quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Filho de tuntuense está isolado na Líbia esperando resgate

Do Jornal  OEstado do Maranhão

A família do maranhense Emil Carvalho, 29 anos, vive dias de tensão pela saída dele da Líbia. O engenheiro civil, que trabalha há um ano e meio na construtora Queiroz Galvão no país, está isolado em Bengahazi, epicentro das manifestações de opositores ao líder do governo Muammar Kadhafi. O último contato com os pais ocorreu no sábado. Com a internet e a comunicação telefônica interrompidas, os parentes aguardam notícias e esperam pelo resgate. O brasileiro estava de viagem marcada para o Brasil, no dia 3 de março.
O tuntuense Raimundo Messias com a foto do filho
Segundo o pai de Emil Carvalho, Raimundo Messias Gomes Carvalho, 62 anos, a comunicação com a família está cada vez mais difícil, já que a internet está sem sinal e o celular não funciona regularmente. O último contato de Emil com o pai foi no sábado ( 19), pela rede mundial de computadores. O relógio marcava 2h30 na Líbia e eles conversavam quando o sinal foi interrompido.
“A internet falhou o dia todo, até ser totalmente cortada. Já sabíamos que isso poderia acontecer a qualquer momento”, explicou Messias Carvalho. Bastante emocionada, a família relata que o último contato direto foi feito na manhã de ontem, quando a noiva do rapaz conseguiu contatá-lo por telefone.
De acordo com o pai, o filho aguardava resgate em uma casa junto a dezenas de funcionários da Queiroz Galvão. Outro grupo de funcionários, vários deles com esposa e filhos, está alojado em outro imóvel. Até a tarde de ontem, eles ainda não haviam conseguido autorização para sair da Líbia.
Carros - Emil Carvalho contou para a família que quatro carros da Queiroz Galvão já foram queimados por manifestantes nas ruas de Benghazi. A Assessoria de Comunicação da empresa não confirmou esse episódio. O maranhense também disse para os parentes que a ansiedade é grande. Todos os funcionários estão com as malas preparadas para ir embora. Eles não podem sair às ruas. A preocupação é que os brasileiros tornem-se alvo tanto da repressão do governo da Líbia quanto dos manifestantes oposicionistas – os estrangeiros costumam ganhar bons salários e ter um padrão financeiro superior a grande parte da população local, o que pode motivar revolta.
No domingo (20), a aeronave em que os brasileiros deixariam o país não decolou. O avião foi fretado pela Queiroz Galvão, mas não foi conseguida autorização para retirar o grupo do país.
Emil Carvalho informou para a família que a estratégia da empresa é levar os funcionários a um país europeu próximo, provavelmente Portugal, devido à proximidade e à facilidade de entrada no país pelo fato dos funcionários serem, em sua maioria, brasileiros. “A saída estava marcada para domingo, mas, como não houve contato, entendemos que o avião não havia partido”, relatou Messias Carvalho.
Viagem marcada – A tensão dos brasileiros começou com os protestos na Tunísia e no Egito. Mas a esperança da família Carvalho era que Emil Carvalho deixasse a Líbia antes que os protestos começassem. O regresso do engenheiro civil para o Brasil estava marcado para o dia 3 de março.
Em casa, a mãe de Emil, Jeorgina Simone Carvalho, 47 anos, e as irmãs, Emila Carvalho, 25 anos, e Emilena Carvalho, 28 anos, mantêm duas televisões ligadas, cada uma sintonizada em um canal diferente, à espera de notícias divulgadas pela imprensa. No Facebook, amigos e colegas prestam apoio.
O setor de serviço social da Queiroz Galvão tem mantido contato constante com a família de Emil Carvalho. O pai informou que a orientação da Embaixada Brasileira é que, até o regresso, os brasileiros não relatem, nem à família nem à imprensa, o caos vivido pelos libaneses, por receio de haver perseguição ou impedimento à saída dos estrangeiros.
“O tempo todo ele evitou falar sobre a situação, por medida de segurança, e também para não preocupar a mãe. Ele dizia que os telefones e a internet estavam sendo vigiados”, disse o pai.
Por meio de nota, a Queiroz Galvão informou que está prestando toda a assistência aos funcionários da empresa e seus familiares na Líbia e tomando todas as medidas necessárias para que estes possam ser transferidos em segurança. A empresa afirmou que todos os funcionários estão bem e seus familiares no Brasil têm sido atualizados sobre a situação. A Queiroz Galvão explicou que continua em contato constante com o Itamaraty, com a Embaixada do Brasil em Trípoli e com as autoridades locais para resolver a situação.

OBS: O pai do engenheiro Emil Carvalho é irmão da técnica em enfermagem Marize, funcionária do Centro Ambulatorial Frei Dionízio Guerra, filha de Mestre Riba (já falecido).

6 comentários:

  1. Ótima Postagem, Forte Abraço e vamos torcer para que ocorra tudo bem!

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  2. o povo deveria fazer isso era aqui em tuntum! da mesma forma que ocorre com o ditador da líbia, assim, vamos destituir o ditador chico cunha!

    márcia

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  3. Terezinha Teixeira Carvalho23 de fevereiro de 2011 às 21:43

    Moramos em Itinga do Maranhão e estamos torcendo pela vinda do engenheiro civil Emil Carvalho, pois também estamos preocupados e sensibilizados com a situação dele, porque somos tios dele.
    RUBERVAL e TEREZINHA.

    Parabéns pelo BLOG.

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  4. Parabéns pela postagem. Assim consigo ter mais informações sobre o meu primo. Moro em São Paulo, mas sempre que posso estou tentando saber notícias de todos. Também estou torcendo daqui.
    Abraços

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  5. tuntum torce para que tudo ocorra bem com esse jovem. gostaria muito que o povo de tuntum tivesse a coragem de fazer a mesma cois que o povo da libia está fazendo. não com armas mais uma revolção parcifica , indo para as ruas para derrubar esse ditador de tuntum. pena que nosso povo sofre , reclama mais andam de cabeiça baicha.POBRE POVO... ELES TEM O QUE MERECE.

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  6. paulodetuntum@ig.com.br1 de março de 2011 às 13:09

    Olá, Meu nome e Paulo, moro em São Paulo mas sou de Tuntum..... Como esse mundo e pequeno, nunca imaginei que pudece ter um conterranio meu vivendo aquela situação.VAMOS TORCER JUNTOS POR UM FINAL FELIZ..

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