BRASÍLIA (DF) — A Polícia Federal apreendeu uma agenda com os nomes dos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), entre os alvos de um grupo extremista identificado como Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos (C4). O material foi localizado durante a 7ª fase da Operação Sisamnes, deflagrada nesta quarta-feira (28).
De acordo com a PF, o grupo é composto por militares da ativa e da reserva, além de civis, e operava com alto nível de organização. A quadrilha utilizava equipamentos de espionagem de última geração — como drones — e táticas de infiltração social, incluindo o uso de prostitutas para se aproximar de alvos.
Entre os nomes citados na agenda também está o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que deixou o cargo em fevereiro de 2025. Os investigadores afirmam que o grupo mantinha uma tabela de preços para os “serviços”: R$ 250 mil para monitoramento de ministros do STF, R$ 150 mil para senadores e R$ 100 mil para deputados federais.
Ainda não se sabe em qual faixa de valor os ministros Zanin e Moraes foram listados. A PF destacou que as investigações seguem em sigilo.
A operação, autorizada por decisão do ministro Cristiano Zanin, resultou no cumprimento de:
5 mandados de prisão preventiva;
4 ordens de monitoramento eletrônico;
6 mandados de busca e apreensão, nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.
Também foram impostas medidas como recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato entre os investigados e retenção de passaportes.
A Polícia Federal continua apurando o alcance da organização criminosa e seus possíveis financiadores.
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