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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Confira os números de Aécio e Dilma em todos os 217 municípios do Maranhão

MUNICÍPIOS DO MARANHÃODILMA AÉCIO
Açailândia65,34%34,66%
Afonso Cunha92,65%7,35%
Água Doce87,11%12,89%
Alcântara 89,56%10,44%
Aldeias Altas82,51%17,49%
Altamira do Maranhão82,14%17,86%
Alto Alegre do Maranhão85,44%14,56%
Alto Alegre do Pindaré86,91%13,9%
Alto do Parnaíba68,92%31,8%
Amapá do Maranhão71,74%28,26%
Amarante do Maranhão78,93%21,57%
Anajatuba89,75%10,25%
Anapurus86,58%13,42%
Apicum Açu80,83%19,17%
Araguanã91,1%8,99%
Araioses86,61%13,39%
Arame 72,07%27,93%
Arari82,60%17,40%
Axixá88,57%11,43%
Bacabal77,37%22,63%
Bacabeira88,43%11,57%
Bacuri80,66%19,34%
Bacurituba87,36%12,64%
Balsas65,24%34,66%
Barão de Grajaú83,87%16,13%
Barra do Corda75,21%24,79%
Barreirinhas87,14%12,86%
Belágua93,93%6,07%
Bela Vista do Maranhão88,80%11,20%
Benedito Leite81,64%18,38%
Bequimão80,97%19,03%
Bernardo do Mearim84,52%15,48%
Boa Vista do Gurupi79,00%21,00%
Bom Jardim83,34%16,66%
Bom Jesus das Selvas77,32%22,68%
Bom Lugar83,69%16,31%
Brejo 85,40%14,60%
Brejo de Areia77,05%22,95%
Buriti85,33%14,67%
Buriti Bravo 85,29%14,71%
Buriticupu79,35%20,65%
Buritirana75,80%24,20%
Cachoeira Grande91,74%8,26%
Cajapió90,82%9,18%
Cajari93,02%6,98%
Campestre do Maranhão84,03%15,97%
Cândido Mendes77,82%22,18%
Cantanhede87,50%12,50%
Capinzal do Norte77,85%22,15%
Carolina74,91%25,09%
Carutapera74,72%25,28%
Caxias84,38%15,62%
Cedral87,25%12,75%
Central do Maranhão93,19%6,81%
Centro do Guilherme 89,32%10,68%
Centro Novo do Maranhão86,09%13,91%
Chapadinha83,56%16,42%
Cidelândia80,51%19,49%
Codó81,22%18,78%
Coelho Neto 82,88%17,12%
Colinas86,24%13,76%
Conceição do Lago Açu84,18%15,82%
Coroatá80,95%19,05%
Cururupu87,43%12,57%
Davinópolis79,21%20,79%
Dom Pedro77,42%22,56%
Duque Bacelar87,62%12,38%
Esperantinópolis86,10%13,90%
Estreito65,37%34,63%
Feira Nova do Maranhão64,90%35,10%
Fernando Falcão82,04%17,96%
Formosa da Serra Negra69,27%30,63%
Fortaleza dos Nogueiras74,02%25,98%
Fortuna87,23%12,77%
Godofredo Viana76,61%23,39%
Gonçalves Dias85,97%14,03%
Governador Archer83,18%16,82%
Governador Edison Lobão72,68%27,32%
Governador Eugênio Barros85,79%14,21%
Governador Luiz Rocha77,16%22,84%
Governador Newton Bello82,98%17,02%
Governador Nunes Freire82,21%17,79%
Graça Aranha87,63%12,37%
Grajaú72,65%27,35%
Guimarães91,01%8,99%
Humberto de Campos86,37%13,63%
Icatu91,46%8,54%
Igarapé do Meio89,06%10,94%
Igarapé Grande81,03%18,97%
Imperatriz60,08%39,92%
Itaipava do Grajaú83,25%16,75%
Itapecuru-Mirim83,43%16,57%
Itinga do Maranhão62,35%37,65%
Jatobá86,05%14,95%
Jenipapo dos Vieiras80,19%19,81%
João Lisboa76,56%23,42%
Joselândia85,87%14,13%
Junco do Maranhão83,95%16,05%
Lagoa do Mato87,00%13,00%
Lagoa Grande do Maranhão83,68%16,32%
Lago da Pedra71,32%28,68%
Lago do Junco82,27%17,73%
Lago dos Rodrigues78,43%21,57%
Lago Verde87,01%12,99%
Lajeado Novo69,98%30,02%
Lima Campos66,33%33,67%
Loreto82,15%17,85%
Luis Domingues68,65%31,45%
Magalhães de Almeida74,04%25,96%
Maracaçumé78,77%21,23%
Marajá do Sena82,63%17,37%
Maranhãozinho85,83%14,17%
Mata Roma85,21%14,79%
Matinha89,27%10,73%
Matões89,14%10,86%
Matões do Norte90,46%9,54%
Milagres do Maranhão89,63%10,37%
Mirador85,70%14,30%
Miranda do Norte83,31%16,69%
Mirinzal85,88%14,12%
Monção89,41%10,59%
Montes Altos72,21%27,79%
Morros88,49%11,51%
Nina Rodrigues88,16%13,84%
Nova Colinas73,13%26,87%
Nova Iorque84,63%15,37%
Nova Olinda do Maranhão86,63%13,37%
Olho D’Água das Cunhãs88,23%11,77%
Olinda Nova do Maranhão91,60%8,40%
Paço do Lumiar78,68%21,32%
Palmeirândia91,51%8,49%
Paraíbano83,55%16,45%
Parnarama88,25%11,75%
Passagem Franca80,65%19,35%
Pastos Bons80,94%19,06%
Paulino Neves86,89%13,11%
Paulo Ramos83,41%16,59%
Pedreiras74,41%25,59%
Pedro do Rosário 90,78%9,22%
Penalva92,10%7,90%
Peri Mirim86,86%13,14%
Peritoró89,41%10,59%
Pindaré-Mirim87,22%12,78%
Pinheiro75,63%24,37%
Pio XII87,09%12,91%
Pirapemas90,51%9,49%
Poção de Pedras81,65%18,35%
Porto Franco58,89%41,11%
Porto Rico do Maranhão81,41%18,59%
Presidente Dutra76,64%23,36%
Presidente Juscelino92,88%7,12%
Presidente Médici85,41%14,59%
Presidente Sarney89,14%10,86%
Presidente Vargas90,10%9,90%
Primeira Cruz88,95%11,05%
Raposa81,80%18,20%
Riachão79,52%20,48%
Ribamar Fiquene73,42%26,58%
Rosário87,58%12,42%
Sambaíba76,39%23,61%
Santa Filomena do Maranhão81,47%18,53%
Santa Helena79,49%20,51%
Santa Inês77,39%22,61%
Santa Luzia84,22%15,78%
Santa Luzia do Paruá84,46%15,54%
Santana do Maranhão84,38%15,63%
Santa Quitéria do Maranhão87,32%12,68%
Santa Rita84,35%15,65%
Santo Amaro do Maranhão86,92%13,08%
Santo Antônio dos Lopes77,30%22,70%
São Benedito do Rio Preto90,62%9,38%
São Bento86,25%13,75%
São Bernardo80,94%19,06%
São Domingos do Azeitão88,15%11,85%
São Domingo do Maranhão73,07%26,93%
São Félix de Balsas86,95%13,05%
São Francisco do Brejão69,73%30,27%
São Francisco do Maranhão87,80%12,20%
São João Batista91,92%8,08%
São João do Carú80,90%19,10%
São João do Paraíso70,83%29,17%
São João do Sóter92,92%7,08%
São João dos Patos74,97%25,03%
São José de Ribamar81,30%18,70%
São José dos Basílios90,92%9,08%
São Luís70,41%29,59%
São Luis Gonzaga do Maranhão90,34%9,66%
São Mateus do Maranhão82,39%17,61%
São Pedro da Água Branca78,09%21,91%
São Pedro dos Crentes49,90%50,10%
São Raimundo das Mangabeiras71,29%28,71%
São Raimundo do Doca Bezerra85,37%14,63%
São Roberto86,12%13,88%
São Vicente Férrer89,70%10,30%
Satubinha86,63%13,37%
Senador Alexandre Costa82,21%17,79%
Senador La Rocque81,95%18,05%
Serrano do Maranhão93,75%6,25%
Sítio Novo72,24%27,76%
Sucupira do Norte86,46%13,54%
Sucupira do Riachão84,81%15,19%
Tasso Fragoso65,94%34,06%
Timbiras89,70%10,30%
Timon82,16%17,84%
Trizidela do Vale75,23%24,77%
Tufilândia91,88%8,12%
Tuntum74,79%25,21%
Turiaçu84,66%15,34%
Turilândia86,29%13,71%
Tutoia75,17%24,83%
Urbano Santos90,12%9,88%
Vargem Grande83,61%16,39%
Viana83,60%16,40%
Vila Nova do Martírios73,34%26,66%
Vitória do Mearim82,45%17,55%
Vitorino Freire78,49%21,51%
Zé Doca84,75%15,25%

Dino pede que Roseana Sarney colabore com a transição


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Flávio Dino e Carlos Brandão reuniram-se nesta terça-feira (28) com secretários e presidentes de órgãos que integrarão a equipe já escolhida para a administração estadual a partir de 1° de janeiro. Na pauta do encontro, o planejamento de ações para os primeiros dias da nova gestão.
A equipe de transição de Flávio Dino ainda aguarda as respostas às solicitações feitas ao governo Roseana Sarney, em reunião no dia 14 de outubro. Por enquanto, os membros do próximo governo utilizam dados disponíveis em diários oficiais e documentos publicados para organizar ações e fazer com que os serviços públicos cheguem a toda população logo nos primeiros dias. No entanto, Dino reforçou publicamente o pedido ao atual governo para fornecimento de dados oficiais e colaboração na transição.
Durante a reunião, Flávio Dino e a equipe que o ajudará a administrar o estado alinharam os principais compromissos de Governo assumidos em campanha. Ele destacou a importância do empenho de todos para desenvolver o estado e promover igualdade social. A base foi o Programa de Governo apresentado à população e que está disponível na internet para consulta.

Crime bárbaro do Maranhão. Mãe paga pelo filho com a própria vida

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Uma mulher foi torturada e morta a pauladas nesta terça-feira (28) no bairro Vila JK, em Imperatriz.
Tina Charles Rodrigues, 36 anos, estava com o companheiro e, segundo a família, cerca de dez pessoas que invadiram sua casa. Os assassinos chegaram a desligar o relógio de energia para não serem identificados.
Eles arrebentaram a porta a pauladas. De acordo com a polícia, o alvo dos bandidos era o filho da vítima. Como o filho não estava em casa, a mãe levou pauladas, teve o pulso cortado e levou vinte golpes de faca.
O corpo foi liberado pelo IML ainda pela manhã. Os vizinhos e a família estão revoltados com a crueldade dos bandidos, mas decidiram permanecer em silêncio sobre o caso. (Jornal Pequeno)

FLÁVIO DINO VISITA TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL


O governador eleito do Maranhão, Flávio Dino, foi recebido na manhã desta terça (28) pela Corte Eleitoral do Maranhão. Na reunião, a data para a diplomação dos candidatos eleitos nas últimas eleições estaduais no Maranhão ficou marcada para o dia 19 de dezembro, em São Luís.
Em visita à sede do Tribunal Regional Eleitoral, Flávio Dino conversou com os membros da Corte sobre o período eleitoral e sobre a oficialização do resultado das eleições de 2014. O desembargador Froes Sobrinho - presidente do Tribunal Regional Eleitoral - parabenizou Flávio Dino pela vitória nas urnas e destacou o trabalho respeitoso e assíduo do corpo jurídico do então candidato durante as eleições.
Além disto, Froes fez um relato sobre as inovações das eleições 2014, como a ampliação do uso da biometria, do número de juízes e promotores eleitorais e a agilidade na divulgação do resultado. “Tive o privilégio de comandar estas eleições históricas para o nosso estado,” destacou.
Eleito governador com 63,52% dos votos dos maranhenses, Flávio Dino cumprimentou os magistrados que conduziram a eleição e os servidores do TRE – órgão em que Flávio Dino trabalhou como juiz federal, entre 1995 e 1997. “Para mim, é um prazer voltar a esta Casa e visitá-los, pessoas que conheço de longas datas. E que, nas suas condições de juízes, agiram com imparcialidade e impessoalidade,” disse.
Participaram da reunião os membros da Corte Eleitoral Froes Sobrinho, José Eulálio, Daniel Blume, Alice Rocha, Raimundo Nonato Neris, Eduardo Moreira, Clodomir Reis. Flávio Dino estava acompanhado do deputado Marcelo Tavares (PSB) e dos advogados Carlos Lula, Deyse Menezes e Rodrigo Lago, que atuaram na campanha eleitoral.
Walneybatista

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Cidade mais 'dilmista' do Brasil, Belágua, no Maranhão, enfrenta pobreza e fome

Na cidade, quase 94% dos votos foram dados à presidente reeleita.
População tira sustento de produção de farinha e assistência social.

Clarissa Carramilo Do G1 MA
Avenida em Belágua, no leste do Maranhão (Foto: Clarissa Carramilo / G1)Avenida em Belágua, no leste do Maranhão, cidade que registrou maior votaçao proporcional na presidente reeleita Dilma Roussef (Foto: Clarissa Carramilo / G1)
A maior votação proporcional alcançada pela presidente reeleita Dilma Roussef (PT) aconteceu em Belágua, a 280 km de São Luís, na região leste do Maranhão. Na cidade de apenas 6.524 habitantes, 93,93% dos votos válidos (3.558 votos) foram dados à candidata petista enquanto Aécio Neves (PSDB) obteve 230 votos.

Pela segunda vez, Belágua entra no cenário nacional por apresentar índices expressivos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em dezembro do ano passado, o município registrou o maior salto econômico do país, subindo mais de mil posições no ranking de cidades por PIB per capita. Reportagem do G1 mostrou que o maior ganho da população foi sair da situação de pobreza extrema para a pobreza, impulsionada pelos programas de assistência social do governo federal somados à produção artesanal e venda de farinha de mandioca.
Tem gente que quer o anzol, a isca e o peixe, mas tem gente que luta pra pegar o peixe"
Raimunda Nonata, 34, lavradora
Dez meses depois, o G1 voltou a Belágua para saber como está a cidade mais "dilmista" do Brasil e constatou que o cenário é o mesmo. Na maior parte do município, falta saneamento básico, água encanada e pavimentação das ruas, por exemplo, mas a população garante que já foi pior.
Neste mês, segundo a Caixa Econômica Federal, 1.292 famílias cadastradas receberam verba do Bolsa Família na cidade. Se consideramos a base mínima de 4 pessoas por família utilizada pelo IBGE, o programa beneficia de forma direta aproximadamente 5.168 pessoas, o equivalente a 79,2% da população belaguense.
Dados do IBGE apontam que, em Belágua, a incidência de analfabetismo é de 52,11%. Apenas três ônibus estão na frota local de veículos e dois hospitais públicos municipais oferecem um pequeno leque de serviços de saúde. A população tem maioria concentrada nas faixas etárias de 5 a 9 anos e 10 a 14 anos. A estimativa é de que, entre 2010 e 2014, o crescimento populacional tenha sido de 667 pessoas, o que leva a população a 7.191 habitantes no total.
Barreiro onde é depositado o lixo em casa de Belágua, MA (Foto: Clarissa Carramilo / G1)Barreiro onde é depositado o lixo em casa de Belágua, MA (Foto: Clarissa Carramilo / G1)
Leve melhoria
Eleitor convicto de Dilma, José Raimundo Nonato Silva, de 51 anos, hoje é dono de um comércio, mas prefere declarar a profissão de lavrador. Casado e pai de três filhos, ele conta que abriu a venda depois do Bolsa Família e afirma que nunca deixou de trabalhar por causa do benefício.
Além de produzir farinha, Raimundo Nonato agora é comerciante (Foto: Clarissa Carramilo/G1)Além de produzir farinha, Raimundo Nonato agora
é comerciante (Foto: Clarissa Carramilo / G1)
“Sou da roça mesmo. Tenho esse negócio aqui, mas eu faço farinha. Antes do Bolsa Família, eu só vendia farinha. Ela [Dilma] melhorou, tinha muita família que tava passando mal, passando fome. Agora come direitinho, tem uma coisinha pra comprar no comércio, compra comida, paga roupa”, explica.
Ele admite que muita gente na cidade deixou de trabalhar por causa do benefício e considera a atitude um erro. “Aqui tem muita pessoa que depois que recebeu essa bolsa, parou de trabalhar. Tá errado. Isso daí é uma ajuda que ela deu pro camarada pra ter mais aquele negócio, pra trabalhar, pra ter mais. Agora, o pessoal pega isso e não quer fazer mais roça, não quer fazer carvão, não quer mais trabalhar?”, protesta.
Questionado se ele consideraria votar no candidato Aécio Neves, Seu José Raimundo é categórico. “De jeito nenhum. Eu não conheço ele, o pessoal dele nunca fez nada aqui pra mim”, revela. Informado de que algumas pessoas não concordam com os programas do governo, ele disse que gostaria de conversar com alguém que pense assim. "Tem gente que não entende as coisas, né? Eu tinha tanta coisa pra falar pra uma pessoa dessa", avisa.
Raimunda Nonata critica quem quem se apega aos benefícios e deixa de produzir riquezas (Foto: Clarissa Carramilo/G1)Raimunda Nonata critica quem quem se apega
aos benefícios (Foto: Clarissa Carramilo/G1)
Dilmista crítica
Já a lavradora Raimunda Nonata, 34, conta que votou na Dilma, mas não por causa do Bolsa Família. Ela discorda de quem se apega ao benefício e deixa de “produzir riquezas”.
“Nossa cidade é a quarta das mais mal desenvolvida [no estado] e dentro do nosso município tem muitas riquezas. Existe campo pra pessoa trabalhar, só que, hoje, a gente vê que o próprio pessoal do município não se importa”, reclama.
Para Raimunda, a má distribuição e aplicação de recursos na cidade leva parte da população a necessitar de programas do governo federal para sobreviver. Ela afirma que o voto na presidente reeleita foi uma segunda chance para a petista mostrar um trabalho melhor.
“Hoje, a gente votou nela [na Dilma] dando uma segunda oportunidade, mas se continuar assim, não vou mais votar nesse partido. A gente vê que tem muito recurso pra pobreza, mas é mal distribuído e quem sofre é o pobre. Aí, as pessoas se apegam à questão do Bolsa Família, mas o nosso município não pode depender só disso. Tem várias pessoas que não têm oportunidade pra cursar um curso e fazer uma faculdade aqui. Eu vejo gente que usa isso pra se empenhar, pra levar o filho pra escola, mas nem todas as pessoas têm o bom senso de fazer isso. Tem gente que quer o anzol, a isca e o peixe, mas tem gente que luta pra pegar o peixe”, acrescenta.
Família de Natividade deixou de produzir farinha após ser incluída em programa do governo federal (Foto: Clarissa Carramilo/G1)Família de Natividade deixou de produzir farinha após ser incluída em programa do governo federal (Foto: Clarissa Carramilo / G1)
Vida mais tranquila
A dona de casa Maria da Natividade Araújo, 31, é uma das que usa o benefício para ter uma vida mais tranqüila. Antes do Bolsa Família, ela produzia farinha e obtinha renda da venda dos pandeiros, que custavam em torno de R$ 30 a R$ 40. Depois que a família foi incluída no programa, passou a receber R$ 184 e o marido fez um curso profissionalizante de pedreiro.
Na casa de barro e palhoça, a água é preciso ser bombeada de um poço e carregada em baldes. O lixo é jogado e incinerado em buracos abertos no quintal, os chamados "barreiros". Questionada se ela acredita que é preciso melhorar a qualidade de vida da família, Maria afirma que "sempre pode", mas que gosta da vida que leva.
Se ele [Aécio] não fizesse nada, a gente mudava de novo. E assim vai, até a gente encontrar alguém que realmente se importe com o país"
Vladerlice Silva, 20, estudante
“Consigo pagar as contas, mercearia de casa e comprar remédio. Farinha agora a gente nem faz mais. O que meu marido ganha [como pedreiro] já ajuda bastante. Por isso eu votei na Dilma, porque melhorou, porque, na roça, o serviço é mais pesado e esse é um benefício que a gente ganha sem trabalhar. Ajuda bastante”, revela.
Peesedebista solitária
Entre tantos eleitores de Dilma, o G1 encontrou apenas uma eleitora do Aécio - a estudante Vladerlice Saminez Silva, 20. Ela conta que votou no candidato tucano porque considerou as propostas dele melhores e revela que não foi a única na cidade a pensar assim. Segundo ela, muita gente não votou no opositor a Dilma com medo de perder os benefícios.
“Votei no Aécio porque achei as propostas dele muito melhores do que as da Dilma. Ela fez coisa boa no governo, mas deveria ter feito mais. Principalmente na segurança e, analisando o debate, achei as propostas dele muito melhores”, disse.
Para Vladerlice, a alternância de governantes no poder seria positiva para o país. “A maioria das pessoas votou nela por causa do Bolsa Família, com medo de perder, mas a gente não tem que pensar não só na gente, mas no país em si e foi isso que eu fiz. Se a pessoa não faz nada, a gente muda. Se ele não fizesse nada, a gente mudava de novo. E assim vai, até a gente encontrar alguém que realmente se importe com o país”, conclui.