Os vereadores de Tuntum, que deveriam ser os fiéis representantes do povo, talvez não estão honrando como deveriam a causa que abraçaram, que é a defesa dos direitos dos seus concidadãos e munícipes. Na sessão ordinária que teria hoje
(19), previamente agendada para recepcionar os profissionais em educação
para tratar sobre o pagamento do abono da classe, não aconteceu novamente por
falta de quórum. Por mais uma vez os vereadores que dão apoio ao governo
municipal não compareceram à sessão, um suposto artifício ou manobra para retardar os esclarecimentos sobre o abono.

Estiveram
presentes no plenário da Casa aguardando a chegada dos demais, somente os
quatro vereadores do bloco de oposição: José Solisvan, Alan Noleto, Zé de
Ourinho e Renan Bílio. Mesmo assim, sob a liderança do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Tuntum
(SINDSERT), professor Leno Carlos, e do assessor especial da Federação dos
Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais do Estado do Maranhão (FETRACSE),
Valmir Carlos Araújo Júnior, foi aprovada uma assembleia extraordinária onde
foi deliberado um novo encontro na Câmara, para a próxima sexta-feira, dia 26,
para ser tratado dos mesmos assuntos. Ainda foi deliberado, que após a sessão,
de forma pacífica, os professores sairão em caminhada pelas ruas da cidade.

Segundo os líderes sindicais, o evento será o primeiro de
muitos que serão deflagrados, podendo haver também outras formas de manifestar
a situação que restringe a categoria, que neste caso tem sido o não pagamento
do abono, restos a pagar das sobras do Fundeb 70% do exercício 2021, até o
presente negado pela gestão municipal, mas comprovado sua existência com
clareza por meio das folhas de pagamento fornecidas pela própria Prefeitura e
Tribunal de Contas do Estado (TCE).
VEREADORES PROFESSORES NÃO COMPARECEM
De forma vergonhosa e ainda não explicada, que talvez não tenha
uma explicação plausível, os vereadores professores, que deveriam ser os
primeiros a defender a justa causa, simplesmente não compareceram, envergonhando
a própria categoria que também fazem parte. Deixaram de comparecer os
vereadores professores Carloman (Carlim) Tibúrcio, Geová Soares e Ironílson
Rodrigues. O não comparecimento desses edis pegou a classe de surpresa, já que
todos entendiam que os mesmos seriam os únicos a apoiá-los.
Entre os profissionais de educação, o nome do vereador Carlim
Tibúrcio foi o mais destacado, já que sempre participou ativamente das reuniões
da categoria e sempre se mostrou favorável as reivindicações pleiteadas, para
de repente nem se quer comparecer a tão esperada sessão de esclarecimentos dos
inequívocos direitos dos profissionais. Já estaria o vereador discordando da
posição dos professores? Ou foi persuadido a ficar contra e a favor da
gestão?
Nas vezes em que foi candidato, inclusive no último pleito
eleitoral, Carlim tinha como discurso a defesa da educação e o direito dos
professores, que pelo fato de hoje, aparentemente, mostra-se contraditório ao
perfil pregado. Tibúrcio já foi candidato algumas vezes, mas nunca logrou êxito
em suas investidas, está hoje no posto como vereador porque um membro da casa
pediu licença. O seu não comparecimento, que ainda não foi justificado, pode
até ser por razões superiores, mas Carlim precisa provar aos seus coirmãos de
batalha o porquê de sua ausência, do contrário, ele não é a diferença que
sempre pregou, ou seja, é igual aos demais, segue a mesma linha de comando.
Mas a decepção não foi só a ausência de Carlim
Tibúrcio, o também suplente de vereador Ironílson Rodrigues, hoje titular em
razão do afastamento provisório de um colega, que inclusive já foi até gestor
escolar (diretor de escola) e hoje ocupa o cago de secretário adjunto de educação,
também decepcionou profundamente os colegas.
Para os presentes, Iveronílson não só foi uma simples
decepção, ele também pode estar traindo os colegas, se acovardando das causas
que sempre defendeu com unhas e dentes, e que talvez por estar com cargos no
governo e aliado ao próprio sistema, esteja contrário aos seus princípios, o
que é muito de se estranhar, já que sempre foi considerado de boa índole e de
caráter autêntico. Rodrigues precisa também dá uma boa justificativa para a sua
possível mudança de postura, se é que realmente mudou mesmo, ou se sua ausência
foi um lapso do esquecimento do cotidiano. Muito estranha sua ausência...