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segunda-feira, 3 de junho de 2024

Os “tentáculos” de Juscelino na Codevasf

Relatório da PF aponta que o ministro das Comunicações tem pessoas na estatal para “gerir e desviar recursos”

Os “tentáculos” de Juscelino na Codevasf

Relatório da Polícia Federal aponta que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), possui “tentáculos” dentro da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para “gerir e desviar recursos”, registrou a Folha de S.Paulo

Segundo o jornal, um exemplo é o gerente afastado Julimar Alves da Silva Filho, que deixou a estatal após ser alvo da operação Odoacro sob suspeita de receber propina para atuar em contratos custeados com as emendas parlamentares de Juscelino, na época em que ele atuava como deputado.

“Para conseguir gerir e desviar os recursos, Juscelino Filho e ‘Eduardo DP’ possuem tentáculos dentro da Codevasf, como o fiscal afastado na segunda fase da operação Odoacro, Julimar Alves da Silva Filho”, diz a PF no documento.

As suspeitas da PF sobre o gerente da Codevasf. 

Julimar e sua esposa foram destinatários de cerca de 250 mil reais de contas ligadas ao grupo empresarial de Eduardo DP, de acordo com quebras de sigilo acessadas pela PF.

Na ocasião, ele atuava na fiscalização de obras de pavimentação asfáltica.

O gerente afastado da Codevasf atuou em pelo menos duas obras realizadas pela Codevasf na cidade de Vitorino Freire, no Maranhão, município comandado pela prefeita Luanna Rezende, irmã de Juscelino.

Em uma delas, a PF investiga a atuação de Julimar na obra, de 7,5 milhões de reais, para pavimentação de uma estrada que passa por propriedades da família do ministro de Lula.

A Polícia Federal diz que ele emitiu parecer favorável à aprovação do projeto com “justificativa simplista e sem qualquer aprofundamento de ordem técnica ou de interesse público”

Restou comprovado a atuação criminosa de Julimar Silva, fiscal da Codevasf, na medida em que liberou recursos na ordem de 1.501.640,00 reais (correspondente a 20,49% da execução física), mas somente havia sido executado 9,32%, que equivale a 696.946,68 reais em termos financeiros”, acrescenta.

O Ministério das Comunicações disse, em nota, que Juscelino Filho “não conhece, nem tinha contato com servidor, nem as suspeitas de envolvimento de Julimar com irregularidades, tampouco de quem ele tem relacionamento [com irregularidades]”.

“No cargo de deputado federal, Juscelino apenas indicou emendas parlamentares para custear a realização de obras. A licitação, realização e fiscalização delas são de responsabilidade do Poder Executivo”, completou. 

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