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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Coronel da PM que matou namorado da filha em São Luís vai a júri popular

 


Nesta quinta-feira (19), o coronel reformado da Polícia Militar do Maranhão Walber Pestana da Silva será levado a júri popular, pela morte do músico Davi de Sousa Bugarin de Mello, de 26 anos.

O jovem, que era proprietário de uma casa de shows no Centro Histórico de São Luís, foi assassinado no dia 15 de fevereiro de 2018, dentro da casa do coronel Walber Pestan, no conjunto Parque dos Nobres, em São Luís. A vítima também morava na residência, com a filha do réu, Ingrid Raiane da Silva, com quem namorava.

O julgamento está marcado para as 8h30, no salão de sessões do 3º Tribunal do Júri de São Luís, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no bairro do Calhau, em São Luís. O julgamento será presidido pelo juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior, titular da 4ª Vara do júri.

A acusação será feita pelo promotor Samaroni Maia e pelos advogados assistentes, Glauber Coqueiro Pereira e Sebastião Albuquerque Uchoa Neto. Já o réu será defendido pelo advogado Ângelo Rios Calmon.

O crime aconteceu por volta das 19h20 do dia 15 de fevereiro de 2018, quando o coronel reformado Walber Pestana atirou e matou Davi Bugarin, que era namorado de Ingrid Raiane Silva, filha do coronel.

Segundo informações da polícia, o crime aconteceu no bairro Parque dos Nobres, em São Luís, após o militar presenciar uma briga entre o casal e ver a vítima agredindo a sua filha. Inconformado com a situação, o coronel decidiu pegar a sua arma de fogo e disparar dois tiros contra Davi. 

Davi Bugarin, que tinha 26 anos, ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu no Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), na capital. Após o crime, o militar fugiu do local.

De acordo com o laudo cadavérico realizado em Davi, havia apenas uma perfuração no corpo do músico. A bala, disparada a uma distância de, no mínimo, um metro, atingiu a costela e atravessou o tórax do músico. O outro tiro atingiu a parede da casa onde eles estavam.

O resultado do corpo de delito feito pela filha do coronel e namorada de Davi na época, Ingrid Raiane Silva, apontou marcas pelo corpo e um corte na cabeça causado por um instrumento cortante.

Conforme consta no processo, Ingrid Raiane havia viajado para a cidade de Recife-PE, para passar o carnaval de 2018, sem comunicar ao namorado, o que causou ciúmes em Davi. Quando Ingrid retornou de viagem, começaram as discussões entre o casal.

Segundo relatam os autos, no início da noite do dia do crime, Walber Pestana, ao chegar em sua residência, teria visto Davi tentando arrombar a porta do banheiro da casa, onde Ingrid havia se trancado para escapar das agressões do namorado.

Neste instante, o coronel tentou fazer com que Davi se acalmasse e, não conseguindo, atirou acertando o portal da porta do banheiro. Em seguida atirou novamente atingindo Davi. O denunciado arrastou a vítima para a calçada da residência, segundo seu depoimento, para que a vítima fosse socorrida. Ingrid e a mãe dela levaram Davi para o hospital, mas ele não resistiu e morreu.

Walber Pestana foi denunciado pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA) por homicídio simples.

O militar não foi preso em flagrante e, dias após o crime, apresentou-se à delegacia onde prestou depoimento e confessou o crime e alegou que teria matado Davi para defender a filha, que estaria sendo agredida. Essa versão é contestada pela advogada da família da vítima. As informações são do jornalista Neto Ferreira.

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