O Castelão voltou a encher. Mas, desta vez, não foi por um jogo do Flamengo, um clássico maranhense ou um show de dupla sertaneja. Muito menos por algum artista internacional. Na quinta-feira, 19 de junho, o que lotou as arquibancadas do maior estádio do Maranhão foi a fé de mais de 45 mil católicos reunidos para celebrar o Corpus Christi, em São Luís.
A imagem do estádio tomado por fiéis, mesmo sob chuva, é mais do que simbólica. Ela fala de um povo que, diante das incertezas do cotidiano, encontra no sagrado um refúgio. Enquanto muitos apostam apenas no entretenimento como forma de mobilização de massas, a fé mostra sua força silenciosa e coletiva. Mostra que ainda existe espaço — e muito — para o espiritual em meio ao ruído do mundo moderno.
O Castelão, acostumado aos gritos de gol e aplausos em shows, foi palco de um coro diferente: orações, cantos litúrgicos e o silêncio reverente diante do Santíssimo Sacramento. Uma multidão que não foi por idolatria a ídolos humanos, mas por devoção ao divino.
Este episódio revela que a fé ainda é um motor poderoso de mobilização. E mais: que o povo maranhense, mesmo diante das dificuldades, permanece firme em suas raízes espirituais. O que se viu no Castelão não foi apenas um evento religioso. Foi uma manifestação coletiva de esperança. E essa, sim, é capaz de encher qualquer estádio — sem precisar de holofotes ou contratos milionários. DoDiegoEmir
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