Vieira também manifestaram apoio público a Alexandre de Moraes.

quinta-feira, 31 de julho de 2025

ATLASINTEL: Lula venceria todos seus adversários, veja os números

 


Os dados da pesquisa Latam Pulse, realizada pelo instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg e divulgada nesta quinta-feira, 31, mostram que, se as eleições de 2026 fossem hoje, o presidente Luiz Inácio 

Lula supera, para além da margem de erro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), os dados indicam que, a mais de um ano das eleições, o desempenho de Lula acompanhou a melhora na avaliação do governo.
Na reedição do segundo turno de 2022, Lula aparece com 50,1% contra 46,3% de Bolsonaro. A pesquisa mostra uma inversão em relação ao levantamento do mês anterior, quando o ex-presidente aparecia numericamente à frente do petista.

Tarcísio e Michelle Bolsonaro são superados por Lula por margens de 3,8 a 4,7 pontos percentuais, respectivamente.

Nos cenários em que vence seus adversários, Lula tem seu melhor desempenho contra Eduardo Leite, com uma diferença de 23,9 pontos percentuais.

Lula (PT) – 48,5% (eram 44,8%)
Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 33% (eram 34%)
Ratinho Jr. (PSD) – 3,6% (eram 2,5%)
Romeu Zema (Novo) – 3,6% (eram 4,4%)
Ronaldo Caiado (União) – 3% (eram 1,7%)
Ciro Gomes (PDT) – 2,9% (eram 3,5%)
Pablo Marçal (PRT...Pablo Marçal (PRTB) – 2,2% (eram 3,7%)
Eduardo Leite (PSD) – 0,4% (eram 1%)
Não sei/Branco/Nulo – 2,8% (eram 4,6%)

Cenário 2

Lula (PT) – 48,5% (eram 44,8%)
Michelle Bolsonaro (PL) – 29,7% (eram 30,4%)
Romeu Zema (Novo) – 6,6% (eram 7,2%)
Ronaldo Caiado (União) – 4,6% (eram 4%)
Ratinho Jr. (PSD) – 4,2% (eram 4,8%)
Ciro Gomes (PDT) – 2,8% (eram 3,9%)
Pablo Marçal (PRTB) – 1,7% (eram 1,3%)
Eduardo Leite (PSD) – 0,6% (eram 0,9%)
Não sei/Branco/Nulo – 1,6% (eram 2,6%).

Segundo turno

Em cenários de segundo turno, nos números apurados pela pesquisa, Lula venceria todos os adversários.

  • Lula (50,4%) x Tarcísio (46,6%)
  • Lula (50,6%) x Michele (45,9%)
  • Lula (50,1%) x Jair Bolsonaro (46,3%)
  • Lula (50,7%) x Zema (40,6%)
  • Lula (50,3%) x Caiado (39,7%)
  • Lula (50,5%) x Ratinho Júnior (39,7%)
  • Lula (49,6%) x Leite (25,7%)

A pesquisa faz parte do relatório Latam Pulse, que fornece dados mensais sobre a situação política, social e econômica do País. O levantamento foi realizado com 7.334 respondentes em recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de 1 ponto porcentual e o nível de confiança, de 95%. O período de coleta foi de 25 a 28 de julho.