Um tema pouquíssimo cortejado por pesquisadores, e, portanto, bastante obscuro, pela falta de estudos mais sistemáticos e aprofundados, a Barragem do rio Flores se constitui num importante objeto de estudo para a compreensão de várias transformações nos municípios que se localizam em sua área de influência, principalmente para as populações dos municípios de Joselândia, Presidente Dutra Barra do Corda e Tuntum que tiveram parte considerável de seus territórios atingidos pelas águas do Flores após a construção da obra.
O município de Tuntum foi o que mais sentiu o peso dessas mudanças, pois 60% da água do lago artificial da Barragem do Flores afetou localidades da região norte do município deixando algumas submersas. A economia sofreu impacto abrupto. Muitos moradores tiveram que deixar a região.
Visão parcial do lago artificial da Barragem do rio Flores
Se debruçar sobre a temática, significa indubitavelmente, a possibilidade de elucidar muitas questões acerca desse fato histórico, sua amplitude, suas causas e conseqüências são pontos fundamentais para resgatar e conservar a memória do povo tuntuense, e, portanto muito significativo para a nossa história local.
Idealizada no início dos anos 1960 (através do projeto nº. 2976, publicado no Diário do Congresso Nacional em 20 de maio de 1961), foi no do contexto do Regime Militar que o projeto foi ganhando forma. A construção da Barragem do rio Flores seria a etapa inicial da proposta do Plano Geral do Mearim e Afluentes, que também previa a construção de outras ao longo do curso do rio Mearim e seus principais afluentes – Grajaú, Corda e Flores.
Sob o pretexto de solucionar o problema das enchentes nas cidades banhadas pelo rio Mearim: Pedreiras, São Luiz Gonzaga, Bacabal, Vitória do Mearim e Arari, deu-se início a construção da imponente barragem em 1982. Cinco anos mais tarde estaria pronta a vultosa obra, que além do problema das inundações, tinha outros fins oficialmente declarados como: a melhoria da navegabilidade; aproveitamento de água para agricultura irrigada, e; dependendo das condições naturais, previa-se ainda a instalação de uma pequena hidrelétrica de cerca de 9000 kw de potência.
Para o Município de Tuntum todas as benesses previstas no Projeto Flores, principalmente no que concerne a proposta de desenvolvimento sustentável, se quer foram incluídas, e, milhares de pessoas tiveram que abandonar seus lares, sua terra natal.
Por outro lado, partimos do princípio ativo de que não cabe a nós julgarmos o passado, mas buscar compreendê-lo. Logo não nos colocamos contra a construção da Barragem do rio Flores, mas procuramos entender por que ocorreu de tal forma e não de outra.
E você que direta ou indiretamente teve sua vida ou a de seus familiares afetada por essa obra, qual a leitura ou análise você faz desse assunto?
Texto adaptado de - GONÇALVES, Jean Carlos. A Barragem do rio Flores: Esperança e Desilusão para o município de Tuntum-MA.
O município de Tuntum foi o que mais sentiu o peso dessas mudanças, pois 60% da água do lago artificial da Barragem do Flores afetou localidades da região norte do município deixando algumas submersas. A economia sofreu impacto abrupto. Muitos moradores tiveram que deixar a região.
Visão parcial do lago artificial da Barragem do rio Flores
Se debruçar sobre a temática, significa indubitavelmente, a possibilidade de elucidar muitas questões acerca desse fato histórico, sua amplitude, suas causas e conseqüências são pontos fundamentais para resgatar e conservar a memória do povo tuntuense, e, portanto muito significativo para a nossa história local.
Idealizada no início dos anos 1960 (através do projeto nº. 2976, publicado no Diário do Congresso Nacional em 20 de maio de 1961), foi no do contexto do Regime Militar que o projeto foi ganhando forma. A construção da Barragem do rio Flores seria a etapa inicial da proposta do Plano Geral do Mearim e Afluentes, que também previa a construção de outras ao longo do curso do rio Mearim e seus principais afluentes – Grajaú, Corda e Flores.
Sob o pretexto de solucionar o problema das enchentes nas cidades banhadas pelo rio Mearim: Pedreiras, São Luiz Gonzaga, Bacabal, Vitória do Mearim e Arari, deu-se início a construção da imponente barragem em 1982. Cinco anos mais tarde estaria pronta a vultosa obra, que além do problema das inundações, tinha outros fins oficialmente declarados como: a melhoria da navegabilidade; aproveitamento de água para agricultura irrigada, e; dependendo das condições naturais, previa-se ainda a instalação de uma pequena hidrelétrica de cerca de 9000 kw de potência.
Para o Município de Tuntum todas as benesses previstas no Projeto Flores, principalmente no que concerne a proposta de desenvolvimento sustentável, se quer foram incluídas, e, milhares de pessoas tiveram que abandonar seus lares, sua terra natal.
Por outro lado, partimos do princípio ativo de que não cabe a nós julgarmos o passado, mas buscar compreendê-lo. Logo não nos colocamos contra a construção da Barragem do rio Flores, mas procuramos entender por que ocorreu de tal forma e não de outra.
E você que direta ou indiretamente teve sua vida ou a de seus familiares afetada por essa obra, qual a leitura ou análise você faz desse assunto?
Texto adaptado de - GONÇALVES, Jean Carlos. A Barragem do rio Flores: Esperança e Desilusão para o município de Tuntum-MA.