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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Para manter a aliança com “dinistas”, Carlos Brandão já admite ser candidato ao Senado

 


O governador Carlos Brandão (PSB), ciente de que não teria forças suficiente para enfrentar o grupo que se articula em torno do ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, na sucessão de 2026, permanecendo até o último dia de seu governo para apoiar um nome de sua confiança, no caso Orleans Brandão (MDB), já admite aos mais próximos rever posição, entregar o comando do estado para vice-governador Felipe Camarão (PT) disputar a reeleição e compor a chapa como candidato ao Senado, conforme acordo que teria feito na montagem da chapa que disputou e venceu no primeiro turno da eleição de 2022.

Segundo uma fonte do Blog, Brandão estaria se reposicionando, já disse que vai entregar o comando do estado para Camarão, concorrer a uma das duas cadeiras que estarão em disputa para o Senado e que Orleans Brandão deverá tentar uma vaga de deputado federal, conforme projeto original. “Bombeiros” estariam trabalhando pela reunificação do bloco, apesar da resistência de setores dos dois lado. A senadora Eliziane Gama (PSD), por exemplo, durante confraternização com a imprensa em dezembro, disse que recebeu do presidente Lula e missão de trabalhar pela reunificação e esbanjou otimismo neste sentido.

Brandão, provavelmente, sentiu o peso de um rompimento definitivo, do tamanho da encrenca que se meteu ao se afastar do dinismo, de lotear cargos públicos com parentes, beneficiar adversários e tratar parlamentares do bloco que lhe ajudou chegar ao poder, em especial os mais à esquerda, como adversários, o que gerou discursos inflamados no plenário da Assembleia Legislativa dos deputados mais ligados a Dino, com destaque para Othelino Neto (Solidariedade), Carlos Lula (PSB), Rodrigo Lago (PCdoB) e Júlio Mendonça (PCdoB), o que expôs o racha que ameaça implodir a aliança, e jogou a toalha.

Diante do novo posicionamento do chefe do poder executivo, segundo a mesma fonte do Blog, Flávio de Dino já estaria admitindo conversar com Brandão para realinhar o projeto que visa manter o grupo no poder, com Camarão candidato a governador, Brandão senador, tendo como companheiro de chapa, provavelmente, a senadora Eliziane Gama, que tentará a reeleição, sendo considerada hoje a principal agente da reconciliação do grupo que apoia o presidente Lula, mesmo tendo que enfrentar a barreira provocada pela quebra de confiança que provocou a crise interna e o consequente racha.

Na avaliação de um experiente político, conhecedor profundo do xadrez político do Maranhão, é provável que os dois lados baixem a guarda, caso contrário será um jogo de perde/perde e abrirá espaços para surgimento de novas alianças com potencial para interromper o ciclo de dominação do grupo que surgiu em 2014 com Flávio Dino no comando e que interrompeu quase cinco décadas de dominação do grupo Sarney no Maranhão, feito que chamou a atenção do país e projetou nacionalmente o hoje ministro do STF.

Não será uma tarefa fácil remendar os cacos com tanta insatisfação, mas como em política tudo é possível, até boi voar, é preciso esperar os próximos passos, pois até agora o governador tem se mantido em silêncio e não fez nenhuma declaração pública de apoio a Felipe Camarão, apenas teria comentado com aliados seu desejo de concorrer ao Senado, sem correr risco de deixar o comando do estado somente ao término do mandato e sofrer as mesmas consequências dos ex-governadores Luiz Rocha e José Reinaldo Tavares. O primeiro foi relegado ao ostracismo, enquanto o segundo acabou preso. PorJorgeVieira

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