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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Desembargador do Maranhão que soltou acusado de roubo de R$ 100 milhões pode ser investigado

 


A Procuradoria Geral de Justiça do Maranhão quer uma investigação no âmbito do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o desembargador do Tribunal de Justiça, Fróz Sobrinho, por mandar soltar um dos assaltantes que roubou R$ 100 milhões do Banco do Brasil de Bacabal. A informação é do Metrópoles.

A reclamação disciplinar, assinada em junho de 2021, pelo procurador Eduardo Jorge Nicolau, questiona a decisão do magistrado maranhense que colocou em liberdade o criminoso condenado pela ação. A representação está parada há dois anos no CNJ.

Condenado a 58 anos de prisão em 2020, por integrar a organização criminosa especializada na modalidade Novo Cangaço, Wagner César de Almeida estava na companhia de 15 homens fortemente armados quando o bando tomou a cidade de Bacabal, no Maranhão, e protagonizou um assalto violento e milionário. Após roubar os R$ 100 milhões, o grupo matou uma pessoa. Os bandidos foram presos, denunciados pelo Ministério Público e condenados pela Justiça.

Apesar da condenação superior a 50 anos de cadeia, o desembargador José de Ribamar Fróz Sobrinho, em 18 de junho de 2021, sem a oitiva do MP e sem as informações do Juízo que condenou o assaltante, deferiu a liminar pleiteada para substituir a pena de prisão preventiva de Wagner César de Almeida por domiciliar, com monitoramento eletrônico. Pouco tempos depois, o ladrão fugiu.

Após determinar a liberdade de Wagner, o desembargador voltou atrás e decidiu que ele deveria retornar à prisão. Porém, Wagner nunca mais foi visto. 

Durante o assalto, o morador Cleones Borges Araújo foi assassinado com um tiro de fuzil nas costas, após passar próximo a uma barreira montada pela quadrilha. Depois disso, os assaltantes atacaram, com disparos de arma de fogo, a Delegacia Regional de Bacabal e incendiaram viaturas.

A coluna entrou em contato com o CNJ para confirmar se houve alguma decisão relacionada à representação enviada pelo Ministério Público do Maranhão, e até a última atualização desta reportagem o conselho não havia emitido nenhum parecer. O texto será atualizado tão logo a entidade se posicione. 

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