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quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Alcolumbre diz que não pautará impeachment de ministro “nem com 81 assinaturas”

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), disse ao colégio de líderes que não pautará o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nem se todos os integrantes da Casa Alta assinarem o requerimento. Ele está sob pressão da oposição para pautar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A fala de Alcolumbre aconteceu durante a reunião de líderes realizada na residência oficial do Senado, na tarde de quarta-feira (7/8), quando a oposição ainda buscava as assinaturas. No dia seguinte, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciaram que conseguiram 41 assinaturas no requerimento para tomar o cargo do ministro Alexandre de Moraes. 

A oposição no Congresso pressiona pelo andamento de um “pacote da paz” em resposta à decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro, determinada por Moraes. A lista de exigências inclui, além do impeachment de Moraes, o andamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do fim do Foro Privilegiado e da anistia “geral e irrestrita”.

Por dois dias, aliados de Bolsonaro ocuparam as mesas da Câmara e do Senado para pressionar pela tramitação dos projetos e obstruiram a pauta do Legislativo. 

A oposição no Congresso pressiona pelo andamento de um “pacote da paz” em resposta à decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro, determinada por Moraes. A lista de exigências inclui, além do impeachment de Moraes, o andamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do fim do Foro Privilegiado e da anistia “geral e irrestrita”.

Por dois dias, aliados de Bolsonaro ocuparam as mesas da Câmara e do Senado para pressionar pela tramitação dos projetos e obstruiram a pauta do Legislativo. 

Depois da declaração, Alcolumbre fez uma segunda reunião, dessa vez, isoladamente com integrantes da oposição, onde reforçou a posição de que não seria pressionado pelos aliados de Bolsonaro. No dia seguinte, a oposição desocupou o plenário. DoMetropóles 

Oposição consegue 41 assinaturas e pede impeachment de Moraes

 


A oposição conseguiu as 41 assinaturas necessárias e entrou no Senado com um pedido de impechament contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um esforço concentrado após Moraes determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição buscou nos últimos dias as assinaturas necessárias para protocolar o pedido. O 41º a concordar foi o senador Laércio Oliveira (PP-SE), que assinou nesta quinta-feira (7/8).

Com isso, os líderes da oposição anunciam nesta manhã o fim da obstrução aos trabalhos do Senado e da ocupação da Mesa Diretora. Agora, os parlamentares ligados a Bolsonaro vão se concentrar em pressionar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a iniciar esse processo de impeachment contra Moraes. A decisão cabe a ele.

“Estamos desobstruindo e a oposição vai participar dos debates das pautas que interessam ao Brasil, pautas que interessam a todos, para aquém das questões ideológicas”, declarou o líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN).

 

Tramitação

Caso o senador Davi Alcolumbre aceite iniciar o processo de impeachment de Moraes, para que o impedimento ocorra de fato, são necessários os votos de 54 senadores, dois terços do total de 81.

Momento histórico”

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também participou da entrevista coletiva da oposição e disse que o Brasil vive “um momento histórico”.

“Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites”, disse o filho mais velho do ex-presidente Bolsonaro. “Estive com o meu pai ontem [quarta] é sempre muito duro ver uma pessoa honesta passando por isso tudo. Quando uma pessoa inocente passa por isso, precisa ser muito firme. Ele se mostrou muito forte, a gente sai fortalecido pela força dele”, completou Flávio.

Pressão pela anistia

Flávio Bolsonaro reafirmou ainda que houve um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que seja pautada a anistia aos acusados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. DoMetropóles 


TUNTUM: Povoado São Bento ganha arena esportiva com grama sintética

 


O povoado São Bento, localizado na região do sertão de Tuntum, a cerca de 100 quilômetros da sede, está ganhando uma moderna arena esportiva da gestão do prefeito Fernando Pessoa. Homens e máquinas, sob a coordenação da Secretaria de Infraestrutura Rural, já deram início aos serviços de terraplanagem da importante obra. 

Localizada no coração do povoado, a moderna arena esportiva vai oferecer uma estrutura adequada para a prática esportiva, passando também a ser um centro de incentivo ás atividades físicas. A obra, de acordo com seu planejamento, terá um campo de futebol society com grama sintética, sendo o primeiro do interior e de todo município com esse tipo de piso. Uma espaçosa área para caminhadas, uma academia ao ar livre e um playgraund. 

O projeto está sendo executado através da parceria entre Prefeitura e Governo do Estado, e a expectativa é que toda estrutura seja entregue à população até o final do ano. O secretário de Infraestrutura Urbana, Jaidran Fernandes Brito esteve no local supervisionando os trabalhos, momento em que destacou que a construção terá uma estrutura qualificada para oferecer o bom desempenho das atividades oferecidas.

"Toda estrutura a ser desenvolvida terá um ótimo padrão de qualidade para oferecer a população do povoado o melhor para o desempenho das atividades esportivas, quanto a isso não há dúvidas", destacou.

Presente e ansioso já para ver a conclusão dos trabalhos, estava o vereador Dorian do Tanoca, peça fundamental para a aquisição do projeto junto ao prefeito Fernando Pessoa. 

"Rapaz, todos nós aqui do povoado estamos ansiosos e na expectativa de ver de perto a conclusão de toda obra. Porque para nós é um fato muito importante e gratificante receber uma benefício desse nível. Só temos que agradecer o empenho do prefeito Fernando Pessoa para adquirir esse importante projeto para todos nós", disse o vereador.

Quando for inaugurada, a arena esportiva irá beneficiar também outras comunidades mais próximas, como Baixão Grande, Marajá e Brejo do João.

Deputado federal do Maranhão ganha 40 vezes mais que população local

 

Um deputado federal eleito pelo Maranhão recebe R$ 44 mil mensais — o mesmo valor pago a parlamentares de todos os outros estados. Mas, quando comparado à renda domiciliar per capita da população maranhense, de pouco mais de R$ 1 mil, o resultado é um Índice de Disparidade Salarial (IDS) de 40,9 — um dos mais altos do país. No Distrito Federal, por exemplo, o IDS dos deputados federais é de 12,8. Veja clicando Índice de Disparidade Salarial – Impressão – Final 2 (1)

O Congresso Nacional adota uma lógica salarial padronizada que ignora as desigualdades regionais profundas do Brasil. Um mesmo salário representa mundos diferentes em cada estado — e esse descolamento impacta diretamente a capacidade de representação e formulação de políticas públicas”, afirma Magno Karl, diretor executivo do Livres.

Desigualdade federativa disfarçada de isonomia

A remuneração de deputados federais, governadores, senadores e do presidente da República segue uma lógica uniforme, mas o custo de vida, a infraestrutura social e os indicadores econômicos dos estados brasileiros variam drasticamente. Na prática, isso significa que um deputado do Maranhão está inserido em um estado onde sua renda é mais de 40 vezes superior à da média da população que representa, enquanto em estados como São Paulo ou Paraná essa relação gira em torno de 16 a 18 vezes.

Essa assimetria contribui para o agravamento da crise de representatividade e aprofunda o sentimento de distanciamento entre a população e seus representantes. “A democracia representativa perde força quando quem legisla vive em uma bolha de privilégios, alheio à realidade econômica da população. A falta de modulação regional na definição de salários reforça o abismo institucional”, completa Karl.

Efeito bolha e cascateamento de privilégios

Conforme o diretor do Livres, um dos maiores problemas do modelo atual é o chamado “efeito bolha”, em que autoridades passam a se comparar apenas entre si — juízes com ministros, parlamentares com executivos públicos — e não com a população que representam ou servem. “É uma lógica de autorreferência que alimenta distorções. A mentalidade mostra como parte das elites do serviço público perdeu o contato com a realidade da maioria dos brasileiros”, critica Karl.

O raciocínio, além de reforçar o isolamento institucional, também provoca um cascateamento de salários em todas as esferas: o aumento de um teto federal gera pressões automáticas por reajustes em tribunais estaduais, assembleias legislativas e outros cargos de alto escalão.

”O problema se retroalimenta. Autoridades comparam seus vencimentos com os pares mais bem remunerados, e não com a sociedade. Isso perpetua desigualdades, distorce prioridades orçamentárias e descredibiliza as instituições perante os cidadãos.”

Para Karl, propostas que preveem indexação automática de salários públicos — vinculando reajustes a cargos do topo da estrutura — apenas institucionalizam essa lógica desigual. “É preciso romper com esse modelo, estabelecer critérios transparentes e considerar a realidade federativa do país. Caso contrário, seguiremos ampliando o abismo entre governantes e governados”.

O que é o IDS?

O Índice de Disparidade Salarial mede quantas vezes a remuneração de autoridades públicas supera a renda média da população que representam. O estudo cruzou dados da PNAD Contínua (IBGE 2023) com os salários brutos de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, governadores, juízes e ministros do STF.

A metodologia foi aplicada a todos os estados brasileiros e inclui também uma comparação com 17 países democráticos. O resultado revela que o Brasil está entre os países com maior disparidade salarial institucional do mundo.

Propostas do Livres para enfrentar a desigualdade institucional

Diante da disparidade federativa identificada, o estudo defende a criação de um teto salarial proporcional à renda local, especialmente para cargos eletivos e autoridades estaduais. O Livres propõe ainda:

  • Criação de conselhos independentes para definir remunerações públicas

  • Fim da indexação automática entre poderes e esferas

  • Adoção do IDS como indicador oficial de justiça institucional

“É possível ter um sistema de remuneração justo, eficiente e transparente. Mas, para isso, é preciso coragem política para enfrentar distorções históricas e proteger o interesse público”, conclui Karl.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Professor denuncia ameaças de morte após instalar outdoor contra Bolsonaro em São Luís

 

O professor Wesley Sousa registrou um boletim de ocorrência após receber ameaças de morte e mensagens homofóbicas em suas redes sociais. O caso ganhou repercussão após Wesley instalar um outdoor crítico ao ex-presidente Jair Bolsonaro no bairro Renascença, em São Luís, o que, segundo ele, desencadeou uma série de reações negativas e ofensivas.

Com histórico de participação em debates políticos e candidaturas anteriores, Wesley afirma as ameaças estão diretamente ligadas ao conteúdo do outdoor, onde o teor das mensagens aponta para uma motivação política. As ameaças teriam sido feitas por meio do Instagram, em publicações e mensagens privadas relacionadas a temas políticos.

Dois perfis foram identificados como autores das ameaças: “@fe4nandes_17” e “@bruninho_dinniz”. O primeiro enviou mensagens com conteúdo homofóbico e ameaçador, sugerindo já ter acesso à localização do professor. O segundo também proferiu ameaças diretas, insinuando violência iminente e zombando da iniciativa de registrar um boletim de ocorrência.

Com prints e links das mensagens e perfis envolvidos, Wesley formalizou um boletim de ocorrência em uma delegacia de São Luís, onde o caso deverá ser investigado. Folha do Maranhão 

Veja o vídeo

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Blogueira e marido presos com R$ 60 milhões em ouro

 


Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na rodovia BR-401, em Boa Vista (RR), após ser flagrado transportando mais de 100 barras de ouro avaliadas em aproximadamente R$ 60 milhões. Ele estava acompanhado da esposa, Suzy Alencar, influenciadora digital reconhecida em Rondônia, e do filho do casal, um bebê de nove meses. 

A prisão ocorreu durante uma fiscalização de rotina na rodovia, quando os policiais abordaram o carro conduzido por Bruno. Inicialmente, foi encontrada uma pequena quantidade de ouro, mas a busca minuciosa revelou um total de 103 quilos do metal precioso escondidos no veículo.

O valor do ouro apreendido foi calculado com base na cotação atual de aproximadamente R$ 582 por grama, totalizando cerca de 60 milhões de reais em barras metálicas.

Após a repercussão da prisão, Suzy Alencar excluiu sua conta no Instagram, onde acumulava cerca de 30 mil seguidores. Em outra rede social, contudo, a influenciadora mantém ativo um perfil com conteúdos sobre maternidade e moda, nos quais frequentemente aparece ao lado do marido.

O casal estava com o filho no carro no momento da abordagem, o que chamou atenção dos policiais e do público.

Investigação e defesa

O material apreendido foi levado para a sede da PRF em Roraima, onde seguirá sob custódia enquanto as investigações buscam identificar a origem, o destino e a legalidade da carga.

Em nota, a defesa de Bruno Mendes afirmou que ele é um trabalhador do setor mineral, com bons antecedentes e pai responsável por uma família em situação vulnerável. Segundo o advogado Smiller Rodrigues de Carvalho, a extração mineral não é ilegal por natureza, mas deve respeitar as leis ambientais e tributárias.

“O problema jurídico ocorre quando a atividade é realizada sem as devidas autorizações e regularizações. O garimpo, em si, é uma prática histórica e socialmente presente no Brasil”, explicou o advogado.

A defesa também ressaltou que confia no esclarecimento dos fatos e rejeita a criminalização de pessoas que atuam em setores economicamente marginalizados, sem envolvimento com organizações criminosas.


Precatórios dos professores do Maranhão; Saiba quando deverão ser pagos


Professores da rede estadual de ensino do Maranhão seguem na expectativa pelo pagamento da segunda parcela dos precatórios do Fundef, um direito da categoria. O valor já foi repassado pelo governo federal, totalizando R$ 1.405.768.861,63 (um bilhão, quatrocentos e cinco milhões, setecentos e sessenta e oito mil, oitocentos e sessenta e um reais e sessenta e três centavos), e aguarda agora a liberação por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) para que possa ser depositado na conta do governo estadual, via Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Foto: ReproduçãoPrecatórios dos professores do Maranhão; Saiba quando deverão ser pagos
Precatórios dos professores do Maranhão; Saiba quando deverão ser pagos

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) já protocolou petição junto ao STF solicitando a liberação dos recursos. A medida visa acelerar o processo para que os valores possam chegar às mãos dos educadores o quanto antes.

Do montante total, 60% — o equivalente a R$ 843.461.317,97 (oitocentos e quarenta e três milhões, quatrocentos e sessenta e um mil, trezentos e dezessete reais e noventa e sete centavos)  — são destinados diretamente aos profissionais da educação da rede estadual. Os 40% restantes, R$ 562.307.544,70 (quinhentos e sessenta e dois milhões, trezentos e sete mil, quinhentos e quarenta e quatro reais e setenta centavos), devem ser aplicados em investimentos na própria estrutura da educação pública maranhense, conforme determina a legislação.

Ainda não há uma data oficial para o pagamento, mas com os recursos já disponíveis na conta judicial e a solicitação formal do sindicato em tramitação, a expectativa é de que o repasse ocorra nas próximas semanas e o pagamento seja efetuado até o dia 16 deste mês. ConectaPiauí

Bolsonaro organizou bolão da Mega-Sena minutos antes da prisão domiciliar. Saiba onde ex-presidente estava

 

A abordagem da Polícia Federal para comunicar a prisão domiciliar e a apreensão do telefone do ex-presidente Jair Bolsonaro ocorreu no momento em que ele entrava na garagem de sua casa em Brasília, no fim da tarde desta segunda-feira, 4.

Durante o dia, Bolsonaro deu expediente na sede do PL, na área central de Brasília. No fim da tarde, deixou o local para retornar à sua residência, em um condomínio no bairro do Jardim Botânico, na capital federal.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi proferida durante a tarde. Como Bolsonaro estava submetido ao uso de tornozeleira eletrônica com recolhimento domiciliar noturno, a equipe da PF preferiu se deslocar até o condomínio para fazer a abordagem no local.

Quando o veículo de Bolsonaro entrava na garagem, os agentes da PF o abordaram e comunicaram a prisão domiciliar. Além disso, avisaram ao ex-presidente que iriam apreender seu telefone celular. Sem oferecer resistência, Bolsonaro saiu do veículo e entregou seu aparelho de telefone aos investigadores ainda na rua, em frente à garagem.

Com a ação cumprida, a equipe da PF não precisou entrar na residência do ex-presidente para efetivar os mandados.

Bolão da Mega-Sena

Pouco antes de ter a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro (PL) passou a tarde na sede do PL em Brasília. No local, reuniu-se com aliados, organizou um bolão da Mega-Sena com assessores do partido e acompanhou, pela televisão, a repercussão das manifestações do último domingo, que levaram milhares de apoiadores às ruas.

O Estadão conversou com o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP), que esteve com o ex-presidente minutos antes da decisão de Moraes. Segundo o parlamentar, Bolsonaro estava mais sério do que o habitual, mas ainda de bom humor, e não demonstrou sinais de que esperava ser preso. Pelo contrário: estava preocupado em chegar em casa antes das 19h, horário em que começava o recolhimento determinado pelo STF.

“Ele estava mais concentrado, mais sério um pouco, mas de bom humor, fazendo brincadeiras. Estava soluçando muito, muito mesmo”, relatou Bove, que é um dos parlamentares paulistas mais próximos do ex-presidente.

O deputado contou que, ao longo da tarde, Bolsonaro organizou um bolão da Mega-Sena com assessores do PL enquanto acompanhava pela televisão a repercussão das manifestações do último domingo. Durante a conversa, o ex-presidente comemorou o resultado dos atos, marcados por críticas a Alexandre de Moraes e pedidos de anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

“Ele disse que as manifestações mostraram que nós estamos do lado certo da história e que o povo está conosco”, relatou Bove. Apesar do tom confiante, Bolsonaro não deu instruções sobre os próximos passos do grupo, afirmando apenas que era necessário “esperar dia após dia”.

Por volta das 17h, o ex-presidente deixou a sede do PL às pressas, conta o deputado. Pegou o elevador, desceu para a garagem e partiu rapidamente, preocupado em não se atrasar para o recolhimento noturno imposto pelo STF.

“Ele falou que não podia vacilar, que precisava sair antes para fazer um caminho diferente e não passar perto de embaixadas”, relatou o deputado.

Minutos depois, veio a decisão de Moraes decretando a prisão domiciliar. Quando Bolsonaro chegava em casa, foi abordado por policiais federais ainda na garagem. Eles comunicaram a decisão e apreenderam o celular antes que o ex-presidente entrasse na residência.

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Alexandre de Morais decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro após constatar o descumprimento de medidas cautelares anteriormente impostas. A decisão foi motivada pela participação de Bolsonaro, por telefone, em uma manifestação de apoiadores realizada no último domingo (3), no Rio de Janeiro.

Bolsonaro já estava submetido a diversas restrições judiciais, incluindo a proibição de sair do país, o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno das 19h às 6h e durante os fins de semana. Além disso, o ex-presidente estava impedido de se aproximar de sedes diplomáticas, de manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras e de se comunicar com outros réus ou investigados.

Uma das condições centrais das medidas cautelares era a proibição do uso de redes sociais, direta ou indiretamente. Moraes havia determinado que Bolsonaro não poderia realizar transmissões, publicar áudios, vídeos ou entrevistas em plataformas digitais, nem tentar contornar as restrições por meio de terceiros. Segundo o ministro, a participação de Bolsonaro na manifestação configura uma violação reiterada dessas regras.

Na decisão, Moraes destacou que a Justiça “não permitirá que um réu faça de tola” e reforçou que a lei deve ser aplicada igualmente a todos, independentemente de posição política ou econômica. “O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares — pela segunda vez — deve sofrer as consequências”, afirmou.

Com a nova determinação, Bolsonaro ficará em prisão domiciliar, sob monitoramento eletrônico, e permanece proibido de se manifestar publicamente ou de utilizar qualquer meio digital. O caso segue em análise no STF, e a defesa do ex-presidente ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão.

Deputado do Maranhão é alvo de operação da PF

 


A manhã desta segunda-feira (4) foi marcada por um novo desdobramento da Justiça Eleitoral. A Polícia Federal deflagrou a Operação Eclesiastes 5, que apura um esquema de compra de votos nas eleições municipais de 2024 em Imperatriz.

Entre os principais alvos da investigação está o deputado federal Josivaldo dos Santos Melo, conhecido como Josivaldo JP, que concorreu à prefeitura da cidade no último pleito, mas não foi eleito.

Além do parlamentar, também foram alvos da operação o empresário Washington do Posto Alvorada e uma coordenadora da campanha eleitoral de JP. Eles são suspeitos de envolvimento em um esquema de distribuição de combustível em troca de votos durante o período eleitoral.

No total, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, com a participação de cerca de 50 policiais federais. A Justiça também determinou o bloqueio e o sequestro de bens avaliados em aproximadamente R$ 700 mil, para evitar o uso ou a ocultação de valores que possam ter origem ilícita.

De acordo com as investigações, eleitores teriam sido beneficiados com combustível gratuito em troca de apoio político, prática que caracteriza abuso de poder econômico e pode resultar em sanções criminais e eleitorais, incluindo a declaração de inelegibilidade.

A operação recebeu o nome de “Eclesiastes 5” em referência ao versículo bíblico que condena a corrupção e a ganância por riquezas, simbolizando uma crítica ao uso indevido de recursos financeiros no processo democrático.



Senador Marcos do Val vai usar tornozeleira eletrônica por determinação de Alexandre de Morais

 


A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira uma operação para cumprir medidas cautelares contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as medidas impostas está o uso de tornozeleira eletrônica, que deverá ser utilizada pelo parlamentar a partir de agora.


A ação ocorreu no Aeroporto Internacional de Brasília, logo após o desembarque de Marcos do Val de um voo vindo dos Estados Unidos, onde passou os últimos dez dias. A permanência do senador no exterior gerou polêmica, já que ele estava proibido de sair do país e tinha a obrigação de entregar seu passaporte à Justiça — o que não foi cumprido.

Durante sua estadia nos EUA, Marcos do Val divulgou um vídeo afirmando que não estava fugindo, mas sim viajando para aproveitar momentos com a filha em Orlando. “Não estou aqui fugindo, estou curtindo e dando atenção à minha filha no parque Universal Orlando. Alexandre de Moraes recebeu com 15 dias de antecedência informações de onde eu estaria, qual era o meu voo, o hotel que eu estou e até os ingressos que eu comprei”, declarou o senador.

As medidas determinadas por Moraes fazem parte de um processo que investiga a atuação de Marcos do Val em supostas tentativas de obstrução de investigações e outras condutas ligadas aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O parlamentar já foi ouvido anteriormente pela Polícia Federal e tem feito reiteradas críticas ao STF e ao ministro Moraes.

A defesa do senador ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova fase da operação. A tornozeleira eletrônica foi instalada no próprio aeroporto, e Do Val seguirá monitorado enquanto a investigação prossegue.

domingo, 3 de agosto de 2025

Veja como votaram os senadores do Maranhão sobre o impeachment de Alexandre de Moraes.

 

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) compartilhou o “placar atualizado” de votos no Senado favoráveis e contrários ao pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, alvo de sanções do governo dos Estados Unidos.

sábado, 2 de agosto de 2025

Advogado acusado de comprar sentenças no TJ do Maranhão atirou celular do 10º andar quando PF chegou

 

O Estadão – O advogado Carlos José Luna dos Santos Pinheiro, acusado de ligação com organização criminosa formada por quatro desembargadores e dois juízes de primeira instância do Tribunal de Justiça do Maranhão, tentou destruir provas sobre compra de sentenças na Corte. Segundo a Operação 18 Minutos, que investiga o esquema, acuado pela chegada da Polícia Federal, Luna arremessou seu celular pela janela do apartamento no 10.º andar do prédio onde reside em São Luís.

O Estadão busca contato com Carlos Luna e outros advogados sob suspeita. O espaço está aberto. A reportagem pediu manifestação do Tribunal de Justiça do Maranhão, que não respondeu.

A Operação 18 Minutos foi deflagrada no dia 14 de agosto do ano passado, por ordem do ministro José Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça. Agentes federais fizeram prisões e buscas nos endereços de investigados, entre eles Carlos Luna e os magistrados.

Na denúncia de 313 páginas enviada ao Superior Tribunal de Justiça, a Procuradoria-Geral da República destacou a conduta de Luna e de um outro advogado, Edilázio Gomes da Silva Júnior, ex-deputado federal e genro da desembargadora Nelma Sarney – cunhada do ex-presidente José Sarney -, apontada como ‘líder da organização criminosa’. Edilázio também tentou destruir provas da memória de seu celular, segundo a PF.

A Procuradoria atribui a Luna os crimes de corrupção ativa em pelo nove casos que estavam em curso no TJ do Maranhão e 413 atos de lavagem de dinheiro, além de embaraço à investigação.

Segundo relato dos investigadores, no dia em que chegaram ao prédio de Luna, na deflagração ostensiva da operação, o advogado atirou seu celular pela janela do 10.º andar, ‘no momento em que a equipe policial entrou no apartamento’.

O aparelho foi recolhido pelo porteiro do condomínio, Marcone Heleno Rocha dos Reis, que ‘imediatamente’ o entregou aos policiais que faziam a busca.

A perícia criminal da Polícia Federal constatou o dano e atestou, dois dias depois, que ‘o aparelho celular encontrava-se bastante danificado’ e que, até ali, não havia sido possível realizar a extração dos dados eventualmente armazenados’.

“É importante destacar que a presença da força policial não constrangeu Carlos Luna a agir para destruir provas, de modo consciente e voluntário”, anotou a PF.

Mas a estratégia do advogado não foi bem sucedida. Os peritos do Setor Técnico-Científico do Instituto de Criminalística conseguiram recuperar o aparelho e dele extrair e acessar ‘evidências digitais’.

O mesmo procedimento para aniquilar provas foi adotado por Edilázio, afirma a PF. Ele é apontado como importante elo do ‘núcleo causídico’ com o ‘núcleo jurídico’ da trama para venda de sentenças – o valor atualizado amealhado pela organização criminosa, apenas com a execução dos crimes denunciados, perfaz R$ 54,7 milhões, segundo a PGR, o que ‘demonstra a gravidade concreta das condutas praticadas, a periculosidade dos agentes e a sofisticação da organização criminosa’.

O genro de Nelma Sarney estava em Brasília no dia em que estourou a operação. Ele retornou a São Luís em vôo das 8h55. Quando desembarcou, os agentes o aguardavam munidos de ordem de busca pessoal emitida pelo ministro João Otávio de Noronha.

O celular do ex-deputado foi apreendido, mas os peritos federais logo perceberam que Edilázio restaurou o aparelho para as configurações de fábrica, eliminando todos os arquivos.

A restauração ocorreu às 08h20 daquele mesmo dia, duas horas e vinte minutos após o início das buscas domiciliares realizadas pela Operação 18 Minutos. A restauração elimina todos os arquivos, inclusive conversas, documentos, imagens, e-mails.

Ele chegou a São Luís às 11h09 – a fase ostensiva da operação havia sido deflagrada às 6hs. Os investigadores suspeitam que Edilázio foi avisado, ainda quando estava em Brasília naquela manhã, sobre as manobras da PF, inclusive em seus próprios endereços comercial e residencial.

Os federais foram aguardar Edilázio acompanhados de um representante da OAB, Frederico Dualibe Lima. O ex-deputado foi abordado na área de recepção de bagagens e desembarque por dois agentes à paisana. Ali estava também um advogado do próprio Edilázio.

“Não pairam dúvidas de que Edilázio Júnior estava ciente de que era alvo da operação, de modo que atuou para impedir o acesso da Polícia Federal a dados de interesse à investigação que estavam armazenados no aparelho de telefone celular, destruindo evidências digitais”, diz a PF. “Portanto, ao restaurar a configuração do aparelho de telefone celular após ter ciência da Operação 18 Minutos, ele agiu deliberadamente para embaraçar investigação que envolve organização criminosa.”

A Procuradoria imputa a Edilázio corrupção passiva por duas vezes, 80 atos de lavagem de dinheiro, organização criminosa e embaraço de investigação.

Carlos Luna e Edilázio são apontados como personagens importantes no esquema montado no TJ do Maranhão – além de Nelma Sarney, são acusados os desembargadores Luiz Gonzaga Almeida Filho, Antônio Pacheco Guerreiro Júnior, Marcelino Everton Chaves (aposentado) e os juízes de primeira instância, Alice de Souza Rocha e Cristiano Simas de Souza.

O grupo dos causídicos encontrou acesso fácil ao Tribunal via a desembargadora Nelma. Segundo a investigação, Luna e outros dois advogados, José Helias Sekeff e Frederico Campos, eram, na época, advogados pessoais de Edilázio e de sua mulher, Alina Sarney, filha da desembargadora. Edilázio seria ‘sócio oculto’ do Maranhão Advogados.

Segundo a PF, a análise do celular de Nelma, apreendido na Operação 18 minutos, ‘evidencia que a desembargadora e Edilázio atuam juntos, de forma sistemática, para negociar decisões judiciais’. Entre as sentenças rastreadas pelos federais estão duas que resultaram em saques milionários contra o Banco do Nordeste, um deles no montante de R$ 14,1 milhões em favor do advogado Francisco Xavier que atuou na instituição financeira e entrou com ação requerendo R$ 12 milhões a título de honorários.

Os investigadores colaram nos autos do inquérito mensagens entre a desembargadora e o genro. Um diálogo resgatado indica que o ex-deputado sugeriu, em um processo movido contra o Banco do Nordeste, ‘a redação do dispositivo de decisão a ser tomada por Nelma Sarney’ – ‘conceder o efeito suspensivo em parte, tão somente pra impedir qualquer levantamento até o julgamento do presente agravo de instrumento’.

A desembargadora, em seguida, encaminhou o mesmo texto para sua assessora, Carolina Arósio Jorge, incluir na minuta da decisão. “Ao final, a decisão foi expedida da forma como sugerida por Edilázio Júnior”, afirma a PF.

No celular de Zely Brown, assessora e chefe de gabinete de Nelma, os investigadores também constataram ‘evidente e recorrente ajuste de decisões entre a desembargadora e Edilázio’.

Zely Brown, em uma ocasião, mencionou expressamente que recebeu um pedido de Edilázio para que Nelma concedesse efeito suspensivo em um recurso de apelação.

A Operação 18 Minutos ganhou esse nome porque este era o tempo que a organização levava para sacar o dinheiro obtido por meio da compra e venda de sentenças.

A PF sustenta que ‘a articulação’ da organização criminosa e os vínculos entre os membros dos núcleos judicial, causídico e operacional são evidenciados também pelo fato de que o advogado José Helias Sekeff e o filho do desembargador Marcelino Chaves – Marcelo Eduardo Costa Everton – foram assessores de Edilázio no gabinete dele na Câmara dos Deputados.

As mensagens recuperadas nos celulares de outros denunciados também demonstram que Edilázio ‘atuou em concurso com a desembargadora Nelma Sarney na execução do crime de corrupção passiva’.

Em um diálogo, Eliana Ramos, filha de Francisco Xavier, ‘menciona claramente’ a Fernando Ramos, filho do advogado, que o caminho para negociar com a desembargadora ‘é através de Edilázio’.

Na oportunidade, a mulher de Xavier relatou que os advogados Felipe Ramos e Carlos Luna ‘entraram em contato com Edilázio para, assim, negociar com Nelma Sarney sobre outro processo contra o Banco do Nordeste’.

“Agora deixa eu te falar uma coisa, eu tinha falado pro Felipe esse juiz não ia despachar esse processo, que era pra ele procurar entrar por outro lado, aí quando foi ontem ele viu que isso não ia acontecer porque ele não despachou e o Felipe pegou e junto com o Carlos foram falar com Evilázio para falar com a doutora, com a desembargadora Nelma, entendeu?”, escreveu a mulher de Xavier.

Ela seguiu. “Aí eu não sei o que foi que deu por que ele passou lá em casa lá no apartamento e só fez dizer isso, eu disse ‘te avisei que tu não perdesse tempo que ele não ia despachar esse processo’, te falei não sei quantas vezes, mas tu não acreditou, e já vai sair é o outro…O outro é que já tá mais perto de sair do que esse daí, porque esse documento daí ele tá prendendo e o outro já tá mais solto do que antes, entendeu? Ele foi falar com Bogéa, pro Bogéa pegar e botar em pauta de reunião de coisa pra ser julgado, aí esse daí também, esse é melhor esse é TRÊS MILHÕES, entendeu? Pois é tá nesse pé aí.” (O Estadão)

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

MARANHÃO: Influenciadora teria planejado mortes de delegado, deputado e jornalistas, diz Polícia Civil.

 

A influenciadora Tainá Sousa, presa nesta sexta-feira (1º) pela Polícia Civil do Maranhão, planejava assassinar autoridades e comunicadores que atuam contra jogos de azar, segundo revelou a “Operação Dinheiro Sujo”. A informação consta da lista encontrada no celular da investigada, que detalha os nomes dos alvos supostamente marcados para morrer.

De acordo com a SEIC, estavam na mira da criminosa o delegado Pedro Adão, responsável por ações repressivas contra plataformas como o “Jogo do Tigrinho”; o deputado estadual Yglésio Moyses, autor da lei que proíbe a divulgação desse tipo de jogo no Maranhão; o jornalista Domingos Costa, que publicou denúncias envolvendo a influenciadora; e o responsável pelo página Agenda Maranhão, Matheus Moraes, crítico frequente da influenciadora.

A Polícia Civil afirmou que a motivação principal por trás das ameaças seria a atuação incisiva das vítimas contra o esquema de apostas ilegais liderado por Tainá Sousa.

Marrapa

Moraes diz que vai ignorar sanções e promete cumprir seu papel constitucional

 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira (1º) que continuará cumprindo seu papel constitucional, mesmo após ter sido incluído na lista de sanções do governo dos Estados Unidos.

Durante a cerimônia de reabertura do semestre judiciário, ele reagiu com firmeza às críticas e pressões externas, afirmando que o STF não irá se “vergar a ameaças covardes e infrutíferas”.

“Este relator vai ignorar as sanções aplicadas e vai continuar trabalhando, sempre de forma colegiada”, declarou Moraes, fazendo referência direta às punições aplicadas contra ele por meio da Lei Magnitsky, dos EUA — norma criada para punir indivíduos acusados de corrupção ou violação de direitos humanos.

Segundo Moraes, o Supremo seguirá firme em sua missão institucional, especialmente na conclusão dos julgamentos relacionados aos quatro núcleos das ações penais que tratam da tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro de 2023.

O ministro criticou duramente o que classificou como tentativas de intimidação e chantagem institucional por parte de brasileiros que, segundo ele, agem em favor de interesses estrangeiros.

“Acham que estão falando com milicianos, mas estão falando com ministros da Suprema Corte brasileira”, disparou.

ATAQUES À INSTITUCIONALIDADE

Moraes apontou que há tentativas “patéticas” de descredibilizar o Supremo, por meio de ameaças aos presidentes das Casas Legislativas e pressões para anistiar envolvidos em atos antidemocráticos.

Também citou articulações que tentam forçar o Senado a abrir processos de impeachment contra ministros da Corte, sem que haja base legal para isso.

“As ameaças aos presidentes das casas congressuais são feitas sem o menor respeito institucional, numa explícita chantagem para tentar obter uma inconstitucional anistia, ou pressionar por um processo de impeachment contra ministros, baseado apenas na discordância com nossas decisões judiciais”, afirmou.

DEFESA DA SOBERANIA NACIONAL

Ao reforçar que o STF, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal não cederão a pressões externas, Moraes defendeu a soberania das instituições brasileiras.

“A soberania nacional não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada ou extorquida”, declarou.

O ministro também acusou setores políticos de incentivarem crises econômicas e sociais como forma de enfraquecer o sistema democrático.

“O modus operandi é o mesmo: incentivar taxações contra o Brasil, provocar instabilidade econômica, gerar crise social e política, e criar o ambiente para novos ataques golpistas”, alertou.

SANÇÕES DOS EUA

Moraes foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos nesta semana, tornando-se o primeiro magistrado de uma Suprema Corte do mundo a sofrer esse tipo de medida.

As sanções incluem bloqueio de bens, restrições financeiras e proibição de entrada em território norte-americano.

O governo dos EUA justificou as sanções por “violações de direitos humanos”, mas analistas e autoridades brasileiras apontam motivações políticas por trás da decisão.

A resposta do governo brasileiro foi imediata: o presidente Lula divulgou nota de repúdio à decisão americana e se reuniu com ministros do STF para definir estratégias de reação.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e outras autoridades como o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco e o chanceler Mauro Vieira também manifestaram apoio público a Alexandre de Moraes.