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domingo, 4 de março de 2018

Na Casa Do Pai

Você alguma vez pensou sobre a justa indignação de Jesus com o desrespeito que ele presenciou, naquele dia, no templo de Jerusalém?
Imagine alguém entrando no templo ansioso para rezar e sendo recebido com uma barulheira sem fim de gente e animais. Imagine ainda que nenhuma das pessoas está de joelhos ou se dirigindo a Deus; ao contrário, estão todos berrando uns aos outros, comprando e vendendo animais para sacrificá-los e assim ficarem quites com as exigências da religião judaica.
Olhe que incoerência: estavam ali para cumprir os preceitos da religião, mas agiam de um jeito que passava longe da devoção religiosa, mais orientado para o tumulto e o comércio! Não é de admirar que Jesus tenha ficado tão zangado, não é mesmo?
Vamos dar um salto de dois mil anos e considerar nossas missas nos dias de hoje: ela têm tido o respeito merecido por parte da assembleia, especialmente por nós? Nelas tem reinado um clima de silêncio orante, que favorece o contato com Deus e com seu amor? Ou não tem sido bem assim?...
Dizer que é preciso haver silêncio na missa poderia soar bastante óbvio, então aqui vai segredo: não basta o silêncio da boca, é preciso também o silêncio interior. Ficar no banco da igreja sem dizer palavra, mas com a mente dispersa e o olhar agitado ou, pior, preso às mensagens do celular, equivale a um boi berrando no santuário que é nosso coração. Outro segredo: a missa não começa com o canto de entrada, e sim em casa, a partir do momento em que nos dispomos a ir ao encontro com Deus. Desde então, já precisamos ir nos preparando, para que esse encontro seja o mais profundo possível.
Que o evangelho de hoje nos inspire a dedicar à casa de Deus (que é também nosso coração) o respeito e a atitude de silêncio que nos levem a uma maior intimidade com Ele.
A. Soares

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