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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

CNJ afasta desembargador que soltou líder de facção

 


O desembargador Luiz Fernando Lima foi afastado nesta terça-feira (17) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), após ter soltado Ednaldo Freire Ferreira, o Dadá, chefe da facção criminosa baiana Bonde do Maluco. Além do afastamento, o corregedor Luís Felipe Salomão enviou a decisão à Procuradoria-Geral da República (PGR), com o objetivo de que o Ministério Público investigue se houve ação concatenada com organizações criminosas para a liberação de seus integrantes durante plantões judiciais. 


Dadá foi solto pelo desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia durante um plantão judiciário em 1º de outubro, sob o argumento de que tem um filho com autismo. O chefe do grupo criminoso cumpria 15 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. 

Um segundo membro do tribunal chegou a revogar a decisão da soltura, após um recurso do Ministério Público, mas já era tarde, Dadá tinha deixado o presídio.

O afastamento do desembargador foi aprovado por unanimidade. Em seu voto, Salomão disse que a decisão de Lima teve o intuito de beneficiar, injustificadamente, o acusado, com graves danos à segurança pública.

A soltura de Dadá gerou revolta entre promotores e policiais da Bahia. Ainda mais em um momento em que o estado está no centro das atenções por conta da crise na segurança pública. A Bahia se destacou nas estatísticas criminais com os piores índices de homicídio e mortes por intervenção policiais.

Até o número dois do ministro Flávio Dino, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, se manifestou sobre a decisão de Luiz Fernando Lima.

“Líder da principal facção criminosa da Bahia foi solto no plantão judiciário por um desembargador, num domingo, às 20h42. Quando outro desembargador revogou a decisão já era tarde demais, ele havia desaparecido. É normal? É aceitável?”, escreveu Cappelli em sua conta no X (antigo Twitter), no dia 12 de outubro.

Com informações de Metrópoles e g1

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